Opinião|Se Kamala Harris vencer as eleições nos EUA, como fica a relação com Israel e o Oriente Médio?


Vitória da democrata poderia indicar uma mudança no engajamento dos EUA com os palestinos e com o atual governo israelense

Por Filipe Figueiredo
Atualização:

Uma vitória de Kamala Harris significa uma mudança no engajamento dos Estados Unidos com os palestinos e com o atual governo israelense. Tais mudanças não significarão uma ruptura radical nas ações dos EUA na região do Oriente Médio, ou Ásia Ocidental. Essa conclusão parte das ações e declarações de Kamala Harris não somente como candidata, mas também como vice-presidente e como senadora.

Kamala Harris manterá a aliança entre EUA e Israel, tal como basicamente todos os últimos presidentes em Washington fizeram, algo visto em suas três facetas. A candidata fala do direito israelense de se defender, a vice-presidente articulou os principais pacotes de assistência militar e econômica do último ano e a senadora assinou diversos projetos de cooperação militar entre EUA e Israel.

continua após a publicidade

Ao mesmo tempo, ela não possui boas relações com Binyamin Netanyahu. Kamala Harris e Netanyahu possuem estilos e perspectivas bastante diferentes, além do fato do primeiro-ministro israelense ser associado ao seu oponente, Donald Trump.

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, entra no palco para discursar em um comício em Raleigh, na Carolina do Norte em 30 de outubro  Foto: Ryan M. Kelly / AFP
continua após a publicidade

Pode-se esperar uma correção de rota, mas não uma mudança de caminho. Algo similar ao segundo governo de Barack Obama, que não vetou uma resolução condenando Israel na ONU.

Kamala Harris deve buscar algum acordo sobre a Palestina. Talvez envolvendo a normalização com os sauditas, como o atual governo Joe Biden buscava antes de outubro de 2023. Não somente pela normalização saudita, entretanto, ao contrário de Trump.

Kamala Harris já deu sinais de defender maior ajuda e cooperação com os palestinos em sua carreira política e, principalmente, precisa buscar o eleitorado jovem não-branco para uma eventual reeleição. Público hoje muito crítico do que é visto como omissão da vice-presidente Kamala Harris em relação a Gaza.

continua após a publicidade

Tais planos, entretanto, podem ser prejudicados por questões fiscais e econômicas, já que o novo governo dos EUA herdará uma economia com um déficit histórico e resistência popular contra o envio de bilhões de dólares para o estrangeiro. Como Kamala não pretende mudar a política sobre a Ucrânia, resta ver de onde ela tirará o dinheiro para esses eventuais planos.

continua após a publicidade

Sobre o Irã, publicamente Kamala Harris afirma que o país é fonte de instabilidade na região, e deve manter tal postura. Via canais extra oficiais, entretanto, seu governo pode tentar reviver algo similar ao acordo nuclear de 2015, defendido por ela quando senadora e quando candidata em 2020. Kamala Harris também deve intensificar a retórica sobre violência de gênero e a repressão de mulheres, incluindo em relação ao Irã. Se essa retórica irá se tornar algo concreto, é cedo para dizer.

Um governo Kamala Harris talvez busque alguma nova forma de relação com o Iraque, já que o atual governo Biden negociou a atual retirada dos EUA do país. Finalmente, Kamala Harris deve manter uma postura similar a do atual governo Biden em relação ao petróleo, focada mais no controle da inflação nos EUA, enquanto introduz medidas ambientalistas e prioriza a produção doméstica de hidrocarbonetos.

continua após a publicidade

Uma vitória de Kamala Harris significa uma mudança no engajamento dos Estados Unidos com os palestinos e com o atual governo israelense. Tais mudanças não significarão uma ruptura radical nas ações dos EUA na região do Oriente Médio, ou Ásia Ocidental. Essa conclusão parte das ações e declarações de Kamala Harris não somente como candidata, mas também como vice-presidente e como senadora.

