Sete fatos para entender o Chile e sua situação política


Dos protestos que eclodiram no ano passado ao plebiscito sobre nova constituição, país vive ebulição social

Por Redação

A crise social que eclodiu há um ano no Chile e deixou cerca de trinta mortos impulsionou um plebiscito que decidirá, neste domingo, 25,  se a Constituição do país foi ou não herdada da ditadura de Augusto Pinochet (1973- 1990).

Em sete pontos, entenda a ebulição política que tomou o país:

Ativista segura um olho, símbolo das manifestações no Chile após centenas de pessoas serem atingidas por projéteis Foto: Ivan Alvarado/REUTERS
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Confrontos violentos

Em 18 de outubro de 2019, a capital do Chile, Santiago, foi cenário de confrontos violentos entre forças de segurança e manifestantes que protestavam contra o aumento do preço da passagem do metrô.

O presidente conservador, Sebastián Piñera, declarou então estado de emergência na capital, atribuindo a um militar a responsabilidade pela segurança pública.

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No dia seguinte, 19 de outubro, milhares de pessoas marcharam em Santiago contra a desigualdade e novos confrontos eclodiram apesar da suspensão do aumento do preço da passagem do metrô.

Pela primeira vez desde o fim da ditadura de Pinochet, milhares de soldados foram posicionados nas ruas e um toque de recolher noturno foi decretado em Santiago.

O Chile acorda

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Conflitos e saques atingiram Santiago e o estado de emergência se estendeu a várias regiões.

O fato de o presidente ter pedido "perdão" e anunciado algumas reformas sociais não impediu uma greve geral, que exigia "o retorno dos militares ao quartel" e respostas à pior crise social em 30 anos.

Em 25 de outubro, 1,2 milhão de chilenos protestaram em Santiago. Nos dias seguintes, o toque de recolher foi suspenso, o estado de emergência foi anulado e um terço dos ministros foi  substituído.

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Em novembro, o Chile reununciou ao título de anfitrião da cúpula econômica do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico e da COP-25 sobre mudança climática.

Em seguida, o Banco Central injetou, duas vezes, bilhões de dólares para conter a queda do peso.

Ativista segura um olho, símbolo das manifestações no Chile após centenas de pessoas serem atingidas por projéteis Foto: Ivan Alvarado/REUTERS
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Referendo

No dia 15 de novembro, um acordo histórico entre os partidos políticos previu um plebiscito para revisão da Constituição herdada da ditadura, uma das principais reivindicações dos manifestantes.

A polícia suspendeu o uso de pelotas contra manifestantes, que haviam causado centenas de ferimentos graves nos olhos.

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O governo pediu calma após o aumento da violência.

Concessões sociais

No início de dezembro, o governo apresentou um plano de US$ 5,5 bilhões. Piñera anunciou um bônus especial para 1,3 milhão de famílias. O Congresso aprovou um aumento na pensão mínima por velhice.

Em 13 de dezembro, a ONU denunciou "múltiplas violações dos direitos humanos" por parte da polícia chilena.

Em janeiro de 2020, o presidente anunciou uma reforma do sistema de saúde e, em seguida, uma contribuição dos empregadores para a aposentadoria, que ainda está sendo discutida no Congresso.

Novos confrontos

No final de janeiro, surtos de violência deixaram quatro mortos após um período de calmaria, pontuado por manifestações todas as sextas-feiras em Santiago, às vezes com confrontos. O presidente anunciou uma reforma da polícia.

Plebiscito adiado devido ao coronavírus

Em 18 de março, o Chile declarou estado de emergência em face da pandemia de covid-19, o que levou a um hiato nas manifestações.

O plebiscito sobre a Constituição, marcado para 26 de abril, foi adiado para 25 de outubro.

Em julho, os deputados contrariaram o governo ao aprovar uma reforma que permite a retirada antecipada de 10% dos fundos de pensão privados, para fazer frente à crise provocada pela pandemia.

Em 28 de julho, o presidente fez a quinta reestruturação de seu gabinete.

Retorno de manifestações

As manifestações recomeçaram.

Em 2 de outubro, um jovem de 16 anos caiu de uma ponte após ser empurrado por um policial, que chamou o caso de "acidente" e foi preso.

