Rússia faz ensaios nucleares na Sibéria e suspende cooperação atômica com os EUA


Retórica nuclear ocorre num momento em que um estudo revelou um aumento do número de ogivas atômicas em funcionamento no planeta no ano passado

Por Redação
Atualização:

O ministério da Defesa da Rússia realizou ensaios nucleares nesta quarta-feira, 29, com a utilização de lançadores nucleares na Sibéria. Em paralelo, o governo russo anunciou que suspenderá a cooperação atômica com os Estados Unidos. Segundo o chanceler Sergei Riabkov, os testes não serão mais comunicados ao governo americano. A decisão se soma ao anúncio, no mês passado, de que a Rússia deixaria de participar do tratado estratégico de controle de armas nucleares, o Start.

O teste ocorre no mesmo dia em que o Kremlin alertou para uma guerra prolongada contra o Ocidente e pouco depois de o presidente Vladimir Putin anunciar que mandará armas nucleares táticas para Belarus. O agravamento da retórica nuclear russo também acontece num momento em que um estudo revelou um aumento do número de ogivas atômicas em funcionamento no planeta no ano passado.

Os ensaios, que contam com o lançador de mísseis Yars, ocorrem em três regiões da Sibéria e têm como objetivo treinar medidas para esconder o arsenal atômico de Putin de satélites estrangeiros, segundo o Ministério da Defesa.

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Não há previsão da duração dos ensaios nem se haverá lançamentos de mísseis balíticos. O Yars é um míssil balístico intercontinental com alcance de 11 mil km. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o ministério da Defesa mostrou caminhões retirando os mísseis da base. O ensaio envolve 300 veículos e 3 mil militares na Sibéria Oriental.

Míssil balístico Yars é conduzido por militares na tundra siberiana  Foto: Russian Defense Ministry Press Service via AP

Ameaças de Putin

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Desde o início da guerra, autoridades russas têm emitido uma enxurrada de declarações envolvendo a ameaça de armas nucleares. A mais recente deles ocorreu na na terça-feira, 28, quando o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, afirmou que alguns políticos americanos acreditam que os EUA poderiam lançar um ataque preventivo com mísseis contra a Rússia.

“A Rússia não está tentando assustar ninguém com sua superioridade militar, mas possui armas modernas únicas capazes de destruir qualquer adversário, incluindo os Estados Unidos, em caso de ameaça à sua existência”, disse Patrushev.

Em outro sinal de que a retórica nuclear segue em alta, o O Kremlin afirmou nesta quarta-feira que a “guerra híbrida” entre a Rússia e as potências ocidentais vai durar muito tempo. “Se falamos de guerra no sentido amplo, de confronto com os países ocidentais, desta guerra híbrida (...) esta vai durar muito tempo”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

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No domingo, Putin atribuiu a colocação de mísseis táticos em Belarus, uma ex-república soviética aliada do Kremlin, a medidas similares adotadas pelos Estados Unidos. Essas armas têm um alcance significativamente menor que as ogivas lançadas por mísseis intercontinentais, como a do ensaio na Sibéria, e não são controladas por tratados internacionais. Putin tem reiterado que usará ‘todos os meios necessários’ para defender o terrritório russo de um ataque estrangeiro.

Armas nucleares em alta

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O número de ogivas nucleares operacionais no mundo aumentou em 2022, impulsionado pela Rússia e pela China, segundo o relatório Nuclear Weapons Ban Monitor, publicado pela ONG norueguesa Norsk Folkehjelp nesta quarta-feira (29).

Até o início de 2023, as nove potências nucleares oficiais e não oficiais possuíam 9.576 ogivas prontas para uso, 136 a mais que no ano anterior. Sua capacidade destrutiva é equivalente a “mais de 135.000 bombas de Hiroshima”, segundo o relatório.

O aumento observado em 2022 se deve à Rússia, que possui o maior arsenal nuclear do mundo com 5.889 ogivas operacionais, além da China, Índia, Coreia do Norte e Paquistão.

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“Esse aumento é preocupante e dá continuidade a uma tendência iniciada em 2017″, disse Grethe Lauglo Østern, responsável pelo relatório.

O relatório foi publicado tendo como pano de fundo as ameaças nucleares de Moscou, relacionadas à invasão da Ucrânia. O estoque total de armas atômicas, que inclui as desativadas, foi reduzido. Seu número total passou de 12.705 para 12.512 em um ano, devido à destruição de ogivas antigas na Rússia e nos Estados Unidos.