Kamala Harris manterá a aliança entre EUA e Israel, tal como basicamente todos os últimos presidentes em Washington fizeram, algo visto em suas três facetas. A candidata fala do direito israelense de se defender, a vice-presidente articulou os principais pacotes de assistência militar e econômica do último ano e a senadora assinou diversos projetos de cooperação militar entre EUA e Israel.

Ao mesmo tempo, ela não possui boas relações com Binyamin Netanyahu. Kamala Harris e Netanyahu possuem estilos e perspectivas bastante diferentes, além do fato do primeiro-ministro israelense ser associado ao seu oponente, Donald Trump.

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, entra no palco para discursar em um comício em Raleigh, na Carolina do Norte em 30 de outubro  Foto: Ryan M. Kelly / AFP

Pode-se esperar uma correção de rota, mas não uma mudança de caminho. Algo similar ao segundo governo de Barack Obama, que não vetou uma resolução condenando Israel na ONU.

Kamala Harris deve buscar algum acordo sobre a Palestina. Talvez envolvendo a normalização com os sauditas, como o atual governo Joe Biden buscava antes de outubro de 2023. Não somente pela normalização saudita, entretanto, ao contrário de Trump.

Kamala Harris já deu sinais de defender maior ajuda e cooperação com os palestinos em sua carreira política e, principalmente, precisa buscar o eleitorado jovem não-branco para uma eventual reeleição. Público hoje muito crítico do que é visto como omissão da vice-presidente Kamala Harris em relação a Gaza.

Tais planos, entretanto, podem ser prejudicados por questões fiscais e econômicas, já que o novo governo dos EUA herdará uma economia com um déficit histórico e resistência popular contra o envio de bilhões de dólares para o estrangeiro. Como Kamala não pretende mudar a política sobre a Ucrânia, resta ver de onde ela tirará o dinheiro para esses eventuais planos.

Sobre o Irã, publicamente Kamala Harris afirma que o país é fonte de instabilidade na região, e deve manter tal postura. Via canais extra oficiais, entretanto, seu governo pode tentar reviver algo similar ao acordo nuclear de 2015, defendido por ela quando senadora e quando candidata em 2020. Kamala Harris também deve intensificar a retórica sobre violência de gênero e a repressão de mulheres, incluindo em relação ao Irã. Se essa retórica irá se tornar algo concreto, é cedo para dizer.

Um governo Kamala Harris talvez busque alguma nova forma de relação com o Iraque, já que o atual governo Biden negociou a atual retirada dos EUA do país. Finalmente, Kamala Harris deve manter uma postura similar a do atual governo Biden em relação ao petróleo, focada mais no controle da inflação nos EUA, enquanto introduz medidas ambientalistas e prioriza a produção doméstica de hidrocarbonetos.

Uma vitória de Kamala Harris significa uma mudança no engajamento dos Estados Unidos com os palestinos e com o atual governo israelense. Tais mudanças não significarão uma ruptura radical nas ações dos EUA na região do Oriente Médio, ou Ásia Ocidental. Essa conclusão parte das ações e declarações de Kamala Harris não somente como candidata, mas também como vice-presidente e como senadora.

Kamala Harris manterá a aliança entre EUA e Israel, tal como basicamente todos os últimos presidentes em Washington fizeram, algo visto em suas três facetas. A candidata fala do direito israelense de se defender, a vice-presidente articulou os principais pacotes de assistência militar e econômica do último ano e a senadora assinou diversos projetos de cooperação militar entre EUA e Israel.

Ao mesmo tempo, ela não possui boas relações com Binyamin Netanyahu. Kamala Harris e Netanyahu possuem estilos e perspectivas bastante diferentes, além do fato do primeiro-ministro israelense ser associado ao seu oponente, Donald Trump.

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, entra no palco para discursar em um comício em Raleigh, na Carolina do Norte em 30 de outubro  Foto: Ryan M. Kelly / AFP

Pode-se esperar uma correção de rota, mas não uma mudança de caminho. Algo similar ao segundo governo de Barack Obama, que não vetou uma resolução condenando Israel na ONU.

Kamala Harris deve buscar algum acordo sobre a Palestina. Talvez envolvendo a normalização com os sauditas, como o atual governo Joe Biden buscava antes de outubro de 2023. Não somente pela normalização saudita, entretanto, ao contrário de Trump.

Kamala Harris já deu sinais de defender maior ajuda e cooperação com os palestinos em sua carreira política e, principalmente, precisa buscar o eleitorado jovem não-branco para uma eventual reeleição. Público hoje muito crítico do que é visto como omissão da vice-presidente Kamala Harris em relação a Gaza.

Tais planos, entretanto, podem ser prejudicados por questões fiscais e econômicas, já que o novo governo dos EUA herdará uma economia com um déficit histórico e resistência popular contra o envio de bilhões de dólares para o estrangeiro. Como Kamala não pretende mudar a política sobre a Ucrânia, resta ver de onde ela tirará o dinheiro para esses eventuais planos.

Sobre o Irã, publicamente Kamala Harris afirma que o país é fonte de instabilidade na região, e deve manter tal postura. Via canais extra oficiais, entretanto, seu governo pode tentar reviver algo similar ao acordo nuclear de 2015, defendido por ela quando senadora e quando candidata em 2020. Kamala Harris também deve intensificar a retórica sobre violência de gênero e a repressão de mulheres, incluindo em relação ao Irã. Se essa retórica irá se tornar algo concreto, é cedo para dizer.

Um governo Kamala Harris talvez busque alguma nova forma de relação com o Iraque, já que o atual governo Biden negociou a atual retirada dos EUA do país. Finalmente, Kamala Harris deve manter uma postura similar a do atual governo Biden em relação ao petróleo, focada mais no controle da inflação nos EUA, enquanto introduz medidas ambientalistas e prioriza a produção doméstica de hidrocarbonetos.

Uma vitória de Kamala Harris significa uma mudança no engajamento dos Estados Unidos com os palestinos e com o atual governo israelense. Tais mudanças não significarão uma ruptura radical nas ações dos EUA na região do Oriente Médio, ou Ásia Ocidental. Essa conclusão parte das ações e declarações de Kamala Harris não somente como candidata, mas também como vice-presidente e como senadora.

Kamala Harris manterá a aliança entre EUA e Israel, tal como basicamente todos os últimos presidentes em Washington fizeram, algo visto em suas três facetas. A candidata fala do direito israelense de se defender, a vice-presidente articulou os principais pacotes de assistência militar e econômica do último ano e a senadora assinou diversos projetos de cooperação militar entre EUA e Israel.

Ao mesmo tempo, ela não possui boas relações com Binyamin Netanyahu. Kamala Harris e Netanyahu possuem estilos e perspectivas bastante diferentes, além do fato do primeiro-ministro israelense ser associado ao seu oponente, Donald Trump.

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, entra no palco para discursar em um comício em Raleigh, na Carolina do Norte em 30 de outubro  Foto: Ryan M. Kelly / AFP

Pode-se esperar uma correção de rota, mas não uma mudança de caminho. Algo similar ao segundo governo de Barack Obama, que não vetou uma resolução condenando Israel na ONU.

Kamala Harris deve buscar algum acordo sobre a Palestina. Talvez envolvendo a normalização com os sauditas, como o atual governo Joe Biden buscava antes de outubro de 2023. Não somente pela normalização saudita, entretanto, ao contrário de Trump.

Kamala Harris já deu sinais de defender maior ajuda e cooperação com os palestinos em sua carreira política e, principalmente, precisa buscar o eleitorado jovem não-branco para uma eventual reeleição. Público hoje muito crítico do que é visto como omissão da vice-presidente Kamala Harris em relação a Gaza.

Tais planos, entretanto, podem ser prejudicados por questões fiscais e econômicas, já que o novo governo dos EUA herdará uma economia com um déficit histórico e resistência popular contra o envio de bilhões de dólares para o estrangeiro. Como Kamala não pretende mudar a política sobre a Ucrânia, resta ver de onde ela tirará o dinheiro para esses eventuais planos.

