Terceiro colocado em eleições na Turquia declara apoio a Erdogan no segundo turno


Sinan Ogan, um acadêmico ultranacionalista que obteve mais de 5% dos votos no primeiro turno, declarou seu apoio após se reunir com o presidente turco

Por Redação

ISTAMBUL - O ultranacionalista Sinan Ogan, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno das eleições na Turquia, anunciou nessa segunda-feira, 22, que vai apoiar o atual presidente, Recep Tayyip Erdogan, no segundo turno do próximo domingo. Esta é a primeira vez que a Turquia tem um segundo turno na eleições presidenciais, representando o primeiro desafio em 20 anos a Erdogan.

“Declaro que apoiaremos Recep Tayyip Erdogan, o candidato da Aliança do Povo, no segundo turno das eleições”, disse Ogan, referindo-se à aliança liderada por Erdogan que inclui partidos nacionalistas e islâmicos. “Acreditamos que nossa decisão será a decisão certa para nosso país”.

Ogan, um ex-acadêmico apoiado por um partido anti-imigração de extrema direita, obteve 5,17% na votação de 14 de maio e pode ter a chave da vitória no segundo turno, agora que está fora da disputa.

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Sinan Ogan, ao centro, então candidato presidencial, é cercado por apoiadores durante campanha em Ancara, em 4 de maio de 2023 Foto: Burhan Ozbilici/AP

Erdogan, do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP, islamita conservador), teve no primeiro turno 49,5% dos votos, seguido pelo social-democrata Kemal Kiliçdaroglu, à frente de uma coalizão de seis partidos, com 44,9% dos votos. Embora tenha ido para um histórico segundo turno, Erdogan se saiu muito melhor do que previram as pesquisas para o primeiro turno.

Os analistas questionam o peso do apoio de Ogan entre seus eleitores. Seu partido existe há apenas alguns meses e a maior parte de seus seguidores estaria descontente tanto com Erdogan quanto com Kiliçdaroglu.

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No entanto, o partido governista de Erdogan e seus aliados nacionalistas e islâmicos também mantiveram a maioria no parlamento de 600 assentos. Isso aumenta as chances de reeleição de Erdogan porque os eleitores provavelmente votarão nele para evitar um governo fragmentado, dizem analistas. Ogan citou a maioria parlamentar de Erdogan como razão para sua decisão.

“É importante que o presidente recém-eleito esteja sob a mesma liderança do Parlamento”, disse Ogan. “A aliança de Kiliçdaroglu, por outro lado, não teve sucesso suficiente contra a Aliança do Povo, que está no poder há 20 anos, e não conseguiu estabelecer uma perspectiva que nos convencesse sobre o futuro.”

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Seu endosso a Erdogan veio dias depois de realizar uma reunião surpresa com o líder turco em Istambul na última sexta-feira, 19. Nenhuma declaração foi feita após a reunião que durou uma hora. Ogan, no entanto, insistiu nesta segunda que não se envolveu em negociações com o líder turco.

O presidente turco e candidato presidencial, Recep Tayyip Erdogan, fala com seus apoiadores durante um comício de campanha eleitoral em Istambul, nesta segunda, 22 Foto: Khalil Hamra/AP

Ogan atraiu votos de pessoas que desaprovavam as políticas de Erdogan, mas não queriam apoiar Kiliçdaroglu, que lidera o principal partido de oposição pró-secular e de centro-esquerda da Turquia.

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Analistas dizem que, apesar do endosso de Ogan, não é certo que todos os seus apoiadores irão para Erdogan. Alguns provavelmente mudariam para Kiliçdaroglu, enquanto outros poderiam optar por não votar no segundo turno.

Ogan listou as condições para obter seu endosso ao falar com a mídia turca na semana passada. Entre eles estava uma postura dura contra o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, ou PKK, e um cronograma para a expulsão de milhões de refugiados, incluindo quase 3,7 milhões de sírios.

Erdogan, por sua vez, disse à CNN International em uma entrevista que não cederia a tais exigências. “Não sou uma pessoa que gosta de negociar dessa maneira”, disse ele.

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Erdogan está decidido a permanecer por mais cinco anos na presidência da Turquia, país com 85 milhões de habitantes que passou por uma transformação profunda durante suas duas décadas no poder e que agora sofre uma grave crise econômica. As pesquisas do primeiro turno indicavam um resultado muito pior a Erdogan, principalmente após críticas a sua resposta ao terremoto que deixou mais de 30 mil mortos.

