Senador que defendeu morte de '100 mil brasileiros' no Paraguai é cassado 


Para os senadores que votaram por sua expulsão, Paraguayo Cubas fez uso indevido de sua influência para cometer reiteradas más condutas; ele já havia sido punido antes por agressões verbais e jogar água em colegas no Congresso

Por Redação
Atualização:

ASSUNÇÃO - O Senado paraguaio expulsou nesta quinta-feira, 28, o senador Paraguayo Cubas (Cruzada Nacional), acusado de fazer incitação ao crime, entre eles, o genocídio de brasileiros. Segundo os senadores, Cubas fez uso indevido de sua influência e recorreu à sua posição para cometer reiteradas más condutas que não correspondem a um parlamentar. 

Na segunda-feira, durante a ação de policiais paraguaios na fazenda de um brasileiro no município de Minga Porã, Departamento do Alto Paraná, Cubas foi filmado dizendo que "100 mil brasileiros bandidos" no Paraguai deveriam ser mortos. Ele também agrediu dois policiais. 

No início do ano, Cubas jogou água em vários de seus colegas, entre eles o ex-presidente Fernando Lugo Foto: Jorge Adorno/Reuters
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No mesmo dia, o ministro do Interior paraguaio, Euclides Acevedo, apresentou uma denúncia contra ele por agredir os policiais, que supostamente pretendiam liberar três caminhões com madeira cortada ilegalmente na fazenda. Os caminhões foram contidos por moradores da região. 

Ele também foi acusado de atropelar uma comissária e ameaçar impedir o acesso do chefe de polícia a Ciudad del Este, a 330 km a leste de Assunção, utilizando seu cargo. Isso foi considerado tráfico de influência pelos 23 senadores que votaram a favor da expulsão – houve 3 abstenções, 1 contra e 18 ausentes em um total de 45 cadeiras.

Em um trecho da gravação, o senador, que se diz anarquista, afirma que os brasileiros são "bandidos, invasores e estão desflorestando o país". "Tem que matar aqui pelo menos uns 100 mil brasileiros bandidos", diz. "Sabem quantos brasileiros têm no nosso país? Tem 2 milhões. Desses, 100 mil são bandidos e tem que matar. Paredão para esses brasileiros desgraçados que fazem isso."

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As imagens foram amplamente reproduzidas pelos sites e nelas Cubas é visto chutando o carro dos agentes e dando um tapa na cabeça de um deles. Depois, ele joga um vazo de flores na direção dos policiais. O ministro informou que formalizaria a denúncia ao Congresso e ao Ministério Público. Um dos vídeos foi postado pelo próprio senador em seu Twitter. 

Segundo Acevedo, com base no que disseram as testemunhas e em documentos, tanto a carga quanto os caminhões não estavam irregulares. O ministro se referiu a Cubas como um "provocador profissional e desequilibrado" e afirmou que seu comportamento não ficaria impune. 

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Os senadores paraguaios acusaram o colega, conhecido no país como “Payo”, de comportamento xenófobo. Estima-se que no Paraguai, com 7 milhões de habitantes, morem cerca de 1 milhão de cidadãos de origem brasileira, principalmente colonos de terras dedicadas à agricultura e pecuária no leste do país. 

"Os produtores estão indignados com a atitude desse senador que encoraja a xenofobia contra os brasileiros. Viemos ao Paraguai para trabalhar a convite do governo paraguaio", afirmou o presidente da associação de produtores de soja, o brasileiro Eno Michels, em visita ao Senado nesta quinta-feira.

O presidente da União Industrial da Paraguai, Gustavo Volpe, que acompanhou os produtores, considerou que Cubas ultrapassou "todos os limites aceitáveis". "Não podemos ter representantes dessa natureza que busca gerar um conflito com o Brasil", disse. 

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Cubas, o único senador da formação minoritária Cruzada Nacional, já foi penalizado em abril com suspensão de 60 dias por fazer agressões verbais ao senador e então presidente do Congresso, Silvio Ovelar. Na sessão anterior, Cubas jogou água em vários de seus colegas, entre eles o ex-presidente Fernando Lugo (2008-2012).

