Suprema Corte rejeita pedido para aumentar prazo de contagem de cédulas em Wisconsin


Decisões relacionadas à eleição e à pandemia mostram a profunda divisão entre democratas e republicanos no tribunal

Por Redação
Atualização:

A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou na noite de segunda-feira, 26, um pedido de democratas e grupos de direitos civis para estender o prazo para a contagem das cédulas recebidas após o dia da eleição em Wisconsin, considerado um estado-chave.

A votação foi de 5 a 3, com os conservadores indicados pelos republicanos na maioria e os liberais indicados pelos democratas com menor número de votos. A decisão mostrou a profunda divisão sobre a série de casos eleitorais relacionados à pandemia que passaram a dominar a agenda da Corte. 

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Os conservadores dizem que devem submeter às autoridades estaduais as decisões eleitorais tomadas nos Estados, e os liberais dizem que há uma necessidade de ação por parte dos juízes para garantir a prerrogativa para eleitores em perigo durante um período sem precedentes.

“Nas escalas de justiça constitucional, proteger o direito de voto em uma crise de saúde supera o cumprimento de um prazo criado em dias mais seguros”, escreveu a juíza liberal Elena Kagan, em dissidência.

O edifício da Suprema Corte dos Estados Unidos, em Washington Foto: REUTERS/Will Dunham/File Photo
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O juiz conservador Brett M. Kavanaugh respondeu que o "sinal verde de Kagan aos tribunais federais para reescrever dezenas de leis eleitorais estaduais em todo o país nas próximas duas semanas parece estar enraizado na crença de que os juízes federais sabem melhor do que os legisladores estaduais sobre como realizar eleições". 

A decisão foi uma vitória para os republicanos e o presidente Donald Trump em um Estado onde ele venceu por pouco em 2016 e as pesquisas mostram que ele está perdendo este ano. Enquanto os democratas abraçaram a votação pelo correio, Trump protesta quase semanalmente contra esse método de votação.

"A repreensão mais poderosa ao ativismo judiciário republicano é derrotar Trump e eleger Joe Biden e Kamala Harris em uma vitória esmagadora", disse o presidente do Partido Democrático de Wisconsin, Ben Wikler, em um comunicado após o anúncio da decisão da Suprema Corte. “O Partido Democrata de Wisconsin se empenhará em garantir que todos os eleitores saibam como exercer seu direito de voto nos oito dias finais desta eleição”.

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O presidente do Partido Republicano de Wisconsin, Andrew Hitt, afirmou que as tentativas dos democratas de "fazer os tribunais reescreverem as leis eleitorais de Wisconsin na véspera de uma eleição falharam."

A Suprema Corte considerará questões semelhante em outros Estados nos próximos dias. Os republicanos na Carolina do Norte estão contestando uma extensão das cédulas postadas antes e no dia da eleição, mas recebidas depois. Já o Partido Republicano da Pensilvânia pediu ao tribunal para anular uma extensão concedida no Estado pela Suprema Corte estadual. / W. Post 

A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou na noite de segunda-feira, 26, um pedido de democratas e grupos de direitos civis para estender o prazo para a contagem das cédulas recebidas após o dia da eleição em Wisconsin, considerado um estado-chave.

A votação foi de 5 a 3, com os conservadores indicados pelos republicanos na maioria e os liberais indicados pelos democratas com menor número de votos. A decisão mostrou a profunda divisão sobre a série de casos eleitorais relacionados à pandemia que passaram a dominar a agenda da Corte. 

Os conservadores dizem que devem submeter às autoridades estaduais as decisões eleitorais tomadas nos Estados, e os liberais dizem que há uma necessidade de ação por parte dos juízes para garantir a prerrogativa para eleitores em perigo durante um período sem precedentes.

“Nas escalas de justiça constitucional, proteger o direito de voto em uma crise de saúde supera o cumprimento de um prazo criado em dias mais seguros”, escreveu a juíza liberal Elena Kagan, em dissidência.

O edifício da Suprema Corte dos Estados Unidos, em Washington Foto: REUTERS/Will Dunham/File Photo

O juiz conservador Brett M. Kavanaugh respondeu que o "sinal verde de Kagan aos tribunais federais para reescrever dezenas de leis eleitorais estaduais em todo o país nas próximas duas semanas parece estar enraizado na crença de que os juízes federais sabem melhor do que os legisladores estaduais sobre como realizar eleições". 

