Trump paga US$ 92 milhões para recorrer no caso de difamação de escritora que o acusa de estupro


Representantes do ex-presidente americano correm contra o tempo nos casos de sentenças contrárias a ele para evitar problemas na eleição presidencial deste ano

Por Redação
Atualização:

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump (2017-2021) depositou na sexta-feira, 8, uma fiança de US$ 91,63 milhões para poder recorrer contra a sentença que recebeu por difamar a escritora E. Jean Carroll, que o acusa de estupro. O pagamento ocorre às vésperas das primárias, que decidirão o candidato do Partido Republicano nas eleições presidenciais americanas neste ano.

A notícia foi divulgada depois que um juiz de Nova York, na noite de quinta-feira, 7, negou o pedido da defesa de Trump para bloquear temporariamente a sentença, o que o obriga a pagar uma multa de US$ 83,3 milhões a Carroll por dizer, em 2019, que ele não a conhecia e que as alegações de abuso sexual feitas por ela contra ele eram falsas. O caso, resolvido no final de janeiro, foi o segundo decidido a favor da escritora e contra Trump.

Donald Trump em um evento eleitoral em Mar-a-Lago, em Palm Beach, na Flórida na última terça-feira, 5 Foto: Jabin Botsford/Washington Post
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Em maio do ano passado, um júri condenou o ex-presidente por abuso sexual - por inserir os dedos na vagina de Carroll sem consentimento dela em um episódio ocorrido na década de 1990 no provador de uma loja de departamentos - bem como por difamá-la posteriormente, e ordenou que ele pagasse a ela US$ 5 milhões.

Apesar de a sentença por difamar a escritora E. Jean Carroll ter sido fixada em US$ 83,3 milhões, Trump também precisou desembolsar o valor referente aos juros, o que elevou o depósito para US$ 91,63 milhões.

Pedido negado

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De acordo com a decisão do final de janeiro, Carroll pode começar a receber o dinheiro a partir de segunda-feira, 11. A defesa do ex-presidente havia solicitado ao juiz Lewis Kaplan, do Tribunal do Distrito Sul de Nova York, que adiasse o prazo até que um tribunal decidisse sobre sua apelação, mas Kaplan negou o pedido.

Na última quarta-feira, 6, Trump tentou suspender outro pagamento muito maior, de US$ 450 milhões, imposto como multa por casos de fraude na empresa de sua família. Nessa moção, os advogados propuseram o pagamento de uma fiança de US$ 100 milhões até a resolução do caso em recurso, mas o juiz de primeira instância rejeitou o pedido.

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Os representantes do ex-presidente americano correm contra o tempo nos casos de sentenças contrárias a Trump, já que como pré-candidato do Partido Republicano, possíveis novas condenações podem tirar o empresário do pleito de 2024.

O magistrado concordou em suspender a proibição de Trump de tomar empréstimos de entidades de Nova York pelos próximos três anos, o que a defesa citou como um dos motivos pelos quais o ex-presidente não poderia pagar os US$ 450 milhões de uma só vez.

Os movimentos dos advogados de Trump parecem indicar que o ex-presidente tem um problema de fluxo de caixa para fazer o pagamento das multas, em um momento em que precisará de uma grande quantidade de recursos para a longa campanha eleitoral que está por vir como candidato do Partido Republicano à presidência dos EUA./ EFE

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump (2017-2021) depositou na sexta-feira, 8, uma fiança de US$ 91,63 milhões para poder recorrer contra a sentença que recebeu por difamar a escritora E. Jean Carroll, que o acusa de estupro. O pagamento ocorre às vésperas das primárias, que decidirão o candidato do Partido Republicano nas eleições presidenciais americanas neste ano.

A notícia foi divulgada depois que um juiz de Nova York, na noite de quinta-feira, 7, negou o pedido da defesa de Trump para bloquear temporariamente a sentença, o que o obriga a pagar uma multa de US$ 83,3 milhões a Carroll por dizer, em 2019, que ele não a conhecia e que as alegações de abuso sexual feitas por ela contra ele eram falsas. O caso, resolvido no final de janeiro, foi o segundo decidido a favor da escritora e contra Trump.

Donald Trump em um evento eleitoral em Mar-a-Lago, em Palm Beach, na Flórida na última terça-feira, 5 Foto: Jabin Botsford/Washington Post

Em maio do ano passado, um júri condenou o ex-presidente por abuso sexual - por inserir os dedos na vagina de Carroll sem consentimento dela em um episódio ocorrido na década de 1990 no provador de uma loja de departamentos - bem como por difamá-la posteriormente, e ordenou que ele pagasse a ela US$ 5 milhões.