Sobre o Irã, publicamente Kamala Harris afirma que o país é fonte de instabilidade na região, e deve manter tal postura. Via canais extra oficiais, entretanto, seu governo pode tentar reviver algo similar ao acordo nuclear de 2015, defendido por ela quando senadora e quando candidata em 2020. Kamala Harris também deve intensificar a retórica sobre violência de gênero e a repressão de mulheres, incluindo em relação ao Irã. Se essa retórica irá se tornar algo concreto, é cedo para dizer.

Um governo Kamala Harris talvez busque alguma nova forma de relação com o Iraque, já que o atual governo Biden negociou a atual retirada dos EUA do país. Finalmente, Kamala Harris deve manter uma postura similar a do atual governo Biden em relação ao petróleo, focada mais no controle da inflação nos EUA, enquanto introduz medidas ambientalistas e prioriza a produção doméstica de hidrocarbonetos.

Uma vitória de Kamala Harris significa uma mudança no engajamento dos Estados Unidos com os palestinos e com o atual governo israelense. Tais mudanças não significarão uma ruptura radical nas ações dos EUA na região do Oriente Médio, ou Ásia Ocidental. Essa conclusão parte das ações e declarações de Kamala Harris não somente como candidata, mas também como vice-presidente e como senadora.

Kamala Harris manterá a aliança entre EUA e Israel, tal como basicamente todos os últimos presidentes em Washington fizeram, algo visto em suas três facetas. A candidata fala do direito israelense de se defender, a vice-presidente articulou os principais pacotes de assistência militar e econômica do último ano e a senadora assinou diversos projetos de cooperação militar entre EUA e Israel.

Ao mesmo tempo, ela não possui boas relações com Binyamin Netanyahu. Kamala Harris e Netanyahu possuem estilos e perspectivas bastante diferentes, além do fato do primeiro-ministro israelense ser associado ao seu oponente, Donald Trump.

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, entra no palco para discursar em um comício em Raleigh, na Carolina do Norte em 30 de outubro  Foto: Ryan M. Kelly / AFP

Pode-se esperar uma correção de rota, mas não uma mudança de caminho. Algo similar ao segundo governo de Barack Obama, que não vetou uma resolução condenando Israel na ONU.

Kamala Harris deve buscar algum acordo sobre a Palestina. Talvez envolvendo a normalização com os sauditas, como o atual governo Joe Biden buscava antes de outubro de 2023. Não somente pela normalização saudita, entretanto, ao contrário de Trump.

Kamala Harris já deu sinais de defender maior ajuda e cooperação com os palestinos em sua carreira política e, principalmente, precisa buscar o eleitorado jovem não-branco para uma eventual reeleição. Público hoje muito crítico do que é visto como omissão da vice-presidente Kamala Harris em relação a Gaza.

Tais planos, entretanto, podem ser prejudicados por questões fiscais e econômicas, já que o novo governo dos EUA herdará uma economia com um déficit histórico e resistência popular contra o envio de bilhões de dólares para o estrangeiro. Como Kamala não pretende mudar a política sobre a Ucrânia, resta ver de onde ela tirará o dinheiro para esses eventuais planos.

Sobre o Irã, publicamente Kamala Harris afirma que o país é fonte de instabilidade na região, e deve manter tal postura. Via canais extra oficiais, entretanto, seu governo pode tentar reviver algo similar ao acordo nuclear de 2015, defendido por ela quando senadora e quando candidata em 2020. Kamala Harris também deve intensificar a retórica sobre violência de gênero e a repressão de mulheres, incluindo em relação ao Irã. Se essa retórica irá se tornar algo concreto, é cedo para dizer.

Um governo Kamala Harris talvez busque alguma nova forma de relação com o Iraque, já que o atual governo Biden negociou a atual retirada dos EUA do país. Finalmente, Kamala Harris deve manter uma postura similar a do atual governo Biden em relação ao petróleo, focada mais no controle da inflação nos EUA, enquanto introduz medidas ambientalistas e prioriza a produção doméstica de hidrocarbonetos.

Opinião por Filipe Figueiredo

Filipe Figueiredo é graduado em história pela USP, comentarista de política internacional e criador dos podcasts Xadrez Verbal e Fronteiras Invisíveis do Futebol, sobre política internacional e história

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.