Sánchez afirma que vai tentar formar coalizão na Espanha; Feijóo aponta que PP não será minoria


Atual primeiro-ministro da Espanha afirmou que vai tentar costurar um acordo para continuar no poder; Alberto Núñez Feijóo, líder do PP, legenda que ganhou o pleito, apontou que não vai aceitar que seus eleitores se tornem minoria

Por Redação

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, afirmou em uma publicação nas redes sociais nesta segunda-feira, 31, que deve buscar um acordo com os parlamentares espanhóis para formar uma maioria e continuar liderando o país europeu após o inicio do novo Congresso, no dia 17 de agosto.

“Estou convencido de que existe uma ampla maioria social para continuar avançando. Agora é hora de traduzir essa maioria social em maioria parlamentar no Congresso dos Deputados”, afirmou o político em sua conta no X, antigo Twitter.

A formação de uma coalizão liderada por Sánchez ficou mais difícil depois da recontagem dos votos das eleições, que retirou uma cadeira no parlamento do bloco de esquerda.

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Após a recontagem, o Partido Popular (PP), legenda de centro-direita que ganhou o maior número de cadeiras, passou de 136 para 137 deputados e o Partido Socialista (PSOE), legenda do atual primeiro-ministro, foi de 122 para 121, ambos distantes das 176 cadeiras que lhes dariam a maioria absoluta no Congresso.

Com esta mudança, os blocos da esquerda e da direita no parlamento da Espanha ficaram empatados, ambos com 171 cadeiras.

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Isso significa que agora Sánchez precisa do apoio dos sete deputados do partido separatista Junts per Catalunya (Juntos pela Catalunha) para conseguir formar uma coalizão. A legenda catalã é o partido do ex-presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, que se refugiou na Bélgica após uma tentativa de declarar a independencia da Catalunha em 2017.

Puigdemont, que em junho chegou a dizer que Sánchez não continuaria no poder “com os votos dos Junts”, no sábado condicionou seu voto para o líder socialista à negociação de uma resolução do “conflito como o que existe entre a Catalunha e Espanha”.

O ex-presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, conversa com jornalistas em uma coletiva de imprensa  Foto: Gloria Calvi / AP
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Feijóo pede reunião com Sánchez

Após as declarações de Sánchez. o líder do PP, Alberto Núñez Feijóo, afirmou que não vai aceitar que os eleitores que votaram na legenda de centro-direita se tornem minoria na Espanha em uma publicação na plataforma X.

“Como vencedor das eleições, meu dever é ouvir os demais partidos. Não vou aceitar de forma alguma que se pretenda converter metade dos espanhóis em minoria. Marginalizar milhões de cidadãos não é conformar maiorias, mas sim dividir o país”, apontou o político.

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No domingo, 30, Feijóo havia pedido a Sánchez uma reunião urgente para que os dois líderes discutam sobre o futuro do parlamento espanhol, mas o atual primeiro-ministro adiou qualquer encontro para depois do dia 17 de agosto, após a constituição do novo Congresso.

“Acabo de enviar uma carta ao candidato do PSOE, Pedro Sánchez, e peço que ele se reúna comigo nesta semana”, apontou o político em um pronunciamento na rede social X.

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Sánchez respondeu, em carta divulgada pelo seu partido, que terá “muito prazer” em reunir-se com Feijoó e com os representantes dos outros partidos, mas apenas após o dia 17 de agosto.

O líder do Partido Popular, Alberto Nunez Feijóo, cumprimenta apoiadores após a divulgação do resultado das eleições na Espanha, no domingo, 23 de julho  Foto: Oscar Del Pozo/ AFP

Novas eleições

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Se nenhum dos dois blocos conseguir maioria para formar governo, o país será obrigado a repetir eleições, provavelmente no final do ano, como aconteceu em 2016 e 2019.

“A Espanha não merece uma situação ingovernável e não podemos permitir um bloqueio num momento tão relevante para a nossa economia e para as nossas instituições, em plena Presidência espanhola do Conselho da União Europeia”, disse Feijóo na sua mensagem na plataforma X.

Após as eleições, no dia 23 de julho, o candidato do PP, Alberto Núñez Feijóo, reivindicou o direito de governar e apressou-se em pedir ao Partido Socialista de Sánchez “e às demais forças políticas que não bloqueiem (a formação de um) governo do PP”. Contudo, o político não tem conseguido costurar um acordo viável para formar uma coalizão.

