Senadora americana revela que foi estuprada quando serviu na Força Aérea


Em audiência ao subcomitê do Senado, Martha McSally disse que sofreu abuso sexual de um oficial superior

Por Redação

WASHINGTON - A senadora pelo Estado do Arizona Martha McSally, a primeira mulher a voar em combate pela Força Aérea dos Estados Unidos, afirmou nesta quarta-feira (6) que um oficial superior a estuprou quando prestava serviço militar.

McSally, que passou 26 de seus 52 anos na Força Aérea e comandou um esquadrão de combate, revelou o crime durante uma audiência do subcomitê do Senado sobre agressões sexuais nas Forças Armadas.

Senadora Martha McSally revela a um subcomitê do Senado que foi estuprada quando servia na Força Aérea Foto: REUTERS/Joshua Roberts
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"Também sou uma sobrevivente de agressão sexual nas forças militares, mas ao contrário de muitos valentes sobreviventes, não informei ter sido agredida sexualmente", disse McSally.

"Como tantas mulheres e homens, não confiava no sistema quando ocorreu", declarou. "Culpo a mim mesma. Estava envergonhada e confusa. Pensei que eu era forte mas me sentia indefesa."

"Os agressores abusaram de suas posições de poder de maneira profunda", afirmou a senadora republicana. "E em um caso fui atacada e em seguida estuprada por um oficial superior."

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"Mais tarde, na minha carreira, quando os militares enfrentaram os escândalos com respostas totalmente inadequadas, senti a necessidade de informar que eu também sou uma sobrevivente", disse.

McSally considerou deixar o Exército após o ataque. 

"Quase deixei a Força Aérea aos 18 anos por conta do meu desespero", disse. "Como muitas vítimas, senti que o sistema estava me violentando novamente."

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"Mas não desisti", acrescentou. "Decidi ficar e continuar servindo, lutando e liderando para ser uma voz entre as mulheres na Câmara de Deputados e em seguida no Senado."

Em novembro passado, após uma eleição apertada para o Senado, McSally perdeu para o democrata Kyrsten Sinema, mas depois foi nomeada pelo governador do Arizona para ocupar o lugar de John McCain, que morreu em agosto.

Provavelmente ela deve concorrer novamente ao Senado em 2020, numa eleição em que pode ter pela frente como concorrente o ex-astronauta e veterano da Marinha Mark Kelly, que busca a indicação democrata.

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A senadora republicana Joni Ernst, do Estado de Iowa, outra veterana militar, revelou no início deste ano que foi estuprada quando estava na universidade.

Através do Twitter, o também republicano Lindsey Grahan, senador pelo estado da Carolina do Sul, elogiou a congressista por ter "a coragem de contar sua história. Espero que ajude outros".

Segundo um relatório publicado pelo Pentágono em maio de 2018, o número de denúncias de agressões sexuais aumentou 10% entre outubro de 2016 e setembro de 2017. / AFP

WASHINGTON - A senadora pelo Estado do Arizona Martha McSally, a primeira mulher a voar em combate pela Força Aérea dos Estados Unidos, afirmou nesta quarta-feira (6) que um oficial superior a estuprou quando prestava serviço militar.

McSally, que passou 26 de seus 52 anos na Força Aérea e comandou um esquadrão de combate, revelou o crime durante uma audiência do subcomitê do Senado sobre agressões sexuais nas Forças Armadas.

Senadora Martha McSally revela a um subcomitê do Senado que foi estuprada quando servia na Força Aérea Foto: REUTERS/Joshua Roberts

"Também sou uma sobrevivente de agressão sexual nas forças militares, mas ao contrário de muitos valentes sobreviventes, não informei ter sido agredida sexualmente", disse McSally.

"Como tantas mulheres e homens, não confiava no sistema quando ocorreu", declarou. "Culpo a mim mesma. Estava envergonhada e confusa. Pensei que eu era forte mas me sentia indefesa."

"Os agressores abusaram de suas posições de poder de maneira profunda", afirmou a senadora republicana. "E em um caso fui atacada e em seguida estuprada por um oficial superior."

