Trump relembra atentado e ataca Biden e Kamala Harris: ‘levei uma bala pela democracia’


Republicano realizou o primeiro comício após tentativa de assassinato e a confirmação da sua candidatura pelo partido Republicano

Por Wesley Gonsalves, Bruno Romani e Pablo Santana
Atualização:

Com um curativo mais discreto na ponta da orelha direita, o candidato republicano à Casa Branca, Donald J. Trump, deu início ao seu comício no estado de Michigan, na tarde deste sábado, 20, uma semana após o atentado durante um evento de campanha que poderia ter, segundo o empresário, acabado com a sua vida. “Eu levei uma bala pela democracia”, disse Trump durante o discurso que levou cerca de duas horas.

Este foi o primeiro comício realizado por Trump após o atentado e a oficialização da sua candidatura pelo partido Republicano, realizado na última semana. Já Michigan é um dos “swing states” (estados-chaves) para as eleições dos Estados Unidos porque não há uma preferência definida pelo eleitorado da região. Nas últimas eleições presidenciais, Biden venceu Trump no Michigan por uma vantagem de cerca de 154 mil votos. O vencedor em Michigan também ganhou a Casa Branca em nove das últimas 12 eleições presidenciais.

O candidato republicano foi recebido para o evento em meio a um esquema reforçado de segurança, após o incidente na semana passada, que acabou com o seu algoz morto pelo serviço de segurança americano. “Eu me coloco na frente de vocês apenas pela graça de Deus. Não era para eu estar aqui. Mas algo muito especial aconteceu, eu queria agradecer o hospital na Pensilvânia pelo trabalho que eles fizeram”, afirmou.

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Trump faz o primeiro comício após tentativa de assassinato  Foto: Jim Watson/AFP

Trump começou seu discurso na convenção do partido em Michigan agradecendo o seu colega de chapa, o senador de Ohio, JD Vance. “Você será um excelente vice-presidente”, disse. “Isso é como uma partida de futebol no Michigan. É bom estar de volta a esse grande estado.”

No começo de seu discurso, o ex-presidente também fez um raro elogio à mídia em meio a vaias dos apoiadores: “Eles cobriram (o atentado) de maneira isenta. Ele também não acreditavam no que estavam vendo”.

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Ataques a Biden e Harris

Com o atentado no último comício, em sua primeira aparição pública, Trump pregou um processo de união nacional, em um tom mais moderado, que não se seguiu no evento em Michigan, onde ele retomou os ataques aos seus adversários.

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Animação mostra como Trump desviou no último minuto de tiro que quase o matou

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Durante seu discurso, Trump usou o início do tempo de palco para atacar os candidatos a presidente e vice-presidente pelo partido Democrata, fazendo piada sobre a pressão que Biden vem sofrendo para que desista da corrida presidencial e dê lugar a Kamala Harris.

Em uma conversa com o público, Trump instigou os presentes a “votar” em quem os apoiadores gostariam de ver contra o republicano na disputa, seguido por vaias contra a vice-presidente Kamala Harris e em seguida Joe Biden. “Eu gostaria de disputar com ela”, disse. O foco em Harris vem sendo arquitetado pela equipe de Trump, que acredita que ela pode substituir Biden na disputa.

O republicano também criticou a atuação do atual governo na gestão de política monetária do seu concorrente, alegando que vai reverter todas as medidas adotadas pela administração Biden, que segundo ele, culminaram em um dos piores cenários de inflação da história do país. “Nós vamos acabar com o pesadelo da inflação”, destacou. “Em menos de quatro meses, nós vamos ganhar de volta o Estado de Michigan, e com a sua ajuda, nós vamos fazer a ‘America great again’”, acrescentou.

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Sobre as críticas dos opositores que o classificam como extremista e contra a democracia, Trump revidou dizendo que é uma “pessoa com bom senso” e que luta pela democracia e até levou um tiro em nome da liberdade e democracia. “Eu não sou um extremista, eu sou alguém com bom senso. O que eu fiz contra à democracia? Eu tomei um tiro pela democracia”, disse o ex-presidente.

O ex-presidente fez uma menção indireta ao resultado das eleições de 2020. “Não podemos deixar as pessoas trapacearem. Não podemos deixar essa escapar”, afirmou.

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Afago a Elon Musk

Se de um lado Trump atacou os candidatos democratas, por outro, o republicano foi puro afeto com seu mais novo apoiador financeiro de campanha, o bilionário dono do X (antigo Twitter) e fundador da montadora Tesla, Elon Musk. Após o atentado contra Trump, o empresário anunciou nas redes sociais que doaria US$ 45 milhões por mês à campanha do ex-presidente. “Eu amo o Elon Musk”, disparou Trump no comício.

Apesar do afago a Musk, Trump criticou os planos de eletrificação de 100% da frota de veículos nos Estados Unidos, mas disse que não é contra os veículos elétricos. O candidato republicano justificou seu posicionamento dizendo que uma possível eletrificação seria difícil para uma aplicação no caso de veículos pesados, como caminhões. “Musk sabe que eu não sou contra os carros elétricos, mas eles não funcionam para todos”, disse.

