Turquia libera adesão de Finlândia e Suécia à Otan, em decisão que deve ampliar tensão com a Rússia


A adesão dos dois países marcaria a expansão mais significativa da aliança em décadas e um importante revés para Vladimir Putin

Por Redação
Atualização:

MADRI - O governo da Turquia concordou em retirar suas objeções à entrada da Finlândia e a Suécia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e abriu caminho para uma expansão da aliança atlântica na Escandinávia, após décadas de neutralidade de Estocolmo e Helsinque.

Caso confirmadas as adesões, a Otan terá uma das expansões mais significativas da aliança em décadas, em um momento em que a invasão da Ucrânia pela Rússia alterou radicalmente o cálculo de segurança da Europa. Também ressalta como a guerra na Ucrânia minou o objetivo do presidente Vladimir Putin de enfraquecer a Otan ao empurrar a Suécia e a Finlândia para os braços da aliança.

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O acordo só foi possível depois de negociações de bastidores entre o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan e líderes suecos e finlandeses. Ancara se opunha à adesão dos nórdicos ao bloco pelo apoio desses países a grupos militantes que lutam pela independência do Curdistão. Suecos e finlandeses concordaram em elaborar junto a Erdogan princípios para extradição de suspeitos de terrorismo. O governo americano e a Otan elogiaram o acordo anunciado nesta terça-feira.

O chanceler finlandês Pekka Haavisto, o chanceler turco Mevlut Cavusoglu, o secretário-geral da Otan Jens Stoltenberg, o presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan, o presidente da Finlândia O presidente Sauli Niinisto, a premiê da Suécia, Magdalena Andersson, e a chanceler da Suécia, Ann Linde, posam para fotos após assinarem um memorando durante uma cúpula da Otan em Madri Foto: MURAT CETIN MUHURDAR / AFP
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“Tenho o prazer de anunciar que agora temos um acordo que abre caminho para a Finlândia e a Suécia se juntarem à Otan”, disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg. “A Turquia, a Finlândia e a Suécia assinaram um memorando que aborda as preocupações da Turquia, incluindo as exportações de armas e a luta contra o terrorismo.”

O anúncio ocorre após uma reunião em Madri que incluiu o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, a Primeira- ministra da Suécia, Magdalena Andersson, e o Presidente da Finlândia, Sauli Niinisto, e foi presidida por Stoltenberg. A Turquia disse que “conseguiu o que queria”, incluindo “cooperação total... na luta contra” os grupos rebeldes.

“Como resultado dessa reunião, nossos ministros das Relações Exteriores assinaram um memorando trilateral que confirma que a Turquia, na cúpula de Madri nesta semana, apoiará o convite da Finlândia e da Suécia para se tornarem membros da Otan”, disse Niinisto. “Os passos concretos da nossa adesão à Otan serão acordados pelos aliados durante os próximos dois dias, mas essa decisão é agora iminente.”

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deu seu apoio aos pedidos de adesão dos países nórdicos, vendo sua rápida adesão como um revés para Putin, porque resultaria em uma Otan expandida com uma maior abordagem de segurança perto da fronteira com a Rússia.

A Turquia exigiu que a Finlândia e a Suécia extraditassem indivíduos procurados e suspendessem as restrições de armas impostas após a incursão militar da Turquia em 2019 no nordeste da Síria.

Biden conversou com Erdogan por telefone na terça-feira antes da reunião presencial em Madri, disse o conselheiro de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan.

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Acabar com o impasse permitirá que os líderes da Otan se concentrem em sua questão principal: uma Rússia cada vez mais imprevisível e agressiva.

Cúpula da Otan

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O acordo ocorreu na abertura de uma cúpula crucial dominada pela invasão russa da Ucrânia. O presidente Joe Biden e outros líderes da Otan chegaram a Madri para uma cúpula que definirá o rumo da aliança nos próximos anos. A cúpula começou com um jantar de líderes oferecido pelo rei Felipe VI da Espanha no Palácio Real de Madri.

A reunião da Otan na Espanha aconteceu poucas horas depois que uma cúpula do Grupo dos 7 foi concluída nos Alpes da Baviera com um plano incipiente e não testado de buscar tetos de preços para o petróleo russo.

