Prestes a completar um ano de sua invasão à Ucrânia, a Rússia já perdeu quase metade de seus principais tanques de guerra no conflito. A estimativa é do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, um centro de estudos com sede em Londres.
Os quase 12 meses da guerra, segundo análise do instituto, mudaram “significativamente” o estoque da Rússia, com perdas de cerca de 50% de seus tanques T-72.
O instituto avalia que o Exército russo perdeu quase 40% de sua ampla frota de tanques pré-guerra, incluindo modelos mais antigos e mais modernos que o T-72. Com a névoa da guerra, segundo o centro de estudos, é difícil determinar os números além das estimativas. O T-72 é, de longe, o tanque mais comum no arsenal da Rússia.
Apesar das perdas, Moscou mantém uma reserva considerável de tanques mais antigos que podem permitir que suas forças continuem.
“A produção industrial continua, mas lenta, forçando Moscou a confiar em suas armas mais antigas armazenadas como substitutos de atrito”, disse o executivo-chefe do IISS, John Chipman, na quarta-feira, lançando a revisão anual do Equilíbrio Militar das forças armadas em todo o mundo.
O arsenal da Ucrânia também está mudando, e sua frota de tanques, notavelmente menor, sofreu baixas em combate no ano passado. Algumas dessas perdas foram compensadas por tanques da era soviética que Kiev garantiu de aliados, incluindo a Polônia.
Um fluxo constante de armas dos apoiadores ocidentais da Ucrânia tem sido fundamental para sustentar e atualizar seu estoque. Canhões de design ocidental e artilharia de foguetes para a Ucrânia “significam que seu Exército agora pode atacar a longo alcance com projéteis mais precisos”, de acordo com o IISS.
Depois de meses de apelos de Kiev, os aliados da Ucrânia prometeram enviar dezenas de tanques pesados modernos, incluindo o M1 Abrams dos Estados Unidos, tanques Leopard de fabricação alemã e tanques Challenger do Reino Unido.
A sofisticação e a letalidade dos suprimentos de armas para a Ucrânia evoluíram durante a guerra, com Kiev agora passando a pedir caças. Mas as autoridades ocidentais dizem que é improvável que isso aconteça tão cedo.
O ritmo dos combates também está esgotando rapidamente os estoques de munição, levando os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) a se concentrarem em aumentar a produção. Enquanto Kiev se prepara para uma renovada ofensiva russa e planeja lançar uma contraofensiva nos próximos meses, seus aliados esperam que as batalhas se intensifiquem.