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Trump reapareceu com curativo mais discreto e fez afago a Elon Musk  Foto: Jim Watson/AFP

Política externa

Com críticas à indústria automobilística chinesa, ao presidente da França Emmanuel Macron, Trump seguiu com os ataques à administração de Biden Harris em relação à política externa do país. O candidato comentou que para que montadoras chinesas comercializem carros em solo americano elas terão que construir plantas fabris nos Estados Unidos, contratar trabalhadores locais e investir na economia americana.

O republicano continuou com as críticas aos nomes internacionais, mas mudou seu foco do líder chinês para o chefe do executivo francês. Trump alegou ter conversado sobre o aumento de impostos as empresas americanas que atuam no país europeu sem uma justificativa do país europeu.

Imigração na mira

Pauta antiga da administração de Trump à frente da Casa Branca e de volta ao palanque político na sua tentativa de retornar à presidência dos Estados Unidos, o candidato republicano usou o palanque do comício em Michigan para instigar seus apoiadores com suas ideias sobre imigração.

O representante disse no evento que quer acabar com o que chamou de “invasão no país”, em referência à imigração ilegal e afirmou que vai lutar para restaurar a ideia de patriotismo na nação. Segundo o candidato, caso seja eleito, ele pretende fazer a maior operação de deportação de imigrantes em situação de ilegalidade já vista em solo americano.

Ainda sobre o tema, ele relembrou que sua vida foi salva da tentativa de assassinato durante o evento na Pensilvânia graças aos agentes da imigração americana que estavam presentes no local. O candidato contou que desviou da bala ao mover a cabeça para olhar para o grupo na plateia.

“Eu devo à imigração a minha vida”, declarou.

Vice de Trump provoca Kamala Harris

JD Vance, candidato à vice-presidente de Trump, criticou a atual vice-presidente e democrata Kamala Harris durante seu primeiro discurso como integrante da chapa republicana neste sábado, 20, em Michigan.

Harris criticou Vance há alguns dias afirmando que o senador seria leal apenas a Trump e não aos Estados Unidos. Em resposta, Vance perguntou aos apoiadores de Michigan o que Harris fez pelo país. “O que diabos ela fez, além de receber um cheque dos seus escritórios políticos?”.

“Não sei, Kamala, mas eu servi no Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos e construí um negócio”, completou o candidato. Vance afirmou ainda que é “estranho” ver seu nome ao lado de Trump nos outdoors e outros materiais oficiais de campanha, mas que ele está honrado por estar na chapa.

“Acho difícil acreditar que há uma semana um assassino tentou tirar a vida de Donald Trump e agora temos essa multidão em Michigan para recebê-lo de volta”, disse.

Importância de Michigan

Michigan é um dos “swing states” (estados-chaves) para as eleições dos Estados Unidos porque não há uma preferência definida pelo eleitorado da região. Nas últimas eleições presidenciais, Biden venceu Trump no Michigan por uma vantagem de cerca de 154 mil votos. O vencedor em Michigan também ganhou a Casa Branca em nove das últimas 12 eleições presidenciais.

O estado ganha ainda mais destaque na atual disputa, pois é o maior com a população de árabes-americanos, que receberam Biden, durante as primárias democratas deste ano, com protestos devido ao apoio dos Estados Unidos a Israel no conflito na Faixa de Gaza.

A comunidade local tem se organizado, principalmente em cidades da Grande Detroit, para pressionar à Casa Branca para trabalhar intensamente por um cessar-fogo em Gaza e suspender a ajuda militar a Israel, em troca de votos em Bidem em novembro. A campanha “Listen to Michigan” é abraçado por estudantes, parte da comunidade judaica e pela ala mais progressista do partido Democrata.

Com um curativo mais discreto na ponta da orelha direita, o candidato republicano à Casa Branca, Donald J. Trump, deu início ao seu comício no estado de Michigan, na tarde deste sábado, 20, uma semana após o atentado durante um evento de campanha que poderia ter, segundo o empresário, acabado com a sua vida. “Eu levei uma bala pela democracia”, disse Trump durante o discurso que levou cerca de duas horas.

Este foi o primeiro comício realizado por Trump após o atentado e a oficialização da sua candidatura pelo partido Republicano, realizado na última semana. Já Michigan é um dos “swing states” (estados-chaves) para as eleições dos Estados Unidos porque não há uma preferência definida pelo eleitorado da região. Nas últimas eleições presidenciais, Biden venceu Trump no Michigan por uma vantagem de cerca de 154 mil votos. O vencedor em Michigan também ganhou a Casa Branca em nove das últimas 12 eleições presidenciais.

O candidato republicano foi recebido para o evento em meio a um esquema reforçado de segurança, após o incidente na semana passada, que acabou com o seu algoz morto pelo serviço de segurança americano. “Eu me coloco na frente de vocês apenas pela graça de Deus. Não era para eu estar aqui. Mas algo muito especial aconteceu, eu queria agradecer o hospital na Pensilvânia pelo trabalho que eles fizeram”, afirmou.

Trump faz o primeiro comício após tentativa de assassinato  Foto: Jim Watson/AFP

Trump começou seu discurso na convenção do partido em Michigan agradecendo o seu colega de chapa, o senador de Ohio, JD Vance. “Você será um excelente vice-presidente”, disse. “Isso é como uma partida de futebol no Michigan. É bom estar de volta a esse grande estado.”

No começo de seu discurso, o ex-presidente também fez um raro elogio à mídia em meio a vaias dos apoiadores: “Eles cobriram (o atentado) de maneira isenta. Ele também não acreditavam no que estavam vendo”.

