O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, planeja nomear o senador Marco Rubio, da Flórida, como seu secretário de Estado, informaram fontes do New York Times nesta segunda-feira, 11. Desde que venceu a eleição, Trump se movimenta rapidamente para formar sua equipe de política externa e segurança nacional.
Trump ainda pode mudar de ideia no último minuto, disseram as pessoas ouvidas, mas parece ter escolhido Rubio, a quem ele também considerou ao escolher seu companheiro de chapa este ano. Ele foi eleito para o Senado em 2010 e assumiu uma posição de linha dura em relação à China, Irã, Venezuela e Cuba em particular.
Inicialmente, ele se viu em desacordo com os republicanos que eram mais céticos sobre intervenções no exterior, mas também ecoou Trump recentemente em questões como a guerra da Rússia contra a Ucrânia, dizendo que o conflito chegou a um impasse e “precisa ser encerrado”.
Rubio tem sido um dos senadores mais assertivos sobre a necessidade de os Estados Unidos serem mais agressivos com a China. Ele adotou posições que se tornaram mais populares em ambos os partidos. Por exemplo, durante seu mandato no primeiro governo Trump, ele defendeu uma política industrial destinada a ajudar os Estados Unidos a competir melhor com a economia estatal da China.
Também atuou como copresidente da Comissão Executiva-Congressista bipartidária sobre a China, que tem como objetivo elaborar uma política agressiva sobre o país, na tentativa de abordar os abusos de direitos humanos. Em 2020, Rubio patrocinou um projeto de lei que tentava impedir a importação de produtos chineses feitos com o uso de trabalho forçado pela minoria étnica uigur da China. O presidente Biden sancionou a lei no ano seguinte.
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Em 2019, Rubio ajudou a persuadir Trump a adotar uma política de sanções severas contra a Venezuela para tentar destituir seu presidente autoritário esquerdista, Nicolás Maduro.
Mais recentemente, Rubio expressou apoio americano incondicional à guerra de Israel em Gaza. Quando perguntado por um ativista da paz no final do ano passado o que ele pensava sobre as muitas mortes de civis palestinos, ele disse : “Acho que o Hamas é 100% culpado”. /NYT