Ucrânia avança sobre Kherson e russos retiram civis da cidade; aliados enviam mais armas


Exército ucraniano reconquistou territórios próximos à capital da província, preocupando autoridades próximas ao Kremlin

Por Redação
Atualização:

Em meio a seguidos bombardeios russos a cidades ucranianas, forças de Kiev avançaram nesta quinta-feira, 13, na província de Kherson e obrigaram civis e burocratas russos a se retirarem da capital da região. A reconquista de cinco cidades sob domínio russo nos arredores de Berislav abre a possibilidade de o Exército ucraniano retomar a cidade de Kherson, ocupada pela Rússia desde o início da guerra e um ativo estratégico importante, por ligar a Crimeia ao centro e a costa ucraniana no Mar Negro.

Para conter os ataques aéreos russos, a Ucrânia conseguiu, também nesta quinta-feira, o envio de mais armas antiaéreas ocidentais. Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos se comprometeram com o despacho de modernos sistemas antimísseis e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) sinalizou que mais armas podem estar a caminho.

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Soldado ucraniano vasculha trincheira escavada por soldados russos em área retomada na província de Kherson. Foto: Leo Correa/ AP

O governo russo determinou a retirada de seu pesssoal da cidade de Kherson após apelo de autoridades locais instauradas pelo Kremlin após o presidente Vladimir Putin ter anexado ilegalmente a província, em um sinal de que o avanço ucraniano ao porto é iminente e uma batalha pelo controle da cidade se avizinha.

O vice-primeiro-ministro russo, Marat Khusnullin, disse à televisão estatal na quinta-feira que os moradores seriam ajudados a se mudar da região no sul da Ucrânia, que permanece apenas parcialmente ocupada por tropas invasoras devido a um contra-ataque ucraniano bem-sucedido nos últimos meses. “O governo tomou a decisão de organizar assistência para a saída de residentes da região [Kherson] para outras regiões do país”, disse Khusnullin.

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Vladimir Saldo, reconhecido por Putin como governador da região, pediu mais cedo que a população se retirasse enquanto as tropas de Kiev avançam na região.

“Pedimos que todos os habitantes da região de Kherson, que querem se proteger dos mísseis (ucranianos), possam seguir para outras regiões russas”, afirmou em uma publicação no Telegram. “Peguem seus filhos e vão embora”, completou.

Saldo pediu à Rússia que contribua com a ajuda necessária para organizar a retirada e afirmou ter proposto um recuo, em “primeiro lugar”, dos habitantes das cidades situadas nas margens do rio Dnipro, mais próximas da linha de frente. A ideia seria levá-los para as regiões russas mais próximas de Kherson, como a península da Crimeia e as regiões de Rostov, Krasnodar e Stavropol.

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O Ministério da Defesa do Reino Unido, que se tornou uma fonte diária de informações desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro, alertou que qualquer retirada russa poderia ser um sinal de que os combates podem se espalhar para a cidade de Kherson.

O ministério acrescentou que as forças russas provavelmente tentarão consolidar uma nova frente a oeste da vila de Milove, depois que a Ucrânia recapturou faixas de território em Kherson e na região vizinha de Mikolaiv na semana passada.

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Em uma rara aparição na terça-feira, 11, o chefe da espionagem britânica, Jeremy Fleming, alertou que as forças russas na Ucrânia estão sobrecarregadas e “exaustas” e que o presidente Vladimir Putin está cometendo “erros estratégicos”.

Mais armas

Respondendo aos repetidos apelos de Zelenskyy por defesas aéreas mais eficazes, o governo britânico anunciou que forneceria mísseis para sistemas antiaéreos avançados da Nasam que o Pentágono planeja enviar para Ucrânia.

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O Reino Unido também está enviando centenas de drones aéreos para coleta de informações e suporte logístico, além de 18 canhões de artilharia obus.

“Estas armas vão ajudar A Ucrânia defende seus céus de ataques e fortalece sua defesa geral de mísseis ao lado do NASAMS dos EUA”, disse o secretário de Defesa do Reino Unido, Ben Wallace.

Outros ministros da Defesa da Otan reunidos em Bruxelas nesta semana prometeram fornecer sistemas que ofereçam defesa de médio a longo alcance contra ataques de mísseis.

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A Alemanha entregou o primeiro dos quatro sistemas de defesa aérea IRIS-T prometidos, enquanto a França prometeu mais artilharia, sistemas antiaéreos e mísseis. A Holanda disse que enviaria mísseis, e o Canadá está planejando cerca de US$ 50 milhões a mais em ajuda militar, incluindo equipamentos de inverno, câmeras de drones e comunicações por satélite.

