Senado dos EUA aprova Elizabeth Bagley como nova embaixadora americana no Brasil


Ex-embaixadora dos EUA em Portugal foi indicada por Joe Biden para a Embaixada dos EUA em Brasília em janeiro; prioridade no Brasil será combate ao desmatamento

Por Redação
Atualização:

O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira, 14, a nomeação de Elizabeth Bagley para a embaixada americana no Brasil. Bagley foi indicada em janeiro pelo presidente Joe Biden e assume o cargo deixado por Todd Chapman em julho do ano passado.

Em maio, Bagley afirmou ter confiança nas instituições democráticas do Brasil e disse que a prioridade em Brasília seria o combate ao desmatamento e aos crimes ambientais do país. As declarações aconteceram durante a sabatina a qual os indicados são submetidos no Senado americano. Ao ser questionada pelos senadores sobre políticas relacionadas a Moscou e a Pequim, ela disse que trabalharia para reduzir a influência chinesa no Brasil e por mais medidas anti-Rússia.

“Uma das minhas maiores prioridades será encorajar esforços para aumentar a ambição climática e reduzir dramaticamente o desmatamento, proteger os defensores [da floresta] e processar crimes ambientais e atos de violência correlatos”, disse Bagley durante a sabatina.

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Imagem mostra a então primeira-dama Hillary Clinton (direita) com a primeira-dama de portugal, Maria José Rita (esquerda), e Elizabeth Bagley, então embaixadora americana em Lisboa Foto: Jose Manuel Ribeiro/Reuters

A nomeação acontece duas semanas antes da posse do presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva (PT). Desde que Lula foi eleito, o governo Joe Biden externa o interesse em estreitar os laços sobretudo na área ambiental devido ao interesse no combate as mudanças climáticas.

Na avaliação do ex-embaixador do Brasil em Washington, Sérgio Amaral, a área ambiental será uma agenda em comum entre os dois governos. “Há uma agenda em comum entre os dos países: de defesa da democracia, do meio-ambiente, da preocupação com as mudanças climáticas. Isso cria um cenário sem dúvidas positivo para o fortalecimento destas relações”, declarou em entrevista recente ao Estadão.

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Em nota, o governo americano disse que a nova embaixadora vai iniciar os preparativos para chegar ao Brasil. A data será determinada pela Casa Branca, acrescentou o governo. “A Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil esperam receber a embaixadora Bagley e continuar a fortalecer a cooperação entre nossos dois países nos próximos meses e anos”, diz em nota.

Bagley serviu como assessora dos ex-secretários de Estado Madeleine Albright, no governo de Bill Clinton, e Hillary Clinton e John Kerry, no governo Obama. Ela também trabalhou na missão americana na ONU e serviu como embaixadora dos EUA em Portugal durante o governo Clinton.

A nova embaixadora é advogada especializada em direito comercial e internacional. Foi professora adjunta de direito na Universidade de Georgetown, em Washington, até janeiro de 1993. Se formou como bacharel em francês e espanhol em 1974 no Regis College em Weston, Massachusetts, e em direito internacional em 1987 pela Georgetown University Law School.

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Antecessor

Bagley ocupa o lugar deixado por Todd Chapman, indicado pelo ex-presidente Donald Trump, que se aposentou em julho do ano passado. Ele estava como embaixador do Brasil desde outubro de 2019 e se retirou da diplomacia após 30 anos de serviço por motivos pessoais. Chapman classificou “com uma grande honra” o período em que esteve à frente da embaixada americana no Brasil.

Em sua última entrevista coletiva, antes de deixar o País, em julho de 2021, Chapman elogiou o presidente Jair Bolsonaro, disse que o Brasil tem uma democracia sólida e instituições que funcionam e que não acredita em nenhum tipo de retrocesso nem em golpe contra a realização das eleições de 2022.

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Em acordo com as posições de Elizabeth Bagley externadas na sabatina do Senado, o ex-embaixador disse antes de deixar o cargo que o Brasil é um dos países centrais na área ambiental e pode se tornar “o grande herói mundial do meio ambiente”. A preocupação com o desmatamento da Amazônia também foi externado. “De nada adianta mostrar os ganhos com energia limpa ou os compromissos do governo com investimentos e com o controle de emissão de carbono, se não mostrar resultados concretos no desmatamento da Amazônia”, declarou na época.

