Trump e Kim protagonizam encontro histórico


É a primeira vez na história que líderes em exercício dos dois países se encontram pessoalmente; norte-coreano diz que preconceitos e obstáculos foram superados para a realização de cúpula

Por Redação

CINGAPURA - Donald Trump e Kim Jong-un realizam nesta terça-feira (segunda-feira em Brasília) um encontro histórico e até há pouco inimaginável após décadas de tensões provocadas pelas ambições nucleares de Pyongyang. É a primeira vez na história que líderes em exercício dos dois países se encontram pessoalmente. 

O aguardado aperto de mãos entre o presidente americano e o líder norte-coreano ocorreu às 9h05 de terça-feira (22h05 de segunda, hora de Brasília), em um hotel de luxo, acompanhado por milhões de pessoas em todo o mundo.

No início da reunião a portas fechadas, enquanto os fotógrafos e cinegrafistas faziam as imagens oficiais, Trump disse a repórteres: "não tenho dúvidas de que eu e Kim teremos uma relação incrível". Kim Jong-un declarou que seu país e os EUA superaram "várias das velhas práticas, preconceitos e obstáculos" para conseguir realizar a histórica cúpula. 

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Kim Jong-un e Donald Trump trocam aperto de mãos histórico antes de cúpula em Cingapura Foto: Host Broadcaster Mediacorp Pte Ltd via AP

A comitiva de Trump atravessou os portões do Capella Hotel às 21h13 (de Brasília, 8h13 hora local). Minutos depois, Kim Jong-un chegou ao hotel. 

Agora, os dois líderes terão um encontro a sós, antes de se reunirem com suas respectivas equipes e compartilharem um jantar de trabalho. Mas, apesar da espetacular aproximação diplomática dos últimos meses, persistem muitas dúvidas sobre a cúpula entre os dois dirigentes.

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+ Irã pede que Coreia do Norte tenha 'precaução' em reunião com EUA

Trump, que tem pouco mais de 500 dias na Casa Branca, vive um dos momentos mais importantes de sua presidência no cenário internacional, onde tem desagradado muitos líderes, inclusive alguns dos aliados dos Estados Unidos. 

Em uma série de tuítes postados horas antes do evento em Cingapura, Trump indicou que os preparativos do encontro "iam bem". "Em breve todos saberemos se pode haver ou não um acordo real, diferentemente dos do passado", tuitou, antes de atacar em outra mensagem os "haters e perdedores" que consideram uma concessão arriscada a Kim, com quem o presidente americano trocou ameaças e insultos durante meses.

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O palco onde são aguardados os líderes dos EUA e da Coreia do Norte no Capella Hotel, na Ilha de Sentosa, em Cingapura. Foto: REUTERS/Jonathan Ernst

Kim Jong-un, que até este ano não havia realizado nenhuma visita oficial ao exterior, aparentou desenvoltura diante das câmeras durante seu encontro com o premiê cingapuriano. 

Na noite de segunda-feira, o líder norte-coreano, que chefia um dos países mais fechados do mundo, desfrutou de um passeio em Cingapura e visitou, visivelmente encantando, os locais turísticos mais emblemáticos da cidade. 

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Ainda que estejam acostumados aos disparos e às propagandas veiculadas em alto-falantes, os sul-coreanos que vivem próximos da fronteira com a Coreia do Norte esperam que a cúpula entre os líderes Donald Trump e Kim Jong-Un, prevista para a próxima semana, seja um novo passo a caminho da paz definitiva.

Dúvidas. Como os dois líderes vão se falar? Donald Trump será tão efusivo quanto pode ser com seus colegas das grandes potências? Quanto tempo o encontro vai durar? 

Perguntas para as quais aguardam resposta os cerca de 5 mil jornalistas que, segundo o governo americano, viajaram a Cingapura para cobrir a cúpula.

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O arsenal nuclear norte-coreano, que provocou uma série de sanções da ONU ao longo dos últimos anos, será a questão central das conversações.

O chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, que se reuniu duas vezes com Kim Jong-un em pouco tempo, assegurou na segunda que as conversas entre Washington e Pyongyang haviam avançado rapidamente nos últimos encontros e se disse "muito otimista sobre as possibilidades de sucesso". 