“O problema do PP é que ele precisa do apoio do Vox e de outros partidos para governar. No entanto, partidos regionalistas como o Partido Nacionalista Basco (PNV) não vão apoiar um governo que inclua a extrema-direita do Vox, que geralmente os ataca e os rotula de inimigos da Espanha”, disse Antonio Barroso, analista da consultoria Teneo para a AFP.

Partidos catalães tentam união para negociar com Sánchez

Um dos dois grandes partidos independentistas catalães, o ERC, propôs ao outro, os Junts per Catalunya, superar divergências e negociar em conjunto o apoio à investidura do socialista Pedro Sánchez como primeiro-ministro da Espanha em troca de avançar para um referendo para a independência da Catalunha.

“Estendemos sinceramente nossa mão”, afirmou a ERC (Esquerda Republicana da Catalunha) em carta dirigida ao Junts e publicada no domingo no jornal catalão Ara.

“Hoje o PSOE não tem outra maioria alternativa. Temos uma alavanca de força que devemos saber aproveitar juntos, para avançar, para construir” um caminho “para a anistia e a autodeterminação”, explica a ERC em seu carta.

Membros do partido Juntos pela Catalunha erguem a bandeira da Catalunha para celebrarem os resultados das eleições para o parlamento europeu em 2019  Foto: Albert Gea/ Reuters

A anistia solicitada beneficiaria os acusados da tentativa de secessão de 2017, incluindo Puigdemont, que ainda não foi julgado porque está exilado na Bélgica.

A ERC e o Junts governaram juntos a região da Catalunha alguns anos antes desses eventos e até outubro de 2022, quando suas diferenças levaram ao colapso de sua coalizão./Com AFP

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, afirmou em uma publicação nas redes sociais nesta segunda-feira, 31, que deve buscar um acordo com os parlamentares espanhóis para formar uma maioria e continuar liderando o país europeu após o inicio do novo Congresso, no dia 17 de agosto.

“Estou convencido de que existe uma ampla maioria social para continuar avançando. Agora é hora de traduzir essa maioria social em maioria parlamentar no Congresso dos Deputados”, afirmou o político em sua conta no X, antigo Twitter.

A formação de uma coalizão liderada por Sánchez ficou mais difícil depois da recontagem dos votos das eleições, que retirou uma cadeira no parlamento do bloco de esquerda.

Após a recontagem, o Partido Popular (PP), legenda de centro-direita que ganhou o maior número de cadeiras, passou de 136 para 137 deputados e o Partido Socialista (PSOE), legenda do atual primeiro-ministro, foi de 122 para 121, ambos distantes das 176 cadeiras que lhes dariam a maioria absoluta no Congresso.

Com esta mudança, os blocos da esquerda e da direita no parlamento da Espanha ficaram empatados, ambos com 171 cadeiras.

Isso significa que agora Sánchez precisa do apoio dos sete deputados do partido separatista Junts per Catalunya (Juntos pela Catalunha) para conseguir formar uma coalizão. A legenda catalã é o partido do ex-presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, que se refugiou na Bélgica após uma tentativa de declarar a independencia da Catalunha em 2017.

Puigdemont, que em junho chegou a dizer que Sánchez não continuaria no poder “com os votos dos Junts”, no sábado condicionou seu voto para o líder socialista à negociação de uma resolução do “conflito como o que existe entre a Catalunha e Espanha”.

O ex-presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, conversa com jornalistas em uma coletiva de imprensa  Foto: Gloria Calvi / AP

Feijóo pede reunião com Sánchez

Após as declarações de Sánchez. o líder do PP, Alberto Núñez Feijóo, afirmou que não vai aceitar que os eleitores que votaram na legenda de centro-direita se tornem minoria na Espanha em uma publicação na plataforma X.

“Como vencedor das eleições, meu dever é ouvir os demais partidos. Não vou aceitar de forma alguma que se pretenda converter metade dos espanhóis em minoria. Marginalizar milhões de cidadãos não é conformar maiorias, mas sim dividir o país”, apontou o político.

No domingo, 30, Feijóo havia pedido a Sánchez uma reunião urgente para que os dois líderes discutam sobre o futuro do parlamento espanhol, mas o atual primeiro-ministro adiou qualquer encontro para depois do dia 17 de agosto, após a constituição do novo Congresso.

