Trump precisa de três delegados para conseguir vitória histórica e voltar à Casa Branca


Um vencedor ainda não foi declarado, mas republicano lidera corrida em outros 5 Estados: Alasca, Arizona, Michigan, Nevada e Wisconsin

Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - Donald Trump está muito próximo de retornar à Casa Branca. O republicano tem 267 dos 270 votos no colégio eleitoral necessários para vencer a corrida à presidência e está liderando as principais disputas que ainda não foram definidas, incluindo Michigan e Wisconsin.

A aposta mais certa é a vitória no Estado da Alasca: o ex-presidente é favorito e teria os três delegados do Estado - o número que falta para se eleger.

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Kamala Harris, por sua vez, parece não ter mais chance de levar os Estados do chamado “muro azul”, até então uma aposta certa dos democratas.

Mesmo sem um resultado final, Trump já subiu ao palco para se dirigir a apoiadores em Palm Beach, na Flórida. “Vamos curar nosso país, que precisa muito de ajuda. Vamos consertar nossas fronteiras e muitas coisas que precisam ser consertadas”, afirmou Trump para uma multidão em júbilo. “Está será verdadeiramente a era dourada para a América”, acrescentou o republicano.

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Os primeiros sinais de que o republicano poderia varrer as chances da democrata vieram dos subúrbios. Ainda não eram 21h locais (23h de Brasília) e os eleitores nos principais Estados-chave ainda estavam nas urnas. Havia uma banda marcial presenteando os eleitores em um local de votação em Bethlehem, Pensilvânia, que estava lotado de apoiadores da vice-presidente Kamala Harris.

Mas no Condado de Loudon, na Virgínia, o tipo de subúrbio abastado e altamente educado que Kamala esperava que a levasse à vitória, os primeiros resultados continham um alerta claro para os democratas: ela simplesmente não estava vencendo por uma margem suficiente.

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Ainda assim, no começo da apuração, as cores do mapa dos EUA não traziam grandes surpresas. Os primeiros votos, especialmente aqueles antecipados e por correio, pintaram o país de vermelho, as cores do republicano, colocando-o na frente. Mas conforme a madrugada adentrava, Estados que apareciam empatados nas pesquisas davam uma clara vantagem a Trump.

O republicano Donald Trump fala a apoiadores em Palm Beach, na Flórida Foto: Evan Vucci/AP

A possibilidade de empate nos Estados-chave dava a impressão de que a apuração poderia levar dias. No entanto, conforme os resultados foram chegando, até mesmo os aliados de Trump pareciam chocados com os sinais de sua força — e a improvável recuperação política que eles pareciam prever. Com o mapa ficando cada vez mais vermelho, Trump decidiu correr para a Flórida.

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Pouco antes das 22h30 locais (00h30 em Brasília), o apresentador da Fox News, Bret Baier, estava pronto para proclamar Trump como “provavelmente a maior fênix política que já vimos ressurgir das cinzas na história da política”.

Era muito cedo para declarar que a vitória de Trump era certa. Foi só às 23h20 (1h20) que a Associated Press projetou que ele havia vencido seu primeiro Estado-pêndulo, a Carolina do Norte, o Estado considerado um microcosmo dos resultados de todo o país. Mais de duas horas depois, a vitória de Trump foi projetada na Geórgia, abrindo um caminho mais claro para a vitória.

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Quando a vitória na Geórgia já estava próxima de ser declarada, Cedric Richmond, um dos coordenadores da campanha de Kamala Harris subiu no palco em que supostamente ela iria realizar um discurso da vitória para anunciar que muitos votos ainda precisam ser contabilizados. “A vice-presidente não vai falar nesta noite, mais tarde ela irá discursar”.

Apoiadores de Kamala Harris reagem aos resultados na Universidade Howard Foto: Justin Sullivan/Getty Image via AFP

À medida que a madrugada avançava, um partido que havia feito uma aposta arriscada em Trump, colocando todas as suas fichas em um candidato que havia perdido a eleição de 2020 e parecia apenas se tornar mais extremista politicamente com o tempo, pôde ver a recompensa chegando.

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Na Flórida, a festa da noite da eleição de Trump no centro de convenções de Palm Beach já estava assumindo o clima de um de seus comícios de campanha, enquanto apoiadores com lantejoulas e bonés MAGA rugiam de alegria com os resultados favoráveis e gritavam “Lute, lute, lute!”

Enquanto isso, apoiadores democratas reviviam as cenas e os sentimentos que presenciaram em 2016 na eleição em que Hillary Clinton foi a cabeça de chapa do partido.

