Submarino do Titanic: O que ainda é preciso saber sobre a ‘implosão catastrófica’?


Paradeiro do submarino e tripulantes foi descoberto, mas circunstâncias do acidente e custos da operação são perguntas em aberto

Por Adela Suliman e Dan Lamothe

O anúncio da Guarda Costeira dos Estados Unidos sobre o paradeiro do submarino Titan encerrou a principal pergunta desde o sumiço da embarcação no domingo, 18. A 4 mil metros de profundidade, as buscas encontraram destroços no fundo do oceano e concluíram que o submersível implodiu, causando a morte dos cinco homens à bordo. Mas nem tudo foi respondido.

Abaixo, veja o que ainda é preciso descobrir sobre o caso do submarino que estava em busca de destroços do Titanic:

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Imagem divulgada pela OceanGate mostra submersível Titan durante expedição em 2021 Foto: OceanGate Expeditions/via AP

O que causou a implosão do submarino?

O mistério envolve as circunstâncias que causaram a implosão. Os corpos dos homens não foram recuperados, e os destroços ainda não foram totalmente recolhidos e examinados. “Vamos continuar investigando o local de destroços”, declarou o contra-almirante John Mauger, da Guarda Costeira dos EUA. “Sei que há muitas perguntas sobre como, por que e quando isso aconteceu”.

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Segundo Mauger, as circunstâncias são importantes para que os parentes das vítimas entendam o que aconteceu por completo. “Questões sobre os regulamentos que se aplicam (em casos de navegação profunda) e as normas, isso será, tenho certeza, um foco de revisão futura”, acrescentou.

O local dos destroços foi descrito como um ambiente extremamente remoto e difícil para realizar operações. Dado que as vítimas eram de diferentes países, os governos se reuniriam para discutir como seria uma investigação sobre o caso.

As operações no fundo do mar continuarão. As autoridades irão “documentar a cena”, segundo Mauger.

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Onde estão os corpos dos tripulantes?

O comandante não quis dar previsões sobre a recuperação dos corpos dos passageiros. As famílias dos cinco tripulantes expressaram o choque e a tristeza após a notícia. “Esses homens eram verdadeiros exploradores que compartilhavam um espírito distinto de aventura e uma paixão profunda por explorar e proteger os oceanos do mundo”, disse o porta-voz da OceanGate, Andrew Von Kerens, em um comunicado.

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De acordo com o oceanógrafo Simon Boxall, pesquisador do Centro Nacional de Oceanografia da Universidade de Southampton, é altamente improvável que seus corpos sejam recuperados, tendo experimentado níveis de pressão equivalentes a “a Torre Eiffel pousando em cima de você”, declarou em uma entrevista nesta sexta-feira, 23.

O poder da implosão significa ao menos que os indivíduos provavelmente não estavam cientes do que aconteceu. A morte teria sido “rápida e instantânea”, acrescentou. Boxall disse que muitas pessoas que trabalham na área estavam “bastante convictos” de que isso ocorreria, mas não queriam adotar um tom de derrota enquanto a operação de busca e resgate continuava.

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O que muda na operação da Marinha?

Agora, o foco da operação mudaria para saber o que deu errado, semelhante a uma investigação de acidente aéreo. Os investigadores irão realizar uma extensa fotografia subaquática e mapeamento da área para em seguida usar veículos operados à distância para coletar os destroços restantes e tentar montá-los em terra para analisar exatamente como e quando a implosão ocorreu. “Não vamos ter uma resposta na próxima semana”, disse Boxall.

Descobrir o que aconteceu de uma perspectiva técnica pode levar semanas, afirmou John Carlton, diretor de estudos marítimos da City, Universidade de Londres. E qualquer conflito judicial pode levar “muitos meses e até anos para ser resolvida” por causa da perda de vidas envolvidas. “A responsabilidade civil é um assunto complexo e terá que ser discutido pelos advogados, pois parece que houve vários termos de isenção de responsabilidade que tiveram que ser assinados pelos passageiros”, disse.

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A jurisdição também é uma questão complicada para a continuidade do caso, já que o acidente ocorreu em águas internacionais que não se enquadram nas legislações de nenhum país.