Pompeo afirmou que os Estados Unidos estavam dispostos a aportar à Coreia do Norte "garantias de segurança únicas, diferentes" das propostas feitas até agora, em troca de uma desnuclearização "completa, comprovável e irreversível".

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A Coreia do Norte, que multiplicou desde 2006 os testes nucleares e balísticos, se declarou favorável à desnuclearização, embora nunca tenha entrado em detalhes sobre a forma de realizá-la.

Trump, que costuma se vangloriar de sua capacidade de negociação e de seu instinto, assegura que saberá "desde o primeiro minuto" de seu encontro com o líder norte-coreano se ele estará disposto a avançar.

A incógnita agora é saber se, apesar dos preparativos caóticos e dos sinais às vezes contraditórios enviados pelo governo Trump, o atípico presidente americano conseguirá o que nenhum de seus antecessores conseguiu.

Analistas e historiadores acreditam haver uma possibilidade, mas lembram que o regime de Pyongyang tem um histórico de promessas descumpridas. Em 1994 e em 2005 foram fechados acordos nunca aplicados.

O encontro de Donald Trump e Kim Jong-un em Cingapura

1 | 31

Coreia do Norte

Foto: AFP Photo/Saul Loeb
2 | 31

O encontro entre Kim e Trump

Foto: AP Photo/Evan Vucci
3 | 31

O encontro entre Kim e Trump

Foto: AP Photo/Evan Vucci
4 | 31

O encontro entre Trump e Kim

Foto: AP Photo/Ahn Young-joon
5 | 31

O encontro entre Kim e Trump

Foto: Saul Loeb/AFP
6 | 31

O encontro entre Trump e Kim

Foto: REUTERS/Tyrone Siu
7 | 31

O encontro entre Trump e Kim

Foto: Host Broadcaster Mediacorp Pte Ltd via AP
8 | 31

O encontro entre Kim e Trump

Foto: REUTERS/Kim Kyung-hoon
9 | 31

O encontro entre Kim e Trump

Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
10 | 31

O encontro entre Kim e Trump

Foto: Bloomberg photo by SeongJoon Cho
11 | 31

O encontro entre Kim e Trump

Foto: Host Broadcaster Mediacorp Pte Ltd via AP
12 | 31

O encontro entre Kim e Trump

Foto: AP Photo/Ahn Young-joon
13 | 31

Trump e Kim se reúnem em hotel em Cingapura.

Foto: Saul Loeb/AFP
14 | 31

O encontro entre Trump e Kim

Foto: AP Photo/Yong Teck Lim
15 | 31

Coreia do Norte

Foto: AFP PHOTO / Jung Yeon-je
16 | 31

O encontro entre Trump e Kim

Foto: REUTERS/Kim Kyung-hoon
17 | 31

O encontro entre Trump e Kim

Foto: Saul Loeb/AFP
18 | 31

Coreia do Norte

Foto: Host Broadcaster Mediacorp Pte Ltd via AP
19 | 31

O encontro entre Trump e Kim Jong-un

Foto: REUTERS/Toya Sarno Jordan
20 | 31

O encontro de Trump e Kim Jong-un

Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
21 | 31

O encontro entre Trump e Kim

Foto: AP Photo/Yong Teck Lim
22 | 31

O encontro entre Trump e Kim

Foto: KCNA via REUTERS
23 | 31

O encontro entre Trump e Kim

Foto: Doug Mills/The New York Times
24 | 31

Fazendo história

25 | 31

O encontro entre Trump e Kim

Foto: AP Photo/Wong Maye-E
26 | 31

O encontro entre Trump e Kim

Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
27 | 31

O encontro entre Trump e Kim

Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
28 | 31

O encontro entre Trump e Kim

Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
29 | 31

O encontro entre Trump e Kim

Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
30 | 31

O encontro entre Trump e Kim

Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
31 | 31

O encontro entre Trump e Kim

Foto: REUTERS/Athit Perawongmetha

"Trump provavelmente cantará vitória seja qual for o resultado da cúpula, mas a desnuclearização da península coreana é um processo que vai levar anos", avalia Kelsey Davenport, da Arms Control Association. A "verdadeira prova" será "a adoção ou não pela Coreia do Norte de medidas concretas para reduzir a ameaça que representam suas armas nucleares". 