Depois das 3h da manhã no Brasil, os primeiros canais de televisão americanos começavam a projetar uma vitória de Trump no disputado Estado da Pensilvânia. Com seus 19 delegados, o Estado foi o mais visitado por ambas as campanhas, que finalizaram seus comícios na noite de segunda-feira aí. Em 2020, foi a Pensilvânia que deu a vitória a Joe Biden.

Apoiadores celebram no Centro de Convenções de Palm Beach, na Flórida Foto: Evan Vucci/AP

Só depois das 4h do Brasil que a Associated Press confirmou a vitória republicana na Pensilvânia, o que deu a Trump 267 votos dos 270 necessários. Com isso, Kamala teria de vencer em todos os demais Estados-pêndulo mais estados indecisos para garantir a vitória. Enquanto para Trump basta o Alaska com seus 3 delegados. A vitória também pode vir do Wisconsin, onde Trump lidera com 94% dos votos apurados.

Para os republicanos, houve mais boas notícias. Eles pareceram conquistar o Senado, pegando uma cadeira aberta na Virgínia Ocidental e derrotando pelo menos um democrata de um Estado vermelho, o senador Sherrod Brown de Ohio. O partido também está avançado na corrida pelo Congresso./AP e NYT

WASHINGTON - Donald Trump está muito próximo de retornar à Casa Branca. O republicano tem 267 dos 270 votos no colégio eleitoral necessários para vencer a corrida à presidência e está liderando as principais disputas que ainda não foram definidas, incluindo Michigan e Wisconsin.

A aposta mais certa é a vitória no Estado da Alasca: o ex-presidente é favorito e teria os três delegados do Estado - o número que falta para se eleger.

Kamala Harris, por sua vez, parece não ter mais chance de levar os Estados do chamado “muro azul”, até então uma aposta certa dos democratas.

Mesmo sem um resultado final, Trump já subiu ao palco para se dirigir a apoiadores em Palm Beach, na Flórida. “Vamos curar nosso país, que precisa muito de ajuda. Vamos consertar nossas fronteiras e muitas coisas que precisam ser consertadas”, afirmou Trump para uma multidão em júbilo. “Está será verdadeiramente a era dourada para a América”, acrescentou o republicano.

Os primeiros sinais de que o republicano poderia varrer as chances da democrata vieram dos subúrbios. Ainda não eram 21h locais (23h de Brasília) e os eleitores nos principais Estados-chave ainda estavam nas urnas. Havia uma banda marcial presenteando os eleitores em um local de votação em Bethlehem, Pensilvânia, que estava lotado de apoiadores da vice-presidente Kamala Harris.

Mas no Condado de Loudon, na Virgínia, o tipo de subúrbio abastado e altamente educado que Kamala esperava que a levasse à vitória, os primeiros resultados continham um alerta claro para os democratas: ela simplesmente não estava vencendo por uma margem suficiente.

Ainda assim, no começo da apuração, as cores do mapa dos EUA não traziam grandes surpresas. Os primeiros votos, especialmente aqueles antecipados e por correio, pintaram o país de vermelho, as cores do republicano, colocando-o na frente. Mas conforme a madrugada adentrava, Estados que apareciam empatados nas pesquisas davam uma clara vantagem a Trump.

O republicano Donald Trump fala a apoiadores em Palm Beach, na Flórida Foto: Evan Vucci/AP

A possibilidade de empate nos Estados-chave dava a impressão de que a apuração poderia levar dias. No entanto, conforme os resultados foram chegando, até mesmo os aliados de Trump pareciam chocados com os sinais de sua força — e a improvável recuperação política que eles pareciam prever. Com o mapa ficando cada vez mais vermelho, Trump decidiu correr para a Flórida.

Pouco antes das 22h30 locais (00h30 em Brasília), o apresentador da Fox News, Bret Baier, estava pronto para proclamar Trump como “provavelmente a maior fênix política que já vimos ressurgir das cinzas na história da política”.

Era muito cedo para declarar que a vitória de Trump era certa. Foi só às 23h20 (1h20) que a Associated Press projetou que ele havia vencido seu primeiro Estado-pêndulo, a Carolina do Norte, o Estado considerado um microcosmo dos resultados de todo o país. Mais de duas horas depois, a vitória de Trump foi projetada na Geórgia, abrindo um caminho mais claro para a vitória.