Em Berlim, o chanceler alemão Olaf Scholz disse que Putin deixou muito claro que a guerra não é apenas sobre Ucrânia. “Putin está em uma cruzada contra o que Putin chama de ocidente coletivo”, disse Scholz. “Ele se refere a todos nós.’’

A Otan planeja realizar um exercício nuclear na próxima semana tendo como pano de fundo a insistência de Putin de que ele usaria todos os meios necessários para defender o território russo, incluindo as regiões anexadas ilegalmente de Ucrânia. O exercício ocorre todos os anos.

Ataques aéreos

Ao longo da quinta-feira, as forças russas voltaram a atacar a região de Kiev com drones kamikaze e dispararam mísseis em outras lugares contra alvos civis, um retaliação à explosão deuma ponte estratégica que liga a Rússia à Crimeia, no fim de semana.

Ataques com mísseis mataram pelo menos cinco pessoas e destruíram um prédio de apartamentos na cidade de Mikolaiv, no sul, enquanto artilharia pesada danificou mais de 30 casas, um hospital, um jardim de infância e outros prédios na cidade de Nikopol, do outro lado do rio. / NYT, AP, AFP e WPOST

Em meio a seguidos bombardeios russos a cidades ucranianas, forças de Kiev avançaram nesta quinta-feira, 13, na província de Kherson e obrigaram civis e burocratas russos a se retirarem da capital da região. A reconquista de cinco cidades sob domínio russo nos arredores de Berislav abre a possibilidade de o Exército ucraniano retomar a cidade de Kherson, ocupada pela Rússia desde o início da guerra e um ativo estratégico importante, por ligar a Crimeia ao centro e a costa ucraniana no Mar Negro.

Para conter os ataques aéreos russos, a Ucrânia conseguiu, também nesta quinta-feira, o envio de mais armas antiaéreas ocidentais. Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos se comprometeram com o despacho de modernos sistemas antimísseis e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) sinalizou que mais armas podem estar a caminho.

Soldado ucraniano vasculha trincheira escavada por soldados russos em área retomada na província de Kherson. Foto: Leo Correa/ AP

O governo russo determinou a retirada de seu pesssoal da cidade de Kherson após apelo de autoridades locais instauradas pelo Kremlin após o presidente Vladimir Putin ter anexado ilegalmente a província, em um sinal de que o avanço ucraniano ao porto é iminente e uma batalha pelo controle da cidade se avizinha.

O vice-primeiro-ministro russo, Marat Khusnullin, disse à televisão estatal na quinta-feira que os moradores seriam ajudados a se mudar da região no sul da Ucrânia, que permanece apenas parcialmente ocupada por tropas invasoras devido a um contra-ataque ucraniano bem-sucedido nos últimos meses. “O governo tomou a decisão de organizar assistência para a saída de residentes da região [Kherson] para outras regiões do país”, disse Khusnullin.

Vladimir Saldo, reconhecido por Putin como governador da região, pediu mais cedo que a população se retirasse enquanto as tropas de Kiev avançam na região.

“Pedimos que todos os habitantes da região de Kherson, que querem se proteger dos mísseis (ucranianos), possam seguir para outras regiões russas”, afirmou em uma publicação no Telegram. “Peguem seus filhos e vão embora”, completou.

Saldo pediu à Rússia que contribua com a ajuda necessária para organizar a retirada e afirmou ter proposto um recuo, em “primeiro lugar”, dos habitantes das cidades situadas nas margens do rio Dnipro, mais próximas da linha de frente. A ideia seria levá-los para as regiões russas mais próximas de Kherson, como a península da Crimeia e as regiões de Rostov, Krasnodar e Stavropol.

O Ministério da Defesa do Reino Unido, que se tornou uma fonte diária de informações desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro, alertou que qualquer retirada russa poderia ser um sinal de que os combates podem se espalhar para a cidade de Kherson.

O ministério acrescentou que as forças russas provavelmente tentarão consolidar uma nova frente a oeste da vila de Milove, depois que a Ucrânia recapturou faixas de território em Kherson e na região vizinha de Mikolaiv na semana passada.

Em uma rara aparição na terça-feira, 11, o chefe da espionagem britânica, Jeremy Fleming, alertou que as forças russas na Ucrânia estão sobrecarregadas e “exaustas” e que o presidente Vladimir Putin está cometendo “erros estratégicos”.