Stoltenberg disse que a cúpula traçará um plano para a aliança “em um mundo mais perigoso e imprevisível”.

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Apenas nove dos 30 membros da Otan cumprem a meta da organização de gastar 2% do produto interno bruto em defesa. A Espanha, que está sediando a cúpula, gasta apenas metade disso.

No topo da agenda dos líderes nas reuniões de quarta e quinta-feira está o fortalecimento das defesas contra a Rússia e o apoio à Ucrânia.

A invasão russa de fevereiro destruiu a segurança europeia e trouxe de volta ao continente bombardeios de cidades e sangrentas batalhas terrestres. A Otan, que começou a se concentrar no terrorismo e em outras ameaças não estatais, teve que enfrentar uma Rússia adversária mais uma vez.

“A Ucrânia agora enfrenta uma brutalidade que não vimos na Europa desde a Segunda Guerra Mundial”, disse Stoltenberg.

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Rússia minimiza anúncio

A Rússia minimizou o significado da cúpula de Madri. Serguei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, disse que Moscou há muito esperava que a Otan aumentasse sua presença de tropas na Europa Oriental.

“Isso não trará nada de novo para a política prática dos Estados Unidos e seus satélites”, disse Lavrov em entrevista coletiva em Ashgabat, Turcomenistão, na terça-feira, referindo-se à decisão esperada da Otan de reforçar seu flanco leste.

Enquanto os líderes da Otan buscavam maneiras adicionais de deter a Rússia, cuja agressão não foi atenuada por quatro meses de sanções e entregas de armas à Ucrânia, Putin procurou solidificar seu próprio apoio no exterior.

Nesta terça-feira, ele viajou para o Tajiquistão antes de uma cúpula de países da Ásia Central. O líder russo espera que a reunião sirva como um contrapeso ao seu crescente isolamento econômico e político do Ocidente.

A visita ao Tajiquistão - a primeira viagem de Putin ao exterior desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro - é uma demonstração de confiança do líder russo, cujas forças continuam a fazer progressos esmagadores na captura de mais partes do leste da Ucrânia enquanto infligem danos indiscriminados a civis.

Autoridades elevaram o número de mortos para 18 em um ataque russo na segunda-feira contra um shopping center no centro da Ucrânia, com dezenas de feridos.

Stoltenberg disse na segunda-feira após o ataque que os aliados da Otan concordarão na cúpula em aumentar a força da força de reação rápida da aliança em quase oito vezes, de 40.000 para 300.000 soldados. As tropas estarão baseadas em seus países de origem, mas dedicadas a países específicos no flanco leste da Otan, onde a aliança planeja acumular estoques de equipamentos e munições./AP, NYT e W.POST

MADRI - O governo da Turquia concordou em retirar suas objeções à entrada da Finlândia e a Suécia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e abriu caminho para uma expansão da aliança atlântica na Escandinávia, após décadas de neutralidade de Estocolmo e Helsinque.

Caso confirmadas as adesões, a Otan terá uma das expansões mais significativas da aliança em décadas, em um momento em que a invasão da Ucrânia pela Rússia alterou radicalmente o cálculo de segurança da Europa. Também ressalta como a guerra na Ucrânia minou o objetivo do presidente Vladimir Putin de enfraquecer a Otan ao empurrar a Suécia e a Finlândia para os braços da aliança.

O acordo só foi possível depois de negociações de bastidores entre o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan e líderes suecos e finlandeses. Ancara se opunha à adesão dos nórdicos ao bloco pelo apoio desses países a grupos militantes que lutam pela independência do Curdistão. Suecos e finlandeses concordaram em elaborar junto a Erdogan princípios para extradição de suspeitos de terrorismo. O governo americano e a Otan elogiaram o acordo anunciado nesta terça-feira.