Quando a vitória na Geórgia já estava próxima de ser declarada, Cedric Richmond, um dos coordenadores da campanha de Kamala Harris subiu no palco em que supostamente ela iria realizar um discurso da vitória para anunciar que muitos votos ainda precisam ser contabilizados. “A vice-presidente não vai falar nesta noite, mais tarde ela irá discursar”.

Apoiadores de Kamala Harris reagem aos resultados na Universidade Howard Foto: Justin Sullivan/Getty Image via AFP

À medida que a madrugada avançava, um partido que havia feito uma aposta arriscada em Trump, colocando todas as suas fichas em um candidato que havia perdido a eleição de 2020 e parecia apenas se tornar mais extremista politicamente com o tempo, pôde ver a recompensa chegando.

Na Flórida, a festa da noite da eleição de Trump no centro de convenções de Palm Beach já estava assumindo o clima de um de seus comícios de campanha, enquanto apoiadores com lantejoulas e bonés MAGA rugiam de alegria com os resultados favoráveis e gritavam “Lute, lute, lute!”

Enquanto isso, apoiadores democratas reviviam as cenas e os sentimentos que presenciaram em 2016 na eleição em que Hillary Clinton foi a cabeça de chapa do partido.

Depois das 3h da manhã no Brasil, os primeiros canais de televisão americanos começavam a projetar uma vitória de Trump no disputado Estado da Pensilvânia. Com seus 19 delegados, o Estado foi o mais visitado por ambas as campanhas, que finalizaram seus comícios na noite de segunda-feira aí. Em 2020, foi a Pensilvânia que deu a vitória a Joe Biden.

Apoiadores celebram no Centro de Convenções de Palm Beach, na Flórida Foto: Evan Vucci/AP

Só depois das 4h do Brasil que a Associated Press confirmou a vitória republicana na Pensilvânia, o que deu a Trump 267 votos dos 270 necessários. Com isso, Kamala teria de vencer em todos os demais Estados-pêndulo mais estados indecisos para garantir a vitória. Enquanto para Trump basta o Alaska com seus 3 delegados. A vitória também pode vir do Wisconsin, onde Trump lidera com 94% dos votos apurados.

Para os republicanos, houve mais boas notícias. Eles pareceram conquistar o Senado, pegando uma cadeira aberta na Virgínia Ocidental e derrotando pelo menos um democrata de um Estado vermelho, o senador Sherrod Brown de Ohio. O partido também está avançado na corrida pelo Congresso./AP e NYT

WASHINGTON - Donald Trump está muito próximo de retornar à Casa Branca. O republicano tem 267 dos 270 votos no colégio eleitoral necessários para vencer a corrida à presidência e está liderando as principais disputas que ainda não foram definidas, incluindo Michigan e Wisconsin.

A aposta mais certa é a vitória no Estado da Alasca: o ex-presidente é favorito e teria os três delegados do Estado - o número que falta para se eleger.

Kamala Harris, por sua vez, parece não ter mais chance de levar os Estados do chamado “muro azul”, até então uma aposta certa dos democratas.

Mesmo sem um resultado final, Trump já subiu ao palco para se dirigir a apoiadores em Palm Beach, na Flórida. “Vamos curar nosso país, que precisa muito de ajuda. Vamos consertar nossas fronteiras e muitas coisas que precisam ser consertadas”, afirmou Trump para uma multidão em júbilo. “Está será verdadeiramente a era dourada para a América”, acrescentou o republicano.

Os primeiros sinais de que o republicano poderia varrer as chances da democrata vieram dos subúrbios. Ainda não eram 21h locais (23h de Brasília) e os eleitores nos principais Estados-chave ainda estavam nas urnas. Havia uma banda marcial presenteando os eleitores em um local de votação em Bethlehem, Pensilvânia, que estava lotado de apoiadores da vice-presidente Kamala Harris.

Mas no Condado de Loudon, na Virgínia, o tipo de subúrbio abastado e altamente educado que Kamala esperava que a levasse à vitória, os primeiros resultados continham um alerta claro para os democratas: ela simplesmente não estava vencendo por uma margem suficiente.

Ainda assim, no começo da apuração, as cores do mapa dos EUA não traziam grandes surpresas. Os primeiros votos, especialmente aqueles antecipados e por correio, pintaram o país de vermelho, as cores do republicano, colocando-o na frente. Mas conforme a madrugada adentrava, Estados que apareciam empatados nas pesquisas davam uma clara vantagem a Trump.

