Rússia suspenderá bombardeios e descarta nova convocação de reservistas


Em rara aparição pública, Vladimir Putin comentou planejamento russo para a continuidade da guerra e se disse aberto para conversar com autoridades ucranianas

Por Redação

ASTANA - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que os bombardeios em massa à Ucrânia estão temporariamente suspensos e descartou novas convocações de reservistas nesta sexta-feira, 14, ao fim de uma semana marcada por disparos contínuos de artilharia russa em alvos civis do país vizinho.

Em uma rara aparição pública, Putin concedeu uma entrevista coletiva no Casaquistão, na qual afirmou que os bombardeios estão suspensos, pois o objetivo da ofensiva militar lançada pela Rússia não é “destruir a Ucrânia”. 

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“De imediato, não são necessários novos ataques massivos. Atualmente existem outros objetivos. Por enquanto. Veremos depois”, disse.

Vladimir Putin concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira, 14, no Casaquistão. Foto: Valery Sharifulin/ Sputnik/ AFP

A Rússia lançou bombardeios maciços em várias cidades ucranianas na segunda-feira, danificando infraestrutura elétrica e áreas residenciais, em retaliação à explosão de dois dias antes que danificou a ponte da Crimeia, ataque pelo qual Moscou culpa os serviços secretos ucranianos. 

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“Não é legal o que está acontecendo agora, mas (se a Rússia não tivesse iniciado sua ofensiva na Ucrânia), estaríamos na mesma situação um pouco mais tarde, só que as condições teriam sido piores para nós. Então, estamos fazendo tudo certo”, assegurou.

Reservistas no front

O presidente russo também indicou que não está prevista uma nova mobilização de reservistas. Inicialmente, Putin previu a chamada de 300 mil civis para compor as tropas, mas afirmou nesta sexta que foram recrutados até o momento 222 mil soldados, dos quais 16 mil estão em “unidades envolvidas no combate”. 

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“Não há mais nada planejado. Nenhuma proposta foi recebida do Ministério da Defesa e não vejo necessidade de fazê-lo no futuro próximo”, disse Putin, acrescentando que pretende concluir o recrutamento previamente anunciado em 15 dias.

Reservista russo convocado para servir na Ucrânia se despede de companheira em Volzhski, na Rússia. Foto: REUTERS - 28/09/2022

Quando anunciou a convocação de reservistas, há cerca de três semanas, o governo russo provocou uma verdadeira debandada de homens com idade para o serviço militar no país. Filas quilométricas de carros deixando a Rússia em direção a países vizinhos, como Finlândia, Geórgia e Mongólia foram registradas por imagens de satélite. Em certa altura, o Kremlin precisou enviar cartas de convocação para a fronteira e suspender a emissão de passaportes para reservistas convocados.

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“A linha de frente tem 1.100 km de extensão, então é quase impossível mantê-la exclusivamente com tropas formadas por militares contratados”, argumentou o presidente russo.

Aberto a negociações

Apesar da escalada de violência nos combates durante a semana, Putin disse nesta sexta que está aberto a negociações de paz com a Ucrânia, defendendo a mediação de países como Turquia e Emirados Árabes Unidos.

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No entanto, o presidente russo criticou as autoridades ucranianas por se recusarem a conversar com ele e disse não ver a necessidade de falar com o presidente americano, Joe Biden, mesmo no âmbito da cúpula do G20.

“Deveríamos perguntar a ele se está disposto a falar comigo, ou não. Para ser sincero, não vejo necessidade”, disse Putin, que declarou ainda não ter decidido se comparecerá ao encontro com os maiores países do mundo previsto para acontecer em novembro na Indonésia./AFP

ASTANA - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que os bombardeios em massa à Ucrânia estão temporariamente suspensos e descartou novas convocações de reservistas nesta sexta-feira, 14, ao fim de uma semana marcada por disparos contínuos de artilharia russa em alvos civis do país vizinho.

Em uma rara aparição pública, Putin concedeu uma entrevista coletiva no Casaquistão, na qual afirmou que os bombardeios estão suspensos, pois o objetivo da ofensiva militar lançada pela Rússia não é “destruir a Ucrânia”. 

“De imediato, não são necessários novos ataques massivos. Atualmente existem outros objetivos. Por enquanto. Veremos depois”, disse.

Vladimir Putin concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira, 14, no Casaquistão. Foto: Valery Sharifulin/ Sputnik/ AFP

A Rússia lançou bombardeios maciços em várias cidades ucranianas na segunda-feira, danificando infraestrutura elétrica e áreas residenciais, em retaliação à explosão de dois dias antes que danificou a ponte da Crimeia, ataque pelo qual Moscou culpa os serviços secretos ucranianos. 

“Não é legal o que está acontecendo agora, mas (se a Rússia não tivesse iniciado sua ofensiva na Ucrânia), estaríamos na mesma situação um pouco mais tarde, só que as condições teriam sido piores para nós. Então, estamos fazendo tudo certo”, assegurou.

Reservistas no front

O presidente russo também indicou que não está prevista uma nova mobilização de reservistas. Inicialmente, Putin previu a chamada de 300 mil civis para compor as tropas, mas afirmou nesta sexta que foram recrutados até o momento 222 mil soldados, dos quais 16 mil estão em “unidades envolvidas no combate”. 

