Turquia diz que negociações entre Rússia e Ucrânia avançaram e um acordo está próximo


Ancara disse que está pronta para sediar uma reunião entre Zelenski e Putin, mas divergências sobre Donbas afasta a chance de um encontro próximo

Por Redação
Atualização:

ANTÁLIA - Apesar do pouco otimismo ocidental sobre as negociações entre Ucrânia e Rússia, a Turquia disse neste domingo, 20, que as duas partes estão “perto de um acordo”. Ao mesmo tempo, o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, se disse pronto para negociar com o russo Vladimir Putin e deu um alerta de que o fracasso dos diálogos significaria a Terceira Guerra Mundial.

“Claro que não é fácil chegar a um acordo quando há uma guerra em curso, quando civis estão sendo mortos, mas nós gostaríamos de dizer que há avanços”, disse o chanceler turco, Mevlut Cavusoglu, durante pronunciamento na cidade turca de Antália. “Vemos que as parte estão perto de um acordo.”

Os ministros das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, da Rússia, e Dmitri Kuleba, da Ucrânia, se encontraram na cidade turística turca de Antalya no início deste mês, com a presença de Cavusoglu. As discussões não produziram resultados concretos.

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Mas Cavusoglu, que também viajou para a Rússia e Ucrânia na semana passada para conversar com Lavrov e Kuleba, disse ao jornal turco Hurriyet que houve “aproximação nas posições de ambos os lados sobre assuntos importantes, assuntos críticos”.

“Podemos dizer que estamos esperançosos por um cessar-fogo se os lados não derem um passo atrás em relação às posições atuais”, disse ele, sem entrar em detalhes sobre as questões.

Russos protestam contra guerra em Tbilisi, na Geórgia; cada vez mais isolados pelas decisões de Putin Foto: LAETITIA VANCON
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O presidente da Ucrânia tem pedido repetidamente por conversas “significativas” para chegar a um acordo de paz que ponha fim à invasão. “Chegou a hora de se reunir, de conversar, de restaurar a integridade territorial e a justiça para a Ucrânia”, disse, em vídeo publicado em suas redes sociais no sábado.

A Turquia disse que estava pronta para sediar uma reunião entre Zelenski e Putin. “Trabalhamos noite e dia pela paz”, afirmou Cavusoglu no domingo. Mas um encontro entre os dois líderes não parece provável em um futuro próximo.

A Turquia, um membro da Otan, foi forçada a andar na linha tênue entre a Rússia e a Ucrânia devido às suas relações estreitas com os dois países. Condenou a invasão russa, mas não se juntou a seus aliados na imposição de sanções. E embora Ancara tenha destacado o sofrimento civil na Ucrânia, tentou minimizar seu próprio envolvimento na guerra, incluindo o fornecimento de drones armados para Kiev.

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A Turquia também se opõe às políticas russas na Síria e na Líbia, bem como à anexação da Crimeia por Moscou. O presidente Erdogan disse repetidamente que a Turquia não abandonará suas relações com a Rússia ou a Ucrânia, dizendo que a capacidade de Ancara de falar com ambos os lados é uma vantagem.

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O Exército russo bombardeou uma escola que servia de abrigo para centenas de pessoas na cidade de Mariupol, situação humanitária piora.

Zelenski pronto para conversar, mas Putin não

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Ibrahim Kalin, conselheiro do presidente turco Recep Tayyip Erdogan, falou mais abertamente nos últimos dias sobre o estado das negociações. Em entrevista à Al Jazeera, ele disse que há um “consenso crescente” entre Rússia e Ucrânia em várias questões, incluindo a ideia de que Kiev concordaria com a “neutralidade” e não se juntar à Otan, e sobre a desmilitarização da Ucrânia.

Em entrevista ao jornal Hurriyet, Kalin indicou que os países estavam negociando seis pontos: a neutralidade da Ucrânia, o desarmamento e as garantias de segurança, a chamada “desnazificação”, o fim de obstáculos para o uso do idioma russo na Ucrânia, a situação da região separatista do Donbas e a península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.

Os últimos dois pontos, porém, colocam os dois lados em distância nas conversas, e Putin não parecia disposto a encontrar Zelenski no momento dadas as lacunas, disse Kalin. “Zelensky está pronto para se reunir, mas Putin acha que as posições para essa reunião no nível dos líderes ainda não estão próximas o suficiente”, disse.