O republicano Donald Trump fala a apoiadores em Palm Beach, na Flórida Foto: Evan Vucci/AP

A possibilidade de empate nos Estados-chave dava a impressão de que a apuração poderia levar dias. No entanto, conforme os resultados foram chegando, até mesmo os aliados de Trump pareciam chocados com os sinais de sua força — e a improvável recuperação política que eles pareciam prever. Com o mapa ficando cada vez mais vermelho, Trump decidiu correr para a Flórida.

Pouco antes das 22h30 locais (00h30 em Brasília), o apresentador da Fox News, Bret Baier, estava pronto para proclamar Trump como “provavelmente a maior fênix política que já vimos ressurgir das cinzas na história da política”.

Era muito cedo para declarar que a vitória de Trump era certa. Foi só às 23h20 (1h20) que a Associated Press projetou que ele havia vencido seu primeiro Estado-pêndulo, a Carolina do Norte, o Estado considerado um microcosmo dos resultados de todo o país. Mais de duas horas depois, a vitória de Trump foi projetada na Geórgia, abrindo um caminho mais claro para a vitória.

Quando a vitória na Geórgia já estava próxima de ser declarada, Cedric Richmond, um dos coordenadores da campanha de Kamala Harris subiu no palco em que supostamente ela iria realizar um discurso da vitória para anunciar que muitos votos ainda precisam ser contabilizados. “A vice-presidente não vai falar nesta noite, mais tarde ela irá discursar”.

Apoiadores de Kamala Harris reagem aos resultados na Universidade Howard Foto: Justin Sullivan/Getty Image via AFP

À medida que a madrugada avançava, um partido que havia feito uma aposta arriscada em Trump, colocando todas as suas fichas em um candidato que havia perdido a eleição de 2020 e parecia apenas se tornar mais extremista politicamente com o tempo, pôde ver a recompensa chegando.

Na Flórida, a festa da noite da eleição de Trump no centro de convenções de Palm Beach já estava assumindo o clima de um de seus comícios de campanha, enquanto apoiadores com lantejoulas e bonés MAGA rugiam de alegria com os resultados favoráveis e gritavam “Lute, lute, lute!”

Enquanto isso, apoiadores democratas reviviam as cenas e os sentimentos que presenciaram em 2016 na eleição em que Hillary Clinton foi a cabeça de chapa do partido.

Depois das 3h da manhã no Brasil, os primeiros canais de televisão americanos começavam a projetar uma vitória de Trump no disputado Estado da Pensilvânia. Com seus 19 delegados, o Estado foi o mais visitado por ambas as campanhas, que finalizaram seus comícios na noite de segunda-feira aí. Em 2020, foi a Pensilvânia que deu a vitória a Joe Biden.

Apoiadores celebram no Centro de Convenções de Palm Beach, na Flórida Foto: Evan Vucci/AP

Só depois das 4h do Brasil que a Associated Press confirmou a vitória republicana na Pensilvânia, o que deu a Trump 267 votos dos 270 necessários. Com isso, Kamala teria de vencer em todos os demais Estados-pêndulo mais estados indecisos para garantir a vitória. Enquanto para Trump basta o Alaska com seus 3 delegados. A vitória também pode vir do Wisconsin, onde Trump lidera com 94% dos votos apurados.

Para os republicanos, houve mais boas notícias. Eles pareceram conquistar o Senado, pegando uma cadeira aberta na Virgínia Ocidental e derrotando pelo menos um democrata de um Estado vermelho, o senador Sherrod Brown de Ohio. O partido também está avançado na corrida pelo Congresso./AP e NYT

WASHINGTON - Donald Trump está muito próximo de retornar à Casa Branca. O republicano tem 267 dos 270 votos no colégio eleitoral necessários para vencer a corrida à presidência e está liderando as principais disputas que ainda não foram definidas, incluindo Michigan e Wisconsin.

A aposta mais certa é a vitória no Estado da Alasca: o ex-presidente é favorito e teria os três delegados do Estado - o número que falta para se eleger.

Kamala Harris, por sua vez, parece não ter mais chance de levar os Estados do chamado “muro azul”, até então uma aposta certa dos democratas.

Mesmo sem um resultado final, Trump já subiu ao palco para se dirigir a apoiadores em Palm Beach, na Flórida. “Vamos curar nosso país, que precisa muito de ajuda. Vamos consertar nossas fronteiras e muitas coisas que precisam ser consertadas”, afirmou Trump para uma multidão em júbilo. “Está será verdadeiramente a era dourada para a América”, acrescentou o republicano.