O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira, 14, a nomeação de Elizabeth Bagley para a embaixada americana no Brasil. Bagley foi indicada em janeiro pelo presidente Joe Biden e assume o cargo deixado por Todd Chapman em julho do ano passado.

Em maio, Bagley afirmou ter confiança nas instituições democráticas do Brasil e disse que a prioridade em Brasília seria o combate ao desmatamento e aos crimes ambientais do país. As declarações aconteceram durante a sabatina a qual os indicados são submetidos no Senado americano. Ao ser questionada pelos senadores sobre políticas relacionadas a Moscou e a Pequim, ela disse que trabalharia para reduzir a influência chinesa no Brasil e por mais medidas anti-Rússia.

“Uma das minhas maiores prioridades será encorajar esforços para aumentar a ambição climática e reduzir dramaticamente o desmatamento, proteger os defensores [da floresta] e processar crimes ambientais e atos de violência correlatos”, disse Bagley durante a sabatina.

Imagem mostra a então primeira-dama Hillary Clinton (direita) com a primeira-dama de portugal, Maria José Rita (esquerda), e Elizabeth Bagley, então embaixadora americana em Lisboa Foto: Jose Manuel Ribeiro/Reuters

A nomeação acontece duas semanas antes da posse do presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva (PT). Desde que Lula foi eleito, o governo Joe Biden externa o interesse em estreitar os laços sobretudo na área ambiental devido ao interesse no combate as mudanças climáticas.

Na avaliação do ex-embaixador do Brasil em Washington, Sérgio Amaral, a área ambiental será uma agenda em comum entre os dois governos. “Há uma agenda em comum entre os dos países: de defesa da democracia, do meio-ambiente, da preocupação com as mudanças climáticas. Isso cria um cenário sem dúvidas positivo para o fortalecimento destas relações”, declarou em entrevista recente ao Estadão.

Em nota, o governo americano disse que a nova embaixadora vai iniciar os preparativos para chegar ao Brasil. A data será determinada pela Casa Branca, acrescentou o governo. “A Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil esperam receber a embaixadora Bagley e continuar a fortalecer a cooperação entre nossos dois países nos próximos meses e anos”, diz em nota.

Bagley serviu como assessora dos ex-secretários de Estado Madeleine Albright, no governo de Bill Clinton, e Hillary Clinton e John Kerry, no governo Obama. Ela também trabalhou na missão americana na ONU e serviu como embaixadora dos EUA em Portugal durante o governo Clinton.

A nova embaixadora é advogada especializada em direito comercial e internacional. Foi professora adjunta de direito na Universidade de Georgetown, em Washington, até janeiro de 1993. Se formou como bacharel em francês e espanhol em 1974 no Regis College em Weston, Massachusetts, e em direito internacional em 1987 pela Georgetown University Law School.

Antecessor

Bagley ocupa o lugar deixado por Todd Chapman, indicado pelo ex-presidente Donald Trump, que se aposentou em julho do ano passado. Ele estava como embaixador do Brasil desde outubro de 2019 e se retirou da diplomacia após 30 anos de serviço por motivos pessoais. Chapman classificou “com uma grande honra” o período em que esteve à frente da embaixada americana no Brasil.

Em sua última entrevista coletiva, antes de deixar o País, em julho de 2021, Chapman elogiou o presidente Jair Bolsonaro, disse que o Brasil tem uma democracia sólida e instituições que funcionam e que não acredita em nenhum tipo de retrocesso nem em golpe contra a realização das eleições de 2022.

Em acordo com as posições de Elizabeth Bagley externadas na sabatina do Senado, o ex-embaixador disse antes de deixar o cargo que o Brasil é um dos países centrais na área ambiental e pode se tornar “o grande herói mundial do meio ambiente”. A preocupação com o desmatamento da Amazônia também foi externado. “De nada adianta mostrar os ganhos com energia limpa ou os compromissos do governo com investimentos e com o controle de emissão de carbono, se não mostrar resultados concretos no desmatamento da Amazônia”, declarou na época.

