Rússia envia caças com mísseis hipersônicos para território cercado pela Otan no Báltico; veja vídeo


Aviões de guerra MiG-31 equipados com mísseis Kinzhal - disparados a uma velocidade 10 vezes maior que a do som - chegaram a Kaliningrado, exclave russo na fronteira com Polônia e Lituânia

Por Redação
Atualização:

MOSCOU - A Rússia afirmou ter enviado aviões de guerra armados com mísseis hipersônicos de última geração para o exclave de Kaliningrado, no Mar Báltico - um dos territórios mais ao oeste do país - nesta quinta-feira, 18. A movimentação militar vem em um momento de acirramento de tensões com o Ocidente pela guerra na Ucrânia e pelos treinamentos militares em conjunto com a China.

O Ministério da Defesa da Rússia informou que três caças MiG-31 com mísseis hipersônicos Kinzhal chegaram à base aérea de Chkalovsk, em Kaliningrado, como parte de “medidas adicionais de dissuasão estratégica”. Um vídeo divulgado pelos militares - e compartilhados nas redes sociais por observadores internacionais - mostrou os caças chegando à base, mas não carregando os mísseis, que aparentemente foram entregues separadamente.

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De acordo com o ministério russo, os aviões de guerra serão colocados em alerta 24 horas por dia.

O movimento provocou resposta na Europa. Também nesta quinta, a Finlândia disse que vai investigar dois dos caças russos MiG-31 suspeitos de violar o espaço aéreo do país no Golfo da Finlândia, na cidade de Porvoo, ao sul de Helsinque. A Guarda de Fronteiras do país nórdico iniciou uma investigação preliminar sobre o incidente.

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A implantação de mísseis Kinzhal em Kaliningrado, quando a campanha da Rússia na Ucrânia se aproxima do 6° mês, parecia destinada a mostrar a capacidade militar de Moscou de ameaçar ativos da Otan - a região faz fronteira com Polônia e Lituânia.

Os militares russos dizem que o Kinzhal tem um alcance de até 2.000 km e voa a uma velocidade 10 vezes superior a do som, dificultando a interceptação. A Rússia usou a arma para atingir vários alvos na Ucrânia.

A localização de Kaliningrado a colocou na vanguarda dos esforços de Moscou para combater o que descreveu como políticas hostis da Otan. O Kremlin reforçou metodicamente suas forças militares no local, armando-as com equipamentos de última geração, incluindo mísseis Iskander guiados de precisão e uma série de sistemas de defesa aérea.

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Imagem retirada de vídeo mostra caças russos MiG-31 em base aérea em Kaliningrado. Foto: Russian Defense Ministry Press Service photo via AP - 18/08/2022

“Os eventos na Ucrânia demonstraram que um confronto com o Ocidente coletivo é uma possibilidade real”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Ivan Nechaiev, na quinta-feira, enfatizando que um “confronto direto com os EUA e a Otan não é do nosso interesse”.

Falando em um briefing, Nechaiev disse: “A Rússia como potência nuclear continuará a agir com máxima responsabilidade” e “a doutrina militar russa prevê uma resposta nuclear apenas em retaliação a uma agressão envolvendo armas de destruição em massa ou em uma situação em que a próprio existência do Estado está ameaçada”.

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Os militares russos estão equipados com armas convencionais que “permitem implementar plenamente as metas estabelecidas pelo presidente russo”, acrescentou.

“Partimos da suposição de que os EUA e a Otan estão cientes de onde sua retórica antirrussa agressiva, com ênfase no possível uso de armas nucleares, pode levar”, disse Nechaiev.

Ele disse que a Rússia acredita que “uma guerra nuclear não pode ser vencida e nunca deve ser travada”, uma visão reafirmada por cinco potências nucleares no início deste ano./ AP

MOSCOU - A Rússia afirmou ter enviado aviões de guerra armados com mísseis hipersônicos de última geração para o exclave de Kaliningrado, no Mar Báltico - um dos territórios mais ao oeste do país - nesta quinta-feira, 18. A movimentação militar vem em um momento de acirramento de tensões com o Ocidente pela guerra na Ucrânia e pelos treinamentos militares em conjunto com a China.

O Ministério da Defesa da Rússia informou que três caças MiG-31 com mísseis hipersônicos Kinzhal chegaram à base aérea de Chkalovsk, em Kaliningrado, como parte de “medidas adicionais de dissuasão estratégica”. Um vídeo divulgado pelos militares - e compartilhados nas redes sociais por observadores internacionais - mostrou os caças chegando à base, mas não carregando os mísseis, que aparentemente foram entregues separadamente.

De acordo com o ministério russo, os aviões de guerra serão colocados em alerta 24 horas por dia.

O movimento provocou resposta na Europa. Também nesta quinta, a Finlândia disse que vai investigar dois dos caças russos MiG-31 suspeitos de violar o espaço aéreo do país no Golfo da Finlândia, na cidade de Porvoo, ao sul de Helsinque. A Guarda de Fronteiras do país nórdico iniciou uma investigação preliminar sobre o incidente.

A implantação de mísseis Kinzhal em Kaliningrado, quando a campanha da Rússia na Ucrânia se aproxima do 6° mês, parecia destinada a mostrar a capacidade militar de Moscou de ameaçar ativos da Otan - a região faz fronteira com Polônia e Lituânia.

