Stephen Chamberlain, ex-vice-presidente de finanças da Autonomy, morreu após ser atropelado por um carro enquanto corria em Cambridgeshire, condado de Cambridge, na Inglaterra, no sábado, 17. A informação foi confirmada pela polícia nesta terça-feira, 20. A motorista do carro, uma mulher de 49 anos de Haddenham, permaneceu no local e está auxiliando nas investigações. O atropelamento de Chamberlain ocorreu apenas dois dias antes do desaparecimento, junto a outras pessoas, do bilionário britânico Mike Lynch, ex-chefe de Chamberlain na Autonomy, em um naufrágio de um iate na Itália. As informações são da BBC.
Até o momento, 15 pessoas já foram resgatadas do naufrágio do iate, inclusive Angela Bacares, a mulher de Mike Lynch, e uma pessoa foi confirmada morta. Outras seis pessoas estão desaparecidas, incluindo Lynch e sua filha de 18 anos. O presidente do Morgan Stanley International Bank, Jonathan Bloomer, e o advogado do escritório Clifford Chance, Chris Morvillo, também estão entre os desaparecidos.
Stephen Chamberlain enfrentou as mesmas acusações de fraude e conspiração de Lynch, em um processo recente nos Estados Unidos envolvendo a venda da empresa britânica Autonomy por US$ 11 bilhões para a gigante de hardware Hewlett-Packard. Após a venda em 2011, Lynch, fundador da companhia, e Chamberlain foram acusados de fraude por deturpar as contas da empresa, inflando artificialmente as receitas, o crescimento e as margens. Ambos foram absolvidos de todas as acusações por um júri em São Francisco em junho deste ano.
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De acordo com a BBC, a família de Chamberlain o descreveu como um marido, pai, filho, irmão e amigo muito amado. “Ele era um indivíduo incrível cujo único objetivo na vida era ajudar os outros de qualquer maneira possível”, declararam. Ainda segundo a família, ele deixou uma impressão duradoura em todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo. “Ele fará muita falta, mas estará para sempre nos corações de seus entes queridos”, concluíram.
Antes de seu julgamento nos EUA, Chamberlain atuou como diretor de operações da empresa britânica de segurança cibernética Darktrace. Um porta-voz da Darktrace disse à BBC que ele foi um “contribuidor substancial” para a equipe em seus primeiros anos. “Steve era muito amado por seus colegas e deixou muitos amigos na Darktrace”, disse.