Socorristas chegam para resgates em região afetada por explosão de represa no sul da Ucrânia


A operação de resgate em Kherson se desenrolou sem pânico, mas com um ar de resignação diante da grande tarefa de retirar centenas de pessoas de suas casas e encontrar abrigo para elas em outro lugar

Por Andrew E. Kramer e Maria Varenikova

THE NEW YORK TIMES, KHERSON — Oleksiy Kolesnik chegou a beira praia e ficou de pé, tremendo, em terra firme pela primeira vez em horas. Ele foi resgatado depois de passar a madrugada sentado em cima de um armário em sua sala de estar inundada.

“A água veio muito rápido”, disse o Kolesnik, que estava tão fraco que precisou ser ajudado a sair de um bote salva-vidas por duas equipes de resgate. “Foi tudo muito rápido.”

As águas turvas, de cor café, com sacos plásticos e pedaços de palha girando nos redemoinhos, inundaram uma rua em Kherson, a capital regional, onde as equipes de resgate organizaram uma evacuação completa de um bairro isolado do resto da cidade por ruas alagadas.

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Voluntários evacuam uma família de um bairro inundado em Kherson, Ucrânia, quarta-feira, 7 de junho de 2023. As águas da enchente de uma represa que desmoronou continuaram subindo no sul da Ucrânia na quarta-feira, forçando centenas de pessoas a fugirem de suas casas em uma grande operação de emergência que trouxe uma nova dimensão dramática à guerra com a Rússia, agora em seu 16º mês.  Foto: Evgeniy Maloletka / AP

Cães em caixas de transporte ficavam latindo. As pessoas saíram dos botes salva-vidas exaustas, carregando no máximo uma bolsa ou uma mochila e, às vezes, um gato ou um cachorro. A cena, com vista para uma praça inundada, era apenas um pequeno retrato da vasta perturbação criada pela destruição da barragem de Kakhovka no rio Dnipro na terça-feira, 6.

Kherson, um polo do setor agrícola ucraniano no sul do país, se estende por colinas na margem oeste do rio Dnipro. Muitos bairros não foram afetados pela enchente. Mas as áreas baixas do bairro ficaram apenas cobertas por escombros flutuantes e água nesta quarta-feira, 7. Em determinado lugar, até uma geladeira balançava na água.

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Em toda a cidade e em todo o sul da Ucrânia, as autoridades correram para resolver uma série de problemas decorrentes da grande inundação e da drenagem do reservatório de Kakhovka, usado para água potável e irrigação — tudo junto ao front de guerra.

Em um dia de fim de primavera, a operação de resgate em Kherson se desenrolou sem pânico, mas com um ar de resignação diante da grande tarefa de retirar centenas de pessoas de suas casas e encontrar abrigo para elas em outro lugar.

Os socorristas se aventuraram em botes para retirar pessoas encalhadas e assustadas dos telhados ou dos andares superiores das casas. Um estrondo ocasional de artilharia podia ser ouvido.

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As autoridades estavam evacuando todos os moradores de um bairro, chamado Ostriv, ou Ilha, que também era uma das áreas mais perigosas da cidade por causa dos bombardeios.

Em um ponto, uma poltrona vermelha flutuava na enchente. Em outro lugar, o lixo boiava na água suja.

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“Estávamos nos acostumando com os bombardeios, mas nunca vi uma situação como essa”, disse Larisa Kharchenko, uma enfermeira aposentada que achava que poderia ficar de fora da enchente ontem, quando a água estava na altura dos joelhos em seu quintal, mas ainda não em sua casa. Na quarta-feira, a água estava entrando pela porta de sua casa.

“Alguém precisa prender Putin”, disse ela, referindo-se ao presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Em algumas áreas do bairro de Ostriv, a água atingiu os telhados das casas. “Ela continua chegando”, disse a Kharchenko.

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Alla Snegor, 55 anos, professora de biologia, saiu de um bote e olhou para trás, para as ruas inundadas da cidade. Ela disse que estava tentando ficar fora da água.

“Pense no que há nessa enchente”, disse ela. “Pesticidas, produtos químicos, óleo, animais e peixes mortos, e também arrastou cemitérios.” Ela disse que estava fervendo a água da torneira antes de bebê-la na quarta-feira, caso o sistema de abastecimento de água da cidade tivesse sido contaminado pela água da enchente.

Serhiy Litovsky, 60 anos, eletricista, disse estar mais preocupado com a longa luta que o sul da Ucrânia terá pela frente, uma das zonas agrícolas mais ricas do mundo, mas que depende da irrigação — a maior parte proveniente do reservatório que se esvai rapidamente.