Ataques a Biden e Harris

Com o atentado no último comício, em sua primeira aparição pública, Trump pregou um processo de união nacional, em um tom mais moderado, que não se seguiu no evento em Michigan, onde ele retomou os ataques aos seus adversários.

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Animação mostra como Trump desviou no último minuto de tiro que quase o matou

Durante seu discurso, Trump usou o início do tempo de palco para atacar os candidatos a presidente e vice-presidente pelo partido Democrata, fazendo piada sobre a pressão que Biden vem sofrendo para que desista da corrida presidencial e dê lugar a Kamala Harris.

Em uma conversa com o público, Trump instigou os presentes a “votar” em quem os apoiadores gostariam de ver contra o republicano na disputa, seguido por vaias contra a vice-presidente Kamala Harris e em seguida Joe Biden. “Eu gostaria de disputar com ela”, disse. O foco em Harris vem sendo arquitetado pela equipe de Trump, que acredita que ela pode substituir Biden na disputa.

O republicano também criticou a atuação do atual governo na gestão de política monetária do seu concorrente, alegando que vai reverter todas as medidas adotadas pela administração Biden, que segundo ele, culminaram em um dos piores cenários de inflação da história do país. “Nós vamos acabar com o pesadelo da inflação”, destacou. “Em menos de quatro meses, nós vamos ganhar de volta o Estado de Michigan, e com a sua ajuda, nós vamos fazer a ‘America great again’”, acrescentou.

Sobre as críticas dos opositores que o classificam como extremista e contra a democracia, Trump revidou dizendo que é uma “pessoa com bom senso” e que luta pela democracia e até levou um tiro em nome da liberdade e democracia. “Eu não sou um extremista, eu sou alguém com bom senso. O que eu fiz contra à democracia? Eu tomei um tiro pela democracia”, disse o ex-presidente.

O ex-presidente fez uma menção indireta ao resultado das eleições de 2020. “Não podemos deixar as pessoas trapacearem. Não podemos deixar essa escapar”, afirmou.

Afago a Elon Musk

Se de um lado Trump atacou os candidatos democratas, por outro, o republicano foi puro afeto com seu mais novo apoiador financeiro de campanha, o bilionário dono do X (antigo Twitter) e fundador da montadora Tesla, Elon Musk. Após o atentado contra Trump, o empresário anunciou nas redes sociais que doaria US$ 45 milhões por mês à campanha do ex-presidente. “Eu amo o Elon Musk”, disparou Trump no comício.

Apesar do afago a Musk, Trump criticou os planos de eletrificação de 100% da frota de veículos nos Estados Unidos, mas disse que não é contra os veículos elétricos. O candidato republicano justificou seu posicionamento dizendo que uma possível eletrificação seria difícil para uma aplicação no caso de veículos pesados, como caminhões. “Musk sabe que eu não sou contra os carros elétricos, mas eles não funcionam para todos”, disse.

Trump reapareceu com curativo mais discreto e fez afago a Elon Musk  Foto: Jim Watson/AFP

Política externa

Com críticas à indústria automobilística chinesa, ao presidente da França Emmanuel Macron, Trump seguiu com os ataques à administração de Biden Harris em relação à política externa do país. O candidato comentou que para que montadoras chinesas comercializem carros em solo americano elas terão que construir plantas fabris nos Estados Unidos, contratar trabalhadores locais e investir na economia americana.

O republicano continuou com as críticas aos nomes internacionais, mas mudou seu foco do líder chinês para o chefe do executivo francês. Trump alegou ter conversado sobre o aumento de impostos as empresas americanas que atuam no país europeu sem uma justificativa do país europeu.

Imigração na mira

Pauta antiga da administração de Trump à frente da Casa Branca e de volta ao palanque político na sua tentativa de retornar à presidência dos Estados Unidos, o candidato republicano usou o palanque do comício em Michigan para instigar seus apoiadores com suas ideias sobre imigração.

O representante disse no evento que quer acabar com o que chamou de “invasão no país”, em referência à imigração ilegal e afirmou que vai lutar para restaurar a ideia de patriotismo na nação. Segundo o candidato, caso seja eleito, ele pretende fazer a maior operação de deportação de imigrantes em situação de ilegalidade já vista em solo americano.

Ainda sobre o tema, ele relembrou que sua vida foi salva da tentativa de assassinato durante o evento na Pensilvânia graças aos agentes da imigração americana que estavam presentes no local. O candidato contou que desviou da bala ao mover a cabeça para olhar para o grupo na plateia.

“Eu devo à imigração a minha vida”, declarou.

Vice de Trump provoca Kamala Harris

JD Vance, candidato à vice-presidente de Trump, criticou a atual vice-presidente e democrata Kamala Harris durante seu primeiro discurso como integrante da chapa republicana neste sábado, 20, em Michigan.

Harris criticou Vance há alguns dias afirmando que o senador seria leal apenas a Trump e não aos Estados Unidos. Em resposta, Vance perguntou aos apoiadores de Michigan o que Harris fez pelo país. “O que diabos ela fez, além de receber um cheque dos seus escritórios políticos?”.

“Não sei, Kamala, mas eu servi no Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos e construí um negócio”, completou o candidato. Vance afirmou ainda que é “estranho” ver seu nome ao lado de Trump nos outdoors e outros materiais oficiais de campanha, mas que ele está honrado por estar na chapa.

