Tatiana Esquivel, promotora da região de Los Ríos, no sul do Chile, afirma que os resultados da autópsia do ex-presidente do Chile, Sebastián Piñera, já foram entregues à família do mandatário e demonstram que ele faleceu devido a “asfixia por afogamento”. A autópsia durou quatro horas, de acordo com o Serviço Médico Legal (SML).
Uma equipe multidisciplinar, coordenada pela promotoria da região, continua as investigações sobre as causas precisas da morte do ex-presidente, que faleceu após o helicóptero que ele próprio pilotava cair no Lago Ranco na terça-feira, 6.
Por enquanto, não serão oferecidos mais detalhes. As duas principais hipóteses sobre a morte ainda não poderão ser esclarecidas: foi um problema técnico decorrente das más condições climáticas na área, com ventos fortes e chuva? Ou algum problema físico do mandatário, de 74 anos, que teria perdido o controle e não conseguiu soltar o cinto de segurança?
A promotoria indicou, no entanto, que a investigação ainda está em curso e segue outras duas linhas: a perícia na própria aeronave, que teve que ser retirada do lago, e o interrogatório dos três sobreviventes do acidente, a irmã do mandatário, Magdalena Piñera, e o empresário e amigo Ignacio Guerrero com seu filho, que conseguiram sair nadando.
Leia mais
Piñera era um piloto experiente que gostava de pilotar suas próprias aeronaves particulares, e até solicitava isso quando era presidente da República. Após a autópsia no SML, o caixão com o corpo do mandatário foi enviado para o aeroporto de Valdivia, cerca de mil quilômetros ao sul de Santiago do Chile, de onde viajou para a capital.
Ele foi recebido pelas autoridades no aeródromo da Força Aérea do Chile (FACH) e de lá levado para a antiga sede do Congresso chileno, no centro da cidade. O funeral de Estado será realizado na manhã de sexta-feira, 9, na Catedral Metropolitana de Santiago, anunciou nesta quarta-feira o chanceler do Chile, Alberto van Klaveren./EFE