Em uma aparente tentativa de influenciar os eleitores nacionalistas, Kiliçdaroglu endureceu seu tom na semana passada, prometendo enviar de volta os refugiados e descartando qualquer negociação de paz com o PKK se fosse eleito./AFP e AP

ISTAMBUL - O ultranacionalista Sinan Ogan, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno das eleições na Turquia, anunciou nessa segunda-feira, 22, que vai apoiar o atual presidente, Recep Tayyip Erdogan, no segundo turno do próximo domingo. Esta é a primeira vez que a Turquia tem um segundo turno na eleições presidenciais, representando o primeiro desafio em 20 anos a Erdogan.

“Declaro que apoiaremos Recep Tayyip Erdogan, o candidato da Aliança do Povo, no segundo turno das eleições”, disse Ogan, referindo-se à aliança liderada por Erdogan que inclui partidos nacionalistas e islâmicos. “Acreditamos que nossa decisão será a decisão certa para nosso país”.

Ogan, um ex-acadêmico apoiado por um partido anti-imigração de extrema direita, obteve 5,17% na votação de 14 de maio e pode ter a chave da vitória no segundo turno, agora que está fora da disputa.

Sinan Ogan, ao centro, então candidato presidencial, é cercado por apoiadores durante campanha em Ancara, em 4 de maio de 2023 Foto: Burhan Ozbilici/AP

Erdogan, do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP, islamita conservador), teve no primeiro turno 49,5% dos votos, seguido pelo social-democrata Kemal Kiliçdaroglu, à frente de uma coalizão de seis partidos, com 44,9% dos votos. Embora tenha ido para um histórico segundo turno, Erdogan se saiu muito melhor do que previram as pesquisas para o primeiro turno.

Os analistas questionam o peso do apoio de Ogan entre seus eleitores. Seu partido existe há apenas alguns meses e a maior parte de seus seguidores estaria descontente tanto com Erdogan quanto com Kiliçdaroglu.

No entanto, o partido governista de Erdogan e seus aliados nacionalistas e islâmicos também mantiveram a maioria no parlamento de 600 assentos. Isso aumenta as chances de reeleição de Erdogan porque os eleitores provavelmente votarão nele para evitar um governo fragmentado, dizem analistas. Ogan citou a maioria parlamentar de Erdogan como razão para sua decisão.

“É importante que o presidente recém-eleito esteja sob a mesma liderança do Parlamento”, disse Ogan. “A aliança de Kiliçdaroglu, por outro lado, não teve sucesso suficiente contra a Aliança do Povo, que está no poder há 20 anos, e não conseguiu estabelecer uma perspectiva que nos convencesse sobre o futuro.”

Seu endosso a Erdogan veio dias depois de realizar uma reunião surpresa com o líder turco em Istambul na última sexta-feira, 19. Nenhuma declaração foi feita após a reunião que durou uma hora. Ogan, no entanto, insistiu nesta segunda que não se envolveu em negociações com o líder turco.

O presidente turco e candidato presidencial, Recep Tayyip Erdogan, fala com seus apoiadores durante um comício de campanha eleitoral em Istambul, nesta segunda, 22 Foto: Khalil Hamra/AP

Ogan atraiu votos de pessoas que desaprovavam as políticas de Erdogan, mas não queriam apoiar Kiliçdaroglu, que lidera o principal partido de oposição pró-secular e de centro-esquerda da Turquia.

Analistas dizem que, apesar do endosso de Ogan, não é certo que todos os seus apoiadores irão para Erdogan. Alguns provavelmente mudariam para Kiliçdaroglu, enquanto outros poderiam optar por não votar no segundo turno.

Ogan listou as condições para obter seu endosso ao falar com a mídia turca na semana passada. Entre eles estava uma postura dura contra o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, ou PKK, e um cronograma para a expulsão de milhões de refugiados, incluindo quase 3,7 milhões de sírios.

Erdogan, por sua vez, disse à CNN International em uma entrevista que não cederia a tais exigências. “Não sou uma pessoa que gosta de negociar dessa maneira”, disse ele.

Erdogan está decidido a permanecer por mais cinco anos na presidência da Turquia, país com 85 milhões de habitantes que passou por uma transformação profunda durante suas duas décadas no poder e que agora sofre uma grave crise econômica. As pesquisas do primeiro turno indicavam um resultado muito pior a Erdogan, principalmente após críticas a sua resposta ao terremoto que deixou mais de 30 mil mortos.

