CARACAS - O Ministério Público da Venezuela confirmou nesta quarta-feira, 10, a morte do jovem Miguel Castillo, de 27 anos, no setor de Las Mercedes, no leste de Caracas, o que eleva para 39 o número de mortos na onda de protestos dos últimos 40 dias no país.
Agentes das forças de segurança de Venezuela dispersaram hoje com bombas de gás lacrimogêneo uma manifestação com milhares de opositores que estavam na principal autoestrada de Caracas, que pretendia chegar até a sede do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), no centro da capital.
A agência EFE constatou que, enquanto os efetivos da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) lançavam as bombas de gás e jatos de água para dispersar o protesto, um grupo de manifestantes respondia com pedras e "bombas" de fezes, conhecidos como "coquetéis puputov".
Na manifestação, alguns deputados como Juan Requesens, Juan Andrés Mejía e o duas vezes candidato à presidência da Venezuela, Henrique Capriles, divulgaram vídeos nas redes sociais nos quais mostravam o que qualificaram de uma "selvagem repressão".
Venezuela em chamas mais um dia de protestos contra Maduro
Em um comunicado anterior, o MP venezuelano também confirmou hoje a morte de Anderson Dugarte, um mototaxista de 32 anos que foi ferido na cabeça por uma "arma de fogo" na segunda-feira passada em uma manifestação no Estado de Mérida.
Com as mortes de Dugarte e Castillo sobe para 39 o número de mortos durante os últimos 40 dias, nos quais uma onda de manifestações, a favor e contra o governo do presidente Nicolás Maduro, também deixou centenas de feridos e quase 2 mil detidos. / EFE