Russos buscam formas alternativas para fugir do país por discordarem da guerra na Ucrânia


Sanções internacionais limitaram as possibilidade de fuga para os russos que querem fugir do país

Por Redação

MOSCOU - Fugir da Rússia se tornou uma tarefa complicada nas últimas semanas. No entanto, apesar da falta de recursos – dinheiro bloqueado nos bancos, cartões de créditos que não funcionam mais e passagens aéreas com preços exorbitantes –, muitos conseguem driblar os problemas e deixar o país.

No fim de semana, milhares de russos correram para as estações de trem, deixando para trás um país cada vez mais isolado do restante do mundo e um governo cada vez mais preocupado em reprimir a dissidência. A maioria sequer se preocupou em comprar uma passagem de volta.

Policial russo fica de prontidão em meio a protestos contra a invasão da Ucrânia  Foto: Yuri Kochetkov/EFE
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Mas as opções para quem quer sair são poucas. Quase todas as companhias aéreas suspenderam seus voos entre a Rússia e a Europa na última semana, após o pacote de sanções internacionais e medidas de retaliação por parte de autoridades russas.

Por isso, a porta de saída mais segura e barata dos russos virou Belgrado, pelo menos para quem quiser fugir pelo aeroporto. A Sérvia não faz parte da União Europeia e se recusou a adotar sanções contra a Rússia. Seus aviões, portanto, estão livres para cruzar o espaço aéreo europeu. Nos últimos dias, a Air Serbia dobrou o número voos entre Moscou e Belgrado – agora são 15 por semana.

O fluxo cresceu 50% na primeira semana de março, em comparação com o período anterior à guerra. No aeroporto da capital sérvia, a russa Natalia Gryzunova se esforçava para carregar duas malas gigantes e três malas de mão. Ela disse que estava aliviada de sair da Rússia.

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“Não durmo desde 24 de fevereiro”, disse Natalia, citando a data do início da invasão. Quando começaram os rumores de que o presidente, Vladimir Putin, poderia decretar lei marcial, ela fez as malas, pagou US$ 1.000 (pouco mais de R$ 5 mil) por uma das últimas passagens disponíveis.

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O finlandês Kenneth Gregg vive na Ucrânia há três anos trabalhando em energia renovável, mas agora treina voluntários dispostos a combater as tropas russas.

Finlândia

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No norte da Europa, muitos cruzaram a fronteira russa de carro, ônibus ou trem para a Finlândia, onde os russos estão sendo recebidos com flores e cartazes. “Não adianta ficar. Não há futuro para nós”, disse Vyacheslav, de 59 anos, que deixou São Petersburgo com a mulher e a filha de 7 anos em um trem de alta velocidade com destino a Helsinque. / NYT e WP

MOSCOU - Fugir da Rússia se tornou uma tarefa complicada nas últimas semanas. No entanto, apesar da falta de recursos – dinheiro bloqueado nos bancos, cartões de créditos que não funcionam mais e passagens aéreas com preços exorbitantes –, muitos conseguem driblar os problemas e deixar o país.

No fim de semana, milhares de russos correram para as estações de trem, deixando para trás um país cada vez mais isolado do restante do mundo e um governo cada vez mais preocupado em reprimir a dissidência. A maioria sequer se preocupou em comprar uma passagem de volta.

Policial russo fica de prontidão em meio a protestos contra a invasão da Ucrânia  Foto: Yuri Kochetkov/EFE

Mas as opções para quem quer sair são poucas. Quase todas as companhias aéreas suspenderam seus voos entre a Rússia e a Europa na última semana, após o pacote de sanções internacionais e medidas de retaliação por parte de autoridades russas.

Por isso, a porta de saída mais segura e barata dos russos virou Belgrado, pelo menos para quem quiser fugir pelo aeroporto. A Sérvia não faz parte da União Europeia e se recusou a adotar sanções contra a Rússia. Seus aviões, portanto, estão livres para cruzar o espaço aéreo europeu. Nos últimos dias, a Air Serbia dobrou o número voos entre Moscou e Belgrado – agora são 15 por semana.

