Rússia e China fazem declaração contra o Ocidente em novo gesto de aproximação


Em reunião paralela ao G-20, diplomatas de Moscou e Pequim criticaram imposições do Ocidente à comunidade internacional e reforçaram laços

Por Redação

MOSCOU ― A Rússia e a China fizeram uma declaração nesta quinta-feira, 2, acusando o Ocidente de impor seus pontos de vista sobre a comunidade internacional por meio de “chantagens e ameaças”, em mais um gesto de aproximação entre Moscou e Pequim ― movimento que vem sendo acompanhado com preocupação pela Otan.

Uma declaração conjunta dos dois países foi divulgada pela diplomacia russa após um encontro entre os ministros das Relações Exteriores Serguei Lavrov, da Rússia, e Qin Gang, da China, em uma reunião paralela ao G20, em Nova Délhi.

“[Os chanceleres] rejeitaram as tentativas de interferência nos assuntos internos de outros países, de impor abordagens unilaterais por meio de chantagens e ameaças”, informou um comunicado publicado pela diplomacia russa.

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Serguei Lavrov E Qin Gang se cumprimentam durante encontro bilateral à margem do G-20.  Foto: Russian Foreign Ministry Press Service/ EFE

Ainda de acordo com o comunicado, Moscou e Pequim veem com satisfação o “desenvolvimento rápido do diálogo político bilateral e da cooperação prática”, incluindo a situação da Ucrânia ― o Kremlin teria se agradado com os esforços da China para contribuir com a “resolução política” do conflito.

“Em todas os temas abordados, constatamos um elevado nível de proximidade e correspondência entre nossas posições”, diz a nota.

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A aproximação de Rússia e China tem ocupado a atenção de autoridades em Washington e Bruxelas, que temem que Pequim passe a interferir diretamente na guerra na Ucrânia, como fornecedores e financiadores de Moscou.

Os EUA tomaram a iniciativa na tentativa de conter a área de influência da China na Ásia Central, com o secretário de Estado, Antony Blinken, viajando para o Casaquistão na última terça, e acirrou a narrativa em diversos campos de disputa estratégica com o país, incluindo a reação aos episódios com balões espiões chineses.

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Em Nova Délhi, Blinken e Lavrov tiveram um breve contato, de acordo com uma fonte americana ouvida em anonimato pela France-Presse, à margem da reunião de cúpula. O secretário americano teria manifestado o compromisso dos EUA com o apoio a Ucrânia e pressionou a Rússia a voltar atrás em sua decisão de suspender o tratado nuclear Novo START. Também teria pedido a libertação do prisioneiro americano Paul Whelan.

A reunião do G-20 acabou sem uma declaração conjunta devido às “divergências provocadas pelo conflito na Ucrânia”, de acordo com a presidência indiana - de acordo com a diplomacia russa, Moscou e Pequim foram os únicos integrantes do grupo que não concordaram com a declaração que exigia “a retirada completa e incondicional da Rússia do território da Ucrânia”./ Com AFP

MOSCOU ― A Rússia e a China fizeram uma declaração nesta quinta-feira, 2, acusando o Ocidente de impor seus pontos de vista sobre a comunidade internacional por meio de “chantagens e ameaças”, em mais um gesto de aproximação entre Moscou e Pequim ― movimento que vem sendo acompanhado com preocupação pela Otan.

Uma declaração conjunta dos dois países foi divulgada pela diplomacia russa após um encontro entre os ministros das Relações Exteriores Serguei Lavrov, da Rússia, e Qin Gang, da China, em uma reunião paralela ao G20, em Nova Délhi.

“[Os chanceleres] rejeitaram as tentativas de interferência nos assuntos internos de outros países, de impor abordagens unilaterais por meio de chantagens e ameaças”, informou um comunicado publicado pela diplomacia russa.

Serguei Lavrov E Qin Gang se cumprimentam durante encontro bilateral à margem do G-20.  Foto: Russian Foreign Ministry Press Service/ EFE

Ainda de acordo com o comunicado, Moscou e Pequim veem com satisfação o “desenvolvimento rápido do diálogo político bilateral e da cooperação prática”, incluindo a situação da Ucrânia ― o Kremlin teria se agradado com os esforços da China para contribuir com a “resolução política” do conflito.