“Acho difícil acreditar que há uma semana um assassino tentou tirar a vida de Donald Trump e agora temos essa multidão em Michigan para recebê-lo de volta”, disse.

Importância de Michigan

Michigan é um dos “swing states” (estados-chaves) para as eleições dos Estados Unidos porque não há uma preferência definida pelo eleitorado da região. Nas últimas eleições presidenciais, Biden venceu Trump no Michigan por uma vantagem de cerca de 154 mil votos. O vencedor em Michigan também ganhou a Casa Branca em nove das últimas 12 eleições presidenciais.

O estado ganha ainda mais destaque na atual disputa, pois é o maior com a população de árabes-americanos, que receberam Biden, durante as primárias democratas deste ano, com protestos devido ao apoio dos Estados Unidos a Israel no conflito na Faixa de Gaza.

A comunidade local tem se organizado, principalmente em cidades da Grande Detroit, para pressionar à Casa Branca para trabalhar intensamente por um cessar-fogo em Gaza e suspender a ajuda militar a Israel, em troca de votos em Bidem em novembro. A campanha “Listen to Michigan” é abraçado por estudantes, parte da comunidade judaica e pela ala mais progressista do partido Democrata.

Com um curativo mais discreto na ponta da orelha direita, o candidato republicano à Casa Branca, Donald J. Trump, deu início ao seu comício no estado de Michigan, na tarde deste sábado, 20, uma semana após o atentado durante um evento de campanha que poderia ter, segundo o empresário, acabado com a sua vida. “Eu levei uma bala pela democracia”, disse Trump durante o discurso que levou cerca de duas horas.

Este foi o primeiro comício realizado por Trump após o atentado e a oficialização da sua candidatura pelo partido Republicano, realizado na última semana. Já Michigan é um dos “swing states” (estados-chaves) para as eleições dos Estados Unidos porque não há uma preferência definida pelo eleitorado da região. Nas últimas eleições presidenciais, Biden venceu Trump no Michigan por uma vantagem de cerca de 154 mil votos. O vencedor em Michigan também ganhou a Casa Branca em nove das últimas 12 eleições presidenciais.

O candidato republicano foi recebido para o evento em meio a um esquema reforçado de segurança, após o incidente na semana passada, que acabou com o seu algoz morto pelo serviço de segurança americano. “Eu me coloco na frente de vocês apenas pela graça de Deus. Não era para eu estar aqui. Mas algo muito especial aconteceu, eu queria agradecer o hospital na Pensilvânia pelo trabalho que eles fizeram”, afirmou.

Trump faz o primeiro comício após tentativa de assassinato  Foto: Jim Watson/AFP

Trump começou seu discurso na convenção do partido em Michigan agradecendo o seu colega de chapa, o senador de Ohio, JD Vance. “Você será um excelente vice-presidente”, disse. “Isso é como uma partida de futebol no Michigan. É bom estar de volta a esse grande estado.”

No começo de seu discurso, o ex-presidente também fez um raro elogio à mídia em meio a vaias dos apoiadores: “Eles cobriram (o atentado) de maneira isenta. Ele também não acreditavam no que estavam vendo”.

Ataques a Biden e Harris

Com o atentado no último comício, em sua primeira aparição pública, Trump pregou um processo de união nacional, em um tom mais moderado, que não se seguiu no evento em Michigan, onde ele retomou os ataques aos seus adversários.

Seu navegador não suporta esse video.

Animação mostra como Trump desviou no último minuto de tiro que quase o matou

Durante seu discurso, Trump usou o início do tempo de palco para atacar os candidatos a presidente e vice-presidente pelo partido Democrata, fazendo piada sobre a pressão que Biden vem sofrendo para que desista da corrida presidencial e dê lugar a Kamala Harris.

Em uma conversa com o público, Trump instigou os presentes a “votar” em quem os apoiadores gostariam de ver contra o republicano na disputa, seguido por vaias contra a vice-presidente Kamala Harris e em seguida Joe Biden. “Eu gostaria de disputar com ela”, disse. O foco em Harris vem sendo arquitetado pela equipe de Trump, que acredita que ela pode substituir Biden na disputa.

O republicano também criticou a atuação do atual governo na gestão de política monetária do seu concorrente, alegando que vai reverter todas as medidas adotadas pela administração Biden, que segundo ele, culminaram em um dos piores cenários de inflação da história do país. “Nós vamos acabar com o pesadelo da inflação”, destacou. “Em menos de quatro meses, nós vamos ganhar de volta o Estado de Michigan, e com a sua ajuda, nós vamos fazer a ‘America great again’”, acrescentou.

Sobre as críticas dos opositores que o classificam como extremista e contra a democracia, Trump revidou dizendo que é uma “pessoa com bom senso” e que luta pela democracia e até levou um tiro em nome da liberdade e democracia. “Eu não sou um extremista, eu sou alguém com bom senso. O que eu fiz contra à democracia? Eu tomei um tiro pela democracia”, disse o ex-presidente.

O ex-presidente fez uma menção indireta ao resultado das eleições de 2020. “Não podemos deixar as pessoas trapacearem. Não podemos deixar essa escapar”, afirmou.