Mais armas

Respondendo aos repetidos apelos de Zelenskyy por defesas aéreas mais eficazes, o governo britânico anunciou que forneceria mísseis para sistemas antiaéreos avançados da Nasam que o Pentágono planeja enviar para Ucrânia.

O Reino Unido também está enviando centenas de drones aéreos para coleta de informações e suporte logístico, além de 18 canhões de artilharia obus.

“Estas armas vão ajudar A Ucrânia defende seus céus de ataques e fortalece sua defesa geral de mísseis ao lado do NASAMS dos EUA”, disse o secretário de Defesa do Reino Unido, Ben Wallace.

Outros ministros da Defesa da Otan reunidos em Bruxelas nesta semana prometeram fornecer sistemas que ofereçam defesa de médio a longo alcance contra ataques de mísseis.

A Alemanha entregou o primeiro dos quatro sistemas de defesa aérea IRIS-T prometidos, enquanto a França prometeu mais artilharia, sistemas antiaéreos e mísseis. A Holanda disse que enviaria mísseis, e o Canadá está planejando cerca de US$ 50 milhões a mais em ajuda militar, incluindo equipamentos de inverno, câmeras de drones e comunicações por satélite.

Em Berlim, o chanceler alemão Olaf Scholz disse que Putin deixou muito claro que a guerra não é apenas sobre Ucrânia. “Putin está em uma cruzada contra o que Putin chama de ocidente coletivo”, disse Scholz. “Ele se refere a todos nós.’’

A Otan planeja realizar um exercício nuclear na próxima semana tendo como pano de fundo a insistência de Putin de que ele usaria todos os meios necessários para defender o território russo, incluindo as regiões anexadas ilegalmente de Ucrânia. O exercício ocorre todos os anos.

Ataques aéreos

Ao longo da quinta-feira, as forças russas voltaram a atacar a região de Kiev com drones kamikaze e dispararam mísseis em outras lugares contra alvos civis, um retaliação à explosão deuma ponte estratégica que liga a Rússia à Crimeia, no fim de semana.

Ataques com mísseis mataram pelo menos cinco pessoas e destruíram um prédio de apartamentos na cidade de Mikolaiv, no sul, enquanto artilharia pesada danificou mais de 30 casas, um hospital, um jardim de infância e outros prédios na cidade de Nikopol, do outro lado do rio. / NYT, AP, AFP e WPOST

Em meio a seguidos bombardeios russos a cidades ucranianas, forças de Kiev avançaram nesta quinta-feira, 13, na província de Kherson e obrigaram civis e burocratas russos a se retirarem da capital da região. A reconquista de cinco cidades sob domínio russo nos arredores de Berislav abre a possibilidade de o Exército ucraniano retomar a cidade de Kherson, ocupada pela Rússia desde o início da guerra e um ativo estratégico importante, por ligar a Crimeia ao centro e a costa ucraniana no Mar Negro.

Para conter os ataques aéreos russos, a Ucrânia conseguiu, também nesta quinta-feira, o envio de mais armas antiaéreas ocidentais. Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos se comprometeram com o despacho de modernos sistemas antimísseis e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) sinalizou que mais armas podem estar a caminho.

Soldado ucraniano vasculha trincheira escavada por soldados russos em área retomada na província de Kherson. Foto: Leo Correa/ AP

O governo russo determinou a retirada de seu pesssoal da cidade de Kherson após apelo de autoridades locais instauradas pelo Kremlin após o presidente Vladimir Putin ter anexado ilegalmente a província, em um sinal de que o avanço ucraniano ao porto é iminente e uma batalha pelo controle da cidade se avizinha.

O vice-primeiro-ministro russo, Marat Khusnullin, disse à televisão estatal na quinta-feira que os moradores seriam ajudados a se mudar da região no sul da Ucrânia, que permanece apenas parcialmente ocupada por tropas invasoras devido a um contra-ataque ucraniano bem-sucedido nos últimos meses. “O governo tomou a decisão de organizar assistência para a saída de residentes da região [Kherson] para outras regiões do país”, disse Khusnullin.

Vladimir Saldo, reconhecido por Putin como governador da região, pediu mais cedo que a população se retirasse enquanto as tropas de Kiev avançam na região.

“Pedimos que todos os habitantes da região de Kherson, que querem se proteger dos mísseis (ucranianos), possam seguir para outras regiões russas”, afirmou em uma publicação no Telegram. “Peguem seus filhos e vão embora”, completou.

