Trump usa operação do FBI para pedir doações de campanha a seus apoiadores


Ex-presidente acusa autoridades democratas de usar a agência federal para persegui-lo e tenta reunir apoio

Por Redação

O ex-presidente dos EUA Donald Trump tentou usar as notícias em torno da operação de busca e apreensão do FBI em sua casa para arrecadar fundos de campanha. Trump enviou mensagens de texto e e-mails na terça-feira, 9, pedindo que seus apoiadores contribuíssem com doações de US$ 5 (R$ 25,62) a US$ 5 mil (R$ 25.620,50) para o comitê de ação política Save America, lançado por ele após a derrota nas eleições de 2020 e que já arrecadou mais de US$ 100 milhões (R$ 511,9 milhões), para enfrentar o que chamou de “caça às bruxas”.

“Eles estão tentando deter o Partido Republicano e a mim mais uma vez. A ilegalidade, a perseguição política e a caça às bruxas devem ser expostas e interrompidas”, disse Trump em um dos e-mail de pedidos de doação, segundo relato da Reuters.

Desde o primeiro momento, o ex-presidente tem utilizado entrada dos agentes do FBI em sua residência na Flórida, Mar-a-Lago, para apoiar a narrativa de que é alvo de perseguição política por parte do governo de Joe Biden e do Partido Democrata como um todo. Algumas das primeiras informações sobre a operação do FBI na segunda-feira, 8, partiram do próprio Trump, que comparou o caso a Watergate e afirmou que “são tempos obscuros no país”.

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Donald Trump acena ao sair da Trump Tower, em Nova York, dois dias depois da operação do FBI em sua casa na Flórida. Foto: David 'Dee' Delgado/ REUTERS - 10/08/2022

O Departamento de Justiça dos EUA e o FBI não se pronunciaram oficialmente sobre a investigação, mas fontes ouvidas pela imprensa americana afirmam que a operação do começo da semana está relacionada a documentos que teriam sido subtraídos da Casa Branca pelo ex-presidente ao fim do mandato - o que violaria leis federais e levantou um debate jurídico sobre a possibilidade de Trump ficar impossibilitado de assumir cargos públicos. Um dos filhos do republicano, Eric Trump, chegou a afirmar à Fox News que a operação estava relacionada a acusações relacionadas aos documentos.

Apesar da operação ter cumprido um mandado de busca e apreensão - o que significa que o FBI agiu com autorização legal de um tribunal -, uma ação desta natureza na residência de um ex-presidente é incomum, levando muitos analistas a afirmarem que ela provavelmente aconteceu com o consentimento do procurador-geral Merrick Garland e/ou do diretor do FBI, Christopher Wray.

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A falta de informações oficiais sobre o caso e o clamor popular em torno da operação - que fez com que apoiadores de Trump fossem até a frente de Mar-a-Lago na noite de segunda - repercutiu entre parlamentares republicanos, que cobraram explicações urgentes das autoridades.

O líder da minoria republicana na Câmara dos Deputados dos EUA, Kevin McCarthy, denunciou o que chamou de “instrumentalização intolerável com fins políticos” do Departamento de Justiça e prometeu uma investigação sobre seu funcionamento quando os republicanos retornarem ao poder - o partido, hoje minoria na Casa, é favorito para recuperar a maioria dos assentos nas midterms deste ano.

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Mesmo desafetos de Trump dentro do Partido Republicano se manifestaram sobre o caso. O ex-presidenciável e senador pelo Kentucky Mitch McConnell cobrou explicações das autoridades juudiciais.

O país merece uma explicação completa e imediata sobre o que levou aos eventos de segunda-feira. O procurador-geral Garland e o Departamento de Justiça deveriam já ter dado resposta ao povo americano e precisam fazer isso imediatamente.