“Acabo de enviar uma carta ao candidato do PSOE, Pedro Sánchez, e peço que ele se reúna comigo nesta semana”, apontou o político em um pronunciamento na rede social X.

Sánchez respondeu, em carta divulgada pelo seu partido, que terá “muito prazer” em reunir-se com Feijoó e com os representantes dos outros partidos, mas apenas após o dia 17 de agosto.

O líder do Partido Popular, Alberto Nunez Feijóo, cumprimenta apoiadores após a divulgação do resultado das eleições na Espanha, no domingo, 23 de julho  Foto: Oscar Del Pozo/ AFP

Novas eleições

Se nenhum dos dois blocos conseguir maioria para formar governo, o país será obrigado a repetir eleições, provavelmente no final do ano, como aconteceu em 2016 e 2019.

“A Espanha não merece uma situação ingovernável e não podemos permitir um bloqueio num momento tão relevante para a nossa economia e para as nossas instituições, em plena Presidência espanhola do Conselho da União Europeia”, disse Feijóo na sua mensagem na plataforma X.

Após as eleições, no dia 23 de julho, o candidato do PP, Alberto Núñez Feijóo, reivindicou o direito de governar e apressou-se em pedir ao Partido Socialista de Sánchez “e às demais forças políticas que não bloqueiem (a formação de um) governo do PP”. Contudo, o político não tem conseguido costurar um acordo viável para formar uma coalizão.

“O problema do PP é que ele precisa do apoio do Vox e de outros partidos para governar. No entanto, partidos regionalistas como o Partido Nacionalista Basco (PNV) não vão apoiar um governo que inclua a extrema-direita do Vox, que geralmente os ataca e os rotula de inimigos da Espanha”, disse Antonio Barroso, analista da consultoria Teneo para a AFP.

Partidos catalães tentam união para negociar com Sánchez

Um dos dois grandes partidos independentistas catalães, o ERC, propôs ao outro, os Junts per Catalunya, superar divergências e negociar em conjunto o apoio à investidura do socialista Pedro Sánchez como primeiro-ministro da Espanha em troca de avançar para um referendo para a independência da Catalunha.

“Estendemos sinceramente nossa mão”, afirmou a ERC (Esquerda Republicana da Catalunha) em carta dirigida ao Junts e publicada no domingo no jornal catalão Ara.

“Hoje o PSOE não tem outra maioria alternativa. Temos uma alavanca de força que devemos saber aproveitar juntos, para avançar, para construir” um caminho “para a anistia e a autodeterminação”, explica a ERC em seu carta.

Membros do partido Juntos pela Catalunha erguem a bandeira da Catalunha para celebrarem os resultados das eleições para o parlamento europeu em 2019  Foto: Albert Gea/ Reuters

A anistia solicitada beneficiaria os acusados da tentativa de secessão de 2017, incluindo Puigdemont, que ainda não foi julgado porque está exilado na Bélgica.

A ERC e o Junts governaram juntos a região da Catalunha alguns anos antes desses eventos e até outubro de 2022, quando suas diferenças levaram ao colapso de sua coalizão./Com AFP

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, afirmou em uma publicação nas redes sociais nesta segunda-feira, 31, que deve buscar um acordo com os parlamentares espanhóis para formar uma maioria e continuar liderando o país europeu após o inicio do novo Congresso, no dia 17 de agosto.

“Estou convencido de que existe uma ampla maioria social para continuar avançando. Agora é hora de traduzir essa maioria social em maioria parlamentar no Congresso dos Deputados”, afirmou o político em sua conta no X, antigo Twitter.

A formação de uma coalizão liderada por Sánchez ficou mais difícil depois da recontagem dos votos das eleições, que retirou uma cadeira no parlamento do bloco de esquerda.

Após a recontagem, o Partido Popular (PP), legenda de centro-direita que ganhou o maior número de cadeiras, passou de 136 para 137 deputados e o Partido Socialista (PSOE), legenda do atual primeiro-ministro, foi de 122 para 121, ambos distantes das 176 cadeiras que lhes dariam a maioria absoluta no Congresso.

Com esta mudança, os blocos da esquerda e da direita no parlamento da Espanha ficaram empatados, ambos com 171 cadeiras.

Isso significa que agora Sánchez precisa do apoio dos sete deputados do partido separatista Junts per Catalunya (Juntos pela Catalunha) para conseguir formar uma coalizão. A legenda catalã é o partido do ex-presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, que se refugiou na Bélgica após uma tentativa de declarar a independencia da Catalunha em 2017.