Qual o custo da operação e quem vai pagar?

Entidades públicas estão financiando uma operação de resgate de uma expedição feita por uma empresa privada. Há dúvidas sobre o custo final do esforço da busca.

Para o comandante aposentado que liderou a Guarda Costeira dos EUA entre 2014 e 2018, Paul Zukunft, não há diferença entre o caso e outros naufrágios. “Não é diferente do que se um cidadão particular sair e seu barco afundar”, disse Zukunft. “A gente sai e recupera ele. Não os colocamos na conta depois do fato.”

A Associação de Busca e Salvamento dos EUA desaconselha agências que cobram por operações de resgate para não desencorajar pessoas a profundar ajuda em situações de emergência.

Também existe a dúvida se a empresa que operava o submarino, a OceanGate, vai pagar para ter os destroços da embarcação recuperados - e a que custo isso deve ser feito.

Segundo Zukunft, normalmente o governo dos EUA paga pelo custo das operações de busca e resgate, mas uma empresa privada deve decidir como e se buscará as operações de salvamento quando as buscas forem concluídas.

Recuperar destroços do Titan, a uma profundidade de cerca de 4 mil metros de profundidade, seria um esforço significativo e caro.

O anúncio da Guarda Costeira dos Estados Unidos sobre o paradeiro do submarino Titan encerrou a principal pergunta desde o sumiço da embarcação no domingo, 18. A 4 mil metros de profundidade, as buscas encontraram destroços no fundo do oceano e concluíram que o submersível implodiu, causando a morte dos cinco homens à bordo. Mas nem tudo foi respondido.

Abaixo, veja o que ainda é preciso descobrir sobre o caso do submarino que estava em busca de destroços do Titanic:

Imagem divulgada pela OceanGate mostra submersível Titan durante expedição em 2021 Foto: OceanGate Expeditions/via AP

O que causou a implosão do submarino?

O mistério envolve as circunstâncias que causaram a implosão. Os corpos dos homens não foram recuperados, e os destroços ainda não foram totalmente recolhidos e examinados. “Vamos continuar investigando o local de destroços”, declarou o contra-almirante John Mauger, da Guarda Costeira dos EUA. “Sei que há muitas perguntas sobre como, por que e quando isso aconteceu”.

Segundo Mauger, as circunstâncias são importantes para que os parentes das vítimas entendam o que aconteceu por completo. “Questões sobre os regulamentos que se aplicam (em casos de navegação profunda) e as normas, isso será, tenho certeza, um foco de revisão futura”, acrescentou.

O local dos destroços foi descrito como um ambiente extremamente remoto e difícil para realizar operações. Dado que as vítimas eram de diferentes países, os governos se reuniriam para discutir como seria uma investigação sobre o caso.

As operações no fundo do mar continuarão. As autoridades irão “documentar a cena”, segundo Mauger.

Onde estão os corpos dos tripulantes?

O comandante não quis dar previsões sobre a recuperação dos corpos dos passageiros. As famílias dos cinco tripulantes expressaram o choque e a tristeza após a notícia. “Esses homens eram verdadeiros exploradores que compartilhavam um espírito distinto de aventura e uma paixão profunda por explorar e proteger os oceanos do mundo”, disse o porta-voz da OceanGate, Andrew Von Kerens, em um comunicado.

De acordo com o oceanógrafo Simon Boxall, pesquisador do Centro Nacional de Oceanografia da Universidade de Southampton, é altamente improvável que seus corpos sejam recuperados, tendo experimentado níveis de pressão equivalentes a “a Torre Eiffel pousando em cima de você”, declarou em uma entrevista nesta sexta-feira, 23.

O poder da implosão significa ao menos que os indivíduos provavelmente não estavam cientes do que aconteceu. A morte teria sido “rápida e instantânea”, acrescentou. Boxall disse que muitas pessoas que trabalham na área estavam “bastante convictos” de que isso ocorreria, mas não queriam adotar um tom de derrota enquanto a operação de busca e resgate continuava.

O que muda na operação da Marinha?

