Um advogado que representa duas mulheres que testemunharam que Matt Gaetz afirmou que uma delas o viu fazendo sexo com uma adolescente numa festa em 2017. Ex-deputado da Flórida escolhido pelo presidente eleito Donald Trump para ser procurador-geral dos EUA, Gaetz era investigado na Câmara de Ética da Câmara por causa das alegações com adolescentes e acusações de uso de drogas.
O advogado, Joel Leppard, deu a declaração à CBS News, ABC News e CNN nesta segunda-feira, 18. Apesar do testemunho, como Gaetz renunciou ao cargo na semana passada para assumir o governo, não haverá relatório final do processo.
O republicano também foi investigado por tráfico sexual pelo Departamento de Justiça, que ele vai chefiar no próximo governo. A investigação foi concluída em 2023, sem acusações contra ele.
Segundo Leppard, uma das mulheres testemunhou que durante uma festa em julho de 2017 viu Gaetz próximo a área da piscina, onde ela caminhava, fazendo sexo com uma amiga, que teria 17 anos e que o republicano soube depois que ela era menor de idade.
Gaetz nunca teria pressionado as duas mulheres que testemunharam contra ele a usar drogas durante as festas que promovia, mas disse que o uso de drogas, como o ecstasy, era generalizado e esperado. Quando foram questionadas na Câmara se Gaetz mostrava sinais de estar usando drogas, as mulheres disseram que sim, de acordo com o advogado das duas.
A nomeação de Gaetz foi recebida com choque e resistência entre alguns republicanos do Senado, onde vai precisar ser sabatinado antes de assumir o cargo. Vários senadores levantaram dúvidas de que ele teria os 50 votos necessários para ser confirmado.
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Matt Gaetz não respondeu ao comentário, mas negou as alegações em outras ocasiões. A equipe de transição de Trump disse que a nomeação dele está mantida. “Matt Gaetz será o próximo procurador-geral. Ele é o homem certo para o trabalho e acabará com o armamento do nosso sistema de justiça. Essas são alegações infundadas destinadas a inviabilizar o segundo governo Trump”, disse o porta-voz da equipe de transição de Trump, Alex Pfeiffer.
O Partido Republicano terá uma maioria no Senado de 53 assentos no próximo ano e não pode perder quatro ou mais votos na indicação, já que é improvável que qualquer democrata vote em Gaetz. No entanto, mais de quatro senadores republicanos já levantaram questões sobre seu caminho a seguir.
Leppard pediu ao Comitê de Ética que divulgasse publicamente o relatório, explicando que suas clientes tiveram receio em testemunhar no Senado, no que se espera ser uma amarga batalha de confirmação. “Eles já passaram por tanta coisa – e cada vez que isso acontece, meio que rasga uma ferida antiga”, disse o advogado.
“Elas realmente não queriam ser chamadas para testemunhar. Há muitos fatos por aí, elas deram muitos testemunhos, forneceram inúmeras horas e documentos para a Câmara e não querem que isso seja desperdiçado”, acrescentou. /COM AP, WP, NYT