O chefe da diplomacia americana garante, no entanto, que a situação é totalmentediferente desta vez e o encontro dará frutos. "Só há dois homens que podem tomar decisões de tamanha importância. Estes dois homens estarão sentados na mesma sala", afirmou Pompeo na véspera da cúpula. / AFP

CINGAPURA - Donald Trump e Kim Jong-un realizam nesta terça-feira (segunda-feira em Brasília) um encontro histórico e até há pouco inimaginável após décadas de tensões provocadas pelas ambições nucleares de Pyongyang. É a primeira vez na história que líderes em exercício dos dois países se encontram pessoalmente. 

O aguardado aperto de mãos entre o presidente americano e o líder norte-coreano ocorreu às 9h05 de terça-feira (22h05 de segunda, hora de Brasília), em um hotel de luxo, acompanhado por milhões de pessoas em todo o mundo.

No início da reunião a portas fechadas, enquanto os fotógrafos e cinegrafistas faziam as imagens oficiais, Trump disse a repórteres: "não tenho dúvidas de que eu e Kim teremos uma relação incrível". Kim Jong-un declarou que seu país e os EUA superaram "várias das velhas práticas, preconceitos e obstáculos" para conseguir realizar a histórica cúpula. 

Kim Jong-un e Donald Trump trocam aperto de mãos histórico antes de cúpula em Cingapura Foto: Host Broadcaster Mediacorp Pte Ltd via AP

A comitiva de Trump atravessou os portões do Capella Hotel às 21h13 (de Brasília, 8h13 hora local). Minutos depois, Kim Jong-un chegou ao hotel. 

Agora, os dois líderes terão um encontro a sós, antes de se reunirem com suas respectivas equipes e compartilharem um jantar de trabalho. Mas, apesar da espetacular aproximação diplomática dos últimos meses, persistem muitas dúvidas sobre a cúpula entre os dois dirigentes.

+ Irã pede que Coreia do Norte tenha 'precaução' em reunião com EUA

Trump, que tem pouco mais de 500 dias na Casa Branca, vive um dos momentos mais importantes de sua presidência no cenário internacional, onde tem desagradado muitos líderes, inclusive alguns dos aliados dos Estados Unidos. 

Em uma série de tuítes postados horas antes do evento em Cingapura, Trump indicou que os preparativos do encontro "iam bem". "Em breve todos saberemos se pode haver ou não um acordo real, diferentemente dos do passado", tuitou, antes de atacar em outra mensagem os "haters e perdedores" que consideram uma concessão arriscada a Kim, com quem o presidente americano trocou ameaças e insultos durante meses.

O palco onde são aguardados os líderes dos EUA e da Coreia do Norte no Capella Hotel, na Ilha de Sentosa, em Cingapura. Foto: REUTERS/Jonathan Ernst

Kim Jong-un, que até este ano não havia realizado nenhuma visita oficial ao exterior, aparentou desenvoltura diante das câmeras durante seu encontro com o premiê cingapuriano. 

Na noite de segunda-feira, o líder norte-coreano, que chefia um dos países mais fechados do mundo, desfrutou de um passeio em Cingapura e visitou, visivelmente encantando, os locais turísticos mais emblemáticos da cidade. 

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Ainda que estejam acostumados aos disparos e às propagandas veiculadas em alto-falantes, os sul-coreanos que vivem próximos da fronteira com a Coreia do Norte esperam que a cúpula entre os líderes Donald Trump e Kim Jong-Un, prevista para a próxima semana, seja um novo passo a caminho da paz definitiva.

Dúvidas. Como os dois líderes vão se falar? Donald Trump será tão efusivo quanto pode ser com seus colegas das grandes potências? Quanto tempo o encontro vai durar? 

Perguntas para as quais aguardam resposta os cerca de 5 mil jornalistas que, segundo o governo americano, viajaram a Cingapura para cobrir a cúpula.

O arsenal nuclear norte-coreano, que provocou uma série de sanções da ONU ao longo dos últimos anos, será a questão central das conversações.

O chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, que se reuniu duas vezes com Kim Jong-un em pouco tempo, assegurou na segunda que as conversas entre Washington e Pyongyang haviam avançado rapidamente nos últimos encontros e se disse "muito otimista sobre as possibilidades de sucesso". 

Pompeo afirmou que os Estados Unidos estavam dispostos a aportar à Coreia do Norte "garantias de segurança únicas, diferentes" das propostas feitas até agora, em troca de uma desnuclearização "completa, comprovável e irreversível".

A Coreia do Norte, que multiplicou desde 2006 os testes nucleares e balísticos, se declarou favorável à desnuclearização, embora nunca tenha entrado em detalhes sobre a forma de realizá-la.

Trump, que costuma se vangloriar de sua capacidade de negociação e de seu instinto, assegura que saberá "desde o primeiro minuto" de seu encontro com o líder norte-coreano se ele estará disposto a avançar.

A incógnita agora é saber se, apesar dos preparativos caóticos e dos sinais às vezes contraditórios enviados pelo governo Trump, o atípico presidente americano conseguirá o que nenhum de seus antecessores conseguiu.

Analistas e historiadores acreditam haver uma possibilidade, mas lembram que o regime de Pyongyang tem um histórico de promessas descumpridas. Em 1994 e em 2005 foram fechados acordos nunca aplicados.

O encontro de Donald Trump e Kim Jong-un em Cingapura

1 | 31

Coreia do Norte

Foto: AFP Photo/Saul Loeb
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O encontro entre Kim e Trump

Foto: AP Photo/Evan Vucci
3 | 31

O encontro entre Kim e Trump

Foto: AP Photo/Evan Vucci
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O encontro entre Trump e Kim

Foto: AP Photo/Ahn Young-joon
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O encontro entre Kim e Trump

Foto: Saul Loeb/AFP
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O encontro entre Trump e Kim

Foto: REUTERS/Tyrone Siu
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O encontro entre Trump e Kim

Foto: Host Broadcaster Mediacorp Pte Ltd via AP
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O encontro entre Kim e Trump

Foto: REUTERS/Kim Kyung-hoon
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O encontro entre Kim e Trump

Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
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O encontro entre Kim e Trump

Foto: Bloomberg photo by SeongJoon Cho
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O encontro entre Kim e Trump

Foto: Host Broadcaster Mediacorp Pte Ltd via AP
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O encontro entre Kim e Trump

Foto: AP Photo/Ahn Young-joon
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Trump e Kim se reúnem em hotel em Cingapura.

Foto: Saul Loeb/AFP
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O encontro entre Trump e Kim

Foto: AP Photo/Yong Teck Lim
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Coreia do Norte

Foto: AFP PHOTO / Jung Yeon-je
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O encontro entre Trump e Kim

Foto: REUTERS/Kim Kyung-hoon
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O encontro entre Trump e Kim

Foto: Saul Loeb/AFP
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Coreia do Norte

Foto: Host Broadcaster Mediacorp Pte Ltd via AP
19 | 31

O encontro entre Trump e Kim Jong-un

Foto: REUTERS/Toya Sarno Jordan
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O encontro de Trump e Kim Jong-un

Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
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O encontro entre Trump e Kim

Foto: AP Photo/Yong Teck Lim
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O encontro entre Trump e Kim

Foto: KCNA via REUTERS
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O encontro entre Trump e Kim

Foto: Doug Mills/The New York Times
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Fazendo história

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O encontro entre Trump e Kim

Foto: AP Photo/Wong Maye-E
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O encontro entre Trump e Kim

Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
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O encontro entre Trump e Kim

Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
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O encontro entre Trump e Kim

Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
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O encontro entre Trump e Kim

Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
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O encontro entre Trump e Kim

Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
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O encontro entre Trump e Kim

Foto: REUTERS/Athit Perawongmetha

"Trump provavelmente cantará vitória seja qual for o resultado da cúpula, mas a desnuclearização da península coreana é um processo que vai levar anos", avalia Kelsey Davenport, da Arms Control Association. A "verdadeira prova" será "a adoção ou não pela Coreia do Norte de medidas concretas para reduzir a ameaça que representam suas armas nucleares". 