Agora, o foco da operação mudaria para saber o que deu errado, semelhante a uma investigação de acidente aéreo. Os investigadores irão realizar uma extensa fotografia subaquática e mapeamento da área para em seguida usar veículos operados à distância para coletar os destroços restantes e tentar montá-los em terra para analisar exatamente como e quando a implosão ocorreu. “Não vamos ter uma resposta na próxima semana”, disse Boxall.

Descobrir o que aconteceu de uma perspectiva técnica pode levar semanas, afirmou John Carlton, diretor de estudos marítimos da City, Universidade de Londres. E qualquer conflito judicial pode levar “muitos meses e até anos para ser resolvida” por causa da perda de vidas envolvidas. “A responsabilidade civil é um assunto complexo e terá que ser discutido pelos advogados, pois parece que houve vários termos de isenção de responsabilidade que tiveram que ser assinados pelos passageiros”, disse.

A jurisdição também é uma questão complicada para a continuidade do caso, já que o acidente ocorreu em águas internacionais que não se enquadram nas legislações de nenhum país.

Qual o custo da operação e quem vai pagar?

Entidades públicas estão financiando uma operação de resgate de uma expedição feita por uma empresa privada. Há dúvidas sobre o custo final do esforço da busca.

Para o comandante aposentado que liderou a Guarda Costeira dos EUA entre 2014 e 2018, Paul Zukunft, não há diferença entre o caso e outros naufrágios. “Não é diferente do que se um cidadão particular sair e seu barco afundar”, disse Zukunft. “A gente sai e recupera ele. Não os colocamos na conta depois do fato.”

A Associação de Busca e Salvamento dos EUA desaconselha agências que cobram por operações de resgate para não desencorajar pessoas a profundar ajuda em situações de emergência.

Também existe a dúvida se a empresa que operava o submarino, a OceanGate, vai pagar para ter os destroços da embarcação recuperados - e a que custo isso deve ser feito.

Segundo Zukunft, normalmente o governo dos EUA paga pelo custo das operações de busca e resgate, mas uma empresa privada deve decidir como e se buscará as operações de salvamento quando as buscas forem concluídas.

Recuperar destroços do Titan, a uma profundidade de cerca de 4 mil metros de profundidade, seria um esforço significativo e caro.

O anúncio da Guarda Costeira dos Estados Unidos sobre o paradeiro do submarino Titan encerrou a principal pergunta desde o sumiço da embarcação no domingo, 18. A 4 mil metros de profundidade, as buscas encontraram destroços no fundo do oceano e concluíram que o submersível implodiu, causando a morte dos cinco homens à bordo. Mas nem tudo foi respondido.

Abaixo, veja o que ainda é preciso descobrir sobre o caso do submarino que estava em busca de destroços do Titanic:

Imagem divulgada pela OceanGate mostra submersível Titan durante expedição em 2021 Foto: OceanGate Expeditions/via AP

O que causou a implosão do submarino?

O mistério envolve as circunstâncias que causaram a implosão. Os corpos dos homens não foram recuperados, e os destroços ainda não foram totalmente recolhidos e examinados. “Vamos continuar investigando o local de destroços”, declarou o contra-almirante John Mauger, da Guarda Costeira dos EUA. “Sei que há muitas perguntas sobre como, por que e quando isso aconteceu”.

Segundo Mauger, as circunstâncias são importantes para que os parentes das vítimas entendam o que aconteceu por completo. “Questões sobre os regulamentos que se aplicam (em casos de navegação profunda) e as normas, isso será, tenho certeza, um foco de revisão futura”, acrescentou.

O local dos destroços foi descrito como um ambiente extremamente remoto e difícil para realizar operações. Dado que as vítimas eram de diferentes países, os governos se reuniriam para discutir como seria uma investigação sobre o caso.

As operações no fundo do mar continuarão. As autoridades irão “documentar a cena”, segundo Mauger.

Onde estão os corpos dos tripulantes?

O comandante não quis dar previsões sobre a recuperação dos corpos dos passageiros. As famílias dos cinco tripulantes expressaram o choque e a tristeza após a notícia. “Esses homens eram verdadeiros exploradores que compartilhavam um espírito distinto de aventura e uma paixão profunda por explorar e proteger os oceanos do mundo”, disse o porta-voz da OceanGate, Andrew Von Kerens, em um comunicado.