Mitch McConnell, líder da minoria no Senado dos EUA

Trump investigado

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A operação do FBI na casa de Trump, ligada a uma investigação sobre documentos que deveriam ser enviados aos Arquivos Nacionais ao fim de sua Presidência, não é a única fonte de atrito entre as autoridades judiciais americanas e o ex-presidente. Nesta quarta-feira, 10, Trump irá depor sob juramento em uma investigação civil da Procuradoria-Geral de Nova York sobre alegações de que a Trump Organization alterou valores de ativos para enganar credores e autoridades fiscais.

O ex-presidente também foi alvo de uma comissão parlamentar por seu papel nos eventos que culminaram na invasão do Capitólio em 6 de janeiro. Os parlamentares concluíram que a invasão foi tentativa de golpe e que Trump era o líder dos manifestante. As conclusões da comissão fizeram o Departamento de Justiça dos EUA voltarem as atenções para a conduta do ex-presidente, o que pode resultar em mais um questionamento jurídico, segundo fontes ouvidas pela imprensa americana./ AFP, NYT e WPOST

O ex-presidente dos EUA Donald Trump tentou usar as notícias em torno da operação de busca e apreensão do FBI em sua casa para arrecadar fundos de campanha. Trump enviou mensagens de texto e e-mails na terça-feira, 9, pedindo que seus apoiadores contribuíssem com doações de US$ 5 (R$ 25,62) a US$ 5 mil (R$ 25.620,50) para o comitê de ação política Save America, lançado por ele após a derrota nas eleições de 2020 e que já arrecadou mais de US$ 100 milhões (R$ 511,9 milhões), para enfrentar o que chamou de “caça às bruxas”.

“Eles estão tentando deter o Partido Republicano e a mim mais uma vez. A ilegalidade, a perseguição política e a caça às bruxas devem ser expostas e interrompidas”, disse Trump em um dos e-mail de pedidos de doação, segundo relato da Reuters.

Desde o primeiro momento, o ex-presidente tem utilizado entrada dos agentes do FBI em sua residência na Flórida, Mar-a-Lago, para apoiar a narrativa de que é alvo de perseguição política por parte do governo de Joe Biden e do Partido Democrata como um todo. Algumas das primeiras informações sobre a operação do FBI na segunda-feira, 8, partiram do próprio Trump, que comparou o caso a Watergate e afirmou que “são tempos obscuros no país”.

Donald Trump acena ao sair da Trump Tower, em Nova York, dois dias depois da operação do FBI em sua casa na Flórida. Foto: David 'Dee' Delgado/ REUTERS - 10/08/2022

O Departamento de Justiça dos EUA e o FBI não se pronunciaram oficialmente sobre a investigação, mas fontes ouvidas pela imprensa americana afirmam que a operação do começo da semana está relacionada a documentos que teriam sido subtraídos da Casa Branca pelo ex-presidente ao fim do mandato - o que violaria leis federais e levantou um debate jurídico sobre a possibilidade de Trump ficar impossibilitado de assumir cargos públicos. Um dos filhos do republicano, Eric Trump, chegou a afirmar à Fox News que a operação estava relacionada a acusações relacionadas aos documentos.

Apesar da operação ter cumprido um mandado de busca e apreensão - o que significa que o FBI agiu com autorização legal de um tribunal -, uma ação desta natureza na residência de um ex-presidente é incomum, levando muitos analistas a afirmarem que ela provavelmente aconteceu com o consentimento do procurador-geral Merrick Garland e/ou do diretor do FBI, Christopher Wray.

A falta de informações oficiais sobre o caso e o clamor popular em torno da operação - que fez com que apoiadores de Trump fossem até a frente de Mar-a-Lago na noite de segunda - repercutiu entre parlamentares republicanos, que cobraram explicações urgentes das autoridades.

O líder da minoria republicana na Câmara dos Deputados dos EUA, Kevin McCarthy, denunciou o que chamou de “instrumentalização intolerável com fins políticos” do Departamento de Justiça e prometeu uma investigação sobre seu funcionamento quando os republicanos retornarem ao poder - o partido, hoje minoria na Casa, é favorito para recuperar a maioria dos assentos nas midterms deste ano.

