Taxa de homicídio por arma de fogo nos EUA no 1º ano da pandemia foi a mais alta em 25 anos


Em geral, as mortes por armas, incluindo suicídios, atingiram o nível mais alto já registrado no país

Por Redação
Atualização:

O aumento da violência armada nos Estados Unidos em 2020 elevou a taxa de homicídios por armas de fogo no primeiro ano da pandemia para o nível mais alto em 25 anos, informou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) nesta terça-feira, 10. Em geral, as mortes por armas, incluindo suicídios, atingiram o nível mais alto já registrado no país.

Mais de 45 mil americanos morreram em incidentes relacionados a armas quando a pandemia se espalhou nos EUA, o maior número já registrado, mostram dados federais. Mas mais da metade das mortes por armas de fogo foram suicídios, um número que não aumentou substancialmente de 2019 para 2020.

Esse aumento nos homicídios afetou comunidades em todo o país, mas teve grandes oscilações nas linhas raciais, étnicas e econômicas, ampliando as disparidades já existentes, segundo o CDC.

continua após a publicidade
Memorial em um local onde ocorreu um assassinato em Washington; taxas aumentaram em 2020  Foto: Washington Post photo by Michael S. Williamson

Em seu novo relatório, o CDC afirmou que o aumento da violência armada mortal “não foi distribuído igualmente” em 2020. “Jovens, homens e negros têm consistentemente as maiores taxas de homicídio por arma de fogo, e esses grupos experimentaram os maiores aumentos em 2020″, concluiu o relatório. “O que representa a elevação das disparidades de longa data nas taxas de homicídios por armas de fogo.”

O relatório é publicado em um momento em que comunidades em todo o país lutam com o aumento da violência armada. Em algumas cidades, o derramamento de sangue está bem abaixo do que eles viram uma geração atrás, enquanto outras comunidades sofreram um número recorde de assassinatos.

continua após a publicidade

Em seu novo relatório, o CDC examinou como as taxas de mortes envolvendo armas mudaram em 2020, o primeiro ano da pandemia de coronavírus. Como resultado, a taxa de homicídios por arma de fogo naquele ano foi maior do que em qualquer outro desde 1994.

As descobertas do relatório foram sombrias e consistentes, atingindo todos os níveis. As taxas de homicídio por arma de fogo aumentaram em todas as regiões do país e em todas as faixas etárias.

Cerca de 4 em cada 5 homicídios em 2020 envolveram armas de fogo, disse o relatório do CDC, assim como pouco mais da metade de todos os suicídios. Ambos os números foram ligeiramente superiores aos cinco anos anteriores.

continua após a publicidade

Impacto

Em um relatório separado divulgado no mês passado, o Johns Hopkins Center for Gun Violence Solutions documentou de maneira semelhante um aumento nacional na taxa de homicídios por armas de fogo em 2020, chamando-o de a maior elevação de um ano para outro na história moderna. Esse relatório afirma, porém, que a taxa de homicídios por armas de fogo ainda é menor do que no início dos anos 90.

Embora a tendência nos últimos dois anos já tenha sido registrado, o relatório do CDC examinando 2020 ressalta o impacto que isso causou em todo o país – e quais grupos foram mais atingidos.

continua após a publicidade

Em 2019, diz o relatório, a taxa de homicídios por arma de fogo para meninos e homens negros entre 10 e 24 anos foi 20,6 vezes maior do que a taxa entre meninos e homens brancos nessa faixa etária. Em 2020, essa disparidade cresceu, com a taxa entre homens e meninos negros nessa faixa etária sendo 21,6 vezes maior do que entre homens e meninos brancos.

“Quando se realmente olha para quem isso está impactando, vemos que estamos perdendo muitas crianças e jovens de nossa nação, especificamente meninos e jovens negros”, disse Debra E. Houry, vice-diretora principal do CDC, no lançamento do relatório.