O chanceler finlandês Pekka Haavisto, o chanceler turco Mevlut Cavusoglu, o secretário-geral da Otan Jens Stoltenberg, o presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan, o presidente da Finlândia O presidente Sauli Niinisto, a premiê da Suécia, Magdalena Andersson, e a chanceler da Suécia, Ann Linde, posam para fotos após assinarem um memorando durante uma cúpula da Otan em Madri Foto: MURAT CETIN MUHURDAR / AFP

“Tenho o prazer de anunciar que agora temos um acordo que abre caminho para a Finlândia e a Suécia se juntarem à Otan”, disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg. “A Turquia, a Finlândia e a Suécia assinaram um memorando que aborda as preocupações da Turquia, incluindo as exportações de armas e a luta contra o terrorismo.”

O anúncio ocorre após uma reunião em Madri que incluiu o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, a Primeira- ministra da Suécia, Magdalena Andersson, e o Presidente da Finlândia, Sauli Niinisto, e foi presidida por Stoltenberg. A Turquia disse que “conseguiu o que queria”, incluindo “cooperação total... na luta contra” os grupos rebeldes.

“Como resultado dessa reunião, nossos ministros das Relações Exteriores assinaram um memorando trilateral que confirma que a Turquia, na cúpula de Madri nesta semana, apoiará o convite da Finlândia e da Suécia para se tornarem membros da Otan”, disse Niinisto. “Os passos concretos da nossa adesão à Otan serão acordados pelos aliados durante os próximos dois dias, mas essa decisão é agora iminente.”

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deu seu apoio aos pedidos de adesão dos países nórdicos, vendo sua rápida adesão como um revés para Putin, porque resultaria em uma Otan expandida com uma maior abordagem de segurança perto da fronteira com a Rússia.

A Turquia exigiu que a Finlândia e a Suécia extraditassem indivíduos procurados e suspendessem as restrições de armas impostas após a incursão militar da Turquia em 2019 no nordeste da Síria.

Biden conversou com Erdogan por telefone na terça-feira antes da reunião presencial em Madri, disse o conselheiro de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan.

Acabar com o impasse permitirá que os líderes da Otan se concentrem em sua questão principal: uma Rússia cada vez mais imprevisível e agressiva.

Cúpula da Otan

O acordo ocorreu na abertura de uma cúpula crucial dominada pela invasão russa da Ucrânia. O presidente Joe Biden e outros líderes da Otan chegaram a Madri para uma cúpula que definirá o rumo da aliança nos próximos anos. A cúpula começou com um jantar de líderes oferecido pelo rei Felipe VI da Espanha no Palácio Real de Madri.

A reunião da Otan na Espanha aconteceu poucas horas depois que uma cúpula do Grupo dos 7 foi concluída nos Alpes da Baviera com um plano incipiente e não testado de buscar tetos de preços para o petróleo russo.

Stoltenberg disse que a cúpula traçará um plano para a aliança “em um mundo mais perigoso e imprevisível”.

Apenas nove dos 30 membros da Otan cumprem a meta da organização de gastar 2% do produto interno bruto em defesa. A Espanha, que está sediando a cúpula, gasta apenas metade disso.

No topo da agenda dos líderes nas reuniões de quarta e quinta-feira está o fortalecimento das defesas contra a Rússia e o apoio à Ucrânia.

A invasão russa de fevereiro destruiu a segurança europeia e trouxe de volta ao continente bombardeios de cidades e sangrentas batalhas terrestres. A Otan, que começou a se concentrar no terrorismo e em outras ameaças não estatais, teve que enfrentar uma Rússia adversária mais uma vez.

“A Ucrânia agora enfrenta uma brutalidade que não vimos na Europa desde a Segunda Guerra Mundial”, disse Stoltenberg.

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Rússia minimiza anúncio

A Rússia minimizou o significado da cúpula de Madri. Serguei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, disse que Moscou há muito esperava que a Otan aumentasse sua presença de tropas na Europa Oriental.

“Isso não trará nada de novo para a política prática dos Estados Unidos e seus satélites”, disse Lavrov em entrevista coletiva em Ashgabat, Turcomenistão, na terça-feira, referindo-se à decisão esperada da Otan de reforçar seu flanco leste.

Enquanto os líderes da Otan buscavam maneiras adicionais de deter a Rússia, cuja agressão não foi atenuada por quatro meses de sanções e entregas de armas à Ucrânia, Putin procurou solidificar seu próprio apoio no exterior.

