Trump acusa o FBI de ter politizado as investigações a favor dos democratas


Acusação ocorre às vésperas da provável divulgação de um memorando confidencial redigido por um legislador republicano para constranger o FBI

WASHINGTON - O presidente americano, Donald Trump, acusou nesta sexta-feira o FBI e o departamento de Justiça de terem politizado as investigações a favor do Partido Democrata.

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"Os mais altos dirigentes do FBI e do departamento de Justiça politizaram o sagrado processo de investigação a favor dos democratas e contra os republicanos", tuitou Trump, sem definir a que época fazia referência. "Isso teria sido impensável há pouco tempo", acrescentou, elogiando, no entanto, o trabalho de agentes que são "fantásticos".

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Donald Trump ouve e agradece os aplauosos durante o discurso do Estado da União no Congresso, com o vice-presidente Mike Pence (à esquerda) e o líder republicano Paul Ryan (à direita) ao fundo Foto: AFP PHOTO / Nicholas Kamm

Trump citou o atual secretário de Justiça, Jeff Sessions, bem como o atual diretor do FBI, Christopher Wray, que substituiu James Comey, demitido abruptamente pelo presidente. O presidente não ofereceu provas do suposto favorecimento. 

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Essa declaração aberta contra funcionários do FBI, muito rara por parte de um presidente dos Estados Unidos, se produz em um momento em que Trump se prepara para autorizar a publicação de um memorando confidencial redigido por um polêmico legislador republicano para constranger o FBI. O diretor do FBI já indicou claramente que não era favorável a essa publicação.

O memorando - inédito - foi elaborado pelo polêmico chefe do Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados, o republicano Devin Nunes, contra a opinião dos membros democratas de sua comissão e a partir de informações secretas.  Esse relatório baseia-se nas escutas que o FBI realizou de um membro da equipe de campanha eleitoral de Trump em 2016, no marco geral das investigações sobre a alegada interferência da Rússia nas eleições presidenciais daquele ano.

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Nunes pediu permissão ao presidente para tornar o documento público, mas o gesto imediatamente desencadeou uma verdadeira tempestade política na capital americana, a ponto de o próprio FBI pedir publicamente que o memorando fosse mantido em sigilo./ AFP

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O presidente Donald Trump convocou na terça-feira a unidade dos americanos para criar um país ‘seguro, forte e orgulhoso’. O magnata também pediu que o Congresso aprove uma polêmica reforma migratória em seu primeiro discurso sobre o Estado da União.

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Donald Trump ouve e agradece os aplauosos durante o discurso do Estado da União no Congresso, com o vice-presidente Mike Pence (à esquerda) e o líder republicano Paul Ryan (à direita) ao fundo Foto: AFP PHOTO / Nicholas Kamm

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O memorando - inédito - foi elaborado pelo polêmico chefe do Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados, o republicano Devin Nunes, contra a opinião dos membros democratas de sua comissão e a partir de informações secretas.  Esse relatório baseia-se nas escutas que o FBI realizou de um membro da equipe de campanha eleitoral de Trump em 2016, no marco geral das investigações sobre a alegada interferência da Rússia nas eleições presidenciais daquele ano.

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