Negros e índios americanos ou nativos do Alasca tiveram as maiores taxas de homicídio por arma de fogo em 2020, bem como os maiores aumentos em relação ao ano anterior, segundo o relatório.

continua após a publicidade

Pobreza

Embora a taxa de suicídio por arma de fogo tenha permanecido “relativamente inalterada” em 2020 em relação ao ano anterior – subindo de 7,9 (2019) para 8,1 (2020) por 100 mil pessoas – houve aumentos acentuados entre os jovens e alguns grupos raciais e étnicos, incluindo hispânicos, negros, índios americanos ou nativos do Alasca. Esse último grupo, afirmou o CDC, sofreu o maior aumento de 2019 a 2020 para suicídios com armas, subindo de 7,7 para 10,9 por 100 mil pessoas.

A pobreza também foi uma linha divisória, disse o CDC. Os condados com o maior nível de pobreza em 2020 tiveram taxas de homicídio e suicídio por arma de fogo que foram 4,5 e 1,3 vezes maiores, respectivamente, do que os condados com o menor nível de pobreza, segundo o relatório. Além de áreas pobres, as pessoas cometeram mais suicídios em regiões não metropolitanas e rurais.

continua após a publicidade

Marcadores de estresse associados à pandemia de covid-19 podem ter desempenhado um papel nesse crescimento, explicou o especialista em programas de prevenção de violência do CDC, Tom Simons.

“Eles incluem mudanças ou problemas nos serviços e na educação, isolamento social, condições econômicas como perda de emprego, instabilidade habitacional e dificuldade em arcar com despesas relacionadas à pandemia”, acrescentou.

O relatório também apontou que o risco de violência está associado a “desigualdades sistêmicas de longa data e ao racismo estrutural”.

Além disso, cita “tensões nas relações entre a polícia e a opinião pública”, em referência à onda de protestos após a morte de George Floyd em maio de 2020 nas mãos de um policial, “o aumento das compras de armas de fogo”, com um recorde de 23 milhões de armas vendidas, e ainda a violência doméstica./W.POST, AFP e NYT

O aumento da violência armada nos Estados Unidos em 2020 elevou a taxa de homicídios por armas de fogo no primeiro ano da pandemia para o nível mais alto em 25 anos, informou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) nesta terça-feira, 10. Em geral, as mortes por armas, incluindo suicídios, atingiram o nível mais alto já registrado no país.

Mais de 45 mil americanos morreram em incidentes relacionados a armas quando a pandemia se espalhou nos EUA, o maior número já registrado, mostram dados federais. Mas mais da metade das mortes por armas de fogo foram suicídios, um número que não aumentou substancialmente de 2019 para 2020.

Esse aumento nos homicídios afetou comunidades em todo o país, mas teve grandes oscilações nas linhas raciais, étnicas e econômicas, ampliando as disparidades já existentes, segundo o CDC.

Memorial em um local onde ocorreu um assassinato em Washington; taxas aumentaram em 2020  Foto: Washington Post photo by Michael S. Williamson

Em seu novo relatório, o CDC afirmou que o aumento da violência armada mortal “não foi distribuído igualmente” em 2020. “Jovens, homens e negros têm consistentemente as maiores taxas de homicídio por arma de fogo, e esses grupos experimentaram os maiores aumentos em 2020″, concluiu o relatório. “O que representa a elevação das disparidades de longa data nas taxas de homicídios por armas de fogo.”

O relatório é publicado em um momento em que comunidades em todo o país lutam com o aumento da violência armada. Em algumas cidades, o derramamento de sangue está bem abaixo do que eles viram uma geração atrás, enquanto outras comunidades sofreram um número recorde de assassinatos.

Em seu novo relatório, o CDC examinou como as taxas de mortes envolvendo armas mudaram em 2020, o primeiro ano da pandemia de coronavírus. Como resultado, a taxa de homicídios por arma de fogo naquele ano foi maior do que em qualquer outro desde 1994.

As descobertas do relatório foram sombrias e consistentes, atingindo todos os níveis. As taxas de homicídio por arma de fogo aumentaram em todas as regiões do país e em todas as faixas etárias.