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“Sem irrigação, isso aqui vai virar um deserto”, disse ele. “Sem água, ninguém vai viver aqui. O legado disso vai durar dezenas de anos.”

A escala do desastre era difícil de entender, disse ele. “Sem a guerra, isso seria uma grande catástrofe. Mas isso veio junto com a guerra.”

THE NEW YORK TIMES, KHERSON — Oleksiy Kolesnik chegou a beira praia e ficou de pé, tremendo, em terra firme pela primeira vez em horas. Ele foi resgatado depois de passar a madrugada sentado em cima de um armário em sua sala de estar inundada.

“A água veio muito rápido”, disse o Kolesnik, que estava tão fraco que precisou ser ajudado a sair de um bote salva-vidas por duas equipes de resgate. “Foi tudo muito rápido.”

As águas turvas, de cor café, com sacos plásticos e pedaços de palha girando nos redemoinhos, inundaram uma rua em Kherson, a capital regional, onde as equipes de resgate organizaram uma evacuação completa de um bairro isolado do resto da cidade por ruas alagadas.

Voluntários evacuam uma família de um bairro inundado em Kherson, Ucrânia, quarta-feira, 7 de junho de 2023. As águas da enchente de uma represa que desmoronou continuaram subindo no sul da Ucrânia na quarta-feira, forçando centenas de pessoas a fugirem de suas casas em uma grande operação de emergência que trouxe uma nova dimensão dramática à guerra com a Rússia, agora em seu 16º mês.  Foto: Evgeniy Maloletka / AP

Cães em caixas de transporte ficavam latindo. As pessoas saíram dos botes salva-vidas exaustas, carregando no máximo uma bolsa ou uma mochila e, às vezes, um gato ou um cachorro. A cena, com vista para uma praça inundada, era apenas um pequeno retrato da vasta perturbação criada pela destruição da barragem de Kakhovka no rio Dnipro na terça-feira, 6.

Kherson, um polo do setor agrícola ucraniano no sul do país, se estende por colinas na margem oeste do rio Dnipro. Muitos bairros não foram afetados pela enchente. Mas as áreas baixas do bairro ficaram apenas cobertas por escombros flutuantes e água nesta quarta-feira, 7. Em determinado lugar, até uma geladeira balançava na água.

Em toda a cidade e em todo o sul da Ucrânia, as autoridades correram para resolver uma série de problemas decorrentes da grande inundação e da drenagem do reservatório de Kakhovka, usado para água potável e irrigação — tudo junto ao front de guerra.

Em um dia de fim de primavera, a operação de resgate em Kherson se desenrolou sem pânico, mas com um ar de resignação diante da grande tarefa de retirar centenas de pessoas de suas casas e encontrar abrigo para elas em outro lugar.

Os socorristas se aventuraram em botes para retirar pessoas encalhadas e assustadas dos telhados ou dos andares superiores das casas. Um estrondo ocasional de artilharia podia ser ouvido.

As autoridades estavam evacuando todos os moradores de um bairro, chamado Ostriv, ou Ilha, que também era uma das áreas mais perigosas da cidade por causa dos bombardeios.

Em um ponto, uma poltrona vermelha flutuava na enchente. Em outro lugar, o lixo boiava na água suja.

“Estávamos nos acostumando com os bombardeios, mas nunca vi uma situação como essa”, disse Larisa Kharchenko, uma enfermeira aposentada que achava que poderia ficar de fora da enchente ontem, quando a água estava na altura dos joelhos em seu quintal, mas ainda não em sua casa. Na quarta-feira, a água estava entrando pela porta de sua casa.

“Alguém precisa prender Putin”, disse ela, referindo-se ao presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Em algumas áreas do bairro de Ostriv, a água atingiu os telhados das casas. “Ela continua chegando”, disse a Kharchenko.

Alla Snegor, 55 anos, professora de biologia, saiu de um bote e olhou para trás, para as ruas inundadas da cidade. Ela disse que estava tentando ficar fora da água.

“Pense no que há nessa enchente”, disse ela. “Pesticidas, produtos químicos, óleo, animais e peixes mortos, e também arrastou cemitérios.” Ela disse que estava fervendo a água da torneira antes de bebê-la na quarta-feira, caso o sistema de abastecimento de água da cidade tivesse sido contaminado pela água da enchente.

Serhiy Litovsky, 60 anos, eletricista, disse estar mais preocupado com a longa luta que o sul da Ucrânia terá pela frente, uma das zonas agrícolas mais ricas do mundo, mas que depende da irrigação — a maior parte proveniente do reservatório que se esvai rapidamente.

“Sem irrigação, isso aqui vai virar um deserto”, disse ele. “Sem água, ninguém vai viver aqui. O legado disso vai durar dezenas de anos.”