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As oito potências nucleares oficiais são Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França, China, Índia, Paquistão e Coreia do Norte. Israel é uma potência nuclear não oficial. /AFP E AP

O ministério da Defesa da Rússia realizou ensaios nucleares nesta quarta-feira, 29, com a utilização de lançadores nucleares na Sibéria. Em paralelo, o governo russo anunciou que suspenderá a cooperação atômica com os Estados Unidos. Segundo o chanceler Sergei Riabkov, os testes não serão mais comunicados ao governo americano. A decisão se soma ao anúncio, no mês passado, de que a Rússia deixaria de participar do tratado estratégico de controle de armas nucleares, o Start.

O teste ocorre no mesmo dia em que o Kremlin alertou para uma guerra prolongada contra o Ocidente e pouco depois de o presidente Vladimir Putin anunciar que mandará armas nucleares táticas para Belarus. O agravamento da retórica nuclear russo também acontece num momento em que um estudo revelou um aumento do número de ogivas atômicas em funcionamento no planeta no ano passado.

Os ensaios, que contam com o lançador de mísseis Yars, ocorrem em três regiões da Sibéria e têm como objetivo treinar medidas para esconder o arsenal atômico de Putin de satélites estrangeiros, segundo o Ministério da Defesa.

Não há previsão da duração dos ensaios nem se haverá lançamentos de mísseis balíticos. O Yars é um míssil balístico intercontinental com alcance de 11 mil km. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o ministério da Defesa mostrou caminhões retirando os mísseis da base. O ensaio envolve 300 veículos e 3 mil militares na Sibéria Oriental.

Míssil balístico Yars é conduzido por militares na tundra siberiana  Foto: Russian Defense Ministry Press Service via AP

Ameaças de Putin

Desde o início da guerra, autoridades russas têm emitido uma enxurrada de declarações envolvendo a ameaça de armas nucleares. A mais recente deles ocorreu na na terça-feira, 28, quando o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, afirmou que alguns políticos americanos acreditam que os EUA poderiam lançar um ataque preventivo com mísseis contra a Rússia.

“A Rússia não está tentando assustar ninguém com sua superioridade militar, mas possui armas modernas únicas capazes de destruir qualquer adversário, incluindo os Estados Unidos, em caso de ameaça à sua existência”, disse Patrushev.

Em outro sinal de que a retórica nuclear segue em alta, o O Kremlin afirmou nesta quarta-feira que a “guerra híbrida” entre a Rússia e as potências ocidentais vai durar muito tempo. “Se falamos de guerra no sentido amplo, de confronto com os países ocidentais, desta guerra híbrida (...) esta vai durar muito tempo”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

No domingo, Putin atribuiu a colocação de mísseis táticos em Belarus, uma ex-república soviética aliada do Kremlin, a medidas similares adotadas pelos Estados Unidos. Essas armas têm um alcance significativamente menor que as ogivas lançadas por mísseis intercontinentais, como a do ensaio na Sibéria, e não são controladas por tratados internacionais. Putin tem reiterado que usará ‘todos os meios necessários’ para defender o terrritório russo de um ataque estrangeiro.

Armas nucleares em alta

O número de ogivas nucleares operacionais no mundo aumentou em 2022, impulsionado pela Rússia e pela China, segundo o relatório Nuclear Weapons Ban Monitor, publicado pela ONG norueguesa Norsk Folkehjelp nesta quarta-feira (29).

Até o início de 2023, as nove potências nucleares oficiais e não oficiais possuíam 9.576 ogivas prontas para uso, 136 a mais que no ano anterior. Sua capacidade destrutiva é equivalente a “mais de 135.000 bombas de Hiroshima”, segundo o relatório.

O aumento observado em 2022 se deve à Rússia, que possui o maior arsenal nuclear do mundo com 5.889 ogivas operacionais, além da China, Índia, Coreia do Norte e Paquistão.

“Esse aumento é preocupante e dá continuidade a uma tendência iniciada em 2017″, disse Grethe Lauglo Østern, responsável pelo relatório.

O relatório foi publicado tendo como pano de fundo as ameaças nucleares de Moscou, relacionadas à invasão da Ucrânia. O estoque total de armas atômicas, que inclui as desativadas, foi reduzido. Seu número total passou de 12.705 para 12.512 em um ano, devido à destruição de ogivas antigas na Rússia e nos Estados Unidos.