Cerca de 4 em cada 5 homicídios em 2020 envolveram armas de fogo, disse o relatório do CDC, assim como pouco mais da metade de todos os suicídios. Ambos os números foram ligeiramente superiores aos cinco anos anteriores.

Impacto

Em um relatório separado divulgado no mês passado, o Johns Hopkins Center for Gun Violence Solutions documentou de maneira semelhante um aumento nacional na taxa de homicídios por armas de fogo em 2020, chamando-o de a maior elevação de um ano para outro na história moderna. Esse relatório afirma, porém, que a taxa de homicídios por armas de fogo ainda é menor do que no início dos anos 90.

Embora a tendência nos últimos dois anos já tenha sido registrado, o relatório do CDC examinando 2020 ressalta o impacto que isso causou em todo o país – e quais grupos foram mais atingidos.

Em 2019, diz o relatório, a taxa de homicídios por arma de fogo para meninos e homens negros entre 10 e 24 anos foi 20,6 vezes maior do que a taxa entre meninos e homens brancos nessa faixa etária. Em 2020, essa disparidade cresceu, com a taxa entre homens e meninos negros nessa faixa etária sendo 21,6 vezes maior do que entre homens e meninos brancos.

“Quando se realmente olha para quem isso está impactando, vemos que estamos perdendo muitas crianças e jovens de nossa nação, especificamente meninos e jovens negros”, disse Debra E. Houry, vice-diretora principal do CDC, no lançamento do relatório.

Negros e índios americanos ou nativos do Alasca tiveram as maiores taxas de homicídio por arma de fogo em 2020, bem como os maiores aumentos em relação ao ano anterior, segundo o relatório.

Pobreza

Embora a taxa de suicídio por arma de fogo tenha permanecido “relativamente inalterada” em 2020 em relação ao ano anterior – subindo de 7,9 (2019) para 8,1 (2020) por 100 mil pessoas – houve aumentos acentuados entre os jovens e alguns grupos raciais e étnicos, incluindo hispânicos, negros, índios americanos ou nativos do Alasca. Esse último grupo, afirmou o CDC, sofreu o maior aumento de 2019 a 2020 para suicídios com armas, subindo de 7,7 para 10,9 por 100 mil pessoas.

A pobreza também foi uma linha divisória, disse o CDC. Os condados com o maior nível de pobreza em 2020 tiveram taxas de homicídio e suicídio por arma de fogo que foram 4,5 e 1,3 vezes maiores, respectivamente, do que os condados com o menor nível de pobreza, segundo o relatório. Além de áreas pobres, as pessoas cometeram mais suicídios em regiões não metropolitanas e rurais.

Marcadores de estresse associados à pandemia de covid-19 podem ter desempenhado um papel nesse crescimento, explicou o especialista em programas de prevenção de violência do CDC, Tom Simons.

“Eles incluem mudanças ou problemas nos serviços e na educação, isolamento social, condições econômicas como perda de emprego, instabilidade habitacional e dificuldade em arcar com despesas relacionadas à pandemia”, acrescentou.

O relatório também apontou que o risco de violência está associado a “desigualdades sistêmicas de longa data e ao racismo estrutural”.

Além disso, cita “tensões nas relações entre a polícia e a opinião pública”, em referência à onda de protestos após a morte de George Floyd em maio de 2020 nas mãos de um policial, “o aumento das compras de armas de fogo”, com um recorde de 23 milhões de armas vendidas, e ainda a violência doméstica./W.POST, AFP e NYT

O aumento da violência armada nos Estados Unidos em 2020 elevou a taxa de homicídios por armas de fogo no primeiro ano da pandemia para o nível mais alto em 25 anos, informou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) nesta terça-feira, 10. Em geral, as mortes por armas, incluindo suicídios, atingiram o nível mais alto já registrado no país.

Mais de 45 mil americanos morreram em incidentes relacionados a armas quando a pandemia se espalhou nos EUA, o maior número já registrado, mostram dados federais. Mas mais da metade das mortes por armas de fogo foram suicídios, um número que não aumentou substancialmente de 2019 para 2020.