Nesta terça-feira, ele viajou para o Tajiquistão antes de uma cúpula de países da Ásia Central. O líder russo espera que a reunião sirva como um contrapeso ao seu crescente isolamento econômico e político do Ocidente.

A visita ao Tajiquistão - a primeira viagem de Putin ao exterior desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro - é uma demonstração de confiança do líder russo, cujas forças continuam a fazer progressos esmagadores na captura de mais partes do leste da Ucrânia enquanto infligem danos indiscriminados a civis.

Autoridades elevaram o número de mortos para 18 em um ataque russo na segunda-feira contra um shopping center no centro da Ucrânia, com dezenas de feridos.

Stoltenberg disse na segunda-feira após o ataque que os aliados da Otan concordarão na cúpula em aumentar a força da força de reação rápida da aliança em quase oito vezes, de 40.000 para 300.000 soldados. As tropas estarão baseadas em seus países de origem, mas dedicadas a países específicos no flanco leste da Otan, onde a aliança planeja acumular estoques de equipamentos e munições./AP, NYT e W.POST

MADRI - O governo da Turquia concordou em retirar suas objeções à entrada da Finlândia e a Suécia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e abriu caminho para uma expansão da aliança atlântica na Escandinávia, após décadas de neutralidade de Estocolmo e Helsinque.

Caso confirmadas as adesões, a Otan terá uma das expansões mais significativas da aliança em décadas, em um momento em que a invasão da Ucrânia pela Rússia alterou radicalmente o cálculo de segurança da Europa. Também ressalta como a guerra na Ucrânia minou o objetivo do presidente Vladimir Putin de enfraquecer a Otan ao empurrar a Suécia e a Finlândia para os braços da aliança.

O acordo só foi possível depois de negociações de bastidores entre o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan e líderes suecos e finlandeses. Ancara se opunha à adesão dos nórdicos ao bloco pelo apoio desses países a grupos militantes que lutam pela independência do Curdistão. Suecos e finlandeses concordaram em elaborar junto a Erdogan princípios para extradição de suspeitos de terrorismo. O governo americano e a Otan elogiaram o acordo anunciado nesta terça-feira.

O chanceler finlandês Pekka Haavisto, o chanceler turco Mevlut Cavusoglu, o secretário-geral da Otan Jens Stoltenberg, o presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan, o presidente da Finlândia O presidente Sauli Niinisto, a premiê da Suécia, Magdalena Andersson, e a chanceler da Suécia, Ann Linde, posam para fotos após assinarem um memorando durante uma cúpula da Otan em Madri Foto: MURAT CETIN MUHURDAR / AFP

“Tenho o prazer de anunciar que agora temos um acordo que abre caminho para a Finlândia e a Suécia se juntarem à Otan”, disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg. “A Turquia, a Finlândia e a Suécia assinaram um memorando que aborda as preocupações da Turquia, incluindo as exportações de armas e a luta contra o terrorismo.”

O anúncio ocorre após uma reunião em Madri que incluiu o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, a Primeira- ministra da Suécia, Magdalena Andersson, e o Presidente da Finlândia, Sauli Niinisto, e foi presidida por Stoltenberg. A Turquia disse que “conseguiu o que queria”, incluindo “cooperação total... na luta contra” os grupos rebeldes.

“Como resultado dessa reunião, nossos ministros das Relações Exteriores assinaram um memorando trilateral que confirma que a Turquia, na cúpula de Madri nesta semana, apoiará o convite da Finlândia e da Suécia para se tornarem membros da Otan”, disse Niinisto. “Os passos concretos da nossa adesão à Otan serão acordados pelos aliados durante os próximos dois dias, mas essa decisão é agora iminente.”

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deu seu apoio aos pedidos de adesão dos países nórdicos, vendo sua rápida adesão como um revés para Putin, porque resultaria em uma Otan expandida com uma maior abordagem de segurança perto da fronteira com a Rússia.

A Turquia exigiu que a Finlândia e a Suécia extraditassem indivíduos procurados e suspendessem as restrições de armas impostas após a incursão militar da Turquia em 2019 no nordeste da Síria.

Biden conversou com Erdogan por telefone na terça-feira antes da reunião presencial em Madri, disse o conselheiro de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan.