De acordo com o oceanógrafo Simon Boxall, pesquisador do Centro Nacional de Oceanografia da Universidade de Southampton, é altamente improvável que seus corpos sejam recuperados, tendo experimentado níveis de pressão equivalentes a “a Torre Eiffel pousando em cima de você”, declarou em uma entrevista nesta sexta-feira, 23.

O poder da implosão significa ao menos que os indivíduos provavelmente não estavam cientes do que aconteceu. A morte teria sido “rápida e instantânea”, acrescentou. Boxall disse que muitas pessoas que trabalham na área estavam “bastante convictos” de que isso ocorreria, mas não queriam adotar um tom de derrota enquanto a operação de busca e resgate continuava.

O que muda na operação da Marinha?

Agora, o foco da operação mudaria para saber o que deu errado, semelhante a uma investigação de acidente aéreo. Os investigadores irão realizar uma extensa fotografia subaquática e mapeamento da área para em seguida usar veículos operados à distância para coletar os destroços restantes e tentar montá-los em terra para analisar exatamente como e quando a implosão ocorreu. “Não vamos ter uma resposta na próxima semana”, disse Boxall.

Descobrir o que aconteceu de uma perspectiva técnica pode levar semanas, afirmou John Carlton, diretor de estudos marítimos da City, Universidade de Londres. E qualquer conflito judicial pode levar “muitos meses e até anos para ser resolvida” por causa da perda de vidas envolvidas. “A responsabilidade civil é um assunto complexo e terá que ser discutido pelos advogados, pois parece que houve vários termos de isenção de responsabilidade que tiveram que ser assinados pelos passageiros”, disse.

A jurisdição também é uma questão complicada para a continuidade do caso, já que o acidente ocorreu em águas internacionais que não se enquadram nas legislações de nenhum país.

Qual o custo da operação e quem vai pagar?

Entidades públicas estão financiando uma operação de resgate de uma expedição feita por uma empresa privada. Há dúvidas sobre o custo final do esforço da busca.

Para o comandante aposentado que liderou a Guarda Costeira dos EUA entre 2014 e 2018, Paul Zukunft, não há diferença entre o caso e outros naufrágios. “Não é diferente do que se um cidadão particular sair e seu barco afundar”, disse Zukunft. “A gente sai e recupera ele. Não os colocamos na conta depois do fato.”

A Associação de Busca e Salvamento dos EUA desaconselha agências que cobram por operações de resgate para não desencorajar pessoas a profundar ajuda em situações de emergência.

Também existe a dúvida se a empresa que operava o submarino, a OceanGate, vai pagar para ter os destroços da embarcação recuperados - e a que custo isso deve ser feito.

Segundo Zukunft, normalmente o governo dos EUA paga pelo custo das operações de busca e resgate, mas uma empresa privada deve decidir como e se buscará as operações de salvamento quando as buscas forem concluídas.

Recuperar destroços do Titan, a uma profundidade de cerca de 4 mil metros de profundidade, seria um esforço significativo e caro.

O anúncio da Guarda Costeira dos Estados Unidos sobre o paradeiro do submarino Titan encerrou a principal pergunta desde o sumiço da embarcação no domingo, 18. A 4 mil metros de profundidade, as buscas encontraram destroços no fundo do oceano e concluíram que o submersível implodiu, causando a morte dos cinco homens à bordo. Mas nem tudo foi respondido.

Abaixo, veja o que ainda é preciso descobrir sobre o caso do submarino que estava em busca de destroços do Titanic:

Imagem divulgada pela OceanGate mostra submersível Titan durante expedição em 2021 Foto: OceanGate Expeditions/via AP

O que causou a implosão do submarino?

O mistério envolve as circunstâncias que causaram a implosão. Os corpos dos homens não foram recuperados, e os destroços ainda não foram totalmente recolhidos e examinados. “Vamos continuar investigando o local de destroços”, declarou o contra-almirante John Mauger, da Guarda Costeira dos EUA. “Sei que há muitas perguntas sobre como, por que e quando isso aconteceu”.