O chefe da diplomacia americana garante, no entanto, que a situação é totalmentediferente desta vez e o encontro dará frutos. "Só há dois homens que podem tomar decisões de tamanha importância. Estes dois homens estarão sentados na mesma sala", afirmou Pompeo na véspera da cúpula. / AFP

CINGAPURA - Donald Trump e Kim Jong-un realizam nesta terça-feira (segunda-feira em Brasília) um encontro histórico e até há pouco inimaginável após décadas de tensões provocadas pelas ambições nucleares de Pyongyang. É a primeira vez na história que líderes em exercício dos dois países se encontram pessoalmente. 

O aguardado aperto de mãos entre o presidente americano e o líder norte-coreano ocorreu às 9h05 de terça-feira (22h05 de segunda, hora de Brasília), em um hotel de luxo, acompanhado por milhões de pessoas em todo o mundo.

No início da reunião a portas fechadas, enquanto os fotógrafos e cinegrafistas faziam as imagens oficiais, Trump disse a repórteres: "não tenho dúvidas de que eu e Kim teremos uma relação incrível". Kim Jong-un declarou que seu país e os EUA superaram "várias das velhas práticas, preconceitos e obstáculos" para conseguir realizar a histórica cúpula. 

Kim Jong-un e Donald Trump trocam aperto de mãos histórico antes de cúpula em Cingapura Foto: Host Broadcaster Mediacorp Pte Ltd via AP

A comitiva de Trump atravessou os portões do Capella Hotel às 21h13 (de Brasília, 8h13 hora local). Minutos depois, Kim Jong-un chegou ao hotel. 

Agora, os dois líderes terão um encontro a sós, antes de se reunirem com suas respectivas equipes e compartilharem um jantar de trabalho. Mas, apesar da espetacular aproximação diplomática dos últimos meses, persistem muitas dúvidas sobre a cúpula entre os dois dirigentes.

+ Irã pede que Coreia do Norte tenha 'precaução' em reunião com EUA

Trump, que tem pouco mais de 500 dias na Casa Branca, vive um dos momentos mais importantes de sua presidência no cenário internacional, onde tem desagradado muitos líderes, inclusive alguns dos aliados dos Estados Unidos. 

Em uma série de tuítes postados horas antes do evento em Cingapura, Trump indicou que os preparativos do encontro "iam bem". "Em breve todos saberemos se pode haver ou não um acordo real, diferentemente dos do passado", tuitou, antes de atacar em outra mensagem os "haters e perdedores" que consideram uma concessão arriscada a Kim, com quem o presidente americano trocou ameaças e insultos durante meses.

O palco onde são aguardados os líderes dos EUA e da Coreia do Norte no Capella Hotel, na Ilha de Sentosa, em Cingapura. Foto: REUTERS/Jonathan Ernst

Kim Jong-un, que até este ano não havia realizado nenhuma visita oficial ao exterior, aparentou desenvoltura diante das câmeras durante seu encontro com o premiê cingapuriano. 

Na noite de segunda-feira, o líder norte-coreano, que chefia um dos países mais fechados do mundo, desfrutou de um passeio em Cingapura e visitou, visivelmente encantando, os locais turísticos mais emblemáticos da cidade. 

Seu navegador não suporta esse video.

Ainda que estejam acostumados aos disparos e às propagandas veiculadas em alto-falantes, os sul-coreanos que vivem próximos da fronteira com a Coreia do Norte esperam que a cúpula entre os líderes Donald Trump e Kim Jong-Un, prevista para a próxima semana, seja um novo passo a caminho da paz definitiva.

Dúvidas. Como os dois líderes vão se falar? Donald Trump será tão efusivo quanto pode ser com seus colegas das grandes potências? Quanto tempo o encontro vai durar? 

Perguntas para as quais aguardam resposta os cerca de 5 mil jornalistas que, segundo o governo americano, viajaram a Cingapura para cobrir a cúpula.

O arsenal nuclear norte-coreano, que provocou uma série de sanções da ONU ao longo dos últimos anos, será a questão central das conversações.

O chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, que se reuniu duas vezes com Kim Jong-un em pouco tempo, assegurou na segunda que as conversas entre Washington e Pyongyang haviam avançado rapidamente nos últimos encontros e se disse "muito otimista sobre as possibilidades de sucesso". 