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Presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, em discurso por vídeo em Kiev Foto: Ukrainian Presidential Press Service/AFP

“Quanto mais tempo isso demorar, mais graves serão os danos para os militares russos e também para a economia russa”, disse Kalin. “Então, acredito que esses serão os fatores que entrarão no pensamento do presidente Putin em termos de quando ele cancelará isso.”

Ainda assim, o presidente da Ucrânia afirmou que está preparado para negociar o fim da guerra com Putin, mas descartou reconhecer a independência das repúblicas separatistas na região de Donbas e a soberania russa sobre a Crimeia, o que joga um impasse importante nas condições russas para uma negociação.

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Em entrevista à CNN neste domingo, o presidente foi direto ao afirmar que não vai assumir “nenhum compromisso que afete a integridade territorial e a soberania” da Ucrânia.

“Temos que aproveitar todas as oportunidades para negociar e conversar com Putin. Se essas tentativas falharem, isso significará a terceira guerra mundial”, disse Zelenski. “Estou pronto para negociar com ele. Estive pronto nos dois últimos anos. Acho que, sem negociações, não podemos encerrar essa guerra”.

O líder ucraniano declarou estar disposto a qualquer formato de conversa com Putin, mas reafirmou seus pontos para negociar: “O fim da guerra, garantias de segurança, soberania, restauração da integridade territorial, real garantias para nosso país”.

O Kremlin, por outro lado, estabeleceu como condição para encerrar sua invasão que Kiev renuncie à adesão à Otan, reconheça a independência das autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Luhansk e o controle russo da Crimeia, anexada por Moscou em 2014.

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A Rússia intensificou sua ofensiva, anunciando o uso de mísseis hipersônicos e Zelensky diz que é hora de Moscou aceitar em "conversar" seriamente sobre a paz.

Quanto à eventual entrada na Otan, Zelenski assegurou que a própria Aliança descartou a admissão da Ucrânia, pelo que considerou que Kiev deveria procurar “outras alternativas de segurança” com os seus aliados. “A Ucrânia não pode dizer que não vai se juntar à Otan. Foi a Otan que disse que não vai admitir a Ucrânia”, disse ele.

O presidente ucraniano, de origem judaica, revelou ainda que “uma das poucas vezes” que riu desde o início da invasão foi quando ouviu Putin dizer que o objetivo da operação militar é “desnazificar” a Ucrânia.

As forças russas invadiram a Ucrânia em 24 de fevereiro. O presidente Vladimir Putin chamou as ações da Rússia de uma “operação especial” destinada a desmilitarizar a Ucrânia e expurgá-la do que considera nacionalistas perigosos. A Ucrânia e o Ocidente dizem que Putin lançou uma guerra agressiva de escolha.

Autoridades russas e ucranianas estão negociando tanto em Belarus quanto por videochamadas. Mas a delegação russa é de nível relativamente baixo, e até agora as negociações não tocaram nos problemas mais difíceis que separam os dois lados, levando as autoridades ucranianas a acreditar que a Rússia está adiando enquanto sua ofensiva militar continua./AFP, REUTERS e W.POST

ANTÁLIA - Apesar do pouco otimismo ocidental sobre as negociações entre Ucrânia e Rússia, a Turquia disse neste domingo, 20, que as duas partes estão “perto de um acordo”. Ao mesmo tempo, o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, se disse pronto para negociar com o russo Vladimir Putin e deu um alerta de que o fracasso dos diálogos significaria a Terceira Guerra Mundial.

“Claro que não é fácil chegar a um acordo quando há uma guerra em curso, quando civis estão sendo mortos, mas nós gostaríamos de dizer que há avanços”, disse o chanceler turco, Mevlut Cavusoglu, durante pronunciamento na cidade turca de Antália. “Vemos que as parte estão perto de um acordo.”

Os ministros das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, da Rússia, e Dmitri Kuleba, da Ucrânia, se encontraram na cidade turística turca de Antalya no início deste mês, com a presença de Cavusoglu. As discussões não produziram resultados concretos.