A escala do desastre era difícil de entender, disse ele. “Sem a guerra, isso seria uma grande catástrofe. Mas isso veio junto com a guerra.”

THE NEW YORK TIMES, KHERSON — Oleksiy Kolesnik chegou a beira praia e ficou de pé, tremendo, em terra firme pela primeira vez em horas. Ele foi resgatado depois de passar a madrugada sentado em cima de um armário em sua sala de estar inundada.

“A água veio muito rápido”, disse o Kolesnik, que estava tão fraco que precisou ser ajudado a sair de um bote salva-vidas por duas equipes de resgate. “Foi tudo muito rápido.”

As águas turvas, de cor café, com sacos plásticos e pedaços de palha girando nos redemoinhos, inundaram uma rua em Kherson, a capital regional, onde as equipes de resgate organizaram uma evacuação completa de um bairro isolado do resto da cidade por ruas alagadas.

Voluntários evacuam uma família de um bairro inundado em Kherson, Ucrânia, quarta-feira, 7 de junho de 2023. As águas da enchente de uma represa que desmoronou continuaram subindo no sul da Ucrânia na quarta-feira, forçando centenas de pessoas a fugirem de suas casas em uma grande operação de emergência que trouxe uma nova dimensão dramática à guerra com a Rússia, agora em seu 16º mês.  Foto: Evgeniy Maloletka / AP

Cães em caixas de transporte ficavam latindo. As pessoas saíram dos botes salva-vidas exaustas, carregando no máximo uma bolsa ou uma mochila e, às vezes, um gato ou um cachorro. A cena, com vista para uma praça inundada, era apenas um pequeno retrato da vasta perturbação criada pela destruição da barragem de Kakhovka no rio Dnipro na terça-feira, 6.

Kherson, um polo do setor agrícola ucraniano no sul do país, se estende por colinas na margem oeste do rio Dnipro. Muitos bairros não foram afetados pela enchente. Mas as áreas baixas do bairro ficaram apenas cobertas por escombros flutuantes e água nesta quarta-feira, 7. Em determinado lugar, até uma geladeira balançava na água.

Em toda a cidade e em todo o sul da Ucrânia, as autoridades correram para resolver uma série de problemas decorrentes da grande inundação e da drenagem do reservatório de Kakhovka, usado para água potável e irrigação — tudo junto ao front de guerra.

Em um dia de fim de primavera, a operação de resgate em Kherson se desenrolou sem pânico, mas com um ar de resignação diante da grande tarefa de retirar centenas de pessoas de suas casas e encontrar abrigo para elas em outro lugar.

Os socorristas se aventuraram em botes para retirar pessoas encalhadas e assustadas dos telhados ou dos andares superiores das casas. Um estrondo ocasional de artilharia podia ser ouvido.

As autoridades estavam evacuando todos os moradores de um bairro, chamado Ostriv, ou Ilha, que também era uma das áreas mais perigosas da cidade por causa dos bombardeios.

Em um ponto, uma poltrona vermelha flutuava na enchente. Em outro lugar, o lixo boiava na água suja.

“Estávamos nos acostumando com os bombardeios, mas nunca vi uma situação como essa”, disse Larisa Kharchenko, uma enfermeira aposentada que achava que poderia ficar de fora da enchente ontem, quando a água estava na altura dos joelhos em seu quintal, mas ainda não em sua casa. Na quarta-feira, a água estava entrando pela porta de sua casa.

“Alguém precisa prender Putin”, disse ela, referindo-se ao presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Em algumas áreas do bairro de Ostriv, a água atingiu os telhados das casas. “Ela continua chegando”, disse a Kharchenko.

Alla Snegor, 55 anos, professora de biologia, saiu de um bote e olhou para trás, para as ruas inundadas da cidade. Ela disse que estava tentando ficar fora da água.

“Pense no que há nessa enchente”, disse ela. “Pesticidas, produtos químicos, óleo, animais e peixes mortos, e também arrastou cemitérios.” Ela disse que estava fervendo a água da torneira antes de bebê-la na quarta-feira, caso o sistema de abastecimento de água da cidade tivesse sido contaminado pela água da enchente.

Serhiy Litovsky, 60 anos, eletricista, disse estar mais preocupado com a longa luta que o sul da Ucrânia terá pela frente, uma das zonas agrícolas mais ricas do mundo, mas que depende da irrigação — a maior parte proveniente do reservatório que se esvai rapidamente.

“Sem irrigação, isso aqui vai virar um deserto”, disse ele. “Sem água, ninguém vai viver aqui. O legado disso vai durar dezenas de anos.”

