CAIRO - O Tribunal de Cassação do Egito revogou nesta terça-feira, 15, uma sentença de morte contra o presidente deposto Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, e ordenou um novo julgamento.
Mursi foi condenado à morte em junho de 2015 por ligação com uma prisão em massa durante a revolta do Egito em 2011.
Primeiro presidente a ser eleito democraticamente após a revolução no país, Mursi foi derrubado em meados de 2013 pelo general que se tornou presidente, Abdel-Fattah Al-Sissi, após protestos em massa contra seu governo.
A decisão do tribunal significa que ele não está mais sob ameaça de execução, embora esteja cumprindo três longas sentenças de prisão.
Mursi foi condenado a 20 anos de prisão sem liberdade condicional por acusações decorrentes do assassinato de manifestantes em dezembro de 2012. Ele também foi condenado a 40 anos sob acusação de espionar para o Catar e condenado à prisão perpétua por espionagem para o grupo islâmico palestino Hamas.
Veja abaixo: Mohamed Mursi é condenado à pena de morte
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O ex-presidente do Egito, o islamita Mohamed Mursi, foi condenado à pena de morte por fugir da prisão em 2011. A decisão ainda cabe recurso
Desde que derrubou Mursi, Sissi tenta derrotar a Irmandade, a qual ele afirma ser parte de uma rede terrorista que representa uma ameaça existencial para os mundos árabe e ocidental. A Irmandade, movimento político mais antigo do Egito, diz que suas atividades são inteiramente pacíficas e nega usar métodos violentos. / REUTERS