Acabar com o impasse permitirá que os líderes da Otan se concentrem em sua questão principal: uma Rússia cada vez mais imprevisível e agressiva.

Cúpula da Otan

O acordo ocorreu na abertura de uma cúpula crucial dominada pela invasão russa da Ucrânia. O presidente Joe Biden e outros líderes da Otan chegaram a Madri para uma cúpula que definirá o rumo da aliança nos próximos anos. A cúpula começou com um jantar de líderes oferecido pelo rei Felipe VI da Espanha no Palácio Real de Madri.

A reunião da Otan na Espanha aconteceu poucas horas depois que uma cúpula do Grupo dos 7 foi concluída nos Alpes da Baviera com um plano incipiente e não testado de buscar tetos de preços para o petróleo russo.

Stoltenberg disse que a cúpula traçará um plano para a aliança “em um mundo mais perigoso e imprevisível”.

Apenas nove dos 30 membros da Otan cumprem a meta da organização de gastar 2% do produto interno bruto em defesa. A Espanha, que está sediando a cúpula, gasta apenas metade disso.

No topo da agenda dos líderes nas reuniões de quarta e quinta-feira está o fortalecimento das defesas contra a Rússia e o apoio à Ucrânia.

A invasão russa de fevereiro destruiu a segurança europeia e trouxe de volta ao continente bombardeios de cidades e sangrentas batalhas terrestres. A Otan, que começou a se concentrar no terrorismo e em outras ameaças não estatais, teve que enfrentar uma Rússia adversária mais uma vez.

“A Ucrânia agora enfrenta uma brutalidade que não vimos na Europa desde a Segunda Guerra Mundial”, disse Stoltenberg.

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Rússia minimiza anúncio

A Rússia minimizou o significado da cúpula de Madri. Serguei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, disse que Moscou há muito esperava que a Otan aumentasse sua presença de tropas na Europa Oriental.

“Isso não trará nada de novo para a política prática dos Estados Unidos e seus satélites”, disse Lavrov em entrevista coletiva em Ashgabat, Turcomenistão, na terça-feira, referindo-se à decisão esperada da Otan de reforçar seu flanco leste.

Enquanto os líderes da Otan buscavam maneiras adicionais de deter a Rússia, cuja agressão não foi atenuada por quatro meses de sanções e entregas de armas à Ucrânia, Putin procurou solidificar seu próprio apoio no exterior.

Nesta terça-feira, ele viajou para o Tajiquistão antes de uma cúpula de países da Ásia Central. O líder russo espera que a reunião sirva como um contrapeso ao seu crescente isolamento econômico e político do Ocidente.

A visita ao Tajiquistão - a primeira viagem de Putin ao exterior desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro - é uma demonstração de confiança do líder russo, cujas forças continuam a fazer progressos esmagadores na captura de mais partes do leste da Ucrânia enquanto infligem danos indiscriminados a civis.

Autoridades elevaram o número de mortos para 18 em um ataque russo na segunda-feira contra um shopping center no centro da Ucrânia, com dezenas de feridos.

Stoltenberg disse na segunda-feira após o ataque que os aliados da Otan concordarão na cúpula em aumentar a força da força de reação rápida da aliança em quase oito vezes, de 40.000 para 300.000 soldados. As tropas estarão baseadas em seus países de origem, mas dedicadas a países específicos no flanco leste da Otan, onde a aliança planeja acumular estoques de equipamentos e munições./AP, NYT e W.POST

MADRI - O governo da Turquia concordou em retirar suas objeções à entrada da Finlândia e a Suécia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e abriu caminho para uma expansão da aliança atlântica na Escandinávia, após décadas de neutralidade de Estocolmo e Helsinque.

Caso confirmadas as adesões, a Otan terá uma das expansões mais significativas da aliança em décadas, em um momento em que a invasão da Ucrânia pela Rússia alterou radicalmente o cálculo de segurança da Europa. Também ressalta como a guerra na Ucrânia minou o objetivo do presidente Vladimir Putin de enfraquecer a Otan ao empurrar a Suécia e a Finlândia para os braços da aliança.