Saldo pediu à Rússia que contribua com a ajuda necessária para organizar a retirada e afirmou ter proposto um recuo, em “primeiro lugar”, dos habitantes das cidades situadas nas margens do rio Dnipro, mais próximas da linha de frente. A ideia seria levá-los para as regiões russas mais próximas de Kherson, como a península da Crimeia e as regiões de Rostov, Krasnodar e Stavropol.

O Ministério da Defesa do Reino Unido, que se tornou uma fonte diária de informações desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro, alertou que qualquer retirada russa poderia ser um sinal de que os combates podem se espalhar para a cidade de Kherson.

O ministério acrescentou que as forças russas provavelmente tentarão consolidar uma nova frente a oeste da vila de Milove, depois que a Ucrânia recapturou faixas de território em Kherson e na região vizinha de Mikolaiv na semana passada.

Em uma rara aparição na terça-feira, 11, o chefe da espionagem britânica, Jeremy Fleming, alertou que as forças russas na Ucrânia estão sobrecarregadas e “exaustas” e que o presidente Vladimir Putin está cometendo “erros estratégicos”.

Mais armas

Respondendo aos repetidos apelos de Zelenskyy por defesas aéreas mais eficazes, o governo britânico anunciou que forneceria mísseis para sistemas antiaéreos avançados da Nasam que o Pentágono planeja enviar para Ucrânia.

O Reino Unido também está enviando centenas de drones aéreos para coleta de informações e suporte logístico, além de 18 canhões de artilharia obus.

“Estas armas vão ajudar A Ucrânia defende seus céus de ataques e fortalece sua defesa geral de mísseis ao lado do NASAMS dos EUA”, disse o secretário de Defesa do Reino Unido, Ben Wallace.

Outros ministros da Defesa da Otan reunidos em Bruxelas nesta semana prometeram fornecer sistemas que ofereçam defesa de médio a longo alcance contra ataques de mísseis.

A Alemanha entregou o primeiro dos quatro sistemas de defesa aérea IRIS-T prometidos, enquanto a França prometeu mais artilharia, sistemas antiaéreos e mísseis. A Holanda disse que enviaria mísseis, e o Canadá está planejando cerca de US$ 50 milhões a mais em ajuda militar, incluindo equipamentos de inverno, câmeras de drones e comunicações por satélite.

Em Berlim, o chanceler alemão Olaf Scholz disse que Putin deixou muito claro que a guerra não é apenas sobre Ucrânia. “Putin está em uma cruzada contra o que Putin chama de ocidente coletivo”, disse Scholz. “Ele se refere a todos nós.’’

A Otan planeja realizar um exercício nuclear na próxima semana tendo como pano de fundo a insistência de Putin de que ele usaria todos os meios necessários para defender o território russo, incluindo as regiões anexadas ilegalmente de Ucrânia. O exercício ocorre todos os anos.

Ataques aéreos

Ao longo da quinta-feira, as forças russas voltaram a atacar a região de Kiev com drones kamikaze e dispararam mísseis em outras lugares contra alvos civis, um retaliação à explosão deuma ponte estratégica que liga a Rússia à Crimeia, no fim de semana.

Ataques com mísseis mataram pelo menos cinco pessoas e destruíram um prédio de apartamentos na cidade de Mikolaiv, no sul, enquanto artilharia pesada danificou mais de 30 casas, um hospital, um jardim de infância e outros prédios na cidade de Nikopol, do outro lado do rio. / NYT, AP, AFP e WPOST

Em meio a seguidos bombardeios russos a cidades ucranianas, forças de Kiev avançaram nesta quinta-feira, 13, na província de Kherson e obrigaram civis e burocratas russos a se retirarem da capital da região. A reconquista de cinco cidades sob domínio russo nos arredores de Berislav abre a possibilidade de o Exército ucraniano retomar a cidade de Kherson, ocupada pela Rússia desde o início da guerra e um ativo estratégico importante, por ligar a Crimeia ao centro e a costa ucraniana no Mar Negro.

Para conter os ataques aéreos russos, a Ucrânia conseguiu, também nesta quinta-feira, o envio de mais armas antiaéreas ocidentais. Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos se comprometeram com o despacho de modernos sistemas antimísseis e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) sinalizou que mais armas podem estar a caminho.

Soldado ucraniano vasculha trincheira escavada por soldados russos em área retomada na província de Kherson. Foto: Leo Correa/ AP

O governo russo determinou a retirada de seu pesssoal da cidade de Kherson após apelo de autoridades locais instauradas pelo Kremlin após o presidente Vladimir Putin ter anexado ilegalmente a província, em um sinal de que o avanço ucraniano ao porto é iminente e uma batalha pelo controle da cidade se avizinha.