“Em todas os temas abordados, constatamos um elevado nível de proximidade e correspondência entre nossas posições”, diz a nota.

A aproximação de Rússia e China tem ocupado a atenção de autoridades em Washington e Bruxelas, que temem que Pequim passe a interferir diretamente na guerra na Ucrânia, como fornecedores e financiadores de Moscou.

Os EUA tomaram a iniciativa na tentativa de conter a área de influência da China na Ásia Central, com o secretário de Estado, Antony Blinken, viajando para o Casaquistão na última terça, e acirrou a narrativa em diversos campos de disputa estratégica com o país, incluindo a reação aos episódios com balões espiões chineses.

Em Nova Délhi, Blinken e Lavrov tiveram um breve contato, de acordo com uma fonte americana ouvida em anonimato pela France-Presse, à margem da reunião de cúpula. O secretário americano teria manifestado o compromisso dos EUA com o apoio a Ucrânia e pressionou a Rússia a voltar atrás em sua decisão de suspender o tratado nuclear Novo START. Também teria pedido a libertação do prisioneiro americano Paul Whelan.

A reunião do G-20 acabou sem uma declaração conjunta devido às “divergências provocadas pelo conflito na Ucrânia”, de acordo com a presidência indiana - de acordo com a diplomacia russa, Moscou e Pequim foram os únicos integrantes do grupo que não concordaram com a declaração que exigia “a retirada completa e incondicional da Rússia do território da Ucrânia”./ Com AFP

MOSCOU ― A Rússia e a China fizeram uma declaração nesta quinta-feira, 2, acusando o Ocidente de impor seus pontos de vista sobre a comunidade internacional por meio de “chantagens e ameaças”, em mais um gesto de aproximação entre Moscou e Pequim ― movimento que vem sendo acompanhado com preocupação pela Otan.

Uma declaração conjunta dos dois países foi divulgada pela diplomacia russa após um encontro entre os ministros das Relações Exteriores Serguei Lavrov, da Rússia, e Qin Gang, da China, em uma reunião paralela ao G20, em Nova Délhi.

“[Os chanceleres] rejeitaram as tentativas de interferência nos assuntos internos de outros países, de impor abordagens unilaterais por meio de chantagens e ameaças”, informou um comunicado publicado pela diplomacia russa.

Serguei Lavrov E Qin Gang se cumprimentam durante encontro bilateral à margem do G-20.  Foto: Russian Foreign Ministry Press Service/ EFE

Ainda de acordo com o comunicado, Moscou e Pequim veem com satisfação o “desenvolvimento rápido do diálogo político bilateral e da cooperação prática”, incluindo a situação da Ucrânia ― o Kremlin teria se agradado com os esforços da China para contribuir com a “resolução política” do conflito.

“Em todas os temas abordados, constatamos um elevado nível de proximidade e correspondência entre nossas posições”, diz a nota.

A aproximação de Rússia e China tem ocupado a atenção de autoridades em Washington e Bruxelas, que temem que Pequim passe a interferir diretamente na guerra na Ucrânia, como fornecedores e financiadores de Moscou.

Os EUA tomaram a iniciativa na tentativa de conter a área de influência da China na Ásia Central, com o secretário de Estado, Antony Blinken, viajando para o Casaquistão na última terça, e acirrou a narrativa em diversos campos de disputa estratégica com o país, incluindo a reação aos episódios com balões espiões chineses.

Em Nova Délhi, Blinken e Lavrov tiveram um breve contato, de acordo com uma fonte americana ouvida em anonimato pela France-Presse, à margem da reunião de cúpula. O secretário americano teria manifestado o compromisso dos EUA com o apoio a Ucrânia e pressionou a Rússia a voltar atrás em sua decisão de suspender o tratado nuclear Novo START. Também teria pedido a libertação do prisioneiro americano Paul Whelan.

A reunião do G-20 acabou sem uma declaração conjunta devido às “divergências provocadas pelo conflito na Ucrânia”, de acordo com a presidência indiana - de acordo com a diplomacia russa, Moscou e Pequim foram os únicos integrantes do grupo que não concordaram com a declaração que exigia “a retirada completa e incondicional da Rússia do território da Ucrânia”./ Com AFP

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