Afago a Elon Musk

Se de um lado Trump atacou os candidatos democratas, por outro, o republicano foi puro afeto com seu mais novo apoiador financeiro de campanha, o bilionário dono do X (antigo Twitter) e fundador da montadora Tesla, Elon Musk. Após o atentado contra Trump, o empresário anunciou nas redes sociais que doaria US$ 45 milhões por mês à campanha do ex-presidente. “Eu amo o Elon Musk”, disparou Trump no comício.

Apesar do afago a Musk, Trump criticou os planos de eletrificação de 100% da frota de veículos nos Estados Unidos, mas disse que não é contra os veículos elétricos. O candidato republicano justificou seu posicionamento dizendo que uma possível eletrificação seria difícil para uma aplicação no caso de veículos pesados, como caminhões. “Musk sabe que eu não sou contra os carros elétricos, mas eles não funcionam para todos”, disse.

Trump reapareceu com curativo mais discreto e fez afago a Elon Musk  Foto: Jim Watson/AFP

Política externa

Com críticas à indústria automobilística chinesa, ao presidente da França Emmanuel Macron, Trump seguiu com os ataques à administração de Biden Harris em relação à política externa do país. O candidato comentou que para que montadoras chinesas comercializem carros em solo americano elas terão que construir plantas fabris nos Estados Unidos, contratar trabalhadores locais e investir na economia americana.

O republicano continuou com as críticas aos nomes internacionais, mas mudou seu foco do líder chinês para o chefe do executivo francês. Trump alegou ter conversado sobre o aumento de impostos as empresas americanas que atuam no país europeu sem uma justificativa do país europeu.

Imigração na mira

Pauta antiga da administração de Trump à frente da Casa Branca e de volta ao palanque político na sua tentativa de retornar à presidência dos Estados Unidos, o candidato republicano usou o palanque do comício em Michigan para instigar seus apoiadores com suas ideias sobre imigração.

O representante disse no evento que quer acabar com o que chamou de “invasão no país”, em referência à imigração ilegal e afirmou que vai lutar para restaurar a ideia de patriotismo na nação. Segundo o candidato, caso seja eleito, ele pretende fazer a maior operação de deportação de imigrantes em situação de ilegalidade já vista em solo americano.

Ainda sobre o tema, ele relembrou que sua vida foi salva da tentativa de assassinato durante o evento na Pensilvânia graças aos agentes da imigração americana que estavam presentes no local. O candidato contou que desviou da bala ao mover a cabeça para olhar para o grupo na plateia.

“Eu devo à imigração a minha vida”, declarou.

Vice de Trump provoca Kamala Harris

JD Vance, candidato à vice-presidente de Trump, criticou a atual vice-presidente e democrata Kamala Harris durante seu primeiro discurso como integrante da chapa republicana neste sábado, 20, em Michigan.

Harris criticou Vance há alguns dias afirmando que o senador seria leal apenas a Trump e não aos Estados Unidos. Em resposta, Vance perguntou aos apoiadores de Michigan o que Harris fez pelo país. “O que diabos ela fez, além de receber um cheque dos seus escritórios políticos?”.

“Não sei, Kamala, mas eu servi no Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos e construí um negócio”, completou o candidato. Vance afirmou ainda que é “estranho” ver seu nome ao lado de Trump nos outdoors e outros materiais oficiais de campanha, mas que ele está honrado por estar na chapa.

“Acho difícil acreditar que há uma semana um assassino tentou tirar a vida de Donald Trump e agora temos essa multidão em Michigan para recebê-lo de volta”, disse.

Importância de Michigan

Michigan é um dos “swing states” (estados-chaves) para as eleições dos Estados Unidos porque não há uma preferência definida pelo eleitorado da região. Nas últimas eleições presidenciais, Biden venceu Trump no Michigan por uma vantagem de cerca de 154 mil votos. O vencedor em Michigan também ganhou a Casa Branca em nove das últimas 12 eleições presidenciais.

O estado ganha ainda mais destaque na atual disputa, pois é o maior com a população de árabes-americanos, que receberam Biden, durante as primárias democratas deste ano, com protestos devido ao apoio dos Estados Unidos a Israel no conflito na Faixa de Gaza.

A comunidade local tem se organizado, principalmente em cidades da Grande Detroit, para pressionar à Casa Branca para trabalhar intensamente por um cessar-fogo em Gaza e suspender a ajuda militar a Israel, em troca de votos em Bidem em novembro. A campanha “Listen to Michigan” é abraçado por estudantes, parte da comunidade judaica e pela ala mais progressista do partido Democrata.

Com um curativo mais discreto na ponta da orelha direita, o candidato republicano à Casa Branca, Donald J. Trump, deu início ao seu comício no estado de Michigan, na tarde deste sábado, 20, uma semana após o atentado durante um evento de campanha que poderia ter, segundo o empresário, acabado com a sua vida. “Eu levei uma bala pela democracia”, disse Trump durante o discurso que levou cerca de duas horas.

Este foi o primeiro comício realizado por Trump após o atentado e a oficialização da sua candidatura pelo partido Republicano, realizado na última semana. Já Michigan é um dos “swing states” (estados-chaves) para as eleições dos Estados Unidos porque não há uma preferência definida pelo eleitorado da região. Nas últimas eleições presidenciais, Biden venceu Trump no Michigan por uma vantagem de cerca de 154 mil votos. O vencedor em Michigan também ganhou a Casa Branca em nove das últimas 12 eleições presidenciais.

