Rússia ensaia lançamento de mísseis com capacidade nuclear, diz ministério


Forças militares de Vladimir Putin voltam a realizar testes e simulações com armas nucleares; conflito na Ucrânia aumenta tensão do arsenal ser utilizado

Por Redação
Atualização:

MOSCOU - A Rússia afirmou nesta quarta-feira, 4, que as suas forças militares ensaiaram lançamentos de mísseis com capacidade nuclear. A simulação aconteceu no enclave de Kaliningrado, em meio à guerra na Ucrânia, e aumenta o temor sobre o uso de armas nucleares no conflito.

A guerra chegou nesta quarta ao 70º dia de ação militar russa, com milhares de mortos e mais de 13 milhões de deslocados, na pior crise de refugiados na Europa desde a 2ª Guerra.

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Esta não é a primeira vez que a Rússia faz testes com armas nucleares desde que o país invadiu a Ucrânia. No dia 20 de abril, as autoridades russas realizaram o primeiro teste de lançamento do míssil balístico de alcance intercontinental Sarmat, em desenvolvimento há anos.

Depois que a guerra teve início, o presidente russo, Vladimir Putin, também já falou sobre a possibilidade de usar armas nucleares. Segundo Putin, o arsenal está “pronto” para ser utilizado se for necessário.

Míssil intercontinental Sarmat, desenvolvido pela Rússia, foi testado no dia 20 de abril. Nesta quarta-feira, 4, Rússia fez simulações de lançamentos de outros mísseis com capacidade nuclear  Foto: Ministério da Defesa da Rússia/via Reuters
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Quando invadiu a Ucrânia no dia 24 de fevereiro, Putin fez uma referência direta às forças nucleares da Rússia e alertou os países do Ocidente que qualquer tentativa de entrar no caminho “levará a consequências que vocês nunca encontraram em sua história”.

O ensaio desta quarta-feira aconteceu durante os jogos militares no enclave do Mar Báltico, localizado entre a Polônia e a Lituânia. Segundo o Ministério da Defesa, o teste foi de “lançamentos eletrônicos” simulados do sistema móvel de mísseis balísticos Iskander, com capacidade nuclear.

O comunicado do ministério afirma que as forças russas praticaram ataques únicos e múltiplos contra alvos que simulavam sistemas de lançamento de mísseis, pistas de pouso, infraestrutura protegida, equipamentos militares e postos de comando de um inimigo. Após os lançamentos “eletrônicos”, os militares realizaram manobras para mudar de posição, a fim de evitar “um possível ataque de retaliação”, acrescentou o ministério.

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As unidades de combate também praticaram “ações em condições de radiação e contaminação química”. Mais de 100 soldados participaram dos testes.

Observadores notaram que nos últimos dias a televisão estatal russa tentou tornar o uso de armas nucleares mais palatável para o público. “Há duas semanas ouvimos em nossas telas de televisão que os silos nucleares devem ser abertos”, disse nesta terça-feira, 3, o jornalista Dmitri Muratov, ganhador do Prêmio Nobel da Paz.

Líderes internacionais já reconheceram o risco de um conflito nuclear desencadear a partir da guerra na Ucrânia. “A perspectiva de um conflito nuclear, antes impensável, agora está de volta ao campo das possibilidades”, disse o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, no dia 14 de março.

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Desde então, a ameaça é retomada e a tensão em torno do uso de armas nucleares é crescente. Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, declarou que o risco disso acontecer “é sério, real. Não podemos subestimá-lo”. /AFP

MOSCOU - A Rússia afirmou nesta quarta-feira, 4, que as suas forças militares ensaiaram lançamentos de mísseis com capacidade nuclear. A simulação aconteceu no enclave de Kaliningrado, em meio à guerra na Ucrânia, e aumenta o temor sobre o uso de armas nucleares no conflito.

A guerra chegou nesta quarta ao 70º dia de ação militar russa, com milhares de mortos e mais de 13 milhões de deslocados, na pior crise de refugiados na Europa desde a 2ª Guerra.

Esta não é a primeira vez que a Rússia faz testes com armas nucleares desde que o país invadiu a Ucrânia. No dia 20 de abril, as autoridades russas realizaram o primeiro teste de lançamento do míssil balístico de alcance intercontinental Sarmat, em desenvolvimento há anos.

Depois que a guerra teve início, o presidente russo, Vladimir Putin, também já falou sobre a possibilidade de usar armas nucleares. Segundo Putin, o arsenal está “pronto” para ser utilizado se for necessário.

Míssil intercontinental Sarmat, desenvolvido pela Rússia, foi testado no dia 20 de abril. Nesta quarta-feira, 4, Rússia fez simulações de lançamentos de outros mísseis com capacidade nuclear  Foto: Ministério da Defesa da Rússia/via Reuters

Quando invadiu a Ucrânia no dia 24 de fevereiro, Putin fez uma referência direta às forças nucleares da Rússia e alertou os países do Ocidente que qualquer tentativa de entrar no caminho “levará a consequências que vocês nunca encontraram em sua história”.