Após a expulsão, o senador postou uma foto no Twitter com uma mensagem de despedida: "Saindo do obscuro Parlamento ... rumo ao país que todos nós merecemos!". / COM EFE

ASSUNÇÃO - O Senado paraguaio expulsou nesta quinta-feira, 28, o senador Paraguayo Cubas (Cruzada Nacional), acusado de fazer incitação ao crime, entre eles, o genocídio de brasileiros. Segundo os senadores, Cubas fez uso indevido de sua influência e recorreu à sua posição para cometer reiteradas más condutas que não correspondem a um parlamentar. 

Na segunda-feira, durante a ação de policiais paraguaios na fazenda de um brasileiro no município de Minga Porã, Departamento do Alto Paraná, Cubas foi filmado dizendo que "100 mil brasileiros bandidos" no Paraguai deveriam ser mortos. Ele também agrediu dois policiais. 

No início do ano, Cubas jogou água em vários de seus colegas, entre eles o ex-presidente Fernando Lugo Foto: Jorge Adorno/Reuters

No mesmo dia, o ministro do Interior paraguaio, Euclides Acevedo, apresentou uma denúncia contra ele por agredir os policiais, que supostamente pretendiam liberar três caminhões com madeira cortada ilegalmente na fazenda. Os caminhões foram contidos por moradores da região. 

Ele também foi acusado de atropelar uma comissária e ameaçar impedir o acesso do chefe de polícia a Ciudad del Este, a 330 km a leste de Assunção, utilizando seu cargo. Isso foi considerado tráfico de influência pelos 23 senadores que votaram a favor da expulsão – houve 3 abstenções, 1 contra e 18 ausentes em um total de 45 cadeiras.

Em um trecho da gravação, o senador, que se diz anarquista, afirma que os brasileiros são "bandidos, invasores e estão desflorestando o país". "Tem que matar aqui pelo menos uns 100 mil brasileiros bandidos", diz. "Sabem quantos brasileiros têm no nosso país? Tem 2 milhões. Desses, 100 mil são bandidos e tem que matar. Paredão para esses brasileiros desgraçados que fazem isso."

As imagens foram amplamente reproduzidas pelos sites e nelas Cubas é visto chutando o carro dos agentes e dando um tapa na cabeça de um deles. Depois, ele joga um vazo de flores na direção dos policiais. O ministro informou que formalizaria a denúncia ao Congresso e ao Ministério Público. Um dos vídeos foi postado pelo próprio senador em seu Twitter. 

Segundo Acevedo, com base no que disseram as testemunhas e em documentos, tanto a carga quanto os caminhões não estavam irregulares. O ministro se referiu a Cubas como um "provocador profissional e desequilibrado" e afirmou que seu comportamento não ficaria impune. 

Os senadores paraguaios acusaram o colega, conhecido no país como “Payo”, de comportamento xenófobo. Estima-se que no Paraguai, com 7 milhões de habitantes, morem cerca de 1 milhão de cidadãos de origem brasileira, principalmente colonos de terras dedicadas à agricultura e pecuária no leste do país. 

"Os produtores estão indignados com a atitude desse senador que encoraja a xenofobia contra os brasileiros. Viemos ao Paraguai para trabalhar a convite do governo paraguaio", afirmou o presidente da associação de produtores de soja, o brasileiro Eno Michels, em visita ao Senado nesta quinta-feira.

O presidente da União Industrial da Paraguai, Gustavo Volpe, que acompanhou os produtores, considerou que Cubas ultrapassou "todos os limites aceitáveis". "Não podemos ter representantes dessa natureza que busca gerar um conflito com o Brasil", disse. 

Cubas, o único senador da formação minoritária Cruzada Nacional, já foi penalizado em abril com suspensão de 60 dias por fazer agressões verbais ao senador e então presidente do Congresso, Silvio Ovelar. Na sessão anterior, Cubas jogou água em vários de seus colegas, entre eles o ex-presidente Fernando Lugo (2008-2012).

