Santos pede que elites apoiem e votem a favor do acordo de paz com Farc


Presidente da Colômbia disse que apesar de não ser um tratado perfeito, é melhor votar por ele do que sofrer mais décadas com a guerra

Por Redação

BOGOTÁ - O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, pediu neste domingo, 4, às elites de seu país que apoiem o acordo de paz com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), e disse que apesar de "imperfeito", é preferível votar por ele do que sofrer com mais décadas de guerra.

"Estou certo de que o povo colombiano tem inteligência para pensar que, embora não seja uma paz perfeita, é melhor que mais 20 ou 30 anos de guerra", declarou Santos em uma entrevista ao jornal El País.

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, inaugura centro de reabilitação para militares e policiais Foto: AFP PHOTO / GUILLERMO LEGARIA
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Segundo o acordo anunciado em 25 de agosto após quatro anos de negociações, o desarmamento das Farc deve ser concluído em 180 dias. O acordo será assinado em 26 de setembro e submetido a um plebiscito em 2 de outubro.

As partes também entraram em acordo sobre a forma de julgar militares e rebeldes acusados dos crimes mais graves durante um conflito que deixou oficialmente 260 mil mortos, 45 mil desaparecidos e 6,9 milhões de deslocados. A anistia está prevista para os que tiverem cometido os atos menos graves, como rebelião ou posse ilegal de armas.

As críticas ao acordo também estiveram presentes, especialmente por parte do antecessor de Santos, o conservador Álvaro Uribe (presidente de 2002 a 2010), contrário ao acordo pois, segundo ele, garante a impunidade de integrantes do alto escalão da guerrilha.

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Colombianos comemoram acordo de paz entre o governo e as Farc

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Colombianos comemoram acordo de paz entre o governo e as Farc

Foto: REUTERS/John Vizcaino
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Foto: REUTERS/John Vizcaino
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Foto: REUTERS/John Vizcaino
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Colombianos comemoram acordo de paz entre o governo e as Farc

Foto: EFE/MAURICIO DUE?AS CASTA?EDA
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Colombianos comemoram acordo de paz entre o governo e as Farc

Foto: AFP
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Colombianos comemoram acordo de paz entre o governo e as Farc

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Acordo de paz na Colômbia

Foto: REUTERS/Alexandre Meneghini

O tribunal que será criado para julgar os crimes mais graves "tem de trabalhar com muita eficiência e abordar em primeira instância os casos mais significativos para dar credibilidade e fazer as pessoas perceberem que a justiça está sendo aplicada”. Ainda assim, “conseguir aplicar veredictos sobre todos os casos de 52 anos de guerra é impossível", admitiu Santos, pedindo "pragmatismo".

"A atitude das vítimas foi uma das grandes lições deste processo. Pensei que seriam os mais duros e foram os mais generosos, os mais dispostos a perdoar", acrescentou o presidente colombiano.

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Veja abaixo: Colombianos festejam acordo de paz

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O presidente colombiano Juan Manuel Santos afirmou que o plebiscito sobre o acordo de paz com as Farc vai ser realizado no dia 2 de outubro. Ele foi parabenizado pelo presidente americano Barack Obama, enquanto uma multidão comemorava nas ruas de Bogotá.

"Não entendo como meus companheiros de elite - porque pertenço a ela, sou membro dos clubes mais exclusivos da capital -, se deixam desinformar sobre os benefícios da paz", prosseguiu. "Sinto-me às vezes triste de que exista gente que depois de ter a informação não entenda a importância de dar este passo para deixar a todos os nossos filhos um país mais tranquilo", acrescentou Santos.

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O processo de negociação "foi difícil, mas construir a paz será ainda mais complicado", afirmou o presidente colombiano ao El País. Apesar disso, o acordo "mudará a história da Colômbia". / AFP

BOGOTÁ - O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, pediu neste domingo, 4, às elites de seu país que apoiem o acordo de paz com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), e disse que apesar de "imperfeito", é preferível votar por ele do que sofrer com mais décadas de guerra.

"Estou certo de que o povo colombiano tem inteligência para pensar que, embora não seja uma paz perfeita, é melhor que mais 20 ou 30 anos de guerra", declarou Santos em uma entrevista ao jornal El País.

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, inaugura centro de reabilitação para militares e policiais Foto: AFP PHOTO / GUILLERMO LEGARIA

Segundo o acordo anunciado em 25 de agosto após quatro anos de negociações, o desarmamento das Farc deve ser concluído em 180 dias. O acordo será assinado em 26 de setembro e submetido a um plebiscito em 2 de outubro.