Mesmo desafetos de Trump dentro do Partido Republicano se manifestaram sobre o caso. O ex-presidenciável e senador pelo Kentucky Mitch McConnell cobrou explicações das autoridades juudiciais.

O país merece uma explicação completa e imediata sobre o que levou aos eventos de segunda-feira. O procurador-geral Garland e o Departamento de Justiça deveriam já ter dado resposta ao povo americano e precisam fazer isso imediatamente.

Mitch McConnell, líder da minoria no Senado dos EUA

Trump investigado

A operação do FBI na casa de Trump, ligada a uma investigação sobre documentos que deveriam ser enviados aos Arquivos Nacionais ao fim de sua Presidência, não é a única fonte de atrito entre as autoridades judiciais americanas e o ex-presidente. Nesta quarta-feira, 10, Trump irá depor sob juramento em uma investigação civil da Procuradoria-Geral de Nova York sobre alegações de que a Trump Organization alterou valores de ativos para enganar credores e autoridades fiscais.

O ex-presidente também foi alvo de uma comissão parlamentar por seu papel nos eventos que culminaram na invasão do Capitólio em 6 de janeiro. Os parlamentares concluíram que a invasão foi tentativa de golpe e que Trump era o líder dos manifestante. As conclusões da comissão fizeram o Departamento de Justiça dos EUA voltarem as atenções para a conduta do ex-presidente, o que pode resultar em mais um questionamento jurídico, segundo fontes ouvidas pela imprensa americana./ AFP, NYT e WPOST

O ex-presidente dos EUA Donald Trump tentou usar as notícias em torno da operação de busca e apreensão do FBI em sua casa para arrecadar fundos de campanha. Trump enviou mensagens de texto e e-mails na terça-feira, 9, pedindo que seus apoiadores contribuíssem com doações de US$ 5 (R$ 25,62) a US$ 5 mil (R$ 25.620,50) para o comitê de ação política Save America, lançado por ele após a derrota nas eleições de 2020 e que já arrecadou mais de US$ 100 milhões (R$ 511,9 milhões), para enfrentar o que chamou de “caça às bruxas”.

“Eles estão tentando deter o Partido Republicano e a mim mais uma vez. A ilegalidade, a perseguição política e a caça às bruxas devem ser expostas e interrompidas”, disse Trump em um dos e-mail de pedidos de doação, segundo relato da Reuters.

Desde o primeiro momento, o ex-presidente tem utilizado entrada dos agentes do FBI em sua residência na Flórida, Mar-a-Lago, para apoiar a narrativa de que é alvo de perseguição política por parte do governo de Joe Biden e do Partido Democrata como um todo. Algumas das primeiras informações sobre a operação do FBI na segunda-feira, 8, partiram do próprio Trump, que comparou o caso a Watergate e afirmou que “são tempos obscuros no país”.

Donald Trump acena ao sair da Trump Tower, em Nova York, dois dias depois da operação do FBI em sua casa na Flórida. Foto: David 'Dee' Delgado/ REUTERS - 10/08/2022

O Departamento de Justiça dos EUA e o FBI não se pronunciaram oficialmente sobre a investigação, mas fontes ouvidas pela imprensa americana afirmam que a operação do começo da semana está relacionada a documentos que teriam sido subtraídos da Casa Branca pelo ex-presidente ao fim do mandato - o que violaria leis federais e levantou um debate jurídico sobre a possibilidade de Trump ficar impossibilitado de assumir cargos públicos. Um dos filhos do republicano, Eric Trump, chegou a afirmar à Fox News que a operação estava relacionada a acusações relacionadas aos documentos.

