O comandante da frota do Mar Negro, declarado morto pelos militares da Ucrânia na segunda-feira, 25, mas supostamente mostrado em um vídeo divulgado por Moscou na terça-feira, 26, apareceu em outra imagem divulgada pela TV estatal da Rússia nesta quarta, 27.
A suposta aparição, juntamente com os comentários do comandante publicados nos meios de comunicação russos na quarta-feira, parece ser um esforço orquestrado de Moscou para acabar com as especulações sobre a morte do comandante, apesar de a Ucrânia ter afirmado que acredita que ele foi morto juntamente com dezenas de outros oficiais em um ataque ao quartel-general naval russo na Crimeia na semana passada.
No vídeo, que não tem data e foi publicado nesta quarta-feira pela Zvezda, uma rede de televisão comandada pelo Ministério da Defesa, um homem identificado como o comandante Viktor Sokolov elogia a Frota do Mar Negro por “cumprir os objetivos definidos pelo comando”. Um meio de comunicação local na Crimeia publicou um relato da entrevista, no qual afirma que o almirante Sokolov estava respondendo a pergunta de um repórter sobre o ataque ucraniano na Crimeia. O artigo cita o almirante Sokolov dizendo: “O que aconteceu conosco? Nada aconteceu conosco. A vida continua.”
Separadamente, um jornal estatal, Rossiyskaya Gazeta, publicou um artigo dizendo que o almirante Sokolov havia entregue um prêmio ao time de futebol da Frota do Mar Negro na manhã de quarta-feira.
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Na terça-feira, num esforço para responder às alegações da Ucrânia sobre o ataque, o Ministério da Defesa russo divulgou um vídeo que mostrava Sokolov participando remotamente de uma reunião com o ministro da defesa, Sergei K. Shoigu, e outros oficiais militares.
Após a divulgação desse vídeo, as autoridades ucranianas reconheceram alguma incerteza sobre o destino do almirante Sokolov. Os militares ucranianos divulgaram um comunicado dizendo que estavam “esclarecendo” informações sobre os resultados do ataque de sexta-feira. Ainda assim, afirmaram que o almirante Sokolov estava entre os mortos, juntamente com outros 33 oficiais russos./The New York Times.