Trump critica aliados com os quais negociará defesa e comércio no G-20


Após condenar a Índia por elevar as tarifas sobre produtos americanos, presidente se reuniu com premiê indiano a quem chamou de amigo; em várias outras ocasiões, americano fez críticas ou ameaças para obter vantagens, como no caso do México

Por Redação
Atualização:

OSAKA, JAPÃO - O estilo negociador de Donald Trump voltou a aparecer na sua ida ao Japão para a cúpula do G-20. Com a estratégia de atacar para depois negociar, ele novamente não poupou aliados e disparou nesta quinta-feira, 27, contra Alemanha e Índia horas antes de pousar em Osaka. No encontro, líderes das 20 maiores economias do mundo discutem suas diferenças em questões como segurança e comércio.

Donald Trump se reúne com os primeiros-ministros do Japão, Shinzo Abe, e da Índia, Narendra Modi, países criticados pelo presidente americano Foto: REUTERS/Kevin Lamarque

Horas antes de partir e durante o voo, o presidente reclamou que, sob um tratado dos anos 50, se os EUA fossem atacados, o Japão poderia apenas assistir por uma “TV Sony”, sem ajudar. Depois, chamou a Alemanha de uma “aproveitadora de segurança” e criticou a Índia por elevar as tarifas sobre produtos americanos.

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Na manhã desta sexta-feira, ele se encontrou com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e depois com o indiano, Narendra Modi, a quem chamou de “um grande amigo”. Ele também afirmou que Índia e EUA “nunca estiveram tão próximos”. Ele também terá um encontro com a chanceler alemã, Angela Merkel.

Em contraste, Trump não emitiu nenhum comentário crítico sobre o presidente russo, Vladimir Putin, cujo governo é acusado de interferir nas eleições de 2016. Ele também não mencionou o príncipe herdeiro saudita, Mohamed bin Salman, acusado de orquestrar o assassinato de um jornalista que vivia nos EUA. Trump também não mencionou o nome do presidente Jair Bolsonaro. O presidente americano deve se encontrar informalmente com os três entre sexta e sábado.

A reunião com Merkel será a primeira desde que o americano criticou a alemã e seus colegas europeus na cúpula da Otan, no ano passado, por não cumprirem a meta de investir 2% de seu PIB na aliança militar. Em resposta, alguns governos da Europa se comprometeram a elevar seus gastos com defesa.

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Na sua estratégia de bater para conversar, no mês passado, Trump abruptamente ameaçou impor tarifas sobre produtos mexicanos se o México não endurecesse o controle em suas fronteiras para impedir a entrada de imigrantes nos EUA. O governo mexicano rapidamente negociou um acordo, levando Trump a recuar.

O presidente já havia ameaçado retirar o país do tratado de comércio com Canadá e México, o Nafta, que ele dizia prejudicar os EUA, mas acabou renegociando o acordo com esses países. “Independente de alguém admitir ou não, o presidente está conduzindo barganhas difíceis e alcançando resultados”, afirmou o advogado de comércio Dan Ujczo, em entrevista ao Washington Post. “A questão é qual será o custo no médio e longo prazos. O que acontecerá se outros países começarem a usar as mesmas táticas contra os EUA?” 

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O professor de ciências políticas da Universidade de Minnesota Larry Jacobs, afirma que o comportamento do presidente americano tem provocado confusão sobre quais são as posições dos EUA.

“Ronald Reagan era muito claro, não havia ambiguidade sobre suas visões de mundo e sua vontade de alcançá-las. Nenhuma”, disse Jacobs, também ao Washington Post. “Às vezes, ele era criticado, mas havia uma clareza e consistência e um padrão foi estabelecido.” Com Trump, ao contrário, segundo Jacobs, aliados e inimigos não sabem o que o presidente está querendo dizer.

