Saída de Biden cria fato novo e pode estimular campanha dos democratas, afirmam analistas


Na avaliação de analistas, debate eleitoral nos Estados Unidos passará a ser centrado em Trump; se o candidato republicano merece voltar ou não para a Casa Branca

Por Luiz Guilherme Gerbelli

A desistência de Joe Biden em disputar a reeleição nos Estados Unidos cria um fato novo e pode servir de estímulo para reanimar a campanha democrata, que vinha mergulhada no debate em torno da idade do presidente norte-americano, afirmam analistas ouvidos pelo Estadão.

Sem Biden, de 81 anos, a leitura dos analistas é a de que o debate nos EUA tende a recair sobre o fato de o ex-presidente Donald Trump - candidato republicano já sacramentado em convenção - merecer voltar ou não para a presidência do país, cargo que ocupou entre 2017 e 2021.

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Joe Biden desistiu de buscar um novo mandato neste domingo, 21  Foto: BRENDAN SMIALOWSKI

“Qualquer candidato democrata deve surfar na rejeição ao Trump. Um dos problemas do Joe Biden era a questão da idade e a capacidade de ser presidente. Essa discussão sai de cena e entra uma outra, que deve ser o grande foco da eleição, se o Trump merece voltar ou não”, afirma Maurício Moura, professor da Universidade George Washington e sócio do fundo Gauss Zaftra. “E isso obviamente ajuda quem vier do lado democrata.”

Após o desempenho no primeiro debate em que enfrentou Trump, Biden viu crescer a pressão pela sua saída da disputa nos Estados Unidos, diante das crescentes dúvidas sobre aptidão dele para seguir no comando do país por um segundo mandato.

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“Obviamente, o partido tem diversos grupos político, mas é importante dizer que um fator unificador do Partido Democrata tem sido o Donald Trump e os seus candidatos”, diz Moura. “Em 2016, os republicanos ganharam a Casa Branca e tinham maioria no Congresso. Desde então, os republicanos perderam a Casa Branca, viram diminuiu muito a quantidade de representantes na Câmara, perderam o Senado e têm menos governadores”, diz.

“E em muitos locais, eles (republicanos) perderam porque havia um candidato que abraçava a agenda trumpista. Essa agenda trumpista acabou unindo não só o Partido Democrata, mas os eleitores antitrumpistas”, acrescenta Moura.

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Depois da desistência anunciada neste domingo, 21, Biden passou a apoiar a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, como candidata à Casa Branca. A democrata recebeu apoio de outros nomes importantes, como do ex-presidente Bill Clinton e da ex-secretaria de Estados dos EUA Hillary Clinton.

“O grande desafio é unificar o partido. Eu acho que isso explica o cálculo político do Joe Biden. Ele desiste da candidatura, em seguida, já endossa a Kamala Harris e, em seguida, pede dinheiro para a candidatura”, diz Carlos Gustavo Poggio, professor do departamento de ciência política do Berea College (Kentucky).

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Com o rápido apoio, Poggio diz que Biden aumentou o custo para qualquer nome democrata que queria postular o papel de candidato do partido na campanha presidencial deste ano. “Se há forças no Partido Democrata que não querem a Kamala Harris como candidata, essas forças estão muito mais fragilizadas, porque vão ter de ser colocar abertamente contra o presidente”, afirma.

Copo meio cheio; copo meio vazio

Se for oficializada como candidata democrata, Kamala terá o benefício de começar a disputa presidencial com acesso a um volume grande de recursos de campanha. Por outro lado, terá de lidar com uma imagem impopular, sobretudo em temas ligados à imigração e em estados importantes para a disputa eleitoral, como Michigan, Pensilvânia e Wisconsin.

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Fora da disputa, Biden apoiou a vice Kamala Harris Foto: Evan Vucci/AP

“Ela é uma vice-presidente impopular e desconhecida. Não é que não sabem o nome dela, mas não conhecem o que ela fez. E ter uma pessoa impopular e desconhecida numa campanha não é um fator muito bom”, afirma Moura.

Numa eventual candidatura de Kamala, a grande disputa deve ser observada para o nome do candidato a vice-presidente na chapa dela. É uma escolha que não depende de convenção partidária e passa pelo cálculo político da própria Kamala.

