Soldados rivais desprezam bandeira de brasileiro morto na Ucrânia


Brasileiro morreu no início de junho em combate pela Ucrânia, próximo a região de Donbas; bandeira que ele carregava foi exibida em vídeo por soldado checheno

Por Luciano Nagel
Atualização:

Uma bandeira brasileira que era levada pelo soldado brasileiro André Luís Hack Bahi, de 44 anos, morto em combate na guerra da Ucrânia há um mês, foi exibida com deboche por um militar checheno, que supostamente atua do lado russo no conflito armado. André Hack, que era natural de Porto Alegre (RS), carregava a bandeira, comprada em Portugal, em sua mochila, junto com seus pertences, quando foi fuzilado ao lado de tropas ucranianas na região do Donbas.

Em um vídeo publicado no Twitter, no dia 2 de julho, é possível ver na bandeira a assinatura do combatente gaúcho e de outros integrantes do seu pelotão. Entre eles, soldados espanhóis e escoceses. O vídeo viralizou nas redes sociais e revoltou parentes, amigos e brasileiros que assistem a guerra de longe.

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“Os chechenos mataram e roubaram a mochila com a bandeira do Brasil que meu irmão carregava durante o combate em Severodonetsk, e andam debochando dos brasileiros que foram para a Ucrânia. Meu irmão não fugiu como dizem. Ele lutou até o final e morreu como um herói”, disse a irmã, Letícia Hack, em entrevista ao Estadão.

Soldado checheno exibe bandeira brasileira, pertencente a um combatente morto em batalha, em vídeo Foto: Reprodução

Na legenda do vídeo, que foi posteriormente apagado após ser reproduzido por outros perfis, o militar é identificado como o checheno Apti Alaudinov. Ele seria o comandante do destacamento especial Akhmat, um dos enviados pelo líder checheno Ramzan Kadirov para auxiliar as tropas russas na guerra.

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Brasileiros mortos

O Ministério das Relações Exteriores confirmou, por meio da Embaixada do Brasil em Kiev, a morte de dois “nacionais brasileiros”, elevando a três o número de combatentes do País mortos na guerra.

A morte do gaúcho Douglas Rodrigues Búrigo, de 40 anos, já tinha sido confirmada pela família dele no domingo. “Essa informação veio por meio de um telefonema que recebi neste sábado, 2, da Ucrânia, do comandante do meu filho. Ele ligou e explicou que realmente o Douglas faleceu após um míssil cair no prédio onde ele estava na região de Kharkiv. O comandante disse que meu filho foi tentar resgatar outro soldado brasileiro, uma mulher, que estava dentro do prédio, quando foram atingidos pelo míssil”, contou o pai de Douglas, Pedro Elson Vieira Búrigo em entrevista ao Estadão. A família de Douglas ainda aguardava mais informações do Itamaraty.

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A mulher a quem Búrigo se referia é Thalita do Valle, de 39 anos. Thalita e Douglas faziam parte de um batalhão comandado pelo tenente brasileiro Sandro Carvalho da Silva. Em seu perfil no Linkedin, Thalita se identificava como combatente voluntária peshmerga, que são as forças armadas curdas que lutaram contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria.

Segundo relatos de outros brasileiros do mesmo pelotão, Thalita teria morrido por asfixia após um incêndio provocado por um ataque a um bunker onde ela se escondia. Douglas teria sido atingido durante o ataque, no momento em que tentava resgatar a combatente.

O Itamaraty afirmou que os dois morreram no dia 1º de julho em decorrência do conflito na Ucrânia e mantém contato com parentes para assistência, “em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local”. Assim como tem feito desde o começo do conflito, o Itamaraty desaconselhou enfaticamente deslocamentos de brasileiros ao país, enquanto não houver condições de segurança suficientes no país.

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Angústia

Parentes de André Hack ainda aguardam, com angústia, a chegada ao Brasil das cinzas do corpo do soldado, que foi cremado na Ucrânia no dia 2 a pedido dele. “Meu marido sempre disse, bem calmo, que se algo acontecesse com ele, era para ter seu corpo cremado, com as cinzas trazidas para o Ceará (onde vivia com a mulher e a filha) e jogadas no mar de Fortaleza. Infelizmente, não tem data para a chegada das cinzas”, disse a viúva, a cearense Riana Maria Andrade Moreira, de 30 anos.

Pelo aplicativo WhatsApp, André deixou registrado o pedido para que sua mulher viajasse à Ucrânia e visitasse os locais por onde ele passou.