Apesar da operação ter cumprido um mandado de busca e apreensão - o que significa que o FBI agiu com autorização legal de um tribunal -, uma ação desta natureza na residência de um ex-presidente é incomum, levando muitos analistas a afirmarem que ela provavelmente aconteceu com o consentimento do procurador-geral Merrick Garland e/ou do diretor do FBI, Christopher Wray.

A falta de informações oficiais sobre o caso e o clamor popular em torno da operação - que fez com que apoiadores de Trump fossem até a frente de Mar-a-Lago na noite de segunda - repercutiu entre parlamentares republicanos, que cobraram explicações urgentes das autoridades.

O líder da minoria republicana na Câmara dos Deputados dos EUA, Kevin McCarthy, denunciou o que chamou de “instrumentalização intolerável com fins políticos” do Departamento de Justiça e prometeu uma investigação sobre seu funcionamento quando os republicanos retornarem ao poder - o partido, hoje minoria na Casa, é favorito para recuperar a maioria dos assentos nas midterms deste ano.

Mesmo desafetos de Trump dentro do Partido Republicano se manifestaram sobre o caso. O ex-presidenciável e senador pelo Kentucky Mitch McConnell cobrou explicações das autoridades juudiciais.

O país merece uma explicação completa e imediata sobre o que levou aos eventos de segunda-feira. O procurador-geral Garland e o Departamento de Justiça deveriam já ter dado resposta ao povo americano e precisam fazer isso imediatamente.

Mitch McConnell, líder da minoria no Senado dos EUA

Trump investigado

A operação do FBI na casa de Trump, ligada a uma investigação sobre documentos que deveriam ser enviados aos Arquivos Nacionais ao fim de sua Presidência, não é a única fonte de atrito entre as autoridades judiciais americanas e o ex-presidente. Nesta quarta-feira, 10, Trump irá depor sob juramento em uma investigação civil da Procuradoria-Geral de Nova York sobre alegações de que a Trump Organization alterou valores de ativos para enganar credores e autoridades fiscais.

O ex-presidente também foi alvo de uma comissão parlamentar por seu papel nos eventos que culminaram na invasão do Capitólio em 6 de janeiro. Os parlamentares concluíram que a invasão foi tentativa de golpe e que Trump era o líder dos manifestante. As conclusões da comissão fizeram o Departamento de Justiça dos EUA voltarem as atenções para a conduta do ex-presidente, o que pode resultar em mais um questionamento jurídico, segundo fontes ouvidas pela imprensa americana./ AFP, NYT e WPOST

O ex-presidente dos EUA Donald Trump tentou usar as notícias em torno da operação de busca e apreensão do FBI em sua casa para arrecadar fundos de campanha. Trump enviou mensagens de texto e e-mails na terça-feira, 9, pedindo que seus apoiadores contribuíssem com doações de US$ 5 (R$ 25,62) a US$ 5 mil (R$ 25.620,50) para o comitê de ação política Save America, lançado por ele após a derrota nas eleições de 2020 e que já arrecadou mais de US$ 100 milhões (R$ 511,9 milhões), para enfrentar o que chamou de “caça às bruxas”.

“Eles estão tentando deter o Partido Republicano e a mim mais uma vez. A ilegalidade, a perseguição política e a caça às bruxas devem ser expostas e interrompidas”, disse Trump em um dos e-mail de pedidos de doação, segundo relato da Reuters.

Desde o primeiro momento, o ex-presidente tem utilizado entrada dos agentes do FBI em sua residência na Flórida, Mar-a-Lago, para apoiar a narrativa de que é alvo de perseguição política por parte do governo de Joe Biden e do Partido Democrata como um todo. Algumas das primeiras informações sobre a operação do FBI na segunda-feira, 8, partiram do próprio Trump, que comparou o caso a Watergate e afirmou que “são tempos obscuros no país”.