Segundo Mauger, as circunstâncias são importantes para que os parentes das vítimas entendam o que aconteceu por completo. “Questões sobre os regulamentos que se aplicam (em casos de navegação profunda) e as normas, isso será, tenho certeza, um foco de revisão futura”, acrescentou.

O local dos destroços foi descrito como um ambiente extremamente remoto e difícil para realizar operações. Dado que as vítimas eram de diferentes países, os governos se reuniriam para discutir como seria uma investigação sobre o caso.

As operações no fundo do mar continuarão. As autoridades irão “documentar a cena”, segundo Mauger.

Onde estão os corpos dos tripulantes?

O comandante não quis dar previsões sobre a recuperação dos corpos dos passageiros. As famílias dos cinco tripulantes expressaram o choque e a tristeza após a notícia. “Esses homens eram verdadeiros exploradores que compartilhavam um espírito distinto de aventura e uma paixão profunda por explorar e proteger os oceanos do mundo”, disse o porta-voz da OceanGate, Andrew Von Kerens, em um comunicado.

De acordo com o oceanógrafo Simon Boxall, pesquisador do Centro Nacional de Oceanografia da Universidade de Southampton, é altamente improvável que seus corpos sejam recuperados, tendo experimentado níveis de pressão equivalentes a “a Torre Eiffel pousando em cima de você”, declarou em uma entrevista nesta sexta-feira, 23.

O poder da implosão significa ao menos que os indivíduos provavelmente não estavam cientes do que aconteceu. A morte teria sido “rápida e instantânea”, acrescentou. Boxall disse que muitas pessoas que trabalham na área estavam “bastante convictos” de que isso ocorreria, mas não queriam adotar um tom de derrota enquanto a operação de busca e resgate continuava.

O que muda na operação da Marinha?

Agora, o foco da operação mudaria para saber o que deu errado, semelhante a uma investigação de acidente aéreo. Os investigadores irão realizar uma extensa fotografia subaquática e mapeamento da área para em seguida usar veículos operados à distância para coletar os destroços restantes e tentar montá-los em terra para analisar exatamente como e quando a implosão ocorreu. “Não vamos ter uma resposta na próxima semana”, disse Boxall.

Descobrir o que aconteceu de uma perspectiva técnica pode levar semanas, afirmou John Carlton, diretor de estudos marítimos da City, Universidade de Londres. E qualquer conflito judicial pode levar “muitos meses e até anos para ser resolvida” por causa da perda de vidas envolvidas. “A responsabilidade civil é um assunto complexo e terá que ser discutido pelos advogados, pois parece que houve vários termos de isenção de responsabilidade que tiveram que ser assinados pelos passageiros”, disse.

A jurisdição também é uma questão complicada para a continuidade do caso, já que o acidente ocorreu em águas internacionais que não se enquadram nas legislações de nenhum país.

Qual o custo da operação e quem vai pagar?

Entidades públicas estão financiando uma operação de resgate de uma expedição feita por uma empresa privada. Há dúvidas sobre o custo final do esforço da busca.

Para o comandante aposentado que liderou a Guarda Costeira dos EUA entre 2014 e 2018, Paul Zukunft, não há diferença entre o caso e outros naufrágios. “Não é diferente do que se um cidadão particular sair e seu barco afundar”, disse Zukunft. “A gente sai e recupera ele. Não os colocamos na conta depois do fato.”

A Associação de Busca e Salvamento dos EUA desaconselha agências que cobram por operações de resgate para não desencorajar pessoas a profundar ajuda em situações de emergência.

Também existe a dúvida se a empresa que operava o submarino, a OceanGate, vai pagar para ter os destroços da embarcação recuperados - e a que custo isso deve ser feito.

Segundo Zukunft, normalmente o governo dos EUA paga pelo custo das operações de busca e resgate, mas uma empresa privada deve decidir como e se buscará as operações de salvamento quando as buscas forem concluídas.

Recuperar destroços do Titan, a uma profundidade de cerca de 4 mil metros de profundidade, seria um esforço significativo e caro.

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