Opinião|Se Kamala Harris vencer as eleições nos EUA como ficará a economia do país?


A pauta econômica da vice-presidente promete equilíbrio entre justiça social e crescimento econômico, mas para custear programas ela defende a elevação de impostos sobre grandes fortunas e corporações

Por Carolina Moehlecke
Atualização:

A pauta econômica de Kamala Harris promete equilíbrio entre justiça social e crescimento econômico. A prioridade da democrata é a ampliação da rede de segurança social, com políticas voltadas à expansão da moradia, à primeira infância, aos idosos e o combate à inflação de alimentos e de outros produtos básicos, que tendem a ter um efeito maior sobre as famílias de baixa renda.

Ela também valoriza a economia do cuidado, prometendo promover empregos em setores essenciais, como saúde e educação, e o aumento da oferta de empregos estáveis para trabalhadores de renda média e baixa.

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Para custear estes programas, Kamala defende a elevação de impostos sobre grandes fortunas e corporações. É esperado que essas medidas enfrentem resistências em um país já muito dividido. No entanto, a maior preocupação é que algumas políticas associadas à ampliação da oferta de moradia e a controles de preços específicos tenham um efeito inverso ao esperado, promovendo aumentos nos valores.

Outro ponto central na agenda de Kamala é a transição para uma economia verde. Continuando a política industrial do governo Biden, que forneceu vastos subsídios a setores associados à transição energética, Kamala vê este elemento como fundamental para criar empregos e reduzir a dependência de combustíveis fósseis.

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No comércio internacional, Kamala não representa o retorno ao multilateralismo e à liberalização. Por exemplo, a democrata não demonstra um entusiasmo particular por acordos comerciais internacionais, apontando que estes muitas vezes falham em termos de proteção ambiental e trabalhista.

Ainda assim, sua posição é menos protecionista que a de Donald Trump e não são esperadas tarifas comerciais tão abrangentes e agressivas como as propostas por seu rival. A exceção aqui deve ser a China.

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Kamala não forneceu muitas pistas sobre como pretende lidar com o gigante asiático, mas é muito provável que a abordagem passará pela manutenção e até mesmo expansão de barreiras comerciais em setores estratégicos, seguindo a política de Biden.

Com foco no crescimento inclusivo, Kamala propõe uma economia que valorize a equidade e a sustentabilidade, mas o sucesso dessas iniciativas dependerá de uma série de fatores, incluindo da configuração do Congresso.

Os aumentos de impostos, a continuidade da política industrial da era Biden e os investimentos sociais podem levar a pressões inflacionárias, possivelmente elevando as taxas de juros.

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Dito isso, as estimativas apontam que um segundo mandato de Donald Trump traria ainda mais gastos e endividamento, com uma inflação mais acentuada. Agora é acompanhar com atenção os primeiros passos da democrata no comando de uma economia cheia de desafios e que segue como uma das mais relevantes do mundo.

A pauta econômica de Kamala Harris promete equilíbrio entre justiça social e crescimento econômico. A prioridade da democrata é a ampliação da rede de segurança social, com políticas voltadas à expansão da moradia, à primeira infância, aos idosos e o combate à inflação de alimentos e de outros produtos básicos, que tendem a ter um efeito maior sobre as famílias de baixa renda.

Ela também valoriza a economia do cuidado, prometendo promover empregos em setores essenciais, como saúde e educação, e o aumento da oferta de empregos estáveis para trabalhadores de renda média e baixa.

Para custear estes programas, Kamala defende a elevação de impostos sobre grandes fortunas e corporações. É esperado que essas medidas enfrentem resistências em um país já muito dividido. No entanto, a maior preocupação é que algumas políticas associadas à ampliação da oferta de moradia e a controles de preços específicos tenham um efeito inverso ao esperado, promovendo aumentos nos valores.

Outro ponto central na agenda de Kamala é a transição para uma economia verde. Continuando a política industrial do governo Biden, que forneceu vastos subsídios a setores associados à transição energética, Kamala vê este elemento como fundamental para criar empregos e reduzir a dependência de combustíveis fósseis.