O fluxo cresceu 50% na primeira semana de março, em comparação com o período anterior à guerra. No aeroporto da capital sérvia, a russa Natalia Gryzunova se esforçava para carregar duas malas gigantes e três malas de mão. Ela disse que estava aliviada de sair da Rússia.

“Não durmo desde 24 de fevereiro”, disse Natalia, citando a data do início da invasão. Quando começaram os rumores de que o presidente, Vladimir Putin, poderia decretar lei marcial, ela fez as malas, pagou US$ 1.000 (pouco mais de R$ 5 mil) por uma das últimas passagens disponíveis.

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O finlandês Kenneth Gregg vive na Ucrânia há três anos trabalhando em energia renovável, mas agora treina voluntários dispostos a combater as tropas russas.

Finlândia

No norte da Europa, muitos cruzaram a fronteira russa de carro, ônibus ou trem para a Finlândia, onde os russos estão sendo recebidos com flores e cartazes. “Não adianta ficar. Não há futuro para nós”, disse Vyacheslav, de 59 anos, que deixou São Petersburgo com a mulher e a filha de 7 anos em um trem de alta velocidade com destino a Helsinque. / NYT e WP

MOSCOU - Fugir da Rússia se tornou uma tarefa complicada nas últimas semanas. No entanto, apesar da falta de recursos – dinheiro bloqueado nos bancos, cartões de créditos que não funcionam mais e passagens aéreas com preços exorbitantes –, muitos conseguem driblar os problemas e deixar o país.

No fim de semana, milhares de russos correram para as estações de trem, deixando para trás um país cada vez mais isolado do restante do mundo e um governo cada vez mais preocupado em reprimir a dissidência. A maioria sequer se preocupou em comprar uma passagem de volta.

Policial russo fica de prontidão em meio a protestos contra a invasão da Ucrânia  Foto: Yuri Kochetkov/EFE

Mas as opções para quem quer sair são poucas. Quase todas as companhias aéreas suspenderam seus voos entre a Rússia e a Europa na última semana, após o pacote de sanções internacionais e medidas de retaliação por parte de autoridades russas.

Por isso, a porta de saída mais segura e barata dos russos virou Belgrado, pelo menos para quem quiser fugir pelo aeroporto. A Sérvia não faz parte da União Europeia e se recusou a adotar sanções contra a Rússia. Seus aviões, portanto, estão livres para cruzar o espaço aéreo europeu. Nos últimos dias, a Air Serbia dobrou o número voos entre Moscou e Belgrado – agora são 15 por semana.

O fluxo cresceu 50% na primeira semana de março, em comparação com o período anterior à guerra. No aeroporto da capital sérvia, a russa Natalia Gryzunova se esforçava para carregar duas malas gigantes e três malas de mão. Ela disse que estava aliviada de sair da Rússia.

“Não durmo desde 24 de fevereiro”, disse Natalia, citando a data do início da invasão. Quando começaram os rumores de que o presidente, Vladimir Putin, poderia decretar lei marcial, ela fez as malas, pagou US$ 1.000 (pouco mais de R$ 5 mil) por uma das últimas passagens disponíveis.

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O finlandês Kenneth Gregg vive na Ucrânia há três anos trabalhando em energia renovável, mas agora treina voluntários dispostos a combater as tropas russas.

Finlândia

No norte da Europa, muitos cruzaram a fronteira russa de carro, ônibus ou trem para a Finlândia, onde os russos estão sendo recebidos com flores e cartazes. “Não adianta ficar. Não há futuro para nós”, disse Vyacheslav, de 59 anos, que deixou São Petersburgo com a mulher e a filha de 7 anos em um trem de alta velocidade com destino a Helsinque. / NYT e WP

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