Donald Trump acena ao sair da Trump Tower, em Nova York, dois dias depois da operação do FBI em sua casa na Flórida. Foto: David 'Dee' Delgado/ REUTERS - 10/08/2022

O Departamento de Justiça dos EUA e o FBI não se pronunciaram oficialmente sobre a investigação, mas fontes ouvidas pela imprensa americana afirmam que a operação do começo da semana está relacionada a documentos que teriam sido subtraídos da Casa Branca pelo ex-presidente ao fim do mandato - o que violaria leis federais e levantou um debate jurídico sobre a possibilidade de Trump ficar impossibilitado de assumir cargos públicos. Um dos filhos do republicano, Eric Trump, chegou a afirmar à Fox News que a operação estava relacionada a acusações relacionadas aos documentos.

Apesar da operação ter cumprido um mandado de busca e apreensão - o que significa que o FBI agiu com autorização legal de um tribunal -, uma ação desta natureza na residência de um ex-presidente é incomum, levando muitos analistas a afirmarem que ela provavelmente aconteceu com o consentimento do procurador-geral Merrick Garland e/ou do diretor do FBI, Christopher Wray.

A falta de informações oficiais sobre o caso e o clamor popular em torno da operação - que fez com que apoiadores de Trump fossem até a frente de Mar-a-Lago na noite de segunda - repercutiu entre parlamentares republicanos, que cobraram explicações urgentes das autoridades.

O líder da minoria republicana na Câmara dos Deputados dos EUA, Kevin McCarthy, denunciou o que chamou de “instrumentalização intolerável com fins políticos” do Departamento de Justiça e prometeu uma investigação sobre seu funcionamento quando os republicanos retornarem ao poder - o partido, hoje minoria na Casa, é favorito para recuperar a maioria dos assentos nas midterms deste ano.

Mesmo desafetos de Trump dentro do Partido Republicano se manifestaram sobre o caso. O ex-presidenciável e senador pelo Kentucky Mitch McConnell cobrou explicações das autoridades juudiciais.

O país merece uma explicação completa e imediata sobre o que levou aos eventos de segunda-feira. O procurador-geral Garland e o Departamento de Justiça deveriam já ter dado resposta ao povo americano e precisam fazer isso imediatamente.

Mitch McConnell, líder da minoria no Senado dos EUA

Trump investigado

A operação do FBI na casa de Trump, ligada a uma investigação sobre documentos que deveriam ser enviados aos Arquivos Nacionais ao fim de sua Presidência, não é a única fonte de atrito entre as autoridades judiciais americanas e o ex-presidente. Nesta quarta-feira, 10, Trump irá depor sob juramento em uma investigação civil da Procuradoria-Geral de Nova York sobre alegações de que a Trump Organization alterou valores de ativos para enganar credores e autoridades fiscais.

O ex-presidente também foi alvo de uma comissão parlamentar por seu papel nos eventos que culminaram na invasão do Capitólio em 6 de janeiro. Os parlamentares concluíram que a invasão foi tentativa de golpe e que Trump era o líder dos manifestante. As conclusões da comissão fizeram o Departamento de Justiça dos EUA voltarem as atenções para a conduta do ex-presidente, o que pode resultar em mais um questionamento jurídico, segundo fontes ouvidas pela imprensa americana./ AFP, NYT e WPOST

O ex-presidente dos EUA Donald Trump tentou usar as notícias em torno da operação de busca e apreensão do FBI em sua casa para arrecadar fundos de campanha. Trump enviou mensagens de texto e e-mails na terça-feira, 9, pedindo que seus apoiadores contribuíssem com doações de US$ 5 (R$ 25,62) a US$ 5 mil (R$ 25.620,50) para o comitê de ação política Save America, lançado por ele após a derrota nas eleições de 2020 e que já arrecadou mais de US$ 100 milhões (R$ 511,9 milhões), para enfrentar o que chamou de “caça às bruxas”.

“Eles estão tentando deter o Partido Republicano e a mim mais uma vez. A ilegalidade, a perseguição política e a caça às bruxas devem ser expostas e interrompidas”, disse Trump em um dos e-mail de pedidos de doação, segundo relato da Reuters.