O candidato republicano foi recebido para o evento em meio a um esquema reforçado de segurança, após o incidente na semana passada, que acabou com o seu algoz morto pelo serviço de segurança americano. “Eu me coloco na frente de vocês apenas pela graça de Deus. Não era para eu estar aqui. Mas algo muito especial aconteceu, eu queria agradecer o hospital na Pensilvânia pelo trabalho que eles fizeram”, afirmou.

Trump faz o primeiro comício após tentativa de assassinato  Foto: Jim Watson/AFP

Trump começou seu discurso na convenção do partido em Michigan agradecendo o seu colega de chapa, o senador de Ohio, JD Vance. “Você será um excelente vice-presidente”, disse. “Isso é como uma partida de futebol no Michigan. É bom estar de volta a esse grande estado.”

No começo de seu discurso, o ex-presidente também fez um raro elogio à mídia em meio a vaias dos apoiadores: “Eles cobriram (o atentado) de maneira isenta. Ele também não acreditavam no que estavam vendo”.

Ataques a Biden e Harris

Com o atentado no último comício, em sua primeira aparição pública, Trump pregou um processo de união nacional, em um tom mais moderado, que não se seguiu no evento em Michigan, onde ele retomou os ataques aos seus adversários.

Seu navegador não suporta esse video.

Animação mostra como Trump desviou no último minuto de tiro que quase o matou

Durante seu discurso, Trump usou o início do tempo de palco para atacar os candidatos a presidente e vice-presidente pelo partido Democrata, fazendo piada sobre a pressão que Biden vem sofrendo para que desista da corrida presidencial e dê lugar a Kamala Harris.

Em uma conversa com o público, Trump instigou os presentes a “votar” em quem os apoiadores gostariam de ver contra o republicano na disputa, seguido por vaias contra a vice-presidente Kamala Harris e em seguida Joe Biden. “Eu gostaria de disputar com ela”, disse. O foco em Harris vem sendo arquitetado pela equipe de Trump, que acredita que ela pode substituir Biden na disputa.

O republicano também criticou a atuação do atual governo na gestão de política monetária do seu concorrente, alegando que vai reverter todas as medidas adotadas pela administração Biden, que segundo ele, culminaram em um dos piores cenários de inflação da história do país. “Nós vamos acabar com o pesadelo da inflação”, destacou. “Em menos de quatro meses, nós vamos ganhar de volta o Estado de Michigan, e com a sua ajuda, nós vamos fazer a ‘America great again’”, acrescentou.

Sobre as críticas dos opositores que o classificam como extremista e contra a democracia, Trump revidou dizendo que é uma “pessoa com bom senso” e que luta pela democracia e até levou um tiro em nome da liberdade e democracia. “Eu não sou um extremista, eu sou alguém com bom senso. O que eu fiz contra à democracia? Eu tomei um tiro pela democracia”, disse o ex-presidente.

O ex-presidente fez uma menção indireta ao resultado das eleições de 2020. “Não podemos deixar as pessoas trapacearem. Não podemos deixar essa escapar”, afirmou.

Afago a Elon Musk

Se de um lado Trump atacou os candidatos democratas, por outro, o republicano foi puro afeto com seu mais novo apoiador financeiro de campanha, o bilionário dono do X (antigo Twitter) e fundador da montadora Tesla, Elon Musk. Após o atentado contra Trump, o empresário anunciou nas redes sociais que doaria US$ 45 milhões por mês à campanha do ex-presidente. “Eu amo o Elon Musk”, disparou Trump no comício.

Apesar do afago a Musk, Trump criticou os planos de eletrificação de 100% da frota de veículos nos Estados Unidos, mas disse que não é contra os veículos elétricos. O candidato republicano justificou seu posicionamento dizendo que uma possível eletrificação seria difícil para uma aplicação no caso de veículos pesados, como caminhões. “Musk sabe que eu não sou contra os carros elétricos, mas eles não funcionam para todos”, disse.

Trump reapareceu com curativo mais discreto e fez afago a Elon Musk  Foto: Jim Watson/AFP

Política externa

Com críticas à indústria automobilística chinesa, ao presidente da França Emmanuel Macron, Trump seguiu com os ataques à administração de Biden Harris em relação à política externa do país. O candidato comentou que para que montadoras chinesas comercializem carros em solo americano elas terão que construir plantas fabris nos Estados Unidos, contratar trabalhadores locais e investir na economia americana.

O republicano continuou com as críticas aos nomes internacionais, mas mudou seu foco do líder chinês para o chefe do executivo francês. Trump alegou ter conversado sobre o aumento de impostos as empresas americanas que atuam no país europeu sem uma justificativa do país europeu.

Imigração na mira

Pauta antiga da administração de Trump à frente da Casa Branca e de volta ao palanque político na sua tentativa de retornar à presidência dos Estados Unidos, o candidato republicano usou o palanque do comício em Michigan para instigar seus apoiadores com suas ideias sobre imigração.

O representante disse no evento que quer acabar com o que chamou de “invasão no país”, em referência à imigração ilegal e afirmou que vai lutar para restaurar a ideia de patriotismo na nação. Segundo o candidato, caso seja eleito, ele pretende fazer a maior operação de deportação de imigrantes em situação de ilegalidade já vista em solo americano.

Ainda sobre o tema, ele relembrou que sua vida foi salva da tentativa de assassinato durante o evento na Pensilvânia graças aos agentes da imigração americana que estavam presentes no local. O candidato contou que desviou da bala ao mover a cabeça para olhar para o grupo na plateia.

“Eu devo à imigração a minha vida”, declarou.

Vice de Trump provoca Kamala Harris

JD Vance, candidato à vice-presidente de Trump, criticou a atual vice-presidente e democrata Kamala Harris durante seu primeiro discurso como integrante da chapa republicana neste sábado, 20, em Michigan.

Harris criticou Vance há alguns dias afirmando que o senador seria leal apenas a Trump e não aos Estados Unidos. Em resposta, Vance perguntou aos apoiadores de Michigan o que Harris fez pelo país. “O que diabos ela fez, além de receber um cheque dos seus escritórios políticos?”.

“Não sei, Kamala, mas eu servi no Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos e construí um negócio”, completou o candidato. Vance afirmou ainda que é “estranho” ver seu nome ao lado de Trump nos outdoors e outros materiais oficiais de campanha, mas que ele está honrado por estar na chapa.

“Acho difícil acreditar que há uma semana um assassino tentou tirar a vida de Donald Trump e agora temos essa multidão em Michigan para recebê-lo de volta”, disse.

Importância de Michigan

Michigan é um dos “swing states” (estados-chaves) para as eleições dos Estados Unidos porque não há uma preferência definida pelo eleitorado da região. Nas últimas eleições presidenciais, Biden venceu Trump no Michigan por uma vantagem de cerca de 154 mil votos. O vencedor em Michigan também ganhou a Casa Branca em nove das últimas 12 eleições presidenciais.

O estado ganha ainda mais destaque na atual disputa, pois é o maior com a população de árabes-americanos, que receberam Biden, durante as primárias democratas deste ano, com protestos devido ao apoio dos Estados Unidos a Israel no conflito na Faixa de Gaza.

A comunidade local tem se organizado, principalmente em cidades da Grande Detroit, para pressionar à Casa Branca para trabalhar intensamente por um cessar-fogo em Gaza e suspender a ajuda militar a Israel, em troca de votos em Bidem em novembro. A campanha “Listen to Michigan” é abraçado por estudantes, parte da comunidade judaica e pela ala mais progressista do partido Democrata.

Com um curativo mais discreto na ponta da orelha direita, o candidato republicano à Casa Branca, Donald J. Trump, deu início ao seu comício no estado de Michigan, na tarde deste sábado, 20, uma semana após o atentado durante um evento de campanha que poderia ter, segundo o empresário, acabado com a sua vida. “Eu levei uma bala pela democracia”, disse Trump durante o discurso que levou cerca de duas horas.

Este foi o primeiro comício realizado por Trump após o atentado e a oficialização da sua candidatura pelo partido Republicano, realizado na última semana. Já Michigan é um dos “swing states” (estados-chaves) para as eleições dos Estados Unidos porque não há uma preferência definida pelo eleitorado da região. Nas últimas eleições presidenciais, Biden venceu Trump no Michigan por uma vantagem de cerca de 154 mil votos. O vencedor em Michigan também ganhou a Casa Branca em nove das últimas 12 eleições presidenciais.

O candidato republicano foi recebido para o evento em meio a um esquema reforçado de segurança, após o incidente na semana passada, que acabou com o seu algoz morto pelo serviço de segurança americano. “Eu me coloco na frente de vocês apenas pela graça de Deus. Não era para eu estar aqui. Mas algo muito especial aconteceu, eu queria agradecer o hospital na Pensilvânia pelo trabalho que eles fizeram”, afirmou.

Trump faz o primeiro comício após tentativa de assassinato  Foto: Jim Watson/AFP

Trump começou seu discurso na convenção do partido em Michigan agradecendo o seu colega de chapa, o senador de Ohio, JD Vance. “Você será um excelente vice-presidente”, disse. “Isso é como uma partida de futebol no Michigan. É bom estar de volta a esse grande estado.”

No começo de seu discurso, o ex-presidente também fez um raro elogio à mídia em meio a vaias dos apoiadores: “Eles cobriram (o atentado) de maneira isenta. Ele também não acreditavam no que estavam vendo”.

Ataques a Biden e Harris

Com o atentado no último comício, em sua primeira aparição pública, Trump pregou um processo de união nacional, em um tom mais moderado, que não se seguiu no evento em Michigan, onde ele retomou os ataques aos seus adversários.

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Animação mostra como Trump desviou no último minuto de tiro que quase o matou

Durante seu discurso, Trump usou o início do tempo de palco para atacar os candidatos a presidente e vice-presidente pelo partido Democrata, fazendo piada sobre a pressão que Biden vem sofrendo para que desista da corrida presidencial e dê lugar a Kamala Harris.

Em uma conversa com o público, Trump instigou os presentes a “votar” em quem os apoiadores gostariam de ver contra o republicano na disputa, seguido por vaias contra a vice-presidente Kamala Harris e em seguida Joe Biden. “Eu gostaria de disputar com ela”, disse. O foco em Harris vem sendo arquitetado pela equipe de Trump, que acredita que ela pode substituir Biden na disputa.

O republicano também criticou a atuação do atual governo na gestão de política monetária do seu concorrente, alegando que vai reverter todas as medidas adotadas pela administração Biden, que segundo ele, culminaram em um dos piores cenários de inflação da história do país. “Nós vamos acabar com o pesadelo da inflação”, destacou. “Em menos de quatro meses, nós vamos ganhar de volta o Estado de Michigan, e com a sua ajuda, nós vamos fazer a ‘America great again’”, acrescentou.