Os ataques de Trump a aliados e parceiros dos EUA lembraram a reunião do G-7 no Canadá, no ano passado. O presidente americano instruiu seus funcionários a não assinarem o comunicado final, alegando ter ficado ofendido com os comentários do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, criticando as sobretaxas americanas à importação de aço e alumínio canadenses. / NYT e W. POST 

OSAKA, JAPÃO - O estilo negociador de Donald Trump voltou a aparecer na sua ida ao Japão para a cúpula do G-20. Com a estratégia de atacar para depois negociar, ele novamente não poupou aliados e disparou nesta quinta-feira, 27, contra Alemanha e Índia horas antes de pousar em Osaka. No encontro, líderes das 20 maiores economias do mundo discutem suas diferenças em questões como segurança e comércio.

Donald Trump se reúne com os primeiros-ministros do Japão, Shinzo Abe, e da Índia, Narendra Modi, países criticados pelo presidente americano Foto: REUTERS/Kevin Lamarque

Horas antes de partir e durante o voo, o presidente reclamou que, sob um tratado dos anos 50, se os EUA fossem atacados, o Japão poderia apenas assistir por uma “TV Sony”, sem ajudar. Depois, chamou a Alemanha de uma “aproveitadora de segurança” e criticou a Índia por elevar as tarifas sobre produtos americanos.

Na manhã desta sexta-feira, ele se encontrou com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e depois com o indiano, Narendra Modi, a quem chamou de “um grande amigo”. Ele também afirmou que Índia e EUA “nunca estiveram tão próximos”. Ele também terá um encontro com a chanceler alemã, Angela Merkel.

Em contraste, Trump não emitiu nenhum comentário crítico sobre o presidente russo, Vladimir Putin, cujo governo é acusado de interferir nas eleições de 2016. Ele também não mencionou o príncipe herdeiro saudita, Mohamed bin Salman, acusado de orquestrar o assassinato de um jornalista que vivia nos EUA. Trump também não mencionou o nome do presidente Jair Bolsonaro. O presidente americano deve se encontrar informalmente com os três entre sexta e sábado.

A reunião com Merkel será a primeira desde que o americano criticou a alemã e seus colegas europeus na cúpula da Otan, no ano passado, por não cumprirem a meta de investir 2% de seu PIB na aliança militar. Em resposta, alguns governos da Europa se comprometeram a elevar seus gastos com defesa.

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Na sua estratégia de bater para conversar, no mês passado, Trump abruptamente ameaçou impor tarifas sobre produtos mexicanos se o México não endurecesse o controle em suas fronteiras para impedir a entrada de imigrantes nos EUA. O governo mexicano rapidamente negociou um acordo, levando Trump a recuar.

O presidente já havia ameaçado retirar o país do tratado de comércio com Canadá e México, o Nafta, que ele dizia prejudicar os EUA, mas acabou renegociando o acordo com esses países. “Independente de alguém admitir ou não, o presidente está conduzindo barganhas difíceis e alcançando resultados”, afirmou o advogado de comércio Dan Ujczo, em entrevista ao Washington Post. “A questão é qual será o custo no médio e longo prazos. O que acontecerá se outros países começarem a usar as mesmas táticas contra os EUA?” 

O professor de ciências políticas da Universidade de Minnesota Larry Jacobs, afirma que o comportamento do presidente americano tem provocado confusão sobre quais são as posições dos EUA.

“Ronald Reagan era muito claro, não havia ambiguidade sobre suas visões de mundo e sua vontade de alcançá-las. Nenhuma”, disse Jacobs, também ao Washington Post. “Às vezes, ele era criticado, mas havia uma clareza e consistência e um padrão foi estabelecido.” Com Trump, ao contrário, segundo Jacobs, aliados e inimigos não sabem o que o presidente está querendo dizer.