Puigdemont, que em junho chegou a dizer que Sánchez não continuaria no poder “com os votos dos Junts”, no sábado condicionou seu voto para o líder socialista à negociação de uma resolução do “conflito como o que existe entre a Catalunha e Espanha”.

O ex-presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, conversa com jornalistas em uma coletiva de imprensa  Foto: Gloria Calvi / AP

Feijóo pede reunião com Sánchez

Após as declarações de Sánchez. o líder do PP, Alberto Núñez Feijóo, afirmou que não vai aceitar que os eleitores que votaram na legenda de centro-direita se tornem minoria na Espanha em uma publicação na plataforma X.

“Como vencedor das eleições, meu dever é ouvir os demais partidos. Não vou aceitar de forma alguma que se pretenda converter metade dos espanhóis em minoria. Marginalizar milhões de cidadãos não é conformar maiorias, mas sim dividir o país”, apontou o político.

No domingo, 30, Feijóo havia pedido a Sánchez uma reunião urgente para que os dois líderes discutam sobre o futuro do parlamento espanhol, mas o atual primeiro-ministro adiou qualquer encontro para depois do dia 17 de agosto, após a constituição do novo Congresso.

“Acabo de enviar uma carta ao candidato do PSOE, Pedro Sánchez, e peço que ele se reúna comigo nesta semana”, apontou o político em um pronunciamento na rede social X.

Sánchez respondeu, em carta divulgada pelo seu partido, que terá “muito prazer” em reunir-se com Feijoó e com os representantes dos outros partidos, mas apenas após o dia 17 de agosto.

O líder do Partido Popular, Alberto Nunez Feijóo, cumprimenta apoiadores após a divulgação do resultado das eleições na Espanha, no domingo, 23 de julho  Foto: Oscar Del Pozo/ AFP

Novas eleições

Se nenhum dos dois blocos conseguir maioria para formar governo, o país será obrigado a repetir eleições, provavelmente no final do ano, como aconteceu em 2016 e 2019.

“A Espanha não merece uma situação ingovernável e não podemos permitir um bloqueio num momento tão relevante para a nossa economia e para as nossas instituições, em plena Presidência espanhola do Conselho da União Europeia”, disse Feijóo na sua mensagem na plataforma X.

Após as eleições, no dia 23 de julho, o candidato do PP, Alberto Núñez Feijóo, reivindicou o direito de governar e apressou-se em pedir ao Partido Socialista de Sánchez “e às demais forças políticas que não bloqueiem (a formação de um) governo do PP”. Contudo, o político não tem conseguido costurar um acordo viável para formar uma coalizão.

“O problema do PP é que ele precisa do apoio do Vox e de outros partidos para governar. No entanto, partidos regionalistas como o Partido Nacionalista Basco (PNV) não vão apoiar um governo que inclua a extrema-direita do Vox, que geralmente os ataca e os rotula de inimigos da Espanha”, disse Antonio Barroso, analista da consultoria Teneo para a AFP.

Partidos catalães tentam união para negociar com Sánchez

Um dos dois grandes partidos independentistas catalães, o ERC, propôs ao outro, os Junts per Catalunya, superar divergências e negociar em conjunto o apoio à investidura do socialista Pedro Sánchez como primeiro-ministro da Espanha em troca de avançar para um referendo para a independência da Catalunha.

“Estendemos sinceramente nossa mão”, afirmou a ERC (Esquerda Republicana da Catalunha) em carta dirigida ao Junts e publicada no domingo no jornal catalão Ara.

“Hoje o PSOE não tem outra maioria alternativa. Temos uma alavanca de força que devemos saber aproveitar juntos, para avançar, para construir” um caminho “para a anistia e a autodeterminação”, explica a ERC em seu carta.

Membros do partido Juntos pela Catalunha erguem a bandeira da Catalunha para celebrarem os resultados das eleições para o parlamento europeu em 2019  Foto: Albert Gea/ Reuters

A anistia solicitada beneficiaria os acusados da tentativa de secessão de 2017, incluindo Puigdemont, que ainda não foi julgado porque está exilado na Bélgica.

A ERC e o Junts governaram juntos a região da Catalunha alguns anos antes desses eventos e até outubro de 2022, quando suas diferenças levaram ao colapso de sua coalizão./Com AFP

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