WASHINGTON - O jornal americano The New York Times anunciou na quarta-feira que registrou 348 mil novos assinantes do seu conteúdo online no primeiro trimestre do ano, um recorde que teve impulso pela eleição do republicano Donald Trump.
"Esses resultados mostram a força atual e o potencial futuro de nossa estratégia digital, não apenas para alcançar uma grande audiência, mas também para fornecer rendimentos substanciais", disse Mark Thompson, presidente e CEO da New York Times Company.
A eleição presidencial e a chegada de Trump à Casa Branca provocaram no público um interesse por informação e permitiram ao NYT registrar no fim de março um total de 2,2 milhões de assinantes do serviço online, o que representa um aumento de 62% em um ano.
O novo presidente republicano mantém uma relação complicada com o jornal, o qual critica regularmente, ao mesmo tempo em que lhe concede entrevistas.
Um total de 308 mil novos assinantes se inscreveram no serviço de informação online, e o restante, cerca de 40 mil, só acessam as palavras cruzadas. O grupo de imprensa prevê ganhar ainda mais assinantes nos próximos três meses, mas em um ritmo mais baixo do que nos dois trimestres anteriores, indicou o NYT em um comunicado.
Os rendimentos das edições em papel e assinaturas do site cresceram 11,2% em um ano, até US$ 242 milhões, compensando a queda da receita publicitária. Embora os assinantes do serviço online sejam agora cerca de três quartos do total, só representam 31,2% da receita das assinaturas e da venda das edições em papel.
No primeiro trimestre, o New York Times registrou um lucro líquido de US$ 13,1 milhões, contra uma perda de US$ 13,5 milhões no mesmo período de 2016. / AFP