Esse aumento nos homicídios afetou comunidades em todo o país, mas teve grandes oscilações nas linhas raciais, étnicas e econômicas, ampliando as disparidades já existentes, segundo o CDC.

Memorial em um local onde ocorreu um assassinato em Washington; taxas aumentaram em 2020  Foto: Washington Post photo by Michael S. Williamson

Em seu novo relatório, o CDC afirmou que o aumento da violência armada mortal “não foi distribuído igualmente” em 2020. “Jovens, homens e negros têm consistentemente as maiores taxas de homicídio por arma de fogo, e esses grupos experimentaram os maiores aumentos em 2020″, concluiu o relatório. “O que representa a elevação das disparidades de longa data nas taxas de homicídios por armas de fogo.”

O relatório é publicado em um momento em que comunidades em todo o país lutam com o aumento da violência armada. Em algumas cidades, o derramamento de sangue está bem abaixo do que eles viram uma geração atrás, enquanto outras comunidades sofreram um número recorde de assassinatos.

Em seu novo relatório, o CDC examinou como as taxas de mortes envolvendo armas mudaram em 2020, o primeiro ano da pandemia de coronavírus. Como resultado, a taxa de homicídios por arma de fogo naquele ano foi maior do que em qualquer outro desde 1994.

As descobertas do relatório foram sombrias e consistentes, atingindo todos os níveis. As taxas de homicídio por arma de fogo aumentaram em todas as regiões do país e em todas as faixas etárias.

Cerca de 4 em cada 5 homicídios em 2020 envolveram armas de fogo, disse o relatório do CDC, assim como pouco mais da metade de todos os suicídios. Ambos os números foram ligeiramente superiores aos cinco anos anteriores.

Impacto

Em um relatório separado divulgado no mês passado, o Johns Hopkins Center for Gun Violence Solutions documentou de maneira semelhante um aumento nacional na taxa de homicídios por armas de fogo em 2020, chamando-o de a maior elevação de um ano para outro na história moderna. Esse relatório afirma, porém, que a taxa de homicídios por armas de fogo ainda é menor do que no início dos anos 90.

Embora a tendência nos últimos dois anos já tenha sido registrado, o relatório do CDC examinando 2020 ressalta o impacto que isso causou em todo o país – e quais grupos foram mais atingidos.

Em 2019, diz o relatório, a taxa de homicídios por arma de fogo para meninos e homens negros entre 10 e 24 anos foi 20,6 vezes maior do que a taxa entre meninos e homens brancos nessa faixa etária. Em 2020, essa disparidade cresceu, com a taxa entre homens e meninos negros nessa faixa etária sendo 21,6 vezes maior do que entre homens e meninos brancos.

“Quando se realmente olha para quem isso está impactando, vemos que estamos perdendo muitas crianças e jovens de nossa nação, especificamente meninos e jovens negros”, disse Debra E. Houry, vice-diretora principal do CDC, no lançamento do relatório.

Negros e índios americanos ou nativos do Alasca tiveram as maiores taxas de homicídio por arma de fogo em 2020, bem como os maiores aumentos em relação ao ano anterior, segundo o relatório.

Pobreza

Embora a taxa de suicídio por arma de fogo tenha permanecido “relativamente inalterada” em 2020 em relação ao ano anterior – subindo de 7,9 (2019) para 8,1 (2020) por 100 mil pessoas – houve aumentos acentuados entre os jovens e alguns grupos raciais e étnicos, incluindo hispânicos, negros, índios americanos ou nativos do Alasca. Esse último grupo, afirmou o CDC, sofreu o maior aumento de 2019 a 2020 para suicídios com armas, subindo de 7,7 para 10,9 por 100 mil pessoas.

A pobreza também foi uma linha divisória, disse o CDC. Os condados com o maior nível de pobreza em 2020 tiveram taxas de homicídio e suicídio por arma de fogo que foram 4,5 e 1,3 vezes maiores, respectivamente, do que os condados com o menor nível de pobreza, segundo o relatório. Além de áreas pobres, as pessoas cometeram mais suicídios em regiões não metropolitanas e rurais.