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“Ela vai ter de pensar em alguns nomes. O governador da Pensilvânia (Josh Shapiro), por exemplo, é um nome forte neste momento, porque é um estado em que os democratas precisam ganhar”, afirma Poggio. “Estamos a quase quatro meses da eleição, tem muito tempo ainda para fazer campanha. O timming do Biden chegou um pouco no limite. Se ele demorasse um pouco mais, eu acho que geraria mais problemas.”

A desistência de Joe Biden em disputar a reeleição nos Estados Unidos cria um fato novo e pode servir de estímulo para reanimar a campanha democrata, que vinha mergulhada no debate em torno da idade do presidente norte-americano, afirmam analistas ouvidos pelo Estadão.

Sem Biden, de 81 anos, a leitura dos analistas é a de que o debate nos EUA tende a recair sobre o fato de o ex-presidente Donald Trump - candidato republicano já sacramentado em convenção - merecer voltar ou não para a presidência do país, cargo que ocupou entre 2017 e 2021.

Joe Biden desistiu de buscar um novo mandato neste domingo, 21  Foto: BRENDAN SMIALOWSKI

“Qualquer candidato democrata deve surfar na rejeição ao Trump. Um dos problemas do Joe Biden era a questão da idade e a capacidade de ser presidente. Essa discussão sai de cena e entra uma outra, que deve ser o grande foco da eleição, se o Trump merece voltar ou não”, afirma Maurício Moura, professor da Universidade George Washington e sócio do fundo Gauss Zaftra. “E isso obviamente ajuda quem vier do lado democrata.”

Após o desempenho no primeiro debate em que enfrentou Trump, Biden viu crescer a pressão pela sua saída da disputa nos Estados Unidos, diante das crescentes dúvidas sobre aptidão dele para seguir no comando do país por um segundo mandato.

“Obviamente, o partido tem diversos grupos político, mas é importante dizer que um fator unificador do Partido Democrata tem sido o Donald Trump e os seus candidatos”, diz Moura. “Em 2016, os republicanos ganharam a Casa Branca e tinham maioria no Congresso. Desde então, os republicanos perderam a Casa Branca, viram diminuiu muito a quantidade de representantes na Câmara, perderam o Senado e têm menos governadores”, diz.

“E em muitos locais, eles (republicanos) perderam porque havia um candidato que abraçava a agenda trumpista. Essa agenda trumpista acabou unindo não só o Partido Democrata, mas os eleitores antitrumpistas”, acrescenta Moura.

Depois da desistência anunciada neste domingo, 21, Biden passou a apoiar a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, como candidata à Casa Branca. A democrata recebeu apoio de outros nomes importantes, como do ex-presidente Bill Clinton e da ex-secretaria de Estados dos EUA Hillary Clinton.

“O grande desafio é unificar o partido. Eu acho que isso explica o cálculo político do Joe Biden. Ele desiste da candidatura, em seguida, já endossa a Kamala Harris e, em seguida, pede dinheiro para a candidatura”, diz Carlos Gustavo Poggio, professor do departamento de ciência política do Berea College (Kentucky).

Com o rápido apoio, Poggio diz que Biden aumentou o custo para qualquer nome democrata que queria postular o papel de candidato do partido na campanha presidencial deste ano. “Se há forças no Partido Democrata que não querem a Kamala Harris como candidata, essas forças estão muito mais fragilizadas, porque vão ter de ser colocar abertamente contra o presidente”, afirma.

Copo meio cheio; copo meio vazio

Se for oficializada como candidata democrata, Kamala terá o benefício de começar a disputa presidencial com acesso a um volume grande de recursos de campanha. Por outro lado, terá de lidar com uma imagem impopular, sobretudo em temas ligados à imigração e em estados importantes para a disputa eleitoral, como Michigan, Pensilvânia e Wisconsin.

Fora da disputa, Biden apoiou a vice Kamala Harris Foto: Evan Vucci/AP

“Ela é uma vice-presidente impopular e desconhecida. Não é que não sabem o nome dela, mas não conhecem o que ela fez. E ter uma pessoa impopular e desconhecida numa campanha não é um fator muito bom”, afirma Moura.

Numa eventual candidatura de Kamala, a grande disputa deve ser observada para o nome do candidato a vice-presidente na chapa dela. É uma escolha que não depende de convenção partidária e passa pelo cálculo político da própria Kamala.

“Ela vai ter de pensar em alguns nomes. O governador da Pensilvânia (Josh Shapiro), por exemplo, é um nome forte neste momento, porque é um estado em que os democratas precisam ganhar”, afirma Poggio. “Estamos a quase quatro meses da eleição, tem muito tempo ainda para fazer campanha. O timming do Biden chegou um pouco no limite. Se ele demorasse um pouco mais, eu acho que geraria mais problemas.”

