Cinco militares ucranianos foram condenados a prisão pelos separatistas pró-Rússia do leste. Os combatentes integram o controvertido Batalhão Azov, grupo neonazista que foi incorporado às tropas ucranianas e atuou na defesa da cidade de Mariupol, palco de uma batalha sangrenta ao logo do ano passado.
As condenações por violações de direitos humanos foram confirmadas pelo Comitê Investigativo russo. De acordo com o comunicado, os soldados ucranianos receberam sentenças de 20 anos de prisão em colônia penal por “tratamento cruel de civis” e “tentativa de assassinato de várias pessoas com base no ódio ideológico”.
Os militares foram capturados durante uma ofensiva contra o batalhão, que é composto especialmente por nacionalistas e considerado por Moscou uma organização terrorista. Segundo a acusação, eles teriam matado suspeitos de ajudar separatistas e impedido a retirada de pessoas em direção ao território russo.
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As sentenças foram anunciadas pela Suprema Corte da autodeclarada República de Donetsk. A região está entre os quatro territórios da Ucrânia tomados pela Rússia no ano passado na maior anexação desde a 2ª Guerra. Além de Donetsk, as regiões de Luhansk, Kherson e Zaporizhzia também votaram pelo domínio do Kremlin em referendos considerados ilegais para comunidade internacional.
Ucrânia avança para recuperar territórios
No campo de batalha, a Ucrânia afirma ter recuperado 3 km² de Bakhmut, em Donetsk. Com isso, chegou a 43 km² a área que foi retomada na cidade desde junho, quando Kiev lançou uma esperada contraofensiva, informou a vice-ministra da Defesa Ganna Maliar.
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Mesmo com o forte apoio militar dos aliados ocidentais, a tentativa de afastar as tropas russas segue lenta. Na frente de batalha ao sul, por exemplo, a defesa ucraniana reconhece que não houve nenhuma “mudança significativa” ao longo da última semana apesar do avanço das tropas nas cidades de Berdyansk e Melitopol, também sob domínio russo.
Enquanto a Ucrânia tenta retomar território ao leste e ao sul do país, as forças de Moscou concentram os ataques na cidade de Kupiansk, na importante região de Kharkiv, que fica mais ao norte. De um lado, Moscou afirma que “melhorou” as suas posições nessa área. Do outro, Kiev alega que as tropas se mantém firmes apesar dos bombardeios./AFP