TAIPÉ - Cerca de 40 aviões militares chineses entraram na zona de identificação de defesa aérea de Taiwan nesta quinta-feira, 8, segundo o Ministério da Defesa de Taiwan.
O porta-voz do ministério, Sun Li-fang, disse nesta quinta-feira que das 05h00 (18h00 de quarta-feira no horário de Brasília) às 11h00 “um total de 37 aeronaves militares chinesas” entraram no sudoeste da zona de identificação de defesa aérea de Taiwan.
Não é o maior ataque deste ano, que foi de 45 aviões em 9 de abril, mas neste caso aconteceu em um espaço de tempo muito curto.
Esta zona, na qual um território pode identificar tráfego aéreo para fins de defesa, é maior que o espaço aéreo da ilha e em algumas áreas se sobrepõe a partes da China continental.
Escalada nas tensões
A China intensificou suas atividades militares em torno de Taiwan nos últimos meses em meio à deterioração dos laços EUA-China. O país de Xi Jinping não reconhece a fronteira traçada unilateralmente pelos Estados Unidos durante a Guerra Fria e reivindica Taiwan como seu próprio território para ser colocado sob seu controle pela força, se necessário. Regularmente, a China envia navios e aviões de guerra para o espaço aéreo e as águas próximas à ilha.
Em agosto passado, a China intensificou os jogos de guerra em torno de Taiwan , com disparos de mísseis e incursões nas águas e no espaço aéreo de Taiwan após a visita da então presidente da Câmara, Nancy Pelosi, a Taipé.
Saiba mais sobre as tensões entre China e Taiwan
Em abril, os militares chineses disseram que estavam “prontos para lutar” depois de completar três dias de exercícios de combate em larga escala em torno de Taiwan, que simularam o isolamento da ilha em resposta à viagem da presidente taiwanês, Tsai Ing-wen, aos Estados Unidos.
Já em maio, o Ministério da Defesa de Taiwan afirmou que detectou três navios de guerra chineses, incluindo o porta-aviões Shandong, passando pelo Estreito de Taiwan. A passagem das embarcações ocorre em meio a tensões militares entre as duas nações, enquanto Pequim mantém pressão sobre a ilha, reivindicando-a como seu território./AFP