Os primeiros sinais de que o republicano poderia varrer as chances da democrata vieram dos subúrbios. Ainda não eram 21h locais (23h de Brasília) e os eleitores nos principais Estados-chave ainda estavam nas urnas. Havia uma banda marcial presenteando os eleitores em um local de votação em Bethlehem, Pensilvânia, que estava lotado de apoiadores da vice-presidente Kamala Harris.

Mas no Condado de Loudon, na Virgínia, o tipo de subúrbio abastado e altamente educado que Kamala esperava que a levasse à vitória, os primeiros resultados continham um alerta claro para os democratas: ela simplesmente não estava vencendo por uma margem suficiente.

Ainda assim, no começo da apuração, as cores do mapa dos EUA não traziam grandes surpresas. Os primeiros votos, especialmente aqueles antecipados e por correio, pintaram o país de vermelho, as cores do republicano, colocando-o na frente. Mas conforme a madrugada adentrava, Estados que apareciam empatados nas pesquisas davam uma clara vantagem a Trump.

O republicano Donald Trump fala a apoiadores em Palm Beach, na Flórida Foto: Evan Vucci/AP

A possibilidade de empate nos Estados-chave dava a impressão de que a apuração poderia levar dias. No entanto, conforme os resultados foram chegando, até mesmo os aliados de Trump pareciam chocados com os sinais de sua força — e a improvável recuperação política que eles pareciam prever. Com o mapa ficando cada vez mais vermelho, Trump decidiu correr para a Flórida.

Pouco antes das 22h30 locais (00h30 em Brasília), o apresentador da Fox News, Bret Baier, estava pronto para proclamar Trump como “provavelmente a maior fênix política que já vimos ressurgir das cinzas na história da política”.

Era muito cedo para declarar que a vitória de Trump era certa. Foi só às 23h20 (1h20) que a Associated Press projetou que ele havia vencido seu primeiro Estado-pêndulo, a Carolina do Norte, o Estado considerado um microcosmo dos resultados de todo o país. Mais de duas horas depois, a vitória de Trump foi projetada na Geórgia, abrindo um caminho mais claro para a vitória.

Quando a vitória na Geórgia já estava próxima de ser declarada, Cedric Richmond, um dos coordenadores da campanha de Kamala Harris subiu no palco em que supostamente ela iria realizar um discurso da vitória para anunciar que muitos votos ainda precisam ser contabilizados. “A vice-presidente não vai falar nesta noite, mais tarde ela irá discursar”.

Apoiadores de Kamala Harris reagem aos resultados na Universidade Howard Foto: Justin Sullivan/Getty Image via AFP

À medida que a madrugada avançava, um partido que havia feito uma aposta arriscada em Trump, colocando todas as suas fichas em um candidato que havia perdido a eleição de 2020 e parecia apenas se tornar mais extremista politicamente com o tempo, pôde ver a recompensa chegando.

Na Flórida, a festa da noite da eleição de Trump no centro de convenções de Palm Beach já estava assumindo o clima de um de seus comícios de campanha, enquanto apoiadores com lantejoulas e bonés MAGA rugiam de alegria com os resultados favoráveis e gritavam “Lute, lute, lute!”

Enquanto isso, apoiadores democratas reviviam as cenas e os sentimentos que presenciaram em 2016 na eleição em que Hillary Clinton foi a cabeça de chapa do partido.

Depois das 3h da manhã no Brasil, os primeiros canais de televisão americanos começavam a projetar uma vitória de Trump no disputado Estado da Pensilvânia. Com seus 19 delegados, o Estado foi o mais visitado por ambas as campanhas, que finalizaram seus comícios na noite de segunda-feira aí. Em 2020, foi a Pensilvânia que deu a vitória a Joe Biden.

Apoiadores celebram no Centro de Convenções de Palm Beach, na Flórida Foto: Evan Vucci/AP

Só depois das 4h do Brasil que a Associated Press confirmou a vitória republicana na Pensilvânia, o que deu a Trump 267 votos dos 270 necessários. Com isso, Kamala teria de vencer em todos os demais Estados-pêndulo mais estados indecisos para garantir a vitória. Enquanto para Trump basta o Alaska com seus 3 delegados. A vitória também pode vir do Wisconsin, onde Trump lidera com 94% dos votos apurados.

Para os republicanos, houve mais boas notícias. Eles pareceram conquistar o Senado, pegando uma cadeira aberta na Virgínia Ocidental e derrotando pelo menos um democrata de um Estado vermelho, o senador Sherrod Brown de Ohio. O partido também está avançado na corrida pelo Congresso./AP e NYT

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