Social-democratas, Verdes e liberais começam a negociar coalizão na Alemanha


Primeiro encontro entre as três legendas acontece dez dias após as eleições

Por Redação
Atualização:

BERLIM - O Partido Social-Democrata (SPD), vencedor das eleições legislativas da Alemanha, o Partido Verde e o Partido Democrático Liberal (FDP) iniciam nesta quinta-feira, 7, negociações preliminares para formar uma coalizão governamental. O primeiro encontro entre as três legendas acontece dez dias após após a votação. 

Nesta quarta-feira, 6, o Partido Verde, terceiro mais votado, demonstrou desejo de aprofundar o diálogo com  o SPD e o FDP. "Nosso interesse é fazer as coisas avançarem rapidamente", afirmou a copresidente do partido, Annalena Baerbock. "O país não pode se dar ao luxo de um impasse prolongado enquanto uma coalizão é negociada."

Pouco depois, os liberais anunciaram uma reunião com os social-democratas e os ecologistas para esboçar um futuro governo de "centro progressista", nas palavras do presidente do FDP, Christian Lindner.

continua após a publicidade

A coalizão é fundamental para a governabilidade do SPD, que pode reconquistar o cargo de chanceler pela primeira vez desde 2005, quando Gerhard Schröder comandou o país."Os cidadãos nos deram um mandato para colocar em prática um governo juntos", afirmou o líder do SPD, Olaf Scholz.

Olaf Scholz tem a missão de forjar uma aliança com o Partido Verde e os liberais Foto: Odd Andersen/AFP

"A lição"

continua após a publicidade

As negociações, no entanto, devem ser complexas, já que os partidos tem divergências em muitos temas, como questões fiscais, por exemplo. Enquanto os liberais são contra o aumento de impostos, o SPD é a favor.

Os conservadores democrata-cristãos (CDU), do partido de Angela Merkel, não desistiram de tentar formar um novo governo. Liderados pelo impopular Armin Laschet, eles tentam seduzir liberais e verdes para permanecer na Chancelaria.

Nesta quarta-feira, Laschet, um ex-jornalista de 60 anos, disse respeitar a decisão dos Verdes e do FDP de optar por negociações com o SPD. Disse, porém, que está "disposto" a dialogar com os dois partidos. O presidente do FDP, Lindner, afirmou que uma coalizão com os ecologistas e os democrata-cristãos continua sendo "uma opção viável em termos de conteúdo".

continua após a publicidade

Uma pesquisa do instituto Forsa mostra que a maioria dos alemães (53%) quer uma coalizão de centro-esquerda formada por SPD, Verdes e FDP. Mais de 70% consideram que o CDU e seu aliado, CSU, devem ir para a oposição.

Alguns pesos pesados da CDU, como o ministro da Economia, Peter Altmaier, parecem admitir a situação."Pela primeira vez em 41 anos, o FDP e o SPD (e os Verdes) falam seriamente em uma coalizão", tuitou o ministro, próximo a Angela Merkel. "O trem do 'semáforo' acaba de sair da estação", completou, em referência às cores dos partidos que devem formar a aliança.

Altmaier disse que o CDU deve "mostrar que aprendeu a lição" de 26 de setembro, depois que os conservadores receberam menos de 30% dos votos, algo que não se via desde 1950. /AFP

BERLIM - O Partido Social-Democrata (SPD), vencedor das eleições legislativas da Alemanha, o Partido Verde e o Partido Democrático Liberal (FDP) iniciam nesta quinta-feira, 7, negociações preliminares para formar uma coalizão governamental. O primeiro encontro entre as três legendas acontece dez dias após após a votação. 

Nesta quarta-feira, 6, o Partido Verde, terceiro mais votado, demonstrou desejo de aprofundar o diálogo com  o SPD e o FDP. "Nosso interesse é fazer as coisas avançarem rapidamente", afirmou a copresidente do partido, Annalena Baerbock. "O país não pode se dar ao luxo de um impasse prolongado enquanto uma coalizão é negociada."

Pouco depois, os liberais anunciaram uma reunião com os social-democratas e os ecologistas para esboçar um futuro governo de "centro progressista", nas palavras do presidente do FDP, Christian Lindner.

A coalizão é fundamental para a governabilidade do SPD, que pode reconquistar o cargo de chanceler pela primeira vez desde 2005, quando Gerhard Schröder comandou o país."Os cidadãos nos deram um mandato para colocar em prática um governo juntos", afirmou o líder do SPD, Olaf Scholz.

Olaf Scholz tem a missão de forjar uma aliança com o Partido Verde e os liberais Foto: Odd Andersen/AFP

"A lição"

As negociações, no entanto, devem ser complexas, já que os partidos tem divergências em muitos temas, como questões fiscais, por exemplo. Enquanto os liberais são contra o aumento de impostos, o SPD é a favor.