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André integrava a Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia e residia no Ceará. No Brasil, serviu o Exército por um ano e participou de uma missão na Costa do Marfim. Em fevereiro, após passar por Portugal e França, viajou para a Ucrânia. André deixa a mulher e sete filhos.

Uma bandeira brasileira que era levada pelo soldado brasileiro André Luís Hack Bahi, de 44 anos, morto em combate na guerra da Ucrânia há um mês, foi exibida com deboche por um militar checheno, que supostamente atua do lado russo no conflito armado. André Hack, que era natural de Porto Alegre (RS), carregava a bandeira, comprada em Portugal, em sua mochila, junto com seus pertences, quando foi fuzilado ao lado de tropas ucranianas na região do Donbas.

Em um vídeo publicado no Twitter, no dia 2 de julho, é possível ver na bandeira a assinatura do combatente gaúcho e de outros integrantes do seu pelotão. Entre eles, soldados espanhóis e escoceses. O vídeo viralizou nas redes sociais e revoltou parentes, amigos e brasileiros que assistem a guerra de longe.

“Os chechenos mataram e roubaram a mochila com a bandeira do Brasil que meu irmão carregava durante o combate em Severodonetsk, e andam debochando dos brasileiros que foram para a Ucrânia. Meu irmão não fugiu como dizem. Ele lutou até o final e morreu como um herói”, disse a irmã, Letícia Hack, em entrevista ao Estadão.

Soldado checheno exibe bandeira brasileira, pertencente a um combatente morto em batalha, em vídeo Foto: Reprodução

Na legenda do vídeo, que foi posteriormente apagado após ser reproduzido por outros perfis, o militar é identificado como o checheno Apti Alaudinov. Ele seria o comandante do destacamento especial Akhmat, um dos enviados pelo líder checheno Ramzan Kadirov para auxiliar as tropas russas na guerra.

Brasileiros mortos

O Ministério das Relações Exteriores confirmou, por meio da Embaixada do Brasil em Kiev, a morte de dois “nacionais brasileiros”, elevando a três o número de combatentes do País mortos na guerra.

A morte do gaúcho Douglas Rodrigues Búrigo, de 40 anos, já tinha sido confirmada pela família dele no domingo. “Essa informação veio por meio de um telefonema que recebi neste sábado, 2, da Ucrânia, do comandante do meu filho. Ele ligou e explicou que realmente o Douglas faleceu após um míssil cair no prédio onde ele estava na região de Kharkiv. O comandante disse que meu filho foi tentar resgatar outro soldado brasileiro, uma mulher, que estava dentro do prédio, quando foram atingidos pelo míssil”, contou o pai de Douglas, Pedro Elson Vieira Búrigo em entrevista ao Estadão. A família de Douglas ainda aguardava mais informações do Itamaraty.

A mulher a quem Búrigo se referia é Thalita do Valle, de 39 anos. Thalita e Douglas faziam parte de um batalhão comandado pelo tenente brasileiro Sandro Carvalho da Silva. Em seu perfil no Linkedin, Thalita se identificava como combatente voluntária peshmerga, que são as forças armadas curdas que lutaram contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria.

Segundo relatos de outros brasileiros do mesmo pelotão, Thalita teria morrido por asfixia após um incêndio provocado por um ataque a um bunker onde ela se escondia. Douglas teria sido atingido durante o ataque, no momento em que tentava resgatar a combatente.

O Itamaraty afirmou que os dois morreram no dia 1º de julho em decorrência do conflito na Ucrânia e mantém contato com parentes para assistência, “em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local”. Assim como tem feito desde o começo do conflito, o Itamaraty desaconselhou enfaticamente deslocamentos de brasileiros ao país, enquanto não houver condições de segurança suficientes no país.

Angústia

Parentes de André Hack ainda aguardam, com angústia, a chegada ao Brasil das cinzas do corpo do soldado, que foi cremado na Ucrânia no dia 2 a pedido dele. “Meu marido sempre disse, bem calmo, que se algo acontecesse com ele, era para ter seu corpo cremado, com as cinzas trazidas para o Ceará (onde vivia com a mulher e a filha) e jogadas no mar de Fortaleza. Infelizmente, não tem data para a chegada das cinzas”, disse a viúva, a cearense Riana Maria Andrade Moreira, de 30 anos.

Pelo aplicativo WhatsApp, André deixou registrado o pedido para que sua mulher viajasse à Ucrânia e visitasse os locais por onde ele passou.

André integrava a Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia e residia no Ceará. No Brasil, serviu o Exército por um ano e participou de uma missão na Costa do Marfim. Em fevereiro, após passar por Portugal e França, viajou para a Ucrânia. André deixa a mulher e sete filhos.