A desistência de Joe Biden em disputar a reeleição nos Estados Unidos cria um fato novo e pode servir de estímulo para reanimar a campanha democrata, que vinha mergulhada no debate em torno da idade do presidente norte-americano, afirmam analistas ouvidos pelo Estadão.

Sem Biden, de 81 anos, a leitura dos analistas é a de que o debate nos EUA tende a recair sobre o fato de o ex-presidente Donald Trump - candidato republicano já sacramentado em convenção - merecer voltar ou não para a presidência do país, cargo que ocupou entre 2017 e 2021.

Joe Biden desistiu de buscar um novo mandato neste domingo, 21  Foto: BRENDAN SMIALOWSKI

“Qualquer candidato democrata deve surfar na rejeição ao Trump. Um dos problemas do Joe Biden era a questão da idade e a capacidade de ser presidente. Essa discussão sai de cena e entra uma outra, que deve ser o grande foco da eleição, se o Trump merece voltar ou não”, afirma Maurício Moura, professor da Universidade George Washington e sócio do fundo Gauss Zaftra. “E isso obviamente ajuda quem vier do lado democrata.”

Após o desempenho no primeiro debate em que enfrentou Trump, Biden viu crescer a pressão pela sua saída da disputa nos Estados Unidos, diante das crescentes dúvidas sobre aptidão dele para seguir no comando do país por um segundo mandato.

“Obviamente, o partido tem diversos grupos político, mas é importante dizer que um fator unificador do Partido Democrata tem sido o Donald Trump e os seus candidatos”, diz Moura. “Em 2016, os republicanos ganharam a Casa Branca e tinham maioria no Congresso. Desde então, os republicanos perderam a Casa Branca, viram diminuiu muito a quantidade de representantes na Câmara, perderam o Senado e têm menos governadores”, diz.

“E em muitos locais, eles (republicanos) perderam porque havia um candidato que abraçava a agenda trumpista. Essa agenda trumpista acabou unindo não só o Partido Democrata, mas os eleitores antitrumpistas”, acrescenta Moura.

Depois da desistência anunciada neste domingo, 21, Biden passou a apoiar a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, como candidata à Casa Branca. A democrata recebeu apoio de outros nomes importantes, como do ex-presidente Bill Clinton e da ex-secretaria de Estados dos EUA Hillary Clinton.

“O grande desafio é unificar o partido. Eu acho que isso explica o cálculo político do Joe Biden. Ele desiste da candidatura, em seguida, já endossa a Kamala Harris e, em seguida, pede dinheiro para a candidatura”, diz Carlos Gustavo Poggio, professor do departamento de ciência política do Berea College (Kentucky).

Com o rápido apoio, Poggio diz que Biden aumentou o custo para qualquer nome democrata que queria postular o papel de candidato do partido na campanha presidencial deste ano. “Se há forças no Partido Democrata que não querem a Kamala Harris como candidata, essas forças estão muito mais fragilizadas, porque vão ter de ser colocar abertamente contra o presidente”, afirma.

Copo meio cheio; copo meio vazio

Se for oficializada como candidata democrata, Kamala terá o benefício de começar a disputa presidencial com acesso a um volume grande de recursos de campanha. Por outro lado, terá de lidar com uma imagem impopular, sobretudo em temas ligados à imigração e em estados importantes para a disputa eleitoral, como Michigan, Pensilvânia e Wisconsin.

Fora da disputa, Biden apoiou a vice Kamala Harris Foto: Evan Vucci/AP

“Ela é uma vice-presidente impopular e desconhecida. Não é que não sabem o nome dela, mas não conhecem o que ela fez. E ter uma pessoa impopular e desconhecida numa campanha não é um fator muito bom”, afirma Moura.

Numa eventual candidatura de Kamala, a grande disputa deve ser observada para o nome do candidato a vice-presidente na chapa dela. É uma escolha que não depende de convenção partidária e passa pelo cálculo político da própria Kamala.

“Ela vai ter de pensar em alguns nomes. O governador da Pensilvânia (Josh Shapiro), por exemplo, é um nome forte neste momento, porque é um estado em que os democratas precisam ganhar”, afirma Poggio. “Estamos a quase quatro meses da eleição, tem muito tempo ainda para fazer campanha. O timming do Biden chegou um pouco no limite. Se ele demorasse um pouco mais, eu acho que geraria mais problemas.”