Após a expulsão, o senador postou uma foto no Twitter com uma mensagem de despedida: "Saindo do obscuro Parlamento ... rumo ao país que todos nós merecemos!". / COM EFE

ASSUNÇÃO - O Senado paraguaio expulsou nesta quinta-feira, 28, o senador Paraguayo Cubas (Cruzada Nacional), acusado de fazer incitação ao crime, entre eles, o genocídio de brasileiros. Segundo os senadores, Cubas fez uso indevido de sua influência e recorreu à sua posição para cometer reiteradas más condutas que não correspondem a um parlamentar. 

Na segunda-feira, durante a ação de policiais paraguaios na fazenda de um brasileiro no município de Minga Porã, Departamento do Alto Paraná, Cubas foi filmado dizendo que "100 mil brasileiros bandidos" no Paraguai deveriam ser mortos. Ele também agrediu dois policiais. 

No início do ano, Cubas jogou água em vários de seus colegas, entre eles o ex-presidente Fernando Lugo Foto: Jorge Adorno/Reuters

No mesmo dia, o ministro do Interior paraguaio, Euclides Acevedo, apresentou uma denúncia contra ele por agredir os policiais, que supostamente pretendiam liberar três caminhões com madeira cortada ilegalmente na fazenda. Os caminhões foram contidos por moradores da região. 

Ele também foi acusado de atropelar uma comissária e ameaçar impedir o acesso do chefe de polícia a Ciudad del Este, a 330 km a leste de Assunção, utilizando seu cargo. Isso foi considerado tráfico de influência pelos 23 senadores que votaram a favor da expulsão – houve 3 abstenções, 1 contra e 18 ausentes em um total de 45 cadeiras.

Em um trecho da gravação, o senador, que se diz anarquista, afirma que os brasileiros são "bandidos, invasores e estão desflorestando o país". "Tem que matar aqui pelo menos uns 100 mil brasileiros bandidos", diz. "Sabem quantos brasileiros têm no nosso país? Tem 2 milhões. Desses, 100 mil são bandidos e tem que matar. Paredão para esses brasileiros desgraçados que fazem isso."

As imagens foram amplamente reproduzidas pelos sites e nelas Cubas é visto chutando o carro dos agentes e dando um tapa na cabeça de um deles. Depois, ele joga um vazo de flores na direção dos policiais. O ministro informou que formalizaria a denúncia ao Congresso e ao Ministério Público. Um dos vídeos foi postado pelo próprio senador em seu Twitter. 

Segundo Acevedo, com base no que disseram as testemunhas e em documentos, tanto a carga quanto os caminhões não estavam irregulares. O ministro se referiu a Cubas como um "provocador profissional e desequilibrado" e afirmou que seu comportamento não ficaria impune. 

Os senadores paraguaios acusaram o colega, conhecido no país como “Payo”, de comportamento xenófobo. Estima-se que no Paraguai, com 7 milhões de habitantes, morem cerca de 1 milhão de cidadãos de origem brasileira, principalmente colonos de terras dedicadas à agricultura e pecuária no leste do país. 

"Os produtores estão indignados com a atitude desse senador que encoraja a xenofobia contra os brasileiros. Viemos ao Paraguai para trabalhar a convite do governo paraguaio", afirmou o presidente da associação de produtores de soja, o brasileiro Eno Michels, em visita ao Senado nesta quinta-feira.

O presidente da União Industrial da Paraguai, Gustavo Volpe, que acompanhou os produtores, considerou que Cubas ultrapassou "todos os limites aceitáveis". "Não podemos ter representantes dessa natureza que busca gerar um conflito com o Brasil", disse. 

Cubas, o único senador da formação minoritária Cruzada Nacional, já foi penalizado em abril com suspensão de 60 dias por fazer agressões verbais ao senador e então presidente do Congresso, Silvio Ovelar. Na sessão anterior, Cubas jogou água em vários de seus colegas, entre eles o ex-presidente Fernando Lugo (2008-2012).