As oito potências nucleares oficiais são Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França, China, Índia, Paquistão e Coreia do Norte. Israel é uma potência nuclear não oficial. /AFP E AP

O ministério da Defesa da Rússia realizou ensaios nucleares nesta quarta-feira, 29, com a utilização de lançadores nucleares na Sibéria. Em paralelo, o governo russo anunciou que suspenderá a cooperação atômica com os Estados Unidos. Segundo o chanceler Sergei Riabkov, os testes não serão mais comunicados ao governo americano. A decisão se soma ao anúncio, no mês passado, de que a Rússia deixaria de participar do tratado estratégico de controle de armas nucleares, o Start.

O teste ocorre no mesmo dia em que o Kremlin alertou para uma guerra prolongada contra o Ocidente e pouco depois de o presidente Vladimir Putin anunciar que mandará armas nucleares táticas para Belarus. O agravamento da retórica nuclear russo também acontece num momento em que um estudo revelou um aumento do número de ogivas atômicas em funcionamento no planeta no ano passado.

Os ensaios, que contam com o lançador de mísseis Yars, ocorrem em três regiões da Sibéria e têm como objetivo treinar medidas para esconder o arsenal atômico de Putin de satélites estrangeiros, segundo o Ministério da Defesa.

Não há previsão da duração dos ensaios nem se haverá lançamentos de mísseis balíticos. O Yars é um míssil balístico intercontinental com alcance de 11 mil km. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o ministério da Defesa mostrou caminhões retirando os mísseis da base. O ensaio envolve 300 veículos e 3 mil militares na Sibéria Oriental.

Míssil balístico Yars é conduzido por militares na tundra siberiana  Foto: Russian Defense Ministry Press Service via AP

Ameaças de Putin

Desde o início da guerra, autoridades russas têm emitido uma enxurrada de declarações envolvendo a ameaça de armas nucleares. A mais recente deles ocorreu na na terça-feira, 28, quando o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, afirmou que alguns políticos americanos acreditam que os EUA poderiam lançar um ataque preventivo com mísseis contra a Rússia.

“A Rússia não está tentando assustar ninguém com sua superioridade militar, mas possui armas modernas únicas capazes de destruir qualquer adversário, incluindo os Estados Unidos, em caso de ameaça à sua existência”, disse Patrushev.

Em outro sinal de que a retórica nuclear segue em alta, o O Kremlin afirmou nesta quarta-feira que a “guerra híbrida” entre a Rússia e as potências ocidentais vai durar muito tempo. “Se falamos de guerra no sentido amplo, de confronto com os países ocidentais, desta guerra híbrida (...) esta vai durar muito tempo”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

No domingo, Putin atribuiu a colocação de mísseis táticos em Belarus, uma ex-república soviética aliada do Kremlin, a medidas similares adotadas pelos Estados Unidos. Essas armas têm um alcance significativamente menor que as ogivas lançadas por mísseis intercontinentais, como a do ensaio na Sibéria, e não são controladas por tratados internacionais. Putin tem reiterado que usará ‘todos os meios necessários’ para defender o terrritório russo de um ataque estrangeiro.

Armas nucleares em alta

O número de ogivas nucleares operacionais no mundo aumentou em 2022, impulsionado pela Rússia e pela China, segundo o relatório Nuclear Weapons Ban Monitor, publicado pela ONG norueguesa Norsk Folkehjelp nesta quarta-feira (29).

Até o início de 2023, as nove potências nucleares oficiais e não oficiais possuíam 9.576 ogivas prontas para uso, 136 a mais que no ano anterior. Sua capacidade destrutiva é equivalente a “mais de 135.000 bombas de Hiroshima”, segundo o relatório.

O aumento observado em 2022 se deve à Rússia, que possui o maior arsenal nuclear do mundo com 5.889 ogivas operacionais, além da China, Índia, Coreia do Norte e Paquistão.

“Esse aumento é preocupante e dá continuidade a uma tendência iniciada em 2017″, disse Grethe Lauglo Østern, responsável pelo relatório.

O relatório foi publicado tendo como pano de fundo as ameaças nucleares de Moscou, relacionadas à invasão da Ucrânia. O estoque total de armas atômicas, que inclui as desativadas, foi reduzido. Seu número total passou de 12.705 para 12.512 em um ano, devido à destruição de ogivas antigas na Rússia e nos Estados Unidos.