Em 18 de outubro, dezenas de milhares de chilenos fizeram uma manifestação para marcar o primeiro aniversário do protesto, entrando em confronto com a polícia e incendiando duas igrejas.  /AFP

A crise social que eclodiu há um ano no Chile e deixou cerca de trinta mortos impulsionou um plebiscito que decidirá, neste domingo, 25,  se a Constituição do país foi ou não herdada da ditadura de Augusto Pinochet (1973- 1990).

Em sete pontos, entenda a ebulição política que tomou o país:

Ativista segura um olho, símbolo das manifestações no Chile após centenas de pessoas serem atingidas por projéteis Foto: Ivan Alvarado/REUTERS

Confrontos violentos

Em 18 de outubro de 2019, a capital do Chile, Santiago, foi cenário de confrontos violentos entre forças de segurança e manifestantes que protestavam contra o aumento do preço da passagem do metrô.

O presidente conservador, Sebastián Piñera, declarou então estado de emergência na capital, atribuindo a um militar a responsabilidade pela segurança pública.

No dia seguinte, 19 de outubro, milhares de pessoas marcharam em Santiago contra a desigualdade e novos confrontos eclodiram apesar da suspensão do aumento do preço da passagem do metrô.

Pela primeira vez desde o fim da ditadura de Pinochet, milhares de soldados foram posicionados nas ruas e um toque de recolher noturno foi decretado em Santiago.

O Chile acorda

Conflitos e saques atingiram Santiago e o estado de emergência se estendeu a várias regiões.

O fato de o presidente ter pedido "perdão" e anunciado algumas reformas sociais não impediu uma greve geral, que exigia "o retorno dos militares ao quartel" e respostas à pior crise social em 30 anos.

Em 25 de outubro, 1,2 milhão de chilenos protestaram em Santiago. Nos dias seguintes, o toque de recolher foi suspenso, o estado de emergência foi anulado e um terço dos ministros foi  substituído.

Em novembro, o Chile reununciou ao título de anfitrião da cúpula econômica do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico e da COP-25 sobre mudança climática.

Em seguida, o Banco Central injetou, duas vezes, bilhões de dólares para conter a queda do peso.

Ativista segura um olho, símbolo das manifestações no Chile após centenas de pessoas serem atingidas por projéteis Foto: Ivan Alvarado/REUTERS

Referendo

No dia 15 de novembro, um acordo histórico entre os partidos políticos previu um plebiscito para revisão da Constituição herdada da ditadura, uma das principais reivindicações dos manifestantes.

A polícia suspendeu o uso de pelotas contra manifestantes, que haviam causado centenas de ferimentos graves nos olhos.

O governo pediu calma após o aumento da violência.

Concessões sociais

No início de dezembro, o governo apresentou um plano de US$ 5,5 bilhões. Piñera anunciou um bônus especial para 1,3 milhão de famílias. O Congresso aprovou um aumento na pensão mínima por velhice.

Em 13 de dezembro, a ONU denunciou "múltiplas violações dos direitos humanos" por parte da polícia chilena.

Em janeiro de 2020, o presidente anunciou uma reforma do sistema de saúde e, em seguida, uma contribuição dos empregadores para a aposentadoria, que ainda está sendo discutida no Congresso.

Novos confrontos

No final de janeiro, surtos de violência deixaram quatro mortos após um período de calmaria, pontuado por manifestações todas as sextas-feiras em Santiago, às vezes com confrontos. O presidente anunciou uma reforma da polícia.

Plebiscito adiado devido ao coronavírus

Em 18 de março, o Chile declarou estado de emergência em face da pandemia de covid-19, o que levou a um hiato nas manifestações.

O plebiscito sobre a Constituição, marcado para 26 de abril, foi adiado para 25 de outubro.

Em julho, os deputados contrariaram o governo ao aprovar uma reforma que permite a retirada antecipada de 10% dos fundos de pensão privados, para fazer frente à crise provocada pela pandemia.

Em 28 de julho, o presidente fez a quinta reestruturação de seu gabinete.

Retorno de manifestações

As manifestações recomeçaram.

Em 2 de outubro, um jovem de 16 anos caiu de uma ponte após ser empurrado por um policial, que chamou o caso de "acidente" e foi preso.