Mas Cavusoglu, que também viajou para a Rússia e Ucrânia na semana passada para conversar com Lavrov e Kuleba, disse ao jornal turco Hurriyet que houve “aproximação nas posições de ambos os lados sobre assuntos importantes, assuntos críticos”.

“Podemos dizer que estamos esperançosos por um cessar-fogo se os lados não derem um passo atrás em relação às posições atuais”, disse ele, sem entrar em detalhes sobre as questões.

Russos protestam contra guerra em Tbilisi, na Geórgia; cada vez mais isolados pelas decisões de Putin Foto: LAETITIA VANCON

O presidente da Ucrânia tem pedido repetidamente por conversas “significativas” para chegar a um acordo de paz que ponha fim à invasão. “Chegou a hora de se reunir, de conversar, de restaurar a integridade territorial e a justiça para a Ucrânia”, disse, em vídeo publicado em suas redes sociais no sábado.

A Turquia disse que estava pronta para sediar uma reunião entre Zelenski e Putin. “Trabalhamos noite e dia pela paz”, afirmou Cavusoglu no domingo. Mas um encontro entre os dois líderes não parece provável em um futuro próximo.

A Turquia, um membro da Otan, foi forçada a andar na linha tênue entre a Rússia e a Ucrânia devido às suas relações estreitas com os dois países. Condenou a invasão russa, mas não se juntou a seus aliados na imposição de sanções. E embora Ancara tenha destacado o sofrimento civil na Ucrânia, tentou minimizar seu próprio envolvimento na guerra, incluindo o fornecimento de drones armados para Kiev.

A Turquia também se opõe às políticas russas na Síria e na Líbia, bem como à anexação da Crimeia por Moscou. O presidente Erdogan disse repetidamente que a Turquia não abandonará suas relações com a Rússia ou a Ucrânia, dizendo que a capacidade de Ancara de falar com ambos os lados é uma vantagem.

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Zelenski pronto para conversar, mas Putin não

Ibrahim Kalin, conselheiro do presidente turco Recep Tayyip Erdogan, falou mais abertamente nos últimos dias sobre o estado das negociações. Em entrevista à Al Jazeera, ele disse que há um “consenso crescente” entre Rússia e Ucrânia em várias questões, incluindo a ideia de que Kiev concordaria com a “neutralidade” e não se juntar à Otan, e sobre a desmilitarização da Ucrânia.

Em entrevista ao jornal Hurriyet, Kalin indicou que os países estavam negociando seis pontos: a neutralidade da Ucrânia, o desarmamento e as garantias de segurança, a chamada “desnazificação”, o fim de obstáculos para o uso do idioma russo na Ucrânia, a situação da região separatista do Donbas e a península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.

Os últimos dois pontos, porém, colocam os dois lados em distância nas conversas, e Putin não parecia disposto a encontrar Zelenski no momento dadas as lacunas, disse Kalin. “Zelensky está pronto para se reunir, mas Putin acha que as posições para essa reunião no nível dos líderes ainda não estão próximas o suficiente”, disse.

Presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, em discurso por vídeo em Kiev Foto: Ukrainian Presidential Press Service/AFP

“Quanto mais tempo isso demorar, mais graves serão os danos para os militares russos e também para a economia russa”, disse Kalin. “Então, acredito que esses serão os fatores que entrarão no pensamento do presidente Putin em termos de quando ele cancelará isso.”

Ainda assim, o presidente da Ucrânia afirmou que está preparado para negociar o fim da guerra com Putin, mas descartou reconhecer a independência das repúblicas separatistas na região de Donbas e a soberania russa sobre a Crimeia, o que joga um impasse importante nas condições russas para uma negociação.

Em entrevista à CNN neste domingo, o presidente foi direto ao afirmar que não vai assumir “nenhum compromisso que afete a integridade territorial e a soberania” da Ucrânia.

“Temos que aproveitar todas as oportunidades para negociar e conversar com Putin. Se essas tentativas falharem, isso significará a terceira guerra mundial”, disse Zelenski. “Estou pronto para negociar com ele. Estive pronto nos dois últimos anos. Acho que, sem negociações, não podemos encerrar essa guerra”.

O líder ucraniano declarou estar disposto a qualquer formato de conversa com Putin, mas reafirmou seus pontos para negociar: “O fim da guerra, garantias de segurança, soberania, restauração da integridade territorial, real garantias para nosso país”.