Após a expulsão, o senador postou uma foto no Twitter com uma mensagem de despedida: "Saindo do obscuro Parlamento ... rumo ao país que todos nós merecemos!". / COM EFE

ASSUNÇÃO - O Senado paraguaio expulsou nesta quinta-feira, 28, o senador Paraguayo Cubas (Cruzada Nacional), acusado de fazer incitação ao crime, entre eles, o genocídio de brasileiros. Segundo os senadores, Cubas fez uso indevido de sua influência e recorreu à sua posição para cometer reiteradas más condutas que não correspondem a um parlamentar. 

Na segunda-feira, durante a ação de policiais paraguaios na fazenda de um brasileiro no município de Minga Porã, Departamento do Alto Paraná, Cubas foi filmado dizendo que "100 mil brasileiros bandidos" no Paraguai deveriam ser mortos. Ele também agrediu dois policiais. 

No início do ano, Cubas jogou água em vários de seus colegas, entre eles o ex-presidente Fernando Lugo Foto: Jorge Adorno/Reuters

No mesmo dia, o ministro do Interior paraguaio, Euclides Acevedo, apresentou uma denúncia contra ele por agredir os policiais, que supostamente pretendiam liberar três caminhões com madeira cortada ilegalmente na fazenda. Os caminhões foram contidos por moradores da região. 

Ele também foi acusado de atropelar uma comissária e ameaçar impedir o acesso do chefe de polícia a Ciudad del Este, a 330 km a leste de Assunção, utilizando seu cargo. Isso foi considerado tráfico de influência pelos 23 senadores que votaram a favor da expulsão – houve 3 abstenções, 1 contra e 18 ausentes em um total de 45 cadeiras.

Em um trecho da gravação, o senador, que se diz anarquista, afirma que os brasileiros são "bandidos, invasores e estão desflorestando o país". "Tem que matar aqui pelo menos uns 100 mil brasileiros bandidos", diz. "Sabem quantos brasileiros têm no nosso país? Tem 2 milhões. Desses, 100 mil são bandidos e tem que matar. Paredão para esses brasileiros desgraçados que fazem isso."

As imagens foram amplamente reproduzidas pelos sites e nelas Cubas é visto chutando o carro dos agentes e dando um tapa na cabeça de um deles. Depois, ele joga um vazo de flores na direção dos policiais. O ministro informou que formalizaria a denúncia ao Congresso e ao Ministério Público. Um dos vídeos foi postado pelo próprio senador em seu Twitter. 

Segundo Acevedo, com base no que disseram as testemunhas e em documentos, tanto a carga quanto os caminhões não estavam irregulares. O ministro se referiu a Cubas como um "provocador profissional e desequilibrado" e afirmou que seu comportamento não ficaria impune. 

Os senadores paraguaios acusaram o colega, conhecido no país como “Payo”, de comportamento xenófobo. Estima-se que no Paraguai, com 7 milhões de habitantes, morem cerca de 1 milhão de cidadãos de origem brasileira, principalmente colonos de terras dedicadas à agricultura e pecuária no leste do país. 

"Os produtores estão indignados com a atitude desse senador que encoraja a xenofobia contra os brasileiros. Viemos ao Paraguai para trabalhar a convite do governo paraguaio", afirmou o presidente da associação de produtores de soja, o brasileiro Eno Michels, em visita ao Senado nesta quinta-feira.

O presidente da União Industrial da Paraguai, Gustavo Volpe, que acompanhou os produtores, considerou que Cubas ultrapassou "todos os limites aceitáveis". "Não podemos ter representantes dessa natureza que busca gerar um conflito com o Brasil", disse. 

Cubas, o único senador da formação minoritária Cruzada Nacional, já foi penalizado em abril com suspensão de 60 dias por fazer agressões verbais ao senador e então presidente do Congresso, Silvio Ovelar. Na sessão anterior, Cubas jogou água em vários de seus colegas, entre eles o ex-presidente Fernando Lugo (2008-2012).

Após a expulsão, o senador postou uma foto no Twitter com uma mensagem de despedida: "Saindo do obscuro Parlamento ... rumo ao país que todos nós merecemos!". / COM EFE

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