Apesar de a sentença por difamar a escritora E. Jean Carroll ter sido fixada em US$ 83,3 milhões, Trump também precisou desembolsar o valor referente aos juros, o que elevou o depósito para US$ 91,63 milhões.

Pedido negado

De acordo com a decisão do final de janeiro, Carroll pode começar a receber o dinheiro a partir de segunda-feira, 11. A defesa do ex-presidente havia solicitado ao juiz Lewis Kaplan, do Tribunal do Distrito Sul de Nova York, que adiasse o prazo até que um tribunal decidisse sobre sua apelação, mas Kaplan negou o pedido.

Na última quarta-feira, 6, Trump tentou suspender outro pagamento muito maior, de US$ 450 milhões, imposto como multa por casos de fraude na empresa de sua família. Nessa moção, os advogados propuseram o pagamento de uma fiança de US$ 100 milhões até a resolução do caso em recurso, mas o juiz de primeira instância rejeitou o pedido.

Os representantes do ex-presidente americano correm contra o tempo nos casos de sentenças contrárias a Trump, já que como pré-candidato do Partido Republicano, possíveis novas condenações podem tirar o empresário do pleito de 2024.

O magistrado concordou em suspender a proibição de Trump de tomar empréstimos de entidades de Nova York pelos próximos três anos, o que a defesa citou como um dos motivos pelos quais o ex-presidente não poderia pagar os US$ 450 milhões de uma só vez.

Os movimentos dos advogados de Trump parecem indicar que o ex-presidente tem um problema de fluxo de caixa para fazer o pagamento das multas, em um momento em que precisará de uma grande quantidade de recursos para a longa campanha eleitoral que está por vir como candidato do Partido Republicano à presidência dos EUA./ EFE

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump (2017-2021) depositou na sexta-feira, 8, uma fiança de US$ 91,63 milhões para poder recorrer contra a sentença que recebeu por difamar a escritora E. Jean Carroll, que o acusa de estupro. O pagamento ocorre às vésperas das primárias, que decidirão o candidato do Partido Republicano nas eleições presidenciais americanas neste ano.

A notícia foi divulgada depois que um juiz de Nova York, na noite de quinta-feira, 7, negou o pedido da defesa de Trump para bloquear temporariamente a sentença, o que o obriga a pagar uma multa de US$ 83,3 milhões a Carroll por dizer, em 2019, que ele não a conhecia e que as alegações de abuso sexual feitas por ela contra ele eram falsas. O caso, resolvido no final de janeiro, foi o segundo decidido a favor da escritora e contra Trump.

Donald Trump em um evento eleitoral em Mar-a-Lago, em Palm Beach, na Flórida na última terça-feira, 5 Foto: Jabin Botsford/Washington Post

Em maio do ano passado, um júri condenou o ex-presidente por abuso sexual - por inserir os dedos na vagina de Carroll sem consentimento dela em um episódio ocorrido na década de 1990 no provador de uma loja de departamentos - bem como por difamá-la posteriormente, e ordenou que ele pagasse a ela US$ 5 milhões.

Apesar de a sentença por difamar a escritora E. Jean Carroll ter sido fixada em US$ 83,3 milhões, Trump também precisou desembolsar o valor referente aos juros, o que elevou o depósito para US$ 91,63 milhões.

Pedido negado

De acordo com a decisão do final de janeiro, Carroll pode começar a receber o dinheiro a partir de segunda-feira, 11. A defesa do ex-presidente havia solicitado ao juiz Lewis Kaplan, do Tribunal do Distrito Sul de Nova York, que adiasse o prazo até que um tribunal decidisse sobre sua apelação, mas Kaplan negou o pedido.

Na última quarta-feira, 6, Trump tentou suspender outro pagamento muito maior, de US$ 450 milhões, imposto como multa por casos de fraude na empresa de sua família. Nessa moção, os advogados propuseram o pagamento de uma fiança de US$ 100 milhões até a resolução do caso em recurso, mas o juiz de primeira instância rejeitou o pedido.

Os representantes do ex-presidente americano correm contra o tempo nos casos de sentenças contrárias a Trump, já que como pré-candidato do Partido Republicano, possíveis novas condenações podem tirar o empresário do pleito de 2024.

O magistrado concordou em suspender a proibição de Trump de tomar empréstimos de entidades de Nova York pelos próximos três anos, o que a defesa citou como um dos motivos pelos quais o ex-presidente não poderia pagar os US$ 450 milhões de uma só vez.

Os movimentos dos advogados de Trump parecem indicar que o ex-presidente tem um problema de fluxo de caixa para fazer o pagamento das multas, em um momento em que precisará de uma grande quantidade de recursos para a longa campanha eleitoral que está por vir como candidato do Partido Republicano à presidência dos EUA./ EFE

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