O acordo só foi possível depois de negociações de bastidores entre o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan e líderes suecos e finlandeses. Ancara se opunha à adesão dos nórdicos ao bloco pelo apoio desses países a grupos militantes que lutam pela independência do Curdistão. Suecos e finlandeses concordaram em elaborar junto a Erdogan princípios para extradição de suspeitos de terrorismo. O governo americano e a Otan elogiaram o acordo anunciado nesta terça-feira.

O chanceler finlandês Pekka Haavisto, o chanceler turco Mevlut Cavusoglu, o secretário-geral da Otan Jens Stoltenberg, o presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan, o presidente da Finlândia O presidente Sauli Niinisto, a premiê da Suécia, Magdalena Andersson, e a chanceler da Suécia, Ann Linde, posam para fotos após assinarem um memorando durante uma cúpula da Otan em Madri Foto: MURAT CETIN MUHURDAR / AFP

“Tenho o prazer de anunciar que agora temos um acordo que abre caminho para a Finlândia e a Suécia se juntarem à Otan”, disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg. “A Turquia, a Finlândia e a Suécia assinaram um memorando que aborda as preocupações da Turquia, incluindo as exportações de armas e a luta contra o terrorismo.”

O anúncio ocorre após uma reunião em Madri que incluiu o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, a Primeira- ministra da Suécia, Magdalena Andersson, e o Presidente da Finlândia, Sauli Niinisto, e foi presidida por Stoltenberg. A Turquia disse que “conseguiu o que queria”, incluindo “cooperação total... na luta contra” os grupos rebeldes.

“Como resultado dessa reunião, nossos ministros das Relações Exteriores assinaram um memorando trilateral que confirma que a Turquia, na cúpula de Madri nesta semana, apoiará o convite da Finlândia e da Suécia para se tornarem membros da Otan”, disse Niinisto. “Os passos concretos da nossa adesão à Otan serão acordados pelos aliados durante os próximos dois dias, mas essa decisão é agora iminente.”

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deu seu apoio aos pedidos de adesão dos países nórdicos, vendo sua rápida adesão como um revés para Putin, porque resultaria em uma Otan expandida com uma maior abordagem de segurança perto da fronteira com a Rússia.

A Turquia exigiu que a Finlândia e a Suécia extraditassem indivíduos procurados e suspendessem as restrições de armas impostas após a incursão militar da Turquia em 2019 no nordeste da Síria.

Biden conversou com Erdogan por telefone na terça-feira antes da reunião presencial em Madri, disse o conselheiro de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan.

Acabar com o impasse permitirá que os líderes da Otan se concentrem em sua questão principal: uma Rússia cada vez mais imprevisível e agressiva.

Cúpula da Otan

O acordo ocorreu na abertura de uma cúpula crucial dominada pela invasão russa da Ucrânia. O presidente Joe Biden e outros líderes da Otan chegaram a Madri para uma cúpula que definirá o rumo da aliança nos próximos anos. A cúpula começou com um jantar de líderes oferecido pelo rei Felipe VI da Espanha no Palácio Real de Madri.

A reunião da Otan na Espanha aconteceu poucas horas depois que uma cúpula do Grupo dos 7 foi concluída nos Alpes da Baviera com um plano incipiente e não testado de buscar tetos de preços para o petróleo russo.

Stoltenberg disse que a cúpula traçará um plano para a aliança “em um mundo mais perigoso e imprevisível”.

Apenas nove dos 30 membros da Otan cumprem a meta da organização de gastar 2% do produto interno bruto em defesa. A Espanha, que está sediando a cúpula, gasta apenas metade disso.

No topo da agenda dos líderes nas reuniões de quarta e quinta-feira está o fortalecimento das defesas contra a Rússia e o apoio à Ucrânia.

A invasão russa de fevereiro destruiu a segurança europeia e trouxe de volta ao continente bombardeios de cidades e sangrentas batalhas terrestres. A Otan, que começou a se concentrar no terrorismo e em outras ameaças não estatais, teve que enfrentar uma Rússia adversária mais uma vez.

“A Ucrânia agora enfrenta uma brutalidade que não vimos na Europa desde a Segunda Guerra Mundial”, disse Stoltenberg.

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A Rússia minimizou o significado da cúpula de Madri. Serguei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, disse que Moscou há muito esperava que a Otan aumentasse sua presença de tropas na Europa Oriental.