Em uma aparente tentativa de influenciar os eleitores nacionalistas, Kiliçdaroglu endureceu seu tom na semana passada, prometendo enviar de volta os refugiados e descartando qualquer negociação de paz com o PKK se fosse eleito./AFP e AP

ISTAMBUL - O ultranacionalista Sinan Ogan, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno das eleições na Turquia, anunciou nessa segunda-feira, 22, que vai apoiar o atual presidente, Recep Tayyip Erdogan, no segundo turno do próximo domingo. Esta é a primeira vez que a Turquia tem um segundo turno na eleições presidenciais, representando o primeiro desafio em 20 anos a Erdogan.

“Declaro que apoiaremos Recep Tayyip Erdogan, o candidato da Aliança do Povo, no segundo turno das eleições”, disse Ogan, referindo-se à aliança liderada por Erdogan que inclui partidos nacionalistas e islâmicos. “Acreditamos que nossa decisão será a decisão certa para nosso país”.

Ogan, um ex-acadêmico apoiado por um partido anti-imigração de extrema direita, obteve 5,17% na votação de 14 de maio e pode ter a chave da vitória no segundo turno, agora que está fora da disputa.

Sinan Ogan, ao centro, então candidato presidencial, é cercado por apoiadores durante campanha em Ancara, em 4 de maio de 2023 Foto: Burhan Ozbilici/AP

Erdogan, do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP, islamita conservador), teve no primeiro turno 49,5% dos votos, seguido pelo social-democrata Kemal Kiliçdaroglu, à frente de uma coalizão de seis partidos, com 44,9% dos votos. Embora tenha ido para um histórico segundo turno, Erdogan se saiu muito melhor do que previram as pesquisas para o primeiro turno.

Os analistas questionam o peso do apoio de Ogan entre seus eleitores. Seu partido existe há apenas alguns meses e a maior parte de seus seguidores estaria descontente tanto com Erdogan quanto com Kiliçdaroglu.

No entanto, o partido governista de Erdogan e seus aliados nacionalistas e islâmicos também mantiveram a maioria no parlamento de 600 assentos. Isso aumenta as chances de reeleição de Erdogan porque os eleitores provavelmente votarão nele para evitar um governo fragmentado, dizem analistas. Ogan citou a maioria parlamentar de Erdogan como razão para sua decisão.

“É importante que o presidente recém-eleito esteja sob a mesma liderança do Parlamento”, disse Ogan. “A aliança de Kiliçdaroglu, por outro lado, não teve sucesso suficiente contra a Aliança do Povo, que está no poder há 20 anos, e não conseguiu estabelecer uma perspectiva que nos convencesse sobre o futuro.”

Seu endosso a Erdogan veio dias depois de realizar uma reunião surpresa com o líder turco em Istambul na última sexta-feira, 19. Nenhuma declaração foi feita após a reunião que durou uma hora. Ogan, no entanto, insistiu nesta segunda que não se envolveu em negociações com o líder turco.

O presidente turco e candidato presidencial, Recep Tayyip Erdogan, fala com seus apoiadores durante um comício de campanha eleitoral em Istambul, nesta segunda, 22 Foto: Khalil Hamra/AP

Ogan atraiu votos de pessoas que desaprovavam as políticas de Erdogan, mas não queriam apoiar Kiliçdaroglu, que lidera o principal partido de oposição pró-secular e de centro-esquerda da Turquia.

Analistas dizem que, apesar do endosso de Ogan, não é certo que todos os seus apoiadores irão para Erdogan. Alguns provavelmente mudariam para Kiliçdaroglu, enquanto outros poderiam optar por não votar no segundo turno.

Ogan listou as condições para obter seu endosso ao falar com a mídia turca na semana passada. Entre eles estava uma postura dura contra o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, ou PKK, e um cronograma para a expulsão de milhões de refugiados, incluindo quase 3,7 milhões de sírios.

Erdogan, por sua vez, disse à CNN International em uma entrevista que não cederia a tais exigências. “Não sou uma pessoa que gosta de negociar dessa maneira”, disse ele.

Erdogan está decidido a permanecer por mais cinco anos na presidência da Turquia, país com 85 milhões de habitantes que passou por uma transformação profunda durante suas duas décadas no poder e que agora sofre uma grave crise econômica. As pesquisas do primeiro turno indicavam um resultado muito pior a Erdogan, principalmente após críticas a sua resposta ao terremoto que deixou mais de 30 mil mortos.

Em uma aparente tentativa de influenciar os eleitores nacionalistas, Kiliçdaroglu endureceu seu tom na semana passada, prometendo enviar de volta os refugiados e descartando qualquer negociação de paz com o PKK se fosse eleito./AFP e AP

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