As oito potências nucleares oficiais são Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França, China, Índia, Paquistão e Coreia do Norte. Israel é uma potência nuclear não oficial. /AFP E AP

O ministério da Defesa da Rússia realizou ensaios nucleares nesta quarta-feira, 29, com a utilização de lançadores nucleares na Sibéria. Em paralelo, o governo russo anunciou que suspenderá a cooperação atômica com os Estados Unidos. Segundo o chanceler Sergei Riabkov, os testes não serão mais comunicados ao governo americano. A decisão se soma ao anúncio, no mês passado, de que a Rússia deixaria de participar do tratado estratégico de controle de armas nucleares, o Start.

O teste ocorre no mesmo dia em que o Kremlin alertou para uma guerra prolongada contra o Ocidente e pouco depois de o presidente Vladimir Putin anunciar que mandará armas nucleares táticas para Belarus. O agravamento da retórica nuclear russo também acontece num momento em que um estudo revelou um aumento do número de ogivas atômicas em funcionamento no planeta no ano passado.

Os ensaios, que contam com o lançador de mísseis Yars, ocorrem em três regiões da Sibéria e têm como objetivo treinar medidas para esconder o arsenal atômico de Putin de satélites estrangeiros, segundo o Ministério da Defesa.

Não há previsão da duração dos ensaios nem se haverá lançamentos de mísseis balíticos. O Yars é um míssil balístico intercontinental com alcance de 11 mil km. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o ministério da Defesa mostrou caminhões retirando os mísseis da base. O ensaio envolve 300 veículos e 3 mil militares na Sibéria Oriental.

Míssil balístico Yars é conduzido por militares na tundra siberiana  Foto: Russian Defense Ministry Press Service via AP

Ameaças de Putin

Desde o início da guerra, autoridades russas têm emitido uma enxurrada de declarações envolvendo a ameaça de armas nucleares. A mais recente deles ocorreu na na terça-feira, 28, quando o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, afirmou que alguns políticos americanos acreditam que os EUA poderiam lançar um ataque preventivo com mísseis contra a Rússia.

“A Rússia não está tentando assustar ninguém com sua superioridade militar, mas possui armas modernas únicas capazes de destruir qualquer adversário, incluindo os Estados Unidos, em caso de ameaça à sua existência”, disse Patrushev.

Em outro sinal de que a retórica nuclear segue em alta, o O Kremlin afirmou nesta quarta-feira que a “guerra híbrida” entre a Rússia e as potências ocidentais vai durar muito tempo. “Se falamos de guerra no sentido amplo, de confronto com os países ocidentais, desta guerra híbrida (...) esta vai durar muito tempo”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

No domingo, Putin atribuiu a colocação de mísseis táticos em Belarus, uma ex-república soviética aliada do Kremlin, a medidas similares adotadas pelos Estados Unidos. Essas armas têm um alcance significativamente menor que as ogivas lançadas por mísseis intercontinentais, como a do ensaio na Sibéria, e não são controladas por tratados internacionais. Putin tem reiterado que usará ‘todos os meios necessários’ para defender o terrritório russo de um ataque estrangeiro.

Armas nucleares em alta

O número de ogivas nucleares operacionais no mundo aumentou em 2022, impulsionado pela Rússia e pela China, segundo o relatório Nuclear Weapons Ban Monitor, publicado pela ONG norueguesa Norsk Folkehjelp nesta quarta-feira (29).

Até o início de 2023, as nove potências nucleares oficiais e não oficiais possuíam 9.576 ogivas prontas para uso, 136 a mais que no ano anterior. Sua capacidade destrutiva é equivalente a “mais de 135.000 bombas de Hiroshima”, segundo o relatório.

O aumento observado em 2022 se deve à Rússia, que possui o maior arsenal nuclear do mundo com 5.889 ogivas operacionais, além da China, Índia, Coreia do Norte e Paquistão.

“Esse aumento é preocupante e dá continuidade a uma tendência iniciada em 2017″, disse Grethe Lauglo Østern, responsável pelo relatório.

O relatório foi publicado tendo como pano de fundo as ameaças nucleares de Moscou, relacionadas à invasão da Ucrânia. O estoque total de armas atômicas, que inclui as desativadas, foi reduzido. Seu número total passou de 12.705 para 12.512 em um ano, devido à destruição de ogivas antigas na Rússia e nos Estados Unidos.

As oito potências nucleares oficiais são Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França, China, Índia, Paquistão e Coreia do Norte. Israel é uma potência nuclear não oficial. /AFP E AP

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