O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira, 14, a nomeação de Elizabeth Bagley para a embaixada americana no Brasil. Bagley foi indicada em janeiro pelo presidente Joe Biden e assume o cargo deixado por Todd Chapman em julho do ano passado.

Em maio, Bagley afirmou ter confiança nas instituições democráticas do Brasil e disse que a prioridade em Brasília seria o combate ao desmatamento e aos crimes ambientais do país. As declarações aconteceram durante a sabatina a qual os indicados são submetidos no Senado americano. Ao ser questionada pelos senadores sobre políticas relacionadas a Moscou e a Pequim, ela disse que trabalharia para reduzir a influência chinesa no Brasil e por mais medidas anti-Rússia.

“Uma das minhas maiores prioridades será encorajar esforços para aumentar a ambição climática e reduzir dramaticamente o desmatamento, proteger os defensores [da floresta] e processar crimes ambientais e atos de violência correlatos”, disse Bagley durante a sabatina.

Imagem mostra a então primeira-dama Hillary Clinton (direita) com a primeira-dama de portugal, Maria José Rita (esquerda), e Elizabeth Bagley, então embaixadora americana em Lisboa Foto: Jose Manuel Ribeiro/Reuters

A nomeação acontece duas semanas antes da posse do presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva (PT). Desde que Lula foi eleito, o governo Joe Biden externa o interesse em estreitar os laços sobretudo na área ambiental devido ao interesse no combate as mudanças climáticas.

Na avaliação do ex-embaixador do Brasil em Washington, Sérgio Amaral, a área ambiental será uma agenda em comum entre os dois governos. “Há uma agenda em comum entre os dos países: de defesa da democracia, do meio-ambiente, da preocupação com as mudanças climáticas. Isso cria um cenário sem dúvidas positivo para o fortalecimento destas relações”, declarou em entrevista recente ao Estadão.

Em nota, o governo americano disse que a nova embaixadora vai iniciar os preparativos para chegar ao Brasil. A data será determinada pela Casa Branca, acrescentou o governo. “A Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil esperam receber a embaixadora Bagley e continuar a fortalecer a cooperação entre nossos dois países nos próximos meses e anos”, diz em nota.

Bagley serviu como assessora dos ex-secretários de Estado Madeleine Albright, no governo de Bill Clinton, e Hillary Clinton e John Kerry, no governo Obama. Ela também trabalhou na missão americana na ONU e serviu como embaixadora dos EUA em Portugal durante o governo Clinton.

A nova embaixadora é advogada especializada em direito comercial e internacional. Foi professora adjunta de direito na Universidade de Georgetown, em Washington, até janeiro de 1993. Se formou como bacharel em francês e espanhol em 1974 no Regis College em Weston, Massachusetts, e em direito internacional em 1987 pela Georgetown University Law School.

Antecessor

Bagley ocupa o lugar deixado por Todd Chapman, indicado pelo ex-presidente Donald Trump, que se aposentou em julho do ano passado. Ele estava como embaixador do Brasil desde outubro de 2019 e se retirou da diplomacia após 30 anos de serviço por motivos pessoais. Chapman classificou “com uma grande honra” o período em que esteve à frente da embaixada americana no Brasil.

Em sua última entrevista coletiva, antes de deixar o País, em julho de 2021, Chapman elogiou o presidente Jair Bolsonaro, disse que o Brasil tem uma democracia sólida e instituições que funcionam e que não acredita em nenhum tipo de retrocesso nem em golpe contra a realização das eleições de 2022.

Em acordo com as posições de Elizabeth Bagley externadas na sabatina do Senado, o ex-embaixador disse antes de deixar o cargo que o Brasil é um dos países centrais na área ambiental e pode se tornar “o grande herói mundial do meio ambiente”. A preocupação com o desmatamento da Amazônia também foi externado. “De nada adianta mostrar os ganhos com energia limpa ou os compromissos do governo com investimentos e com o controle de emissão de carbono, se não mostrar resultados concretos no desmatamento da Amazônia”, declarou na época.

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