"Mais tarde, na minha carreira, quando os militares enfrentaram os escândalos com respostas totalmente inadequadas, senti a necessidade de informar que eu também sou uma sobrevivente", disse.

McSally considerou deixar o Exército após o ataque. 

"Quase deixei a Força Aérea aos 18 anos por conta do meu desespero", disse. "Como muitas vítimas, senti que o sistema estava me violentando novamente."

"Mas não desisti", acrescentou. "Decidi ficar e continuar servindo, lutando e liderando para ser uma voz entre as mulheres na Câmara de Deputados e em seguida no Senado."

Em novembro passado, após uma eleição apertada para o Senado, McSally perdeu para o democrata Kyrsten Sinema, mas depois foi nomeada pelo governador do Arizona para ocupar o lugar de John McCain, que morreu em agosto.

Provavelmente ela deve concorrer novamente ao Senado em 2020, numa eleição em que pode ter pela frente como concorrente o ex-astronauta e veterano da Marinha Mark Kelly, que busca a indicação democrata.

A senadora republicana Joni Ernst, do Estado de Iowa, outra veterana militar, revelou no início deste ano que foi estuprada quando estava na universidade.

Através do Twitter, o também republicano Lindsey Grahan, senador pelo estado da Carolina do Sul, elogiou a congressista por ter "a coragem de contar sua história. Espero que ajude outros".

Segundo um relatório publicado pelo Pentágono em maio de 2018, o número de denúncias de agressões sexuais aumentou 10% entre outubro de 2016 e setembro de 2017. / AFP

WASHINGTON - A senadora pelo Estado do Arizona Martha McSally, a primeira mulher a voar em combate pela Força Aérea dos Estados Unidos, afirmou nesta quarta-feira (6) que um oficial superior a estuprou quando prestava serviço militar.

McSally, que passou 26 de seus 52 anos na Força Aérea e comandou um esquadrão de combate, revelou o crime durante uma audiência do subcomitê do Senado sobre agressões sexuais nas Forças Armadas.

Senadora Martha McSally revela a um subcomitê do Senado que foi estuprada quando servia na Força Aérea Foto: REUTERS/Joshua Roberts

"Também sou uma sobrevivente de agressão sexual nas forças militares, mas ao contrário de muitos valentes sobreviventes, não informei ter sido agredida sexualmente", disse McSally.

"Como tantas mulheres e homens, não confiava no sistema quando ocorreu", declarou. "Culpo a mim mesma. Estava envergonhada e confusa. Pensei que eu era forte mas me sentia indefesa."

"Os agressores abusaram de suas posições de poder de maneira profunda", afirmou a senadora republicana. "E em um caso fui atacada e em seguida estuprada por um oficial superior."

"Mais tarde, na minha carreira, quando os militares enfrentaram os escândalos com respostas totalmente inadequadas, senti a necessidade de informar que eu também sou uma sobrevivente", disse.

McSally considerou deixar o Exército após o ataque. 

"Quase deixei a Força Aérea aos 18 anos por conta do meu desespero", disse. "Como muitas vítimas, senti que o sistema estava me violentando novamente."

"Mas não desisti", acrescentou. "Decidi ficar e continuar servindo, lutando e liderando para ser uma voz entre as mulheres na Câmara de Deputados e em seguida no Senado."

Em novembro passado, após uma eleição apertada para o Senado, McSally perdeu para o democrata Kyrsten Sinema, mas depois foi nomeada pelo governador do Arizona para ocupar o lugar de John McCain, que morreu em agosto.

Provavelmente ela deve concorrer novamente ao Senado em 2020, numa eleição em que pode ter pela frente como concorrente o ex-astronauta e veterano da Marinha Mark Kelly, que busca a indicação democrata.

A senadora republicana Joni Ernst, do Estado de Iowa, outra veterana militar, revelou no início deste ano que foi estuprada quando estava na universidade.

Através do Twitter, o também republicano Lindsey Grahan, senador pelo estado da Carolina do Sul, elogiou a congressista por ter "a coragem de contar sua história. Espero que ajude outros".

Segundo um relatório publicado pelo Pentágono em maio de 2018, o número de denúncias de agressões sexuais aumentou 10% entre outubro de 2016 e setembro de 2017. / AFP

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