O vice-primeiro-ministro russo, Marat Khusnullin, disse à televisão estatal na quinta-feira que os moradores seriam ajudados a se mudar da região no sul da Ucrânia, que permanece apenas parcialmente ocupada por tropas invasoras devido a um contra-ataque ucraniano bem-sucedido nos últimos meses. “O governo tomou a decisão de organizar assistência para a saída de residentes da região [Kherson] para outras regiões do país”, disse Khusnullin.

Vladimir Saldo, reconhecido por Putin como governador da região, pediu mais cedo que a população se retirasse enquanto as tropas de Kiev avançam na região.

“Pedimos que todos os habitantes da região de Kherson, que querem se proteger dos mísseis (ucranianos), possam seguir para outras regiões russas”, afirmou em uma publicação no Telegram. “Peguem seus filhos e vão embora”, completou.

Saldo pediu à Rússia que contribua com a ajuda necessária para organizar a retirada e afirmou ter proposto um recuo, em “primeiro lugar”, dos habitantes das cidades situadas nas margens do rio Dnipro, mais próximas da linha de frente. A ideia seria levá-los para as regiões russas mais próximas de Kherson, como a península da Crimeia e as regiões de Rostov, Krasnodar e Stavropol.

O Ministério da Defesa do Reino Unido, que se tornou uma fonte diária de informações desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro, alertou que qualquer retirada russa poderia ser um sinal de que os combates podem se espalhar para a cidade de Kherson.

O ministério acrescentou que as forças russas provavelmente tentarão consolidar uma nova frente a oeste da vila de Milove, depois que a Ucrânia recapturou faixas de território em Kherson e na região vizinha de Mikolaiv na semana passada.

Em uma rara aparição na terça-feira, 11, o chefe da espionagem britânica, Jeremy Fleming, alertou que as forças russas na Ucrânia estão sobrecarregadas e “exaustas” e que o presidente Vladimir Putin está cometendo “erros estratégicos”.

Mais armas

Respondendo aos repetidos apelos de Zelenskyy por defesas aéreas mais eficazes, o governo britânico anunciou que forneceria mísseis para sistemas antiaéreos avançados da Nasam que o Pentágono planeja enviar para Ucrânia.

O Reino Unido também está enviando centenas de drones aéreos para coleta de informações e suporte logístico, além de 18 canhões de artilharia obus.

“Estas armas vão ajudar A Ucrânia defende seus céus de ataques e fortalece sua defesa geral de mísseis ao lado do NASAMS dos EUA”, disse o secretário de Defesa do Reino Unido, Ben Wallace.

Outros ministros da Defesa da Otan reunidos em Bruxelas nesta semana prometeram fornecer sistemas que ofereçam defesa de médio a longo alcance contra ataques de mísseis.

A Alemanha entregou o primeiro dos quatro sistemas de defesa aérea IRIS-T prometidos, enquanto a França prometeu mais artilharia, sistemas antiaéreos e mísseis. A Holanda disse que enviaria mísseis, e o Canadá está planejando cerca de US$ 50 milhões a mais em ajuda militar, incluindo equipamentos de inverno, câmeras de drones e comunicações por satélite.

Em Berlim, o chanceler alemão Olaf Scholz disse que Putin deixou muito claro que a guerra não é apenas sobre Ucrânia. “Putin está em uma cruzada contra o que Putin chama de ocidente coletivo”, disse Scholz. “Ele se refere a todos nós.’’

A Otan planeja realizar um exercício nuclear na próxima semana tendo como pano de fundo a insistência de Putin de que ele usaria todos os meios necessários para defender o território russo, incluindo as regiões anexadas ilegalmente de Ucrânia. O exercício ocorre todos os anos.

Ataques aéreos

Ao longo da quinta-feira, as forças russas voltaram a atacar a região de Kiev com drones kamikaze e dispararam mísseis em outras lugares contra alvos civis, um retaliação à explosão deuma ponte estratégica que liga a Rússia à Crimeia, no fim de semana.

Ataques com mísseis mataram pelo menos cinco pessoas e destruíram um prédio de apartamentos na cidade de Mikolaiv, no sul, enquanto artilharia pesada danificou mais de 30 casas, um hospital, um jardim de infância e outros prédios na cidade de Nikopol, do outro lado do rio. / NYT, AP, AFP e WPOST

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