“Isso não trará nada de novo para a política prática dos Estados Unidos e seus satélites”, disse Lavrov em entrevista coletiva em Ashgabat, Turcomenistão, na terça-feira, referindo-se à decisão esperada da Otan de reforçar seu flanco leste.

Enquanto os líderes da Otan buscavam maneiras adicionais de deter a Rússia, cuja agressão não foi atenuada por quatro meses de sanções e entregas de armas à Ucrânia, Putin procurou solidificar seu próprio apoio no exterior.

Nesta terça-feira, ele viajou para o Tajiquistão antes de uma cúpula de países da Ásia Central. O líder russo espera que a reunião sirva como um contrapeso ao seu crescente isolamento econômico e político do Ocidente.

A visita ao Tajiquistão - a primeira viagem de Putin ao exterior desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro - é uma demonstração de confiança do líder russo, cujas forças continuam a fazer progressos esmagadores na captura de mais partes do leste da Ucrânia enquanto infligem danos indiscriminados a civis.

Autoridades elevaram o número de mortos para 18 em um ataque russo na segunda-feira contra um shopping center no centro da Ucrânia, com dezenas de feridos.

Stoltenberg disse na segunda-feira após o ataque que os aliados da Otan concordarão na cúpula em aumentar a força da força de reação rápida da aliança em quase oito vezes, de 40.000 para 300.000 soldados. As tropas estarão baseadas em seus países de origem, mas dedicadas a países específicos no flanco leste da Otan, onde a aliança planeja acumular estoques de equipamentos e munições./AP, NYT e W.POST

MADRI - O governo da Turquia concordou em retirar suas objeções à entrada da Finlândia e a Suécia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e abriu caminho para uma expansão da aliança atlântica na Escandinávia, após décadas de neutralidade de Estocolmo e Helsinque.

Caso confirmadas as adesões, a Otan terá uma das expansões mais significativas da aliança em décadas, em um momento em que a invasão da Ucrânia pela Rússia alterou radicalmente o cálculo de segurança da Europa. Também ressalta como a guerra na Ucrânia minou o objetivo do presidente Vladimir Putin de enfraquecer a Otan ao empurrar a Suécia e a Finlândia para os braços da aliança.

O acordo só foi possível depois de negociações de bastidores entre o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan e líderes suecos e finlandeses. Ancara se opunha à adesão dos nórdicos ao bloco pelo apoio desses países a grupos militantes que lutam pela independência do Curdistão. Suecos e finlandeses concordaram em elaborar junto a Erdogan princípios para extradição de suspeitos de terrorismo. O governo americano e a Otan elogiaram o acordo anunciado nesta terça-feira.

O chanceler finlandês Pekka Haavisto, o chanceler turco Mevlut Cavusoglu, o secretário-geral da Otan Jens Stoltenberg, o presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan, o presidente da Finlândia O presidente Sauli Niinisto, a premiê da Suécia, Magdalena Andersson, e a chanceler da Suécia, Ann Linde, posam para fotos após assinarem um memorando durante uma cúpula da Otan em Madri Foto: MURAT CETIN MUHURDAR / AFP

“Tenho o prazer de anunciar que agora temos um acordo que abre caminho para a Finlândia e a Suécia se juntarem à Otan”, disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg. “A Turquia, a Finlândia e a Suécia assinaram um memorando que aborda as preocupações da Turquia, incluindo as exportações de armas e a luta contra o terrorismo.”

O anúncio ocorre após uma reunião em Madri que incluiu o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, a Primeira- ministra da Suécia, Magdalena Andersson, e o Presidente da Finlândia, Sauli Niinisto, e foi presidida por Stoltenberg. A Turquia disse que “conseguiu o que queria”, incluindo “cooperação total... na luta contra” os grupos rebeldes.

“Como resultado dessa reunião, nossos ministros das Relações Exteriores assinaram um memorando trilateral que confirma que a Turquia, na cúpula de Madri nesta semana, apoiará o convite da Finlândia e da Suécia para se tornarem membros da Otan”, disse Niinisto. “Os passos concretos da nossa adesão à Otan serão acordados pelos aliados durante os próximos dois dias, mas essa decisão é agora iminente.”