A decisão foi uma vitória para os republicanos e o presidente Donald Trump em um Estado onde ele venceu por pouco em 2016 e as pesquisas mostram que ele está perdendo este ano. Enquanto os democratas abraçaram a votação pelo correio, Trump protesta quase semanalmente contra esse método de votação.

"A repreensão mais poderosa ao ativismo judiciário republicano é derrotar Trump e eleger Joe Biden e Kamala Harris em uma vitória esmagadora", disse o presidente do Partido Democrático de Wisconsin, Ben Wikler, em um comunicado após o anúncio da decisão da Suprema Corte. “O Partido Democrata de Wisconsin se empenhará em garantir que todos os eleitores saibam como exercer seu direito de voto nos oito dias finais desta eleição”.

O presidente do Partido Republicano de Wisconsin, Andrew Hitt, afirmou que as tentativas dos democratas de "fazer os tribunais reescreverem as leis eleitorais de Wisconsin na véspera de uma eleição falharam."

A Suprema Corte considerará questões semelhante em outros Estados nos próximos dias. Os republicanos na Carolina do Norte estão contestando uma extensão das cédulas postadas antes e no dia da eleição, mas recebidas depois. Já o Partido Republicano da Pensilvânia pediu ao tribunal para anular uma extensão concedida no Estado pela Suprema Corte estadual. / W. Post 

A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou na noite de segunda-feira, 26, um pedido de democratas e grupos de direitos civis para estender o prazo para a contagem das cédulas recebidas após o dia da eleição em Wisconsin, considerado um estado-chave.

A votação foi de 5 a 3, com os conservadores indicados pelos republicanos na maioria e os liberais indicados pelos democratas com menor número de votos. A decisão mostrou a profunda divisão sobre a série de casos eleitorais relacionados à pandemia que passaram a dominar a agenda da Corte. 

Os conservadores dizem que devem submeter às autoridades estaduais as decisões eleitorais tomadas nos Estados, e os liberais dizem que há uma necessidade de ação por parte dos juízes para garantir a prerrogativa para eleitores em perigo durante um período sem precedentes.

“Nas escalas de justiça constitucional, proteger o direito de voto em uma crise de saúde supera o cumprimento de um prazo criado em dias mais seguros”, escreveu a juíza liberal Elena Kagan, em dissidência.

O edifício da Suprema Corte dos Estados Unidos, em Washington Foto: REUTERS/Will Dunham/File Photo

O juiz conservador Brett M. Kavanaugh respondeu que o "sinal verde de Kagan aos tribunais federais para reescrever dezenas de leis eleitorais estaduais em todo o país nas próximas duas semanas parece estar enraizado na crença de que os juízes federais sabem melhor do que os legisladores estaduais sobre como realizar eleições". 

A decisão foi uma vitória para os republicanos e o presidente Donald Trump em um Estado onde ele venceu por pouco em 2016 e as pesquisas mostram que ele está perdendo este ano. Enquanto os democratas abraçaram a votação pelo correio, Trump protesta quase semanalmente contra esse método de votação.

"A repreensão mais poderosa ao ativismo judiciário republicano é derrotar Trump e eleger Joe Biden e Kamala Harris em uma vitória esmagadora", disse o presidente do Partido Democrático de Wisconsin, Ben Wikler, em um comunicado após o anúncio da decisão da Suprema Corte. “O Partido Democrata de Wisconsin se empenhará em garantir que todos os eleitores saibam como exercer seu direito de voto nos oito dias finais desta eleição”.

O presidente do Partido Republicano de Wisconsin, Andrew Hitt, afirmou que as tentativas dos democratas de "fazer os tribunais reescreverem as leis eleitorais de Wisconsin na véspera de uma eleição falharam."

A Suprema Corte considerará questões semelhante em outros Estados nos próximos dias. Os republicanos na Carolina do Norte estão contestando uma extensão das cédulas postadas antes e no dia da eleição, mas recebidas depois. Já o Partido Republicano da Pensilvânia pediu ao tribunal para anular uma extensão concedida no Estado pela Suprema Corte estadual. / W. Post 

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