No comércio internacional, Kamala não representa o retorno ao multilateralismo e à liberalização. Por exemplo, a democrata não demonstra um entusiasmo particular por acordos comerciais internacionais, apontando que estes muitas vezes falham em termos de proteção ambiental e trabalhista.

Ainda assim, sua posição é menos protecionista que a de Donald Trump e não são esperadas tarifas comerciais tão abrangentes e agressivas como as propostas por seu rival. A exceção aqui deve ser a China.

Kamala não forneceu muitas pistas sobre como pretende lidar com o gigante asiático, mas é muito provável que a abordagem passará pela manutenção e até mesmo expansão de barreiras comerciais em setores estratégicos, seguindo a política de Biden.

Com foco no crescimento inclusivo, Kamala propõe uma economia que valorize a equidade e a sustentabilidade, mas o sucesso dessas iniciativas dependerá de uma série de fatores, incluindo da configuração do Congresso.

Os aumentos de impostos, a continuidade da política industrial da era Biden e os investimentos sociais podem levar a pressões inflacionárias, possivelmente elevando as taxas de juros.

Dito isso, as estimativas apontam que um segundo mandato de Donald Trump traria ainda mais gastos e endividamento, com uma inflação mais acentuada. Agora é acompanhar com atenção os primeiros passos da democrata no comando de uma economia cheia de desafios e que segue como uma das mais relevantes do mundo.

A pauta econômica de Kamala Harris promete equilíbrio entre justiça social e crescimento econômico. A prioridade da democrata é a ampliação da rede de segurança social, com políticas voltadas à expansão da moradia, à primeira infância, aos idosos e o combate à inflação de alimentos e de outros produtos básicos, que tendem a ter um efeito maior sobre as famílias de baixa renda.

Ela também valoriza a economia do cuidado, prometendo promover empregos em setores essenciais, como saúde e educação, e o aumento da oferta de empregos estáveis para trabalhadores de renda média e baixa.

Para custear estes programas, Kamala defende a elevação de impostos sobre grandes fortunas e corporações. É esperado que essas medidas enfrentem resistências em um país já muito dividido. No entanto, a maior preocupação é que algumas políticas associadas à ampliação da oferta de moradia e a controles de preços específicos tenham um efeito inverso ao esperado, promovendo aumentos nos valores.

Outro ponto central na agenda de Kamala é a transição para uma economia verde. Continuando a política industrial do governo Biden, que forneceu vastos subsídios a setores associados à transição energética, Kamala vê este elemento como fundamental para criar empregos e reduzir a dependência de combustíveis fósseis.

No comércio internacional, Kamala não representa o retorno ao multilateralismo e à liberalização. Por exemplo, a democrata não demonstra um entusiasmo particular por acordos comerciais internacionais, apontando que estes muitas vezes falham em termos de proteção ambiental e trabalhista.

Ainda assim, sua posição é menos protecionista que a de Donald Trump e não são esperadas tarifas comerciais tão abrangentes e agressivas como as propostas por seu rival. A exceção aqui deve ser a China.

Kamala não forneceu muitas pistas sobre como pretende lidar com o gigante asiático, mas é muito provável que a abordagem passará pela manutenção e até mesmo expansão de barreiras comerciais em setores estratégicos, seguindo a política de Biden.

Com foco no crescimento inclusivo, Kamala propõe uma economia que valorize a equidade e a sustentabilidade, mas o sucesso dessas iniciativas dependerá de uma série de fatores, incluindo da configuração do Congresso.

Os aumentos de impostos, a continuidade da política industrial da era Biden e os investimentos sociais podem levar a pressões inflacionárias, possivelmente elevando as taxas de juros.

Dito isso, as estimativas apontam que um segundo mandato de Donald Trump traria ainda mais gastos e endividamento, com uma inflação mais acentuada. Agora é acompanhar com atenção os primeiros passos da democrata no comando de uma economia cheia de desafios e que segue como uma das mais relevantes do mundo.

Opinião por Carolina Moehlecke

Professora e Coordenadora do Mestrado Profissional em Relações Internacionais da FGV, e pesquisadora nos temas de Economia Política Internacional e Organizações Internacionais.

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