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deu seu apoio aos pedidos de adesão dos países nórdicos, vendo sua rápida adesão como um revés para Putin, porque resultaria em uma Otan expandida com uma maior abordagem de segurança perto da fronteira com a Rússia.

A Turquia exigiu que a Finlândia e a Suécia extraditassem indivíduos procurados e suspendessem as restrições de armas impostas após a incursão militar da Turquia em 2019 no nordeste da Síria.

Biden conversou com Erdogan por telefone na terça-feira antes da reunião presencial em Madri, disse o conselheiro de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan.

Acabar com o impasse permitirá que os líderes da Otan se concentrem em sua questão principal: uma Rússia cada vez mais imprevisível e agressiva.

Cúpula da Otan

O acordo ocorreu na abertura de uma cúpula crucial dominada pela invasão russa da Ucrânia. O presidente Joe Biden e outros líderes da Otan chegaram a Madri para uma cúpula que definirá o rumo da aliança nos próximos anos. A cúpula começou com um jantar de líderes oferecido pelo rei Felipe VI da Espanha no Palácio Real de Madri.

A reunião da Otan na Espanha aconteceu poucas horas depois que uma cúpula do Grupo dos 7 foi concluída nos Alpes da Baviera com um plano incipiente e não testado de buscar tetos de preços para o petróleo russo.

Stoltenberg disse que a cúpula traçará um plano para a aliança “em um mundo mais perigoso e imprevisível”.

Apenas nove dos 30 membros da Otan cumprem a meta da organização de gastar 2% do produto interno bruto em defesa. A Espanha, que está sediando a cúpula, gasta apenas metade disso.

No topo da agenda dos líderes nas reuniões de quarta e quinta-feira está o fortalecimento das defesas contra a Rússia e o apoio à Ucrânia.

A invasão russa de fevereiro destruiu a segurança europeia e trouxe de volta ao continente bombardeios de cidades e sangrentas batalhas terrestres. A Otan, que começou a se concentrar no terrorismo e em outras ameaças não estatais, teve que enfrentar uma Rússia adversária mais uma vez.

“A Ucrânia agora enfrenta uma brutalidade que não vimos na Europa desde a Segunda Guerra Mundial”, disse Stoltenberg.

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Em conversa com o presidente Jair Bolsonaro, Vladimir Putin garante fornecimento de fertilizantes ao Brasil

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A Rússia minimizou o significado da cúpula de Madri. Serguei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, disse que Moscou há muito esperava que a Otan aumentasse sua presença de tropas na Europa Oriental.

“Isso não trará nada de novo para a política prática dos Estados Unidos e seus satélites”, disse Lavrov em entrevista coletiva em Ashgabat, Turcomenistão, na terça-feira, referindo-se à decisão esperada da Otan de reforçar seu flanco leste.

Enquanto os líderes da Otan buscavam maneiras adicionais de deter a Rússia, cuja agressão não foi atenuada por quatro meses de sanções e entregas de armas à Ucrânia, Putin procurou solidificar seu próprio apoio no exterior.

Nesta terça-feira, ele viajou para o Tajiquistão antes de uma cúpula de países da Ásia Central. O líder russo espera que a reunião sirva como um contrapeso ao seu crescente isolamento econômico e político do Ocidente.

A visita ao Tajiquistão - a primeira viagem de Putin ao exterior desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro - é uma demonstração de confiança do líder russo, cujas forças continuam a fazer progressos esmagadores na captura de mais partes do leste da Ucrânia enquanto infligem danos indiscriminados a civis.

Autoridades elevaram o número de mortos para 18 em um ataque russo na segunda-feira contra um shopping center no centro da Ucrânia, com dezenas de feridos.

Stoltenberg disse na segunda-feira após o ataque que os aliados da Otan concordarão na cúpula em aumentar a força da força de reação rápida da aliança em quase oito vezes, de 40.000 para 300.000 soldados. As tropas estarão baseadas em seus países de origem, mas dedicadas a países específicos no flanco leste da Otan, onde a aliança planeja acumular estoques de equipamentos e munições./AP, NYT e W.POST

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