Os conservadores democrata-cristãos (CDU), do partido de Angela Merkel, não desistiram de tentar formar um novo governo. Liderados pelo impopular Armin Laschet, eles tentam seduzir liberais e verdes para permanecer na Chancelaria.

Nesta quarta-feira, Laschet, um ex-jornalista de 60 anos, disse respeitar a decisão dos Verdes e do FDP de optar por negociações com o SPD. Disse, porém, que está "disposto" a dialogar com os dois partidos. O presidente do FDP, Lindner, afirmou que uma coalizão com os ecologistas e os democrata-cristãos continua sendo "uma opção viável em termos de conteúdo".

Uma pesquisa do instituto Forsa mostra que a maioria dos alemães (53%) quer uma coalizão de centro-esquerda formada por SPD, Verdes e FDP. Mais de 70% consideram que o CDU e seu aliado, CSU, devem ir para a oposição.

Alguns pesos pesados da CDU, como o ministro da Economia, Peter Altmaier, parecem admitir a situação."Pela primeira vez em 41 anos, o FDP e o SPD (e os Verdes) falam seriamente em uma coalizão", tuitou o ministro, próximo a Angela Merkel. "O trem do 'semáforo' acaba de sair da estação", completou, em referência às cores dos partidos que devem formar a aliança.

Altmaier disse que o CDU deve "mostrar que aprendeu a lição" de 26 de setembro, depois que os conservadores receberam menos de 30% dos votos, algo que não se via desde 1950. /AFP

BERLIM - O Partido Social-Democrata (SPD), vencedor das eleições legislativas da Alemanha, o Partido Verde e o Partido Democrático Liberal (FDP) iniciam nesta quinta-feira, 7, negociações preliminares para formar uma coalizão governamental. O primeiro encontro entre as três legendas acontece dez dias após após a votação. 

Nesta quarta-feira, 6, o Partido Verde, terceiro mais votado, demonstrou desejo de aprofundar o diálogo com  o SPD e o FDP. "Nosso interesse é fazer as coisas avançarem rapidamente", afirmou a copresidente do partido, Annalena Baerbock. "O país não pode se dar ao luxo de um impasse prolongado enquanto uma coalizão é negociada."

Pouco depois, os liberais anunciaram uma reunião com os social-democratas e os ecologistas para esboçar um futuro governo de "centro progressista", nas palavras do presidente do FDP, Christian Lindner.

A coalizão é fundamental para a governabilidade do SPD, que pode reconquistar o cargo de chanceler pela primeira vez desde 2005, quando Gerhard Schröder comandou o país."Os cidadãos nos deram um mandato para colocar em prática um governo juntos", afirmou o líder do SPD, Olaf Scholz.

Olaf Scholz tem a missão de forjar uma aliança com o Partido Verde e os liberais Foto: Odd Andersen/AFP

"A lição"

As negociações, no entanto, devem ser complexas, já que os partidos tem divergências em muitos temas, como questões fiscais, por exemplo. Enquanto os liberais são contra o aumento de impostos, o SPD é a favor.

Os conservadores democrata-cristãos (CDU), do partido de Angela Merkel, não desistiram de tentar formar um novo governo. Liderados pelo impopular Armin Laschet, eles tentam seduzir liberais e verdes para permanecer na Chancelaria.

Nesta quarta-feira, Laschet, um ex-jornalista de 60 anos, disse respeitar a decisão dos Verdes e do FDP de optar por negociações com o SPD. Disse, porém, que está "disposto" a dialogar com os dois partidos. O presidente do FDP, Lindner, afirmou que uma coalizão com os ecologistas e os democrata-cristãos continua sendo "uma opção viável em termos de conteúdo".

Uma pesquisa do instituto Forsa mostra que a maioria dos alemães (53%) quer uma coalizão de centro-esquerda formada por SPD, Verdes e FDP. Mais de 70% consideram que o CDU e seu aliado, CSU, devem ir para a oposição.

Alguns pesos pesados da CDU, como o ministro da Economia, Peter Altmaier, parecem admitir a situação."Pela primeira vez em 41 anos, o FDP e o SPD (e os Verdes) falam seriamente em uma coalizão", tuitou o ministro, próximo a Angela Merkel. "O trem do 'semáforo' acaba de sair da estação", completou, em referência às cores dos partidos que devem formar a aliança.

Altmaier disse que o CDU deve "mostrar que aprendeu a lição" de 26 de setembro, depois que os conservadores receberam menos de 30% dos votos, algo que não se via desde 1950. /AFP

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.