Os militares russos dizem que o Kinzhal tem um alcance de até 2.000 km e voa a uma velocidade 10 vezes superior a do som, dificultando a interceptação. A Rússia usou a arma para atingir vários alvos na Ucrânia.

A localização de Kaliningrado a colocou na vanguarda dos esforços de Moscou para combater o que descreveu como políticas hostis da Otan. O Kremlin reforçou metodicamente suas forças militares no local, armando-as com equipamentos de última geração, incluindo mísseis Iskander guiados de precisão e uma série de sistemas de defesa aérea.

Imagem retirada de vídeo mostra caças russos MiG-31 em base aérea em Kaliningrado. Foto: Russian Defense Ministry Press Service photo via AP - 18/08/2022

“Os eventos na Ucrânia demonstraram que um confronto com o Ocidente coletivo é uma possibilidade real”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Ivan Nechaiev, na quinta-feira, enfatizando que um “confronto direto com os EUA e a Otan não é do nosso interesse”.

Falando em um briefing, Nechaiev disse: “A Rússia como potência nuclear continuará a agir com máxima responsabilidade” e “a doutrina militar russa prevê uma resposta nuclear apenas em retaliação a uma agressão envolvendo armas de destruição em massa ou em uma situação em que a próprio existência do Estado está ameaçada”.

Os militares russos estão equipados com armas convencionais que “permitem implementar plenamente as metas estabelecidas pelo presidente russo”, acrescentou.

“Partimos da suposição de que os EUA e a Otan estão cientes de onde sua retórica antirrussa agressiva, com ênfase no possível uso de armas nucleares, pode levar”, disse Nechaiev.

Ele disse que a Rússia acredita que “uma guerra nuclear não pode ser vencida e nunca deve ser travada”, uma visão reafirmada por cinco potências nucleares no início deste ano./ AP

MOSCOU - A Rússia afirmou ter enviado aviões de guerra armados com mísseis hipersônicos de última geração para o exclave de Kaliningrado, no Mar Báltico - um dos territórios mais ao oeste do país - nesta quinta-feira, 18. A movimentação militar vem em um momento de acirramento de tensões com o Ocidente pela guerra na Ucrânia e pelos treinamentos militares em conjunto com a China.

O Ministério da Defesa da Rússia informou que três caças MiG-31 com mísseis hipersônicos Kinzhal chegaram à base aérea de Chkalovsk, em Kaliningrado, como parte de “medidas adicionais de dissuasão estratégica”. Um vídeo divulgado pelos militares - e compartilhados nas redes sociais por observadores internacionais - mostrou os caças chegando à base, mas não carregando os mísseis, que aparentemente foram entregues separadamente.

De acordo com o ministério russo, os aviões de guerra serão colocados em alerta 24 horas por dia.

O movimento provocou resposta na Europa. Também nesta quinta, a Finlândia disse que vai investigar dois dos caças russos MiG-31 suspeitos de violar o espaço aéreo do país no Golfo da Finlândia, na cidade de Porvoo, ao sul de Helsinque. A Guarda de Fronteiras do país nórdico iniciou uma investigação preliminar sobre o incidente.

A implantação de mísseis Kinzhal em Kaliningrado, quando a campanha da Rússia na Ucrânia se aproxima do 6° mês, parecia destinada a mostrar a capacidade militar de Moscou de ameaçar ativos da Otan - a região faz fronteira com Polônia e Lituânia.

Os militares russos dizem que o Kinzhal tem um alcance de até 2.000 km e voa a uma velocidade 10 vezes superior a do som, dificultando a interceptação. A Rússia usou a arma para atingir vários alvos na Ucrânia.

A localização de Kaliningrado a colocou na vanguarda dos esforços de Moscou para combater o que descreveu como políticas hostis da Otan. O Kremlin reforçou metodicamente suas forças militares no local, armando-as com equipamentos de última geração, incluindo mísseis Iskander guiados de precisão e uma série de sistemas de defesa aérea.

Imagem retirada de vídeo mostra caças russos MiG-31 em base aérea em Kaliningrado. Foto: Russian Defense Ministry Press Service photo via AP - 18/08/2022

“Os eventos na Ucrânia demonstraram que um confronto com o Ocidente coletivo é uma possibilidade real”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Ivan Nechaiev, na quinta-feira, enfatizando que um “confronto direto com os EUA e a Otan não é do nosso interesse”.

Falando em um briefing, Nechaiev disse: “A Rússia como potência nuclear continuará a agir com máxima responsabilidade” e “a doutrina militar russa prevê uma resposta nuclear apenas em retaliação a uma agressão envolvendo armas de destruição em massa ou em uma situação em que a próprio existência do Estado está ameaçada”.

Os militares russos estão equipados com armas convencionais que “permitem implementar plenamente as metas estabelecidas pelo presidente russo”, acrescentou.

“Partimos da suposição de que os EUA e a Otan estão cientes de onde sua retórica antirrussa agressiva, com ênfase no possível uso de armas nucleares, pode levar”, disse Nechaiev.

Ele disse que a Rússia acredita que “uma guerra nuclear não pode ser vencida e nunca deve ser travada”, uma visão reafirmada por cinco potências nucleares no início deste ano./ AP

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