As partes também entraram em acordo sobre a forma de julgar militares e rebeldes acusados dos crimes mais graves durante um conflito que deixou oficialmente 260 mil mortos, 45 mil desaparecidos e 6,9 milhões de deslocados. A anistia está prevista para os que tiverem cometido os atos menos graves, como rebelião ou posse ilegal de armas.

As críticas ao acordo também estiveram presentes, especialmente por parte do antecessor de Santos, o conservador Álvaro Uribe (presidente de 2002 a 2010), contrário ao acordo pois, segundo ele, garante a impunidade de integrantes do alto escalão da guerrilha.

Colombianos comemoram acordo de paz entre o governo e as Farc

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Foto: REUTERS/John Vizcaino
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Acordo de paz na Colômbia

Foto: REUTERS/Alexandre Meneghini

O tribunal que será criado para julgar os crimes mais graves "tem de trabalhar com muita eficiência e abordar em primeira instância os casos mais significativos para dar credibilidade e fazer as pessoas perceberem que a justiça está sendo aplicada”. Ainda assim, “conseguir aplicar veredictos sobre todos os casos de 52 anos de guerra é impossível", admitiu Santos, pedindo "pragmatismo".

"A atitude das vítimas foi uma das grandes lições deste processo. Pensei que seriam os mais duros e foram os mais generosos, os mais dispostos a perdoar", acrescentou o presidente colombiano.

Veja abaixo: Colombianos festejam acordo de paz

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O presidente colombiano Juan Manuel Santos afirmou que o plebiscito sobre o acordo de paz com as Farc vai ser realizado no dia 2 de outubro. Ele foi parabenizado pelo presidente americano Barack Obama, enquanto uma multidão comemorava nas ruas de Bogotá.

"Não entendo como meus companheiros de elite - porque pertenço a ela, sou membro dos clubes mais exclusivos da capital -, se deixam desinformar sobre os benefícios da paz", prosseguiu. "Sinto-me às vezes triste de que exista gente que depois de ter a informação não entenda a importância de dar este passo para deixar a todos os nossos filhos um país mais tranquilo", acrescentou Santos.

O processo de negociação "foi difícil, mas construir a paz será ainda mais complicado", afirmou o presidente colombiano ao El País. Apesar disso, o acordo "mudará a história da Colômbia". / AFP

BOGOTÁ - O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, pediu neste domingo, 4, às elites de seu país que apoiem o acordo de paz com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), e disse que apesar de "imperfeito", é preferível votar por ele do que sofrer com mais décadas de guerra.

"Estou certo de que o povo colombiano tem inteligência para pensar que, embora não seja uma paz perfeita, é melhor que mais 20 ou 30 anos de guerra", declarou Santos em uma entrevista ao jornal El País.

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, inaugura centro de reabilitação para militares e policiais Foto: AFP PHOTO / GUILLERMO LEGARIA

Segundo o acordo anunciado em 25 de agosto após quatro anos de negociações, o desarmamento das Farc deve ser concluído em 180 dias. O acordo será assinado em 26 de setembro e submetido a um plebiscito em 2 de outubro.

As partes também entraram em acordo sobre a forma de julgar militares e rebeldes acusados dos crimes mais graves durante um conflito que deixou oficialmente 260 mil mortos, 45 mil desaparecidos e 6,9 milhões de deslocados. A anistia está prevista para os que tiverem cometido os atos menos graves, como rebelião ou posse ilegal de armas.

As críticas ao acordo também estiveram presentes, especialmente por parte do antecessor de Santos, o conservador Álvaro Uribe (presidente de 2002 a 2010), contrário ao acordo pois, segundo ele, garante a impunidade de integrantes do alto escalão da guerrilha.

Colombianos comemoram acordo de paz entre o governo e as Farc

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Colombianos comemoram acordo de paz entre o governo e as Farc

Foto: REUTERS/John Vizcaino
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Colombianos comemoram acordo de paz entre o governo e as Farc

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Colombianos comemoram acordo de paz entre o governo e as Farc

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Colombianos comemoram acordo de paz entre o governo e as Farc

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Acordo de paz na Colômbia

Foto: REUTERS/Alexandre Meneghini

O tribunal que será criado para julgar os crimes mais graves "tem de trabalhar com muita eficiência e abordar em primeira instância os casos mais significativos para dar credibilidade e fazer as pessoas perceberem que a justiça está sendo aplicada”. Ainda assim, “conseguir aplicar veredictos sobre todos os casos de 52 anos de guerra é impossível", admitiu Santos, pedindo "pragmatismo".