Desde o primeiro momento, o ex-presidente tem utilizado entrada dos agentes do FBI em sua residência na Flórida, Mar-a-Lago, para apoiar a narrativa de que é alvo de perseguição política por parte do governo de Joe Biden e do Partido Democrata como um todo. Algumas das primeiras informações sobre a operação do FBI na segunda-feira, 8, partiram do próprio Trump, que comparou o caso a Watergate e afirmou que “são tempos obscuros no país”.

Donald Trump acena ao sair da Trump Tower, em Nova York, dois dias depois da operação do FBI em sua casa na Flórida. Foto: David 'Dee' Delgado/ REUTERS - 10/08/2022

O Departamento de Justiça dos EUA e o FBI não se pronunciaram oficialmente sobre a investigação, mas fontes ouvidas pela imprensa americana afirmam que a operação do começo da semana está relacionada a documentos que teriam sido subtraídos da Casa Branca pelo ex-presidente ao fim do mandato - o que violaria leis federais e levantou um debate jurídico sobre a possibilidade de Trump ficar impossibilitado de assumir cargos públicos. Um dos filhos do republicano, Eric Trump, chegou a afirmar à Fox News que a operação estava relacionada a acusações relacionadas aos documentos.

Apesar da operação ter cumprido um mandado de busca e apreensão - o que significa que o FBI agiu com autorização legal de um tribunal -, uma ação desta natureza na residência de um ex-presidente é incomum, levando muitos analistas a afirmarem que ela provavelmente aconteceu com o consentimento do procurador-geral Merrick Garland e/ou do diretor do FBI, Christopher Wray.

A falta de informações oficiais sobre o caso e o clamor popular em torno da operação - que fez com que apoiadores de Trump fossem até a frente de Mar-a-Lago na noite de segunda - repercutiu entre parlamentares republicanos, que cobraram explicações urgentes das autoridades.

O líder da minoria republicana na Câmara dos Deputados dos EUA, Kevin McCarthy, denunciou o que chamou de “instrumentalização intolerável com fins políticos” do Departamento de Justiça e prometeu uma investigação sobre seu funcionamento quando os republicanos retornarem ao poder - o partido, hoje minoria na Casa, é favorito para recuperar a maioria dos assentos nas midterms deste ano.

Mesmo desafetos de Trump dentro do Partido Republicano se manifestaram sobre o caso. O ex-presidenciável e senador pelo Kentucky Mitch McConnell cobrou explicações das autoridades juudiciais.

O país merece uma explicação completa e imediata sobre o que levou aos eventos de segunda-feira. O procurador-geral Garland e o Departamento de Justiça deveriam já ter dado resposta ao povo americano e precisam fazer isso imediatamente.

Mitch McConnell, líder da minoria no Senado dos EUA

Trump investigado

A operação do FBI na casa de Trump, ligada a uma investigação sobre documentos que deveriam ser enviados aos Arquivos Nacionais ao fim de sua Presidência, não é a única fonte de atrito entre as autoridades judiciais americanas e o ex-presidente. Nesta quarta-feira, 10, Trump irá depor sob juramento em uma investigação civil da Procuradoria-Geral de Nova York sobre alegações de que a Trump Organization alterou valores de ativos para enganar credores e autoridades fiscais.

O ex-presidente também foi alvo de uma comissão parlamentar por seu papel nos eventos que culminaram na invasão do Capitólio em 6 de janeiro. Os parlamentares concluíram que a invasão foi tentativa de golpe e que Trump era o líder dos manifestante. As conclusões da comissão fizeram o Departamento de Justiça dos EUA voltarem as atenções para a conduta do ex-presidente, o que pode resultar em mais um questionamento jurídico, segundo fontes ouvidas pela imprensa americana./ AFP, NYT e WPOST

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