Marcadores de estresse associados à pandemia de covid-19 podem ter desempenhado um papel nesse crescimento, explicou o especialista em programas de prevenção de violência do CDC, Tom Simons.

“Eles incluem mudanças ou problemas nos serviços e na educação, isolamento social, condições econômicas como perda de emprego, instabilidade habitacional e dificuldade em arcar com despesas relacionadas à pandemia”, acrescentou.

O relatório também apontou que o risco de violência está associado a “desigualdades sistêmicas de longa data e ao racismo estrutural”.

Além disso, cita “tensões nas relações entre a polícia e a opinião pública”, em referência à onda de protestos após a morte de George Floyd em maio de 2020 nas mãos de um policial, “o aumento das compras de armas de fogo”, com um recorde de 23 milhões de armas vendidas, e ainda a violência doméstica./W.POST, AFP e NYT

O aumento da violência armada nos Estados Unidos em 2020 elevou a taxa de homicídios por armas de fogo no primeiro ano da pandemia para o nível mais alto em 25 anos, informou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) nesta terça-feira, 10. Em geral, as mortes por armas, incluindo suicídios, atingiram o nível mais alto já registrado no país.

Mais de 45 mil americanos morreram em incidentes relacionados a armas quando a pandemia se espalhou nos EUA, o maior número já registrado, mostram dados federais. Mas mais da metade das mortes por armas de fogo foram suicídios, um número que não aumentou substancialmente de 2019 para 2020.

Esse aumento nos homicídios afetou comunidades em todo o país, mas teve grandes oscilações nas linhas raciais, étnicas e econômicas, ampliando as disparidades já existentes, segundo o CDC.

Memorial em um local onde ocorreu um assassinato em Washington; taxas aumentaram em 2020  Foto: Washington Post photo by Michael S. Williamson

Em seu novo relatório, o CDC afirmou que o aumento da violência armada mortal “não foi distribuído igualmente” em 2020. “Jovens, homens e negros têm consistentemente as maiores taxas de homicídio por arma de fogo, e esses grupos experimentaram os maiores aumentos em 2020″, concluiu o relatório. “O que representa a elevação das disparidades de longa data nas taxas de homicídios por armas de fogo.”

O relatório é publicado em um momento em que comunidades em todo o país lutam com o aumento da violência armada. Em algumas cidades, o derramamento de sangue está bem abaixo do que eles viram uma geração atrás, enquanto outras comunidades sofreram um número recorde de assassinatos.

Em seu novo relatório, o CDC examinou como as taxas de mortes envolvendo armas mudaram em 2020, o primeiro ano da pandemia de coronavírus. Como resultado, a taxa de homicídios por arma de fogo naquele ano foi maior do que em qualquer outro desde 1994.

As descobertas do relatório foram sombrias e consistentes, atingindo todos os níveis. As taxas de homicídio por arma de fogo aumentaram em todas as regiões do país e em todas as faixas etárias.

Cerca de 4 em cada 5 homicídios em 2020 envolveram armas de fogo, disse o relatório do CDC, assim como pouco mais da metade de todos os suicídios. Ambos os números foram ligeiramente superiores aos cinco anos anteriores.

Impacto

Em um relatório separado divulgado no mês passado, o Johns Hopkins Center for Gun Violence Solutions documentou de maneira semelhante um aumento nacional na taxa de homicídios por armas de fogo em 2020, chamando-o de a maior elevação de um ano para outro na história moderna. Esse relatório afirma, porém, que a taxa de homicídios por armas de fogo ainda é menor do que no início dos anos 90.

Embora a tendência nos últimos dois anos já tenha sido registrado, o relatório do CDC examinando 2020 ressalta o impacto que isso causou em todo o país – e quais grupos foram mais atingidos.