Uma bandeira brasileira que era levada pelo soldado brasileiro André Luís Hack Bahi, de 44 anos, morto em combate na guerra da Ucrânia há um mês, foi exibida com deboche por um militar checheno, que supostamente atua do lado russo no conflito armado. André Hack, que era natural de Porto Alegre (RS), carregava a bandeira, comprada em Portugal, em sua mochila, junto com seus pertences, quando foi fuzilado ao lado de tropas ucranianas na região do Donbas.

Em um vídeo publicado no Twitter, no dia 2 de julho, é possível ver na bandeira a assinatura do combatente gaúcho e de outros integrantes do seu pelotão. Entre eles, soldados espanhóis e escoceses. O vídeo viralizou nas redes sociais e revoltou parentes, amigos e brasileiros que assistem a guerra de longe.

“Os chechenos mataram e roubaram a mochila com a bandeira do Brasil que meu irmão carregava durante o combate em Severodonetsk, e andam debochando dos brasileiros que foram para a Ucrânia. Meu irmão não fugiu como dizem. Ele lutou até o final e morreu como um herói”, disse a irmã, Letícia Hack, em entrevista ao Estadão.

Soldado checheno exibe bandeira brasileira, pertencente a um combatente morto em batalha, em vídeo Foto: Reprodução

Na legenda do vídeo, que foi posteriormente apagado após ser reproduzido por outros perfis, o militar é identificado como o checheno Apti Alaudinov. Ele seria o comandante do destacamento especial Akhmat, um dos enviados pelo líder checheno Ramzan Kadirov para auxiliar as tropas russas na guerra.

Brasileiros mortos

O Ministério das Relações Exteriores confirmou, por meio da Embaixada do Brasil em Kiev, a morte de dois “nacionais brasileiros”, elevando a três o número de combatentes do País mortos na guerra.

A morte do gaúcho Douglas Rodrigues Búrigo, de 40 anos, já tinha sido confirmada pela família dele no domingo. “Essa informação veio por meio de um telefonema que recebi neste sábado, 2, da Ucrânia, do comandante do meu filho. Ele ligou e explicou que realmente o Douglas faleceu após um míssil cair no prédio onde ele estava na região de Kharkiv. O comandante disse que meu filho foi tentar resgatar outro soldado brasileiro, uma mulher, que estava dentro do prédio, quando foram atingidos pelo míssil”, contou o pai de Douglas, Pedro Elson Vieira Búrigo em entrevista ao Estadão. A família de Douglas ainda aguardava mais informações do Itamaraty.

A mulher a quem Búrigo se referia é Thalita do Valle, de 39 anos. Thalita e Douglas faziam parte de um batalhão comandado pelo tenente brasileiro Sandro Carvalho da Silva. Em seu perfil no Linkedin, Thalita se identificava como combatente voluntária peshmerga, que são as forças armadas curdas que lutaram contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria.

Segundo relatos de outros brasileiros do mesmo pelotão, Thalita teria morrido por asfixia após um incêndio provocado por um ataque a um bunker onde ela se escondia. Douglas teria sido atingido durante o ataque, no momento em que tentava resgatar a combatente.

O Itamaraty afirmou que os dois morreram no dia 1º de julho em decorrência do conflito na Ucrânia e mantém contato com parentes para assistência, “em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local”. Assim como tem feito desde o começo do conflito, o Itamaraty desaconselhou enfaticamente deslocamentos de brasileiros ao país, enquanto não houver condições de segurança suficientes no país.

Angústia

Parentes de André Hack ainda aguardam, com angústia, a chegada ao Brasil das cinzas do corpo do soldado, que foi cremado na Ucrânia no dia 2 a pedido dele. “Meu marido sempre disse, bem calmo, que se algo acontecesse com ele, era para ter seu corpo cremado, com as cinzas trazidas para o Ceará (onde vivia com a mulher e a filha) e jogadas no mar de Fortaleza. Infelizmente, não tem data para a chegada das cinzas”, disse a viúva, a cearense Riana Maria Andrade Moreira, de 30 anos.

Pelo aplicativo WhatsApp, André deixou registrado o pedido para que sua mulher viajasse à Ucrânia e visitasse os locais por onde ele passou.

André integrava a Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia e residia no Ceará. No Brasil, serviu o Exército por um ano e participou de uma missão na Costa do Marfim. Em fevereiro, após passar por Portugal e França, viajou para a Ucrânia. André deixa a mulher e sete filhos.

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