JERUSALÉM - A violência dos combates entre Israel e palestinos se intensificou nos últimos oito dias. Enquanto os esforços diplomáticos se estagnaram, o Exército israelense fortaleceu sua campanha de bombardeio contra o Hamas, que controla a Faixa de Gaza. Em mais de uma semana de violência, mais de 200 já foram mortos em território palestino e israelense - a grande maioria deles palestinos mortos em ataques aéreos israelenses em Gaza.
A guerra está sendo travada em várias frentes. Mas a pior devastação é em Gaza, um enclave costeiro densamente povoado de cerca de 2 milhões de pessoas. As forças israelenses atacaram casas, campos de refugiados, instalações médicas e outros edifícios.
Autoridades israelenses disseram que o ataque visa destruir a capacidade do Hamas de fazer e lançar mísseis e uma rede de túneis subterrâneos usados pelo Hamas para transportar pessoas e equipamentos. Mas os ataques mataram pelo menos 212 pessoas, das quais pelo menos 61 eram crianças, de acordo com as autoridades de saúde locais, atraindo condenação internacional.
No sábado, um ataque aéreo israelense destruiu uma torre conhecida que abrigava algumas das principais organizações de mídia do mundo, incluindo a Associated Press e a Al-Jazeera. Os ataques destruíram 132 prédios em Gaza e deixaram 2,5 mil desabrigados, segundo autoridades palestinas.
O conflito explodiu em ataques diários de violência em 10 de maio, depois que a polícia israelense disse ter invadido a Mesquita de Al-Aqsa em Jerusalém, um dos três locais mais sagrados do Islã, para impedir coibir manifestantes que jogavam pedras. Militantes de Gaza dispararam foguetes contra Jerusalém.
Sob a batalha militar nos céus, a violência estourou na cidade de Lod, onde grupos rivais árabes e judeus atacaram pessoas, carros, lojas, escritórios e hotéis no início da semana passada. Duas pessoas morreram devido aos ferimentos.
A violência é a pior desde 2014, quando a invasão israelense de Gaza por sete semanas e o lançamento de foguetes do Hamas acabaram ceifando 2.200 vidas, deixando grandes áreas da Faixa de Gaza inabitáveis e paralisando o sul de Israel. Levou quase três meses para israelenses e palestinos chegarem a um cessar-fogo.