Em 2019, diz o relatório, a taxa de homicídios por arma de fogo para meninos e homens negros entre 10 e 24 anos foi 20,6 vezes maior do que a taxa entre meninos e homens brancos nessa faixa etária. Em 2020, essa disparidade cresceu, com a taxa entre homens e meninos negros nessa faixa etária sendo 21,6 vezes maior do que entre homens e meninos brancos.

“Quando se realmente olha para quem isso está impactando, vemos que estamos perdendo muitas crianças e jovens de nossa nação, especificamente meninos e jovens negros”, disse Debra E. Houry, vice-diretora principal do CDC, no lançamento do relatório.

Negros e índios americanos ou nativos do Alasca tiveram as maiores taxas de homicídio por arma de fogo em 2020, bem como os maiores aumentos em relação ao ano anterior, segundo o relatório.

Pobreza

Embora a taxa de suicídio por arma de fogo tenha permanecido “relativamente inalterada” em 2020 em relação ao ano anterior – subindo de 7,9 (2019) para 8,1 (2020) por 100 mil pessoas – houve aumentos acentuados entre os jovens e alguns grupos raciais e étnicos, incluindo hispânicos, negros, índios americanos ou nativos do Alasca. Esse último grupo, afirmou o CDC, sofreu o maior aumento de 2019 a 2020 para suicídios com armas, subindo de 7,7 para 10,9 por 100 mil pessoas.

A pobreza também foi uma linha divisória, disse o CDC. Os condados com o maior nível de pobreza em 2020 tiveram taxas de homicídio e suicídio por arma de fogo que foram 4,5 e 1,3 vezes maiores, respectivamente, do que os condados com o menor nível de pobreza, segundo o relatório. Além de áreas pobres, as pessoas cometeram mais suicídios em regiões não metropolitanas e rurais.

Marcadores de estresse associados à pandemia de covid-19 podem ter desempenhado um papel nesse crescimento, explicou o especialista em programas de prevenção de violência do CDC, Tom Simons.

“Eles incluem mudanças ou problemas nos serviços e na educação, isolamento social, condições econômicas como perda de emprego, instabilidade habitacional e dificuldade em arcar com despesas relacionadas à pandemia”, acrescentou.

O relatório também apontou que o risco de violência está associado a “desigualdades sistêmicas de longa data e ao racismo estrutural”.

Além disso, cita “tensões nas relações entre a polícia e a opinião pública”, em referência à onda de protestos após a morte de George Floyd em maio de 2020 nas mãos de um policial, “o aumento das compras de armas de fogo”, com um recorde de 23 milhões de armas vendidas, e ainda a violência doméstica./W.POST, AFP e NYT

O aumento da violência armada nos Estados Unidos em 2020 elevou a taxa de homicídios por armas de fogo no primeiro ano da pandemia para o nível mais alto em 25 anos, informou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) nesta terça-feira, 10. Em geral, as mortes por armas, incluindo suicídios, atingiram o nível mais alto já registrado no país.

Mais de 45 mil americanos morreram em incidentes relacionados a armas quando a pandemia se espalhou nos EUA, o maior número já registrado, mostram dados federais. Mas mais da metade das mortes por armas de fogo foram suicídios, um número que não aumentou substancialmente de 2019 para 2020.

Esse aumento nos homicídios afetou comunidades em todo o país, mas teve grandes oscilações nas linhas raciais, étnicas e econômicas, ampliando as disparidades já existentes, segundo o CDC.

Memorial em um local onde ocorreu um assassinato em Washington; taxas aumentaram em 2020  Foto: Washington Post photo by Michael S. Williamson

Em seu novo relatório, o CDC afirmou que o aumento da violência armada mortal “não foi distribuído igualmente” em 2020. “Jovens, homens e negros têm consistentemente as maiores taxas de homicídio por arma de fogo, e esses grupos experimentaram os maiores aumentos em 2020″, concluiu o relatório. “O que representa a elevação das disparidades de longa data nas taxas de homicídios por armas de fogo.”

O relatório é publicado em um momento em que comunidades em todo o país lutam com o aumento da violência armada. Em algumas cidades, o derramamento de sangue está bem abaixo do que eles viram uma geração atrás, enquanto outras comunidades sofreram um número recorde de assassinatos.