O ensaio desta quarta-feira aconteceu durante os jogos militares no enclave do Mar Báltico, localizado entre a Polônia e a Lituânia. Segundo o Ministério da Defesa, o teste foi de “lançamentos eletrônicos” simulados do sistema móvel de mísseis balísticos Iskander, com capacidade nuclear.

O comunicado do ministério afirma que as forças russas praticaram ataques únicos e múltiplos contra alvos que simulavam sistemas de lançamento de mísseis, pistas de pouso, infraestrutura protegida, equipamentos militares e postos de comando de um inimigo. Após os lançamentos “eletrônicos”, os militares realizaram manobras para mudar de posição, a fim de evitar “um possível ataque de retaliação”, acrescentou o ministério.

As unidades de combate também praticaram “ações em condições de radiação e contaminação química”. Mais de 100 soldados participaram dos testes.

Observadores notaram que nos últimos dias a televisão estatal russa tentou tornar o uso de armas nucleares mais palatável para o público. “Há duas semanas ouvimos em nossas telas de televisão que os silos nucleares devem ser abertos”, disse nesta terça-feira, 3, o jornalista Dmitri Muratov, ganhador do Prêmio Nobel da Paz.

Líderes internacionais já reconheceram o risco de um conflito nuclear desencadear a partir da guerra na Ucrânia. “A perspectiva de um conflito nuclear, antes impensável, agora está de volta ao campo das possibilidades”, disse o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, no dia 14 de março.

Desde então, a ameaça é retomada e a tensão em torno do uso de armas nucleares é crescente. Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, declarou que o risco disso acontecer “é sério, real. Não podemos subestimá-lo”. /AFP

MOSCOU - A Rússia afirmou nesta quarta-feira, 4, que as suas forças militares ensaiaram lançamentos de mísseis com capacidade nuclear. A simulação aconteceu no enclave de Kaliningrado, em meio à guerra na Ucrânia, e aumenta o temor sobre o uso de armas nucleares no conflito.

A guerra chegou nesta quarta ao 70º dia de ação militar russa, com milhares de mortos e mais de 13 milhões de deslocados, na pior crise de refugiados na Europa desde a 2ª Guerra.

Esta não é a primeira vez que a Rússia faz testes com armas nucleares desde que o país invadiu a Ucrânia. No dia 20 de abril, as autoridades russas realizaram o primeiro teste de lançamento do míssil balístico de alcance intercontinental Sarmat, em desenvolvimento há anos.

Depois que a guerra teve início, o presidente russo, Vladimir Putin, também já falou sobre a possibilidade de usar armas nucleares. Segundo Putin, o arsenal está “pronto” para ser utilizado se for necessário.

Míssil intercontinental Sarmat, desenvolvido pela Rússia, foi testado no dia 20 de abril. Nesta quarta-feira, 4, Rússia fez simulações de lançamentos de outros mísseis com capacidade nuclear  Foto: Ministério da Defesa da Rússia/via Reuters

Quando invadiu a Ucrânia no dia 24 de fevereiro, Putin fez uma referência direta às forças nucleares da Rússia e alertou os países do Ocidente que qualquer tentativa de entrar no caminho “levará a consequências que vocês nunca encontraram em sua história”.

O ensaio desta quarta-feira aconteceu durante os jogos militares no enclave do Mar Báltico, localizado entre a Polônia e a Lituânia. Segundo o Ministério da Defesa, o teste foi de “lançamentos eletrônicos” simulados do sistema móvel de mísseis balísticos Iskander, com capacidade nuclear.

O comunicado do ministério afirma que as forças russas praticaram ataques únicos e múltiplos contra alvos que simulavam sistemas de lançamento de mísseis, pistas de pouso, infraestrutura protegida, equipamentos militares e postos de comando de um inimigo. Após os lançamentos “eletrônicos”, os militares realizaram manobras para mudar de posição, a fim de evitar “um possível ataque de retaliação”, acrescentou o ministério.

As unidades de combate também praticaram “ações em condições de radiação e contaminação química”. Mais de 100 soldados participaram dos testes.

Observadores notaram que nos últimos dias a televisão estatal russa tentou tornar o uso de armas nucleares mais palatável para o público. “Há duas semanas ouvimos em nossas telas de televisão que os silos nucleares devem ser abertos”, disse nesta terça-feira, 3, o jornalista Dmitri Muratov, ganhador do Prêmio Nobel da Paz.

Líderes internacionais já reconheceram o risco de um conflito nuclear desencadear a partir da guerra na Ucrânia. “A perspectiva de um conflito nuclear, antes impensável, agora está de volta ao campo das possibilidades”, disse o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, no dia 14 de março.

Desde então, a ameaça é retomada e a tensão em torno do uso de armas nucleares é crescente. Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, declarou que o risco disso acontecer “é sério, real. Não podemos subestimá-lo”. /AFP

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