Em 18 de outubro, dezenas de milhares de chilenos fizeram uma manifestação para marcar o primeiro aniversário do protesto, entrando em confronto com a polícia e incendiando duas igrejas.  /AFP

A crise social que eclodiu há um ano no Chile e deixou cerca de trinta mortos impulsionou um plebiscito que decidirá, neste domingo, 25,  se a Constituição do país foi ou não herdada da ditadura de Augusto Pinochet (1973- 1990).

Em sete pontos, entenda a ebulição política que tomou o país:

Ativista segura um olho, símbolo das manifestações no Chile após centenas de pessoas serem atingidas por projéteis Foto: Ivan Alvarado/REUTERS

Confrontos violentos

Em 18 de outubro de 2019, a capital do Chile, Santiago, foi cenário de confrontos violentos entre forças de segurança e manifestantes que protestavam contra o aumento do preço da passagem do metrô.

O presidente conservador, Sebastián Piñera, declarou então estado de emergência na capital, atribuindo a um militar a responsabilidade pela segurança pública.

No dia seguinte, 19 de outubro, milhares de pessoas marcharam em Santiago contra a desigualdade e novos confrontos eclodiram apesar da suspensão do aumento do preço da passagem do metrô.

Pela primeira vez desde o fim da ditadura de Pinochet, milhares de soldados foram posicionados nas ruas e um toque de recolher noturno foi decretado em Santiago.

O Chile acorda

Conflitos e saques atingiram Santiago e o estado de emergência se estendeu a várias regiões.

O fato de o presidente ter pedido "perdão" e anunciado algumas reformas sociais não impediu uma greve geral, que exigia "o retorno dos militares ao quartel" e respostas à pior crise social em 30 anos.

Em 25 de outubro, 1,2 milhão de chilenos protestaram em Santiago. Nos dias seguintes, o toque de recolher foi suspenso, o estado de emergência foi anulado e um terço dos ministros foi  substituído.

Em novembro, o Chile reununciou ao título de anfitrião da cúpula econômica do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico e da COP-25 sobre mudança climática.

Em seguida, o Banco Central injetou, duas vezes, bilhões de dólares para conter a queda do peso.

Ativista segura um olho, símbolo das manifestações no Chile após centenas de pessoas serem atingidas por projéteis Foto: Ivan Alvarado/REUTERS

Referendo

No dia 15 de novembro, um acordo histórico entre os partidos políticos previu um plebiscito para revisão da Constituição herdada da ditadura, uma das principais reivindicações dos manifestantes.

A polícia suspendeu o uso de pelotas contra manifestantes, que haviam causado centenas de ferimentos graves nos olhos.

O governo pediu calma após o aumento da violência.

Concessões sociais

No início de dezembro, o governo apresentou um plano de US$ 5,5 bilhões. Piñera anunciou um bônus especial para 1,3 milhão de famílias. O Congresso aprovou um aumento na pensão mínima por velhice.

Em 13 de dezembro, a ONU denunciou "múltiplas violações dos direitos humanos" por parte da polícia chilena.

Em janeiro de 2020, o presidente anunciou uma reforma do sistema de saúde e, em seguida, uma contribuição dos empregadores para a aposentadoria, que ainda está sendo discutida no Congresso.

Novos confrontos

No final de janeiro, surtos de violência deixaram quatro mortos após um período de calmaria, pontuado por manifestações todas as sextas-feiras em Santiago, às vezes com confrontos. O presidente anunciou uma reforma da polícia.

Plebiscito adiado devido ao coronavírus

Em 18 de março, o Chile declarou estado de emergência em face da pandemia de covid-19, o que levou a um hiato nas manifestações.

O plebiscito sobre a Constituição, marcado para 26 de abril, foi adiado para 25 de outubro.

Em julho, os deputados contrariaram o governo ao aprovar uma reforma que permite a retirada antecipada de 10% dos fundos de pensão privados, para fazer frente à crise provocada pela pandemia.

Em 28 de julho, o presidente fez a quinta reestruturação de seu gabinete.

Retorno de manifestações

As manifestações recomeçaram.

Em 2 de outubro, um jovem de 16 anos caiu de uma ponte após ser empurrado por um policial, que chamou o caso de "acidente" e foi preso.