Em seu novo relatório, o CDC examinou como as taxas de mortes envolvendo armas mudaram em 2020, o primeiro ano da pandemia de coronavírus. Como resultado, a taxa de homicídios por arma de fogo naquele ano foi maior do que em qualquer outro desde 1994.

As descobertas do relatório foram sombrias e consistentes, atingindo todos os níveis. As taxas de homicídio por arma de fogo aumentaram em todas as regiões do país e em todas as faixas etárias.

Cerca de 4 em cada 5 homicídios em 2020 envolveram armas de fogo, disse o relatório do CDC, assim como pouco mais da metade de todos os suicídios. Ambos os números foram ligeiramente superiores aos cinco anos anteriores.

Impacto

Em um relatório separado divulgado no mês passado, o Johns Hopkins Center for Gun Violence Solutions documentou de maneira semelhante um aumento nacional na taxa de homicídios por armas de fogo em 2020, chamando-o de a maior elevação de um ano para outro na história moderna. Esse relatório afirma, porém, que a taxa de homicídios por armas de fogo ainda é menor do que no início dos anos 90.

Embora a tendência nos últimos dois anos já tenha sido registrado, o relatório do CDC examinando 2020 ressalta o impacto que isso causou em todo o país – e quais grupos foram mais atingidos.

Em 2019, diz o relatório, a taxa de homicídios por arma de fogo para meninos e homens negros entre 10 e 24 anos foi 20,6 vezes maior do que a taxa entre meninos e homens brancos nessa faixa etária. Em 2020, essa disparidade cresceu, com a taxa entre homens e meninos negros nessa faixa etária sendo 21,6 vezes maior do que entre homens e meninos brancos.

“Quando se realmente olha para quem isso está impactando, vemos que estamos perdendo muitas crianças e jovens de nossa nação, especificamente meninos e jovens negros”, disse Debra E. Houry, vice-diretora principal do CDC, no lançamento do relatório.

Negros e índios americanos ou nativos do Alasca tiveram as maiores taxas de homicídio por arma de fogo em 2020, bem como os maiores aumentos em relação ao ano anterior, segundo o relatório.

Pobreza

Embora a taxa de suicídio por arma de fogo tenha permanecido “relativamente inalterada” em 2020 em relação ao ano anterior – subindo de 7,9 (2019) para 8,1 (2020) por 100 mil pessoas – houve aumentos acentuados entre os jovens e alguns grupos raciais e étnicos, incluindo hispânicos, negros, índios americanos ou nativos do Alasca. Esse último grupo, afirmou o CDC, sofreu o maior aumento de 2019 a 2020 para suicídios com armas, subindo de 7,7 para 10,9 por 100 mil pessoas.

A pobreza também foi uma linha divisória, disse o CDC. Os condados com o maior nível de pobreza em 2020 tiveram taxas de homicídio e suicídio por arma de fogo que foram 4,5 e 1,3 vezes maiores, respectivamente, do que os condados com o menor nível de pobreza, segundo o relatório. Além de áreas pobres, as pessoas cometeram mais suicídios em regiões não metropolitanas e rurais.

Marcadores de estresse associados à pandemia de covid-19 podem ter desempenhado um papel nesse crescimento, explicou o especialista em programas de prevenção de violência do CDC, Tom Simons.

“Eles incluem mudanças ou problemas nos serviços e na educação, isolamento social, condições econômicas como perda de emprego, instabilidade habitacional e dificuldade em arcar com despesas relacionadas à pandemia”, acrescentou.

O relatório também apontou que o risco de violência está associado a “desigualdades sistêmicas de longa data e ao racismo estrutural”.

Além disso, cita “tensões nas relações entre a polícia e a opinião pública”, em referência à onda de protestos após a morte de George Floyd em maio de 2020 nas mãos de um policial, “o aumento das compras de armas de fogo”, com um recorde de 23 milhões de armas vendidas, e ainda a violência doméstica./W.POST, AFP e NYT

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.