Pompeo afirmou que os Estados Unidos estavam dispostos a aportar à Coreia do Norte "garantias de segurança únicas, diferentes" das propostas feitas até agora, em troca de uma desnuclearização "completa, comprovável e irreversível".

A Coreia do Norte, que multiplicou desde 2006 os testes nucleares e balísticos, se declarou favorável à desnuclearização, embora nunca tenha entrado em detalhes sobre a forma de realizá-la.

Trump, que costuma se vangloriar de sua capacidade de negociação e de seu instinto, assegura que saberá "desde o primeiro minuto" de seu encontro com o líder norte-coreano se ele estará disposto a avançar.

A incógnita agora é saber se, apesar dos preparativos caóticos e dos sinais às vezes contraditórios enviados pelo governo Trump, o atípico presidente americano conseguirá o que nenhum de seus antecessores conseguiu.

Analistas e historiadores acreditam haver uma possibilidade, mas lembram que o regime de Pyongyang tem um histórico de promessas descumpridas. Em 1994 e em 2005 foram fechados acordos nunca aplicados.

O encontro de Donald Trump e Kim Jong-un em Cingapura

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Coreia do Norte

Foto: AFP Photo/Saul Loeb
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O encontro entre Kim e Trump

Foto: AP Photo/Evan Vucci
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O encontro entre Kim e Trump

Foto: AP Photo/Evan Vucci
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O encontro entre Trump e Kim

Foto: AP Photo/Ahn Young-joon
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O encontro entre Kim e Trump

Foto: Saul Loeb/AFP
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O encontro entre Trump e Kim

Foto: REUTERS/Tyrone Siu
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O encontro entre Trump e Kim

Foto: Host Broadcaster Mediacorp Pte Ltd via AP
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O encontro entre Kim e Trump

Foto: REUTERS/Kim Kyung-hoon
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O encontro entre Kim e Trump

Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
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O encontro entre Kim e Trump

Foto: Bloomberg photo by SeongJoon Cho
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O encontro entre Kim e Trump

Foto: Host Broadcaster Mediacorp Pte Ltd via AP
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O encontro entre Kim e Trump

Foto: AP Photo/Ahn Young-joon
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Trump e Kim se reúnem em hotel em Cingapura.

Foto: Saul Loeb/AFP
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O encontro entre Trump e Kim

Foto: AP Photo/Yong Teck Lim
15 | 31

Coreia do Norte

Foto: AFP PHOTO / Jung Yeon-je
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O encontro entre Trump e Kim

Foto: REUTERS/Kim Kyung-hoon
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O encontro entre Trump e Kim

Foto: Saul Loeb/AFP
18 | 31

Coreia do Norte

Foto: Host Broadcaster Mediacorp Pte Ltd via AP
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O encontro entre Trump e Kim Jong-un

Foto: REUTERS/Toya Sarno Jordan
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O encontro de Trump e Kim Jong-un

Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
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O encontro entre Trump e Kim

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O encontro entre Trump e Kim

Foto: KCNA via REUTERS
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O encontro entre Trump e Kim

Foto: Doug Mills/The New York Times
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Fazendo história

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O encontro entre Trump e Kim

Foto: AP Photo/Wong Maye-E
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O encontro entre Trump e Kim

Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
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O encontro entre Trump e Kim

Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
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O encontro entre Trump e Kim

Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
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O encontro entre Trump e Kim

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O encontro entre Trump e Kim

Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
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O encontro entre Trump e Kim

Foto: REUTERS/Athit Perawongmetha

"Trump provavelmente cantará vitória seja qual for o resultado da cúpula, mas a desnuclearização da península coreana é um processo que vai levar anos", avalia Kelsey Davenport, da Arms Control Association. A "verdadeira prova" será "a adoção ou não pela Coreia do Norte de medidas concretas para reduzir a ameaça que representam suas armas nucleares". 

O chefe da diplomacia americana garante, no entanto, que a situação é totalmentediferente desta vez e o encontro dará frutos. "Só há dois homens que podem tomar decisões de tamanha importância. Estes dois homens estarão sentados na mesma sala", afirmou Pompeo na véspera da cúpula. / AFP

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