A desistência de Joe Biden em disputar a reeleição nos Estados Unidos cria um fato novo e pode servir de estímulo para reanimar a campanha democrata, que vinha mergulhada no debate em torno da idade do presidente norte-americano, afirmam analistas ouvidos pelo Estadão.

Sem Biden, de 81 anos, a leitura dos analistas é a de que o debate nos EUA tende a recair sobre o fato de o ex-presidente Donald Trump - candidato republicano já sacramentado em convenção - merecer voltar ou não para a presidência do país, cargo que ocupou entre 2017 e 2021.

Joe Biden desistiu de buscar um novo mandato neste domingo, 21  Foto: BRENDAN SMIALOWSKI

“Qualquer candidato democrata deve surfar na rejeição ao Trump. Um dos problemas do Joe Biden era a questão da idade e a capacidade de ser presidente. Essa discussão sai de cena e entra uma outra, que deve ser o grande foco da eleição, se o Trump merece voltar ou não”, afirma Maurício Moura, professor da Universidade George Washington e sócio do fundo Gauss Zaftra. “E isso obviamente ajuda quem vier do lado democrata.”

Após o desempenho no primeiro debate em que enfrentou Trump, Biden viu crescer a pressão pela sua saída da disputa nos Estados Unidos, diante das crescentes dúvidas sobre aptidão dele para seguir no comando do país por um segundo mandato.

“Obviamente, o partido tem diversos grupos político, mas é importante dizer que um fator unificador do Partido Democrata tem sido o Donald Trump e os seus candidatos”, diz Moura. “Em 2016, os republicanos ganharam a Casa Branca e tinham maioria no Congresso. Desde então, os republicanos perderam a Casa Branca, viram diminuiu muito a quantidade de representantes na Câmara, perderam o Senado e têm menos governadores”, diz.

“E em muitos locais, eles (republicanos) perderam porque havia um candidato que abraçava a agenda trumpista. Essa agenda trumpista acabou unindo não só o Partido Democrata, mas os eleitores antitrumpistas”, acrescenta Moura.

Depois da desistência anunciada neste domingo, 21, Biden passou a apoiar a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, como candidata à Casa Branca. A democrata recebeu apoio de outros nomes importantes, como do ex-presidente Bill Clinton e da ex-secretaria de Estados dos EUA Hillary Clinton.

“O grande desafio é unificar o partido. Eu acho que isso explica o cálculo político do Joe Biden. Ele desiste da candidatura, em seguida, já endossa a Kamala Harris e, em seguida, pede dinheiro para a candidatura”, diz Carlos Gustavo Poggio, professor do departamento de ciência política do Berea College (Kentucky).

Com o rápido apoio, Poggio diz que Biden aumentou o custo para qualquer nome democrata que queria postular o papel de candidato do partido na campanha presidencial deste ano. “Se há forças no Partido Democrata que não querem a Kamala Harris como candidata, essas forças estão muito mais fragilizadas, porque vão ter de ser colocar abertamente contra o presidente”, afirma.

Copo meio cheio; copo meio vazio

Se for oficializada como candidata democrata, Kamala terá o benefício de começar a disputa presidencial com acesso a um volume grande de recursos de campanha. Por outro lado, terá de lidar com uma imagem impopular, sobretudo em temas ligados à imigração e em estados importantes para a disputa eleitoral, como Michigan, Pensilvânia e Wisconsin.

Fora da disputa, Biden apoiou a vice Kamala Harris Foto: Evan Vucci/AP

“Ela é uma vice-presidente impopular e desconhecida. Não é que não sabem o nome dela, mas não conhecem o que ela fez. E ter uma pessoa impopular e desconhecida numa campanha não é um fator muito bom”, afirma Moura.

Numa eventual candidatura de Kamala, a grande disputa deve ser observada para o nome do candidato a vice-presidente na chapa dela. É uma escolha que não depende de convenção partidária e passa pelo cálculo político da própria Kamala.

“Ela vai ter de pensar em alguns nomes. O governador da Pensilvânia (Josh Shapiro), por exemplo, é um nome forte neste momento, porque é um estado em que os democratas precisam ganhar”, afirma Poggio. “Estamos a quase quatro meses da eleição, tem muito tempo ainda para fazer campanha. O timming do Biden chegou um pouco no limite. Se ele demorasse um pouco mais, eu acho que geraria mais problemas.”

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