“Não há mais nada planejado. Nenhuma proposta foi recebida do Ministério da Defesa e não vejo necessidade de fazê-lo no futuro próximo”, disse Putin, acrescentando que pretende concluir o recrutamento previamente anunciado em 15 dias.

Reservista russo convocado para servir na Ucrânia se despede de companheira em Volzhski, na Rússia. Foto: REUTERS - 28/09/2022

Quando anunciou a convocação de reservistas, há cerca de três semanas, o governo russo provocou uma verdadeira debandada de homens com idade para o serviço militar no país. Filas quilométricas de carros deixando a Rússia em direção a países vizinhos, como Finlândia, Geórgia e Mongólia foram registradas por imagens de satélite. Em certa altura, o Kremlin precisou enviar cartas de convocação para a fronteira e suspender a emissão de passaportes para reservistas convocados.

“A linha de frente tem 1.100 km de extensão, então é quase impossível mantê-la exclusivamente com tropas formadas por militares contratados”, argumentou o presidente russo.

Aberto a negociações

Apesar da escalada de violência nos combates durante a semana, Putin disse nesta sexta que está aberto a negociações de paz com a Ucrânia, defendendo a mediação de países como Turquia e Emirados Árabes Unidos.

No entanto, o presidente russo criticou as autoridades ucranianas por se recusarem a conversar com ele e disse não ver a necessidade de falar com o presidente americano, Joe Biden, mesmo no âmbito da cúpula do G20.

“Deveríamos perguntar a ele se está disposto a falar comigo, ou não. Para ser sincero, não vejo necessidade”, disse Putin, que declarou ainda não ter decidido se comparecerá ao encontro com os maiores países do mundo previsto para acontecer em novembro na Indonésia./AFP

ASTANA - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que os bombardeios em massa à Ucrânia estão temporariamente suspensos e descartou novas convocações de reservistas nesta sexta-feira, 14, ao fim de uma semana marcada por disparos contínuos de artilharia russa em alvos civis do país vizinho.

Em uma rara aparição pública, Putin concedeu uma entrevista coletiva no Casaquistão, na qual afirmou que os bombardeios estão suspensos, pois o objetivo da ofensiva militar lançada pela Rússia não é “destruir a Ucrânia”. 

“De imediato, não são necessários novos ataques massivos. Atualmente existem outros objetivos. Por enquanto. Veremos depois”, disse.

Vladimir Putin concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira, 14, no Casaquistão. Foto: Valery Sharifulin/ Sputnik/ AFP

A Rússia lançou bombardeios maciços em várias cidades ucranianas na segunda-feira, danificando infraestrutura elétrica e áreas residenciais, em retaliação à explosão de dois dias antes que danificou a ponte da Crimeia, ataque pelo qual Moscou culpa os serviços secretos ucranianos. 

“Não é legal o que está acontecendo agora, mas (se a Rússia não tivesse iniciado sua ofensiva na Ucrânia), estaríamos na mesma situação um pouco mais tarde, só que as condições teriam sido piores para nós. Então, estamos fazendo tudo certo”, assegurou.

Reservistas no front

O presidente russo também indicou que não está prevista uma nova mobilização de reservistas. Inicialmente, Putin previu a chamada de 300 mil civis para compor as tropas, mas afirmou nesta sexta que foram recrutados até o momento 222 mil soldados, dos quais 16 mil estão em “unidades envolvidas no combate”. 

“Não há mais nada planejado. Nenhuma proposta foi recebida do Ministério da Defesa e não vejo necessidade de fazê-lo no futuro próximo”, disse Putin, acrescentando que pretende concluir o recrutamento previamente anunciado em 15 dias.

Reservista russo convocado para servir na Ucrânia se despede de companheira em Volzhski, na Rússia. Foto: REUTERS - 28/09/2022

Quando anunciou a convocação de reservistas, há cerca de três semanas, o governo russo provocou uma verdadeira debandada de homens com idade para o serviço militar no país. Filas quilométricas de carros deixando a Rússia em direção a países vizinhos, como Finlândia, Geórgia e Mongólia foram registradas por imagens de satélite. Em certa altura, o Kremlin precisou enviar cartas de convocação para a fronteira e suspender a emissão de passaportes para reservistas convocados.

“A linha de frente tem 1.100 km de extensão, então é quase impossível mantê-la exclusivamente com tropas formadas por militares contratados”, argumentou o presidente russo.

Aberto a negociações

Apesar da escalada de violência nos combates durante a semana, Putin disse nesta sexta que está aberto a negociações de paz com a Ucrânia, defendendo a mediação de países como Turquia e Emirados Árabes Unidos.

No entanto, o presidente russo criticou as autoridades ucranianas por se recusarem a conversar com ele e disse não ver a necessidade de falar com o presidente americano, Joe Biden, mesmo no âmbito da cúpula do G20.

“Deveríamos perguntar a ele se está disposto a falar comigo, ou não. Para ser sincero, não vejo necessidade”, disse Putin, que declarou ainda não ter decidido se comparecerá ao encontro com os maiores países do mundo previsto para acontecer em novembro na Indonésia./AFP

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