Em 18 de outubro, dezenas de milhares de chilenos fizeram uma manifestação para marcar o primeiro aniversário do protesto, entrando em confronto com a polícia e incendiando duas igrejas.  /AFP

A crise social que eclodiu há um ano no Chile e deixou cerca de trinta mortos impulsionou um plebiscito que decidirá, neste domingo, 25,  se a Constituição do país foi ou não herdada da ditadura de Augusto Pinochet (1973- 1990).

Em sete pontos, entenda a ebulição política que tomou o país:

Ativista segura um olho, símbolo das manifestações no Chile após centenas de pessoas serem atingidas por projéteis Foto: Ivan Alvarado/REUTERS

Confrontos violentos

Em 18 de outubro de 2019, a capital do Chile, Santiago, foi cenário de confrontos violentos entre forças de segurança e manifestantes que protestavam contra o aumento do preço da passagem do metrô.

O presidente conservador, Sebastián Piñera, declarou então estado de emergência na capital, atribuindo a um militar a responsabilidade pela segurança pública.

No dia seguinte, 19 de outubro, milhares de pessoas marcharam em Santiago contra a desigualdade e novos confrontos eclodiram apesar da suspensão do aumento do preço da passagem do metrô.

Pela primeira vez desde o fim da ditadura de Pinochet, milhares de soldados foram posicionados nas ruas e um toque de recolher noturno foi decretado em Santiago.

O Chile acorda

Conflitos e saques atingiram Santiago e o estado de emergência se estendeu a várias regiões.

O fato de o presidente ter pedido "perdão" e anunciado algumas reformas sociais não impediu uma greve geral, que exigia "o retorno dos militares ao quartel" e respostas à pior crise social em 30 anos.

Em 25 de outubro, 1,2 milhão de chilenos protestaram em Santiago. Nos dias seguintes, o toque de recolher foi suspenso, o estado de emergência foi anulado e um terço dos ministros foi  substituído.

Em novembro, o Chile reununciou ao título de anfitrião da cúpula econômica do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico e da COP-25 sobre mudança climática.

Em seguida, o Banco Central injetou, duas vezes, bilhões de dólares para conter a queda do peso.

Ativista segura um olho, símbolo das manifestações no Chile após centenas de pessoas serem atingidas por projéteis Foto: Ivan Alvarado/REUTERS

Referendo

No dia 15 de novembro, um acordo histórico entre os partidos políticos previu um plebiscito para revisão da Constituição herdada da ditadura, uma das principais reivindicações dos manifestantes.

A polícia suspendeu o uso de pelotas contra manifestantes, que haviam causado centenas de ferimentos graves nos olhos.

O governo pediu calma após o aumento da violência.

Concessões sociais

No início de dezembro, o governo apresentou um plano de US$ 5,5 bilhões. Piñera anunciou um bônus especial para 1,3 milhão de famílias. O Congresso aprovou um aumento na pensão mínima por velhice.

Em 13 de dezembro, a ONU denunciou "múltiplas violações dos direitos humanos" por parte da polícia chilena.

Em janeiro de 2020, o presidente anunciou uma reforma do sistema de saúde e, em seguida, uma contribuição dos empregadores para a aposentadoria, que ainda está sendo discutida no Congresso.

Novos confrontos

No final de janeiro, surtos de violência deixaram quatro mortos após um período de calmaria, pontuado por manifestações todas as sextas-feiras em Santiago, às vezes com confrontos. O presidente anunciou uma reforma da polícia.

Plebiscito adiado devido ao coronavírus

Em 18 de março, o Chile declarou estado de emergência em face da pandemia de covid-19, o que levou a um hiato nas manifestações.

O plebiscito sobre a Constituição, marcado para 26 de abril, foi adiado para 25 de outubro.

Em julho, os deputados contrariaram o governo ao aprovar uma reforma que permite a retirada antecipada de 10% dos fundos de pensão privados, para fazer frente à crise provocada pela pandemia.

Em 28 de julho, o presidente fez a quinta reestruturação de seu gabinete.

Retorno de manifestações

As manifestações recomeçaram.

Em 2 de outubro, um jovem de 16 anos caiu de uma ponte após ser empurrado por um policial, que chamou o caso de "acidente" e foi preso.

Em 18 de outubro, dezenas de milhares de chilenos fizeram uma manifestação para marcar o primeiro aniversário do protesto, entrando em confronto com a polícia e incendiando duas igrejas.  /AFP

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