Os ataques de Trump a aliados e parceiros dos EUA lembraram a reunião do G-7 no Canadá, no ano passado. O presidente americano instruiu seus funcionários a não assinarem o comunicado final, alegando ter ficado ofendido com os comentários do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, criticando as sobretaxas americanas à importação de aço e alumínio canadenses. / NYT e W. POST 

OSAKA, JAPÃO - O estilo negociador de Donald Trump voltou a aparecer na sua ida ao Japão para a cúpula do G-20. Com a estratégia de atacar para depois negociar, ele novamente não poupou aliados e disparou nesta quinta-feira, 27, contra Alemanha e Índia horas antes de pousar em Osaka. No encontro, líderes das 20 maiores economias do mundo discutem suas diferenças em questões como segurança e comércio.

Donald Trump se reúne com os primeiros-ministros do Japão, Shinzo Abe, e da Índia, Narendra Modi, países criticados pelo presidente americano Foto: REUTERS/Kevin Lamarque

Horas antes de partir e durante o voo, o presidente reclamou que, sob um tratado dos anos 50, se os EUA fossem atacados, o Japão poderia apenas assistir por uma “TV Sony”, sem ajudar. Depois, chamou a Alemanha de uma “aproveitadora de segurança” e criticou a Índia por elevar as tarifas sobre produtos americanos.

Na manhã desta sexta-feira, ele se encontrou com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e depois com o indiano, Narendra Modi, a quem chamou de “um grande amigo”. Ele também afirmou que Índia e EUA “nunca estiveram tão próximos”. Ele também terá um encontro com a chanceler alemã, Angela Merkel.

Em contraste, Trump não emitiu nenhum comentário crítico sobre o presidente russo, Vladimir Putin, cujo governo é acusado de interferir nas eleições de 2016. Ele também não mencionou o príncipe herdeiro saudita, Mohamed bin Salman, acusado de orquestrar o assassinato de um jornalista que vivia nos EUA. Trump também não mencionou o nome do presidente Jair Bolsonaro. O presidente americano deve se encontrar informalmente com os três entre sexta e sábado.

A reunião com Merkel será a primeira desde que o americano criticou a alemã e seus colegas europeus na cúpula da Otan, no ano passado, por não cumprirem a meta de investir 2% de seu PIB na aliança militar. Em resposta, alguns governos da Europa se comprometeram a elevar seus gastos com defesa.

Vizinhos

Na sua estratégia de bater para conversar, no mês passado, Trump abruptamente ameaçou impor tarifas sobre produtos mexicanos se o México não endurecesse o controle em suas fronteiras para impedir a entrada de imigrantes nos EUA. O governo mexicano rapidamente negociou um acordo, levando Trump a recuar.

O presidente já havia ameaçado retirar o país do tratado de comércio com Canadá e México, o Nafta, que ele dizia prejudicar os EUA, mas acabou renegociando o acordo com esses países. “Independente de alguém admitir ou não, o presidente está conduzindo barganhas difíceis e alcançando resultados”, afirmou o advogado de comércio Dan Ujczo, em entrevista ao Washington Post. “A questão é qual será o custo no médio e longo prazos. O que acontecerá se outros países começarem a usar as mesmas táticas contra os EUA?” 

O professor de ciências políticas da Universidade de Minnesota Larry Jacobs, afirma que o comportamento do presidente americano tem provocado confusão sobre quais são as posições dos EUA.

“Ronald Reagan era muito claro, não havia ambiguidade sobre suas visões de mundo e sua vontade de alcançá-las. Nenhuma”, disse Jacobs, também ao Washington Post. “Às vezes, ele era criticado, mas havia uma clareza e consistência e um padrão foi estabelecido.” Com Trump, ao contrário, segundo Jacobs, aliados e inimigos não sabem o que o presidente está querendo dizer.

Os ataques de Trump a aliados e parceiros dos EUA lembraram a reunião do G-7 no Canadá, no ano passado. O presidente americano instruiu seus funcionários a não assinarem o comunicado final, alegando ter ficado ofendido com os comentários do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, criticando as sobretaxas americanas à importação de aço e alumínio canadenses. / NYT e W. POST 

OSAKA, JAPÃO - O estilo negociador de Donald Trump voltou a aparecer na sua ida ao Japão para a cúpula do G-20. Com a estratégia de atacar para depois negociar, ele novamente não poupou aliados e disparou nesta quinta-feira, 27, contra Alemanha e Índia horas antes de pousar em Osaka. No encontro, líderes das 20 maiores economias do mundo discutem suas diferenças em questões como segurança e comércio.

Donald Trump se reúne com os primeiros-ministros do Japão, Shinzo Abe, e da Índia, Narendra Modi, países criticados pelo presidente americano Foto: REUTERS/Kevin Lamarque

Horas antes de partir e durante o voo, o presidente reclamou que, sob um tratado dos anos 50, se os EUA fossem atacados, o Japão poderia apenas assistir por uma “TV Sony”, sem ajudar. Depois, chamou a Alemanha de uma “aproveitadora de segurança” e criticou a Índia por elevar as tarifas sobre produtos americanos.

Na manhã desta sexta-feira, ele se encontrou com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e depois com o indiano, Narendra Modi, a quem chamou de “um grande amigo”. Ele também afirmou que Índia e EUA “nunca estiveram tão próximos”. Ele também terá um encontro com a chanceler alemã, Angela Merkel.

Em contraste, Trump não emitiu nenhum comentário crítico sobre o presidente russo, Vladimir Putin, cujo governo é acusado de interferir nas eleições de 2016. Ele também não mencionou o príncipe herdeiro saudita, Mohamed bin Salman, acusado de orquestrar o assassinato de um jornalista que vivia nos EUA. Trump também não mencionou o nome do presidente Jair Bolsonaro. O presidente americano deve se encontrar informalmente com os três entre sexta e sábado.

A reunião com Merkel será a primeira desde que o americano criticou a alemã e seus colegas europeus na cúpula da Otan, no ano passado, por não cumprirem a meta de investir 2% de seu PIB na aliança militar. Em resposta, alguns governos da Europa se comprometeram a elevar seus gastos com defesa.

Vizinhos

Na sua estratégia de bater para conversar, no mês passado, Trump abruptamente ameaçou impor tarifas sobre produtos mexicanos se o México não endurecesse o controle em suas fronteiras para impedir a entrada de imigrantes nos EUA. O governo mexicano rapidamente negociou um acordo, levando Trump a recuar.

O presidente já havia ameaçado retirar o país do tratado de comércio com Canadá e México, o Nafta, que ele dizia prejudicar os EUA, mas acabou renegociando o acordo com esses países. “Independente de alguém admitir ou não, o presidente está conduzindo barganhas difíceis e alcançando resultados”, afirmou o advogado de comércio Dan Ujczo, em entrevista ao Washington Post. “A questão é qual será o custo no médio e longo prazos. O que acontecerá se outros países começarem a usar as mesmas táticas contra os EUA?” 

O professor de ciências políticas da Universidade de Minnesota Larry Jacobs, afirma que o comportamento do presidente americano tem provocado confusão sobre quais são as posições dos EUA.

“Ronald Reagan era muito claro, não havia ambiguidade sobre suas visões de mundo e sua vontade de alcançá-las. Nenhuma”, disse Jacobs, também ao Washington Post. “Às vezes, ele era criticado, mas havia uma clareza e consistência e um padrão foi estabelecido.” Com Trump, ao contrário, segundo Jacobs, aliados e inimigos não sabem o que o presidente está querendo dizer.

Os ataques de Trump a aliados e parceiros dos EUA lembraram a reunião do G-7 no Canadá, no ano passado. O presidente americano instruiu seus funcionários a não assinarem o comunicado final, alegando ter ficado ofendido com os comentários do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, criticando as sobretaxas americanas à importação de aço e alumínio canadenses. / NYT e W. POST 

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