Rússia vai eliminar limite de idade para serviço militar em meio a escassez de soldados


O parlamento do país considera permitir que russos com mais de 40 anos e estrangeiros com mais de 30 se alistem nas Forças Armadas, alegando necessidade de ‘especialistas’

Por Redação
Atualização:

LONDRES — Sinalizando uma necessidade urgente de reforçar suas tropas na guerra na Ucrânia em meio a baixas pesadas no campo de batalha, a Rússia caminha para eliminar os limites de idade do serviço militar no país.

Em um aparente esforço para expandir o grupo de potenciais recrutas, o Parlamento da Rússia disse nesta sexta-feira, 20, que vai considerar uma emenda para permitir que russos com mais de 40 anos e estrangeiros com mais de 30 se alistem nas Forças Armadas. Atualmente, apenas russos de 18 a 40 anos e estrangeiros de 18 a 30 anos podem firmar um primeiro contrato com os militares.

A lei traria mais militares com especialidades em demanda, como trabalhadores médicos e engenheiros, segundo um comunicado da Duma, a Câmara Baixa do Parlamento.

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“Especialistas altamente profissionais são necessários” para operar equipamentos militares, disse o comunicado, sem mencionar escassez de tropas no campo de batalha.

“Para o uso de armas de alta precisão, a operação de armas e equipamentos militares, são necessários especialistas altamente profissionais. A experiência mostra que eles se tornam assim aos 40-45 anos”, diz o texto.

Analistas, porém, dizem que a Rússia está sofrendo com a escassez de pessoal por causa de suas perdas na Ucrânia.

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Frame de vídeo divulgado pelo Ministério da Defesa da Rússia mostra combatentes da autoproclamada República de Donetsk em março de 2022 Foto: Russian Defence Ministry Press Service/EFE

“Claramente, os russos estão com problemas. Essa é a mais recente tentativa de resolver a escassez de pessoal sem alarmar sua própria população. Mas está ficando cada vez mais difícil para o Kremlin disfarçar seus fracassos na Ucrânia”, disse o general aposentado dos Estados Unidos Ben Hodges, ex- comandante do Exército americano na Europa.

Jack Watling, especialista em guerra terrestre do centro de estudos britânico de segurança e defesa Rusi, disse que os militares russos estão com falta de infantaria.

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“A Rússia precisa estabilizar a tripulação em suas unidades militares na Ucrânia e gerar novas unidades se quiser melhorar sua posição no terreno”, disse. “Este será um processo lento e complicado, mas pode ser acelerado mobilizando pessoas com habilidades existentes e experiência militar.”

A Duma também disse que a legislação proposta facilitaria o recrutamento de especialistas em operações e comunicações.

O projeto divulgado nesta sexta provavelmente será aprovado pelo Parlamento russo. Os autores do projeto de lei são os principais legisladores do Comitê de Defesa da Câmara. /REUTERS e NYT

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O governo americano destacou que não vai tolerar nenhuma agressão contra a Finlândia ou a Suécia durante o processo.

LONDRES — Sinalizando uma necessidade urgente de reforçar suas tropas na guerra na Ucrânia em meio a baixas pesadas no campo de batalha, a Rússia caminha para eliminar os limites de idade do serviço militar no país.

Em um aparente esforço para expandir o grupo de potenciais recrutas, o Parlamento da Rússia disse nesta sexta-feira, 20, que vai considerar uma emenda para permitir que russos com mais de 40 anos e estrangeiros com mais de 30 se alistem nas Forças Armadas. Atualmente, apenas russos de 18 a 40 anos e estrangeiros de 18 a 30 anos podem firmar um primeiro contrato com os militares.

A lei traria mais militares com especialidades em demanda, como trabalhadores médicos e engenheiros, segundo um comunicado da Duma, a Câmara Baixa do Parlamento.

“Especialistas altamente profissionais são necessários” para operar equipamentos militares, disse o comunicado, sem mencionar escassez de tropas no campo de batalha.

“Para o uso de armas de alta precisão, a operação de armas e equipamentos militares, são necessários especialistas altamente profissionais. A experiência mostra que eles se tornam assim aos 40-45 anos”, diz o texto.