O Kremlin, por outro lado, estabeleceu como condição para encerrar sua invasão que Kiev renuncie à adesão à Otan, reconheça a independência das autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Luhansk e o controle russo da Crimeia, anexada por Moscou em 2014.

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A Rússia intensificou sua ofensiva, anunciando o uso de mísseis hipersônicos e Zelensky diz que é hora de Moscou aceitar em "conversar" seriamente sobre a paz.

Quanto à eventual entrada na Otan, Zelenski assegurou que a própria Aliança descartou a admissão da Ucrânia, pelo que considerou que Kiev deveria procurar “outras alternativas de segurança” com os seus aliados. “A Ucrânia não pode dizer que não vai se juntar à Otan. Foi a Otan que disse que não vai admitir a Ucrânia”, disse ele.

O presidente ucraniano, de origem judaica, revelou ainda que “uma das poucas vezes” que riu desde o início da invasão foi quando ouviu Putin dizer que o objetivo da operação militar é “desnazificar” a Ucrânia.

As forças russas invadiram a Ucrânia em 24 de fevereiro. O presidente Vladimir Putin chamou as ações da Rússia de uma “operação especial” destinada a desmilitarizar a Ucrânia e expurgá-la do que considera nacionalistas perigosos. A Ucrânia e o Ocidente dizem que Putin lançou uma guerra agressiva de escolha.

Autoridades russas e ucranianas estão negociando tanto em Belarus quanto por videochamadas. Mas a delegação russa é de nível relativamente baixo, e até agora as negociações não tocaram nos problemas mais difíceis que separam os dois lados, levando as autoridades ucranianas a acreditar que a Rússia está adiando enquanto sua ofensiva militar continua./AFP, REUTERS e W.POST

ANTÁLIA - Apesar do pouco otimismo ocidental sobre as negociações entre Ucrânia e Rússia, a Turquia disse neste domingo, 20, que as duas partes estão “perto de um acordo”. Ao mesmo tempo, o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, se disse pronto para negociar com o russo Vladimir Putin e deu um alerta de que o fracasso dos diálogos significaria a Terceira Guerra Mundial.

“Claro que não é fácil chegar a um acordo quando há uma guerra em curso, quando civis estão sendo mortos, mas nós gostaríamos de dizer que há avanços”, disse o chanceler turco, Mevlut Cavusoglu, durante pronunciamento na cidade turca de Antália. “Vemos que as parte estão perto de um acordo.”

Os ministros das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, da Rússia, e Dmitri Kuleba, da Ucrânia, se encontraram na cidade turística turca de Antalya no início deste mês, com a presença de Cavusoglu. As discussões não produziram resultados concretos.

Mas Cavusoglu, que também viajou para a Rússia e Ucrânia na semana passada para conversar com Lavrov e Kuleba, disse ao jornal turco Hurriyet que houve “aproximação nas posições de ambos os lados sobre assuntos importantes, assuntos críticos”.

“Podemos dizer que estamos esperançosos por um cessar-fogo se os lados não derem um passo atrás em relação às posições atuais”, disse ele, sem entrar em detalhes sobre as questões.

Russos protestam contra guerra em Tbilisi, na Geórgia; cada vez mais isolados pelas decisões de Putin Foto: LAETITIA VANCON

O presidente da Ucrânia tem pedido repetidamente por conversas “significativas” para chegar a um acordo de paz que ponha fim à invasão. “Chegou a hora de se reunir, de conversar, de restaurar a integridade territorial e a justiça para a Ucrânia”, disse, em vídeo publicado em suas redes sociais no sábado.

A Turquia disse que estava pronta para sediar uma reunião entre Zelenski e Putin. “Trabalhamos noite e dia pela paz”, afirmou Cavusoglu no domingo. Mas um encontro entre os dois líderes não parece provável em um futuro próximo.

A Turquia, um membro da Otan, foi forçada a andar na linha tênue entre a Rússia e a Ucrânia devido às suas relações estreitas com os dois países. Condenou a invasão russa, mas não se juntou a seus aliados na imposição de sanções. E embora Ancara tenha destacado o sofrimento civil na Ucrânia, tentou minimizar seu próprio envolