O presidente eleito Donald Trump nomeou nesta quarta-feira, 13, Matt Gaetz, o polêmico deputado republicano da Flórida, como seu secretário de Justiça. A indicação, que o New York Times definiu como uma jogada provocativa, coloca um partidário ferrenho em posição de executar a promessa de Trump de buscar vingança contra os oficiais do Departamento de Justiça que o processaram.
O republicano ainda confirmou nesta quarta-feira a nomeação do senador Marco Rubio — que havia sido antecipada pela imprensa americana nesta semana — como secretário de Estado e anunciou como diretora de inteligência nacional a ex-democrata Tulsi Gabbard.
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Gaetz, de 42 anos, foi ele mesmo objeto de uma investigação federal sobre tráfico sexual que foi concluída em 2023 quando o Departamento de Justiça do governo Biden decidiu não apresentar acusações.
Trump e aliados há muito sinalizam a importância do Departamento de Justiça para suas prioridades. O vice-presidente eleito J.D. Vance definiu o trabalho do secretário de Justiça, que também é procurador-geral, de o segundo mais crucial no governo.
O presidente eleito reclamou que seus antigos procuradores-gerais ficaram muito aquém de suas expectativas, estabelecendo uma agenda ambiciosa para o Departamento de Justiça em seu segundo mandato e indicando interesse em um nome receptivo a romper com a norma que mantém a política fora do sistema de Justiça.
Nome de Rubio é confirmado
Trump também confirmou que nomeará o senador Marco Rubio como seu secretário de Estado. O anúncio já era esperado. Antigo rival político do presidente eleito no passado, Rubio é um falcão da política externa que adotou uma abordagem linha-dura em relação à China, Irã e Venezuela alinhada às visões de Trump.
Se confirmado pelo Senado, Rubio será o primeiro latino a servir como secretário de Estado. O senador tem sido um dos mais vocais sobre a necessidade de os EUA serem mais agressivos em relação à China. No entanto, suas visões às vezes entraram em conflito com o lema “America First” de Trump.
Rubio co-patrocinou uma legislação que impediria qualquer presidente de retirar os EUA da Otan sem a aprovação do Congresso, uma medida vista como um esforço preventivo para impedir que Trump seguisse adiante com suas ameaças frequentes de abandonar a aliança.
Trump vem completando rapidamente, logo após vencer a eleição no dia 5, sua equipe de política externa e segurança nacional. Ele ainda anunciou ter escolhido Tulsi Gabbard para servir como diretora de inteligência nacional. Tulsi é uma ex-deputada democrata que se tornou uma de apoiadoras mais entusiasmadas de Trump.
Tenente-coronel na reserva do Exército que serviu no Iraque, ela tem sido uma crítica de longa data do establishment de política externa. Sua nomeação é outro sinal de que Trump pretende dar os principais cargos de política externa a apoiadores profundamente céticos quanto à eficácia da intervenção militar dos EUA no exterior./NYT