Analistas, porém, dizem que a Rússia está sofrendo com a escassez de pessoal por causa de suas perdas na Ucrânia.

Frame de vídeo divulgado pelo Ministério da Defesa da Rússia mostra combatentes da autoproclamada República de Donetsk em março de 2022 Foto: Russian Defence Ministry Press Service/EFE

“Claramente, os russos estão com problemas. Essa é a mais recente tentativa de resolver a escassez de pessoal sem alarmar sua própria população. Mas está ficando cada vez mais difícil para o Kremlin disfarçar seus fracassos na Ucrânia”, disse o general aposentado dos Estados Unidos Ben Hodges, ex- comandante do Exército americano na Europa.

Jack Watling, especialista em guerra terrestre do centro de estudos britânico de segurança e defesa Rusi, disse que os militares russos estão com falta de infantaria.

“A Rússia precisa estabilizar a tripulação em suas unidades militares na Ucrânia e gerar novas unidades se quiser melhorar sua posição no terreno”, disse. “Este será um processo lento e complicado, mas pode ser acelerado mobilizando pessoas com habilidades existentes e experiência militar.”

A Duma também disse que a legislação proposta facilitaria o recrutamento de especialistas em operações e comunicações.

O projeto divulgado nesta sexta provavelmente será aprovado pelo Parlamento russo. Os autores do projeto de lei são os principais legisladores do Comitê de Defesa da Câmara. /REUTERS e NYT

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O governo americano destacou que não vai tolerar nenhuma agressão contra a Finlândia ou a Suécia durante o processo.

LONDRES — Sinalizando uma necessidade urgente de reforçar suas tropas na guerra na Ucrânia em meio a baixas pesadas no campo de batalha, a Rússia caminha para eliminar os limites de idade do serviço militar no país.

Em um aparente esforço para expandir o grupo de potenciais recrutas, o Parlamento da Rússia disse nesta sexta-feira, 20, que vai considerar uma emenda para permitir que russos com mais de 40 anos e estrangeiros com mais de 30 se alistem nas Forças Armadas. Atualmente, apenas russos de 18 a 40 anos e estrangeiros de 18 a 30 anos podem firmar um primeiro contrato com os militares.

A lei traria mais militares com especialidades em demanda, como trabalhadores médicos e engenheiros, segundo um comunicado da Duma, a Câmara Baixa do Parlamento.

“Especialistas altamente profissionais são necessários” para operar equipamentos militares, disse o comunicado, sem mencionar escassez de tropas no campo de batalha.

“Para o uso de armas de alta precisão, a operação de armas e equipamentos militares, são necessários especialistas altamente profissionais. A experiência mostra que eles se tornam assim aos 40-45 anos”, diz o texto.

Analistas, porém, dizem que a Rússia está sofrendo com a escassez de pessoal por causa de suas perdas na Ucrânia.

Frame de vídeo divulgado pelo Ministério da Defesa da Rússia mostra combatentes da autoproclamada República de Donetsk em março de 2022 Foto: Russian Defence Ministry Press Service/EFE

“Claramente, os russos estão com problemas. Essa é a mais recente tentativa de resolver a escassez de pessoal sem alarmar sua própria população. Mas está ficando cada vez mais difícil para o Kremlin disfarçar seus fracassos na Ucrânia”, disse o general aposentado dos Estados Unidos Ben Hodges, ex- comandante do Exército americano na Europa.

Jack Watling, especialista em guerra terrestre do centro de estudos britânico de segurança e defesa Rusi, disse que os militares russos estão com falta de infantaria.

“A Rússia precisa estabilizar a tripulação em suas unidades militares na Ucrânia e gerar novas unidades se quiser melhorar sua posição no terreno”, disse. “Este será um processo lento e complicado, mas pode ser acelerado mobilizando pessoas com habilidades existentes e experiência militar.”

A Duma também disse que a legislação proposta facilitaria o recrutamento de especialistas em operações e comunicações.

O projeto divulgado nesta sexta provavelmente será aprovado pelo Parlamento russo. Os autores do projeto de lei são os principais legisladores do Comitê de Defesa da Câmara. /REUTERS e NYT

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