"A atitude das vítimas foi uma das grandes lições deste processo. Pensei que seriam os mais duros e foram os mais generosos, os mais dispostos a perdoar", acrescentou o presidente colombiano.

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O presidente colombiano Juan Manuel Santos afirmou que o plebiscito sobre o acordo de paz com as Farc vai ser realizado no dia 2 de outubro. Ele foi parabenizado pelo presidente americano Barack Obama, enquanto uma multidão comemorava nas ruas de Bogotá.

"Não entendo como meus companheiros de elite - porque pertenço a ela, sou membro dos clubes mais exclusivos da capital -, se deixam desinformar sobre os benefícios da paz", prosseguiu. "Sinto-me às vezes triste de que exista gente que depois de ter a informação não entenda a importância de dar este passo para deixar a todos os nossos filhos um país mais tranquilo", acrescentou Santos.

O processo de negociação "foi difícil, mas construir a paz será ainda mais complicado", afirmou o presidente colombiano ao El País. Apesar disso, o acordo "mudará a história da Colômbia". / AFP

BOGOTÁ - O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, pediu neste domingo, 4, às elites de seu país que apoiem o acordo de paz com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), e disse que apesar de "imperfeito", é preferível votar por ele do que sofrer com mais décadas de guerra.

"Estou certo de que o povo colombiano tem inteligência para pensar que, embora não seja uma paz perfeita, é melhor que mais 20 ou 30 anos de guerra", declarou Santos em uma entrevista ao jornal El País.

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, inaugura centro de reabilitação para militares e policiais Foto: AFP PHOTO / GUILLERMO LEGARIA

Segundo o acordo anunciado em 25 de agosto após quatro anos de negociações, o desarmamento das Farc deve ser concluído em 180 dias. O acordo será assinado em 26 de setembro e submetido a um plebiscito em 2 de outubro.

As partes também entraram em acordo sobre a forma de julgar militares e rebeldes acusados dos crimes mais graves durante um conflito que deixou oficialmente 260 mil mortos, 45 mil desaparecidos e 6,9 milhões de deslocados. A anistia está prevista para os que tiverem cometido os atos menos graves, como rebelião ou posse ilegal de armas.

As críticas ao acordo também estiveram presentes, especialmente por parte do antecessor de Santos, o conservador Álvaro Uribe (presidente de 2002 a 2010), contrário ao acordo pois, segundo ele, garante a impunidade de integrantes do alto escalão da guerrilha.

Colombianos comemoram acordo de paz entre o governo e as Farc

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Colombianos comemoram acordo de paz entre o governo e as Farc

Foto: REUTERS/John Vizcaino
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Foto: REUTERS/Alexandre Meneghini

O tribunal que será criado para julgar os crimes mais graves "tem de trabalhar com muita eficiência e abordar em primeira instância os casos mais significativos para dar credibilidade e fazer as pessoas perceberem que a justiça está sendo aplicada”. Ainda assim, “conseguir aplicar veredictos sobre todos os casos de 52 anos de guerra é impossível", admitiu Santos, pedindo "pragmatismo".

"A atitude das vítimas foi uma das grandes lições deste processo. Pensei que seriam os mais duros e foram os mais generosos, os mais dispostos a perdoar", acrescentou o presidente colombiano.

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O presidente colombiano Juan Manuel Santos afirmou que o plebiscito sobre o acordo de paz com as Farc vai ser realizado no dia 2 de outubro. Ele foi parabenizado pelo presidente americano Barack Obama, enquanto uma multidão comemorava nas ruas de Bogotá.

"Não entendo como meus companheiros de elite - porque pertenço a ela, sou membro dos clubes mais exclusivos da capital -, se deixam desinformar sobre os benefícios da paz", prosseguiu. "Sinto-me às vezes triste de que exista gente que depois de ter a informação não entenda a importância de dar este passo para deixar a todos os nossos filhos um país mais tranquilo", acrescentou Santos.

O processo de negociação "foi difícil, mas construir a paz será ainda mais complicado", afirmou o presidente colombiano ao El País. Apesar disso, o acordo "mudará a história da Colômbia". / AFP

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