Sobre as críticas dos opositores que o classificam como extremista e contra a democracia, Trump revidou dizendo que é uma “pessoa com bom senso” e que luta pela democracia e até levou um tiro em nome da liberdade e democracia. “Eu não sou um extremista, eu sou alguém com bom senso. O que eu fiz contra à democracia? Eu tomei um tiro pela democracia”, disse o ex-presidente.

O ex-presidente fez uma menção indireta ao resultado das eleições de 2020. “Não podemos deixar as pessoas trapacearem. Não podemos deixar essa escapar”, afirmou.

Afago a Elon Musk

Se de um lado Trump atacou os candidatos democratas, por outro, o republicano foi puro afeto com seu mais novo apoiador financeiro de campanha, o bilionário dono do X (antigo Twitter) e fundador da montadora Tesla, Elon Musk. Após o atentado contra Trump, o empresário anunciou nas redes sociais que doaria US$ 45 milhões por mês à campanha do ex-presidente. “Eu amo o Elon Musk”, disparou Trump no comício.

Apesar do afago a Musk, Trump criticou os planos de eletrificação de 100% da frota de veículos nos Estados Unidos, mas disse que não é contra os veículos elétricos. O candidato republicano justificou seu posicionamento dizendo que uma possível eletrificação seria difícil para uma aplicação no caso de veículos pesados, como caminhões. “Musk sabe que eu não sou contra os carros elétricos, mas eles não funcionam para todos”, disse.

Trump reapareceu com curativo mais discreto e fez afago a Elon Musk  Foto: Jim Watson/AFP

Política externa

Com críticas à indústria automobilística chinesa, ao presidente da França Emmanuel Macron, Trump seguiu com os ataques à administração de Biden Harris em relação à política externa do país. O candidato comentou que para que montadoras chinesas comercializem carros em solo americano elas terão que construir plantas fabris nos Estados Unidos, contratar trabalhadores locais e investir na economia americana.

O republicano continuou com as críticas aos nomes internacionais, mas mudou seu foco do líder chinês para o chefe do executivo francês. Trump alegou ter conversado sobre o aumento de impostos as empresas americanas que atuam no país europeu sem uma justificativa do país europeu.

Imigração na mira

Pauta antiga da administração de Trump à frente da Casa Branca e de volta ao palanque político na sua tentativa de retornar à presidência dos Estados Unidos, o candidato republicano usou o palanque do comício em Michigan para instigar seus apoiadores com suas ideias sobre imigração.

O representante disse no evento que quer acabar com o que chamou de “invasão no país”, em referência à imigração ilegal e afirmou que vai lutar para restaurar a ideia de patriotismo na nação. Segundo o candidato, caso seja eleito, ele pretende fazer a maior operação de deportação de imigrantes em situação de ilegalidade já vista em solo americano.

Ainda sobre o tema, ele relembrou que sua vida foi salva da tentativa de assassinato durante o evento na Pensilvânia graças aos agentes da imigração americana que estavam presentes no local. O candidato contou que desviou da bala ao mover a cabeça para olhar para o grupo na plateia.

“Eu devo à imigração a minha vida”, declarou.

Vice de Trump provoca Kamala Harris

JD Vance, candidato à vice-presidente de Trump, criticou a atual vice-presidente e democrata Kamala Harris durante seu primeiro discurso como integrante da chapa republicana neste sábado, 20, em Michigan.

Harris criticou Vance há alguns dias afirmando que o senador seria leal apenas a Trump e não aos Estados Unidos. Em resposta, Vance perguntou aos apoiadores de Michigan o que Harris fez pelo país. “O que diabos ela fez, além de receber um cheque dos seus escritórios políticos?”.

“Não sei, Kamala, mas eu servi no Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos e construí um negócio”, completou o candidato. Vance afirmou ainda que é “estranho” ver seu nome ao lado de Trump nos outdoors e outros materiais oficiais de campanha, mas que ele está honrado por estar na chapa.

“Acho difícil acreditar que há uma semana um assassino tentou tirar a vida de Donald Trump e agora temos essa multidão em Michigan para recebê-lo de volta”, disse.

Importância de Michigan

Michigan é um dos “swing states” (estados-chaves) para as eleições dos Estados Unidos porque não há uma preferência definida pelo eleitorado da região. Nas últimas eleições presidenciais, Biden venceu Trump no Michigan por uma vantagem de cerca de 154 mil votos. O vencedor em Michigan também ganhou a Casa Branca em nove das últimas 12 eleições presidenciais.

O estado ganha ainda mais destaque na atual disputa, pois é o maior com a população de árabes-americanos, que receberam Biden, durante as primárias democratas deste ano, com protestos devido ao apoio dos Estados Unidos a Israel no conflito na Faixa de Gaza.

A comunidade local tem se organizado, principalmente em cidades da Grande Detroit, para pressionar à Casa Branca para trabalhar intensamente por um cessar-fogo em Gaza e suspender a ajuda militar a Israel, em troca de votos em Bidem em novembro. A campanha “Listen to Michigan” é abraçado por estudantes, parte da comunidade judaica e pela ala mais progressista do partido Democrata.

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