A escala do desastre era difícil de entender, disse ele. “Sem a guerra, isso seria uma grande catástrofe. Mas isso veio junto com a guerra.”

THE NEW YORK TIMES, KHERSON — Oleksiy Kolesnik chegou a beira praia e ficou de pé, tremendo, em terra firme pela primeira vez em horas. Ele foi resgatado depois de passar a madrugada sentado em cima de um armário em sua sala de estar inundada.

“A água veio muito rápido”, disse o Kolesnik, que estava tão fraco que precisou ser ajudado a sair de um bote salva-vidas por duas equipes de resgate. “Foi tudo muito rápido.”

As águas turvas, de cor café, com sacos plásticos e pedaços de palha girando nos redemoinhos, inundaram uma rua em Kherson, a capital regional, onde as equipes de resgate organizaram uma evacuação completa de um bairro isolado do resto da cidade por ruas alagadas.

Voluntários evacuam uma família de um bairro inundado em Kherson, Ucrânia, quarta-feira, 7 de junho de 2023. As águas da enchente de uma represa que desmoronou continuaram subindo no sul da Ucrânia na quarta-feira, forçando centenas de pessoas a fugirem de suas casas em uma grande operação de emergência que trouxe uma nova dimensão dramática à guerra com a Rússia, agora em seu 16º mês.  Foto: Evgeniy Maloletka / AP

Cães em caixas de transporte ficavam latindo. As pessoas saíram dos botes salva-vidas exaustas, carregando no máximo uma bolsa ou uma mochila e, às vezes, um gato ou um cachorro. A cena, com vista para uma praça inundada, era apenas um pequeno retrato da vasta perturbação criada pela destruição da barragem de Kakhovka no rio Dnipro na terça-feira, 6.

Kherson, um polo do setor agrícola ucraniano no sul do país, se estende por colinas na margem oeste do rio Dnipro. Muitos bairros não foram afetados pela enchente. Mas as áreas baixas do bairro ficaram apenas cobertas por escombros flutuantes e água nesta quarta-feira, 7. Em determinado lugar, até uma geladeira balançava na água.

Em toda a cidade e em todo o sul da Ucrânia, as autoridades correram para resolver uma série de problemas decorrentes da grande inundação e da drenagem do reservatório de Kakhovka, usado para água potável e irrigação — tudo junto ao front de guerra.

Em um dia de fim de primavera, a operação de resgate em Kherson se desenrolou sem pânico, mas com um ar de resignação diante da grande tarefa de retirar centenas de pessoas de suas casas e encontrar abrigo para elas em outro lugar.

Os socorristas se aventuraram em botes para retirar pessoas encalhadas e assustadas dos telhados ou dos andares superiores das casas. Um estrondo ocasional de artilharia podia ser ouvido.

As autoridades estavam evacuando todos os moradores de um bairro, chamado Ostriv, ou Ilha, que também era uma das áreas mais perigosas da cidade por causa dos bombardeios.

Em um ponto, uma poltrona vermelha flutuava na enchente. Em outro lugar, o lixo boiava na água suja.

“Estávamos nos acostumando com os bombardeios, mas nunca vi uma situação como essa”, disse Larisa Kharchenko, uma enfermeira aposentada que achava que poderia ficar de fora da enchente ontem, quando a água estava na altura dos joelhos em seu quintal, mas ainda não em sua casa. Na quarta-feira, a água estava entrando pela porta de sua casa.

“Alguém precisa prender Putin”, disse ela, referindo-se ao presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Em algumas áreas do bairro de Ostriv, a água atingiu os telhados das casas. “Ela continua chegando”, disse a Kharchenko.

Alla Snegor, 55 anos, professora de biologia, saiu de um bote e olhou para trás, para as ruas inundadas da cidade. Ela disse que estava tentando ficar fora da água.

“Pense no que há nessa enchente”, disse ela. “Pesticidas, produtos químicos, óleo, animais e peixes mortos, e também arrastou cemitérios.” Ela disse que estava fervendo a água da torneira antes de bebê-la na quarta-feira, caso o sistema de abastecimento de água da cidade tivesse sido contaminado pela água da enchente.

Serhiy Litovsky, 60 anos, eletricista, disse estar mais preocupado com a longa luta que o sul da Ucrânia terá pela frente, uma das zonas agrícolas mais ricas do mundo, mas que depende da irrigação — a maior parte proveniente do reservatório que se esvai rapidamente.

“Sem irrigação, isso aqui vai virar um deserto”, disse ele. “Sem água, ninguém vai viver aqui. O legado disso vai durar dezenas de anos.”

A escala do desastre era difícil de entender, disse ele. “Sem a guerra, isso seria uma grande catástrofe. Mas isso veio junto com a guerra.”

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