WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou nesta quarta-feira, 27, seu plano de reforma fiscal, após dar sinais de que não aceitará negociar os descontos previstos no projeto. Ele rejeitou críticas de que ele beneficia americanos mais ricos e disse que a reforma será bem-sucedida.
“Sou muito bom em cortar impostos”, disse o presidente em discurso em Indiana.
O presidente apresentou um projeto com um corte de 15 pontos porcentuais para pessoas jurídicas. Inicialmente, ele queria um desconto de 20 pontos e rejeitou um corte menor do que o apresentado.. “Vinte é o meu número, então não vou negociar este número”, disse. Críticos do projeto dizem que a perda de arrecadação pode aumentar o déficit fiscal do país.
O presidente também rejeitou acusações de que o corte de impostos para pessoas físicas beneficie os mais ricos. “Acho que há muito pouco benefício para os ricos”, disse Trump a jornalistas na Casa Branca.
A proposta prevê uma redução de sete para três categorias de pagamento de imposto de renda para os americanos - 12%, 25% e 35%. O projeto foi divulgado em conjunto pela Casa Branca e pelos republicanos que lideram comitês do Senado e da Câmara dos Representantes. Ele será o documento de trabalho com o qual o presidente espera fazer a maior reforma fiscal do país desde 1980.
Depois de muita expectativa, a proposta de Trump reduz o imposto sobre as empresas de 35% para 20%, ligeiramente acima dos 15% prometidos inicialmente por ele.
"O objetivo é voltar a tornar os EUA competitivos em nível global e oferecer um alívio fiscal à classe média e aos empresários", explicou um funcionário do governo que pediu anonimato.
Os novos índices representam uma queda em relação às taxas máximas que eram pagas anteriormente, de 39%, e elevam levemente o mínimo, de 10% para 12%. Como já tinha sido anunciado previamente, Trump também propôs elevar as deduções fiscais para as famílias com filhos e criar uma nova para adultos dependentes, como idosos ou pessoas doentes.
Ainda é preciso esclarecer como equilibrar as contas públicas e não gerar um aumento do déficit do país após a queda na cobrança de impostos. "Eliminaremos muitas isenções, que equilibrarão em parte essas reduções", indicou o funcionário da Casa Branca./ REUTERS e EFE