JERUSALÉM - O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta sexta-feira, 9, a Israel que o país também precisa estabelecer “compromissos significativos” em favor da paz com os palestinos, ainda que eles tenham acusado um dos enviados americanos ao Oriente Médio de prejudicar a diplomacia com o que eles veem como uma postura pró-Israel.
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Os palestinos ficaram enfurecidos com a decisão de Trump no dia 6 de dezembro de reconhecer Jerusalém como capital israelense. Eles afirmam que os EUA estão em busca de mais potências mundiais para atuar como mediadores no assunto.
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Em uma entrevista a um jornal israelense, que deve ser publicada no domingo, Trump descreve sua decisão sobre Jerusalém como um “ponto alto” de seu primeiro ano na presidência. Durante o anúncio, ele não descartou a presença dos palestinos em Jerusalém, que reivindicam a parte leste da cidade - capturada por Israel em 1967 e anexada como sua capital, o que não é reconhecido internacionalmente.
“Gostaria de deixar claro que Jerusalém é a capital de Israel. Quanto a fronteiras específicas, garantirei meu apoio ao que os dois lados concordarem entre si”, disse Trump ao diário conservador Israel Hayom. “Eu acho que os dois lados terão de fazer compromissos significantes para tornar um acordo de paz possível.”
Crise
A entrevista foi concedida pouco depois das novas tensões registradas entre os palestinos e o embaixador americano em Israel, David Friedman, seguidas pelo assassinato de um israelense por um palestino.
Após a vítima ser esfaqueada na segunda-feira, Friedman disse em sua conta no Twitter que havia doado uma ambulância à comunidade do israelense morto e afirmou: “‘Líderes’ palestinos louvaram o assassino”.
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As lideranças palestinas reagiram aos comentários. “As frases do embaixador americano nos faz pensar sobre seu relacionamento com a ocupação”, disse Nabil Abu Rdainah, porta-voz do líder da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, em um comunicado. “Ele está representando os EUA ou Israel?”, questionou.
Abu Rdainah disse ainda que as “recomendações e avisos de Friedman, que não visam alcançar um acordo de paz com base na legitimidade internacional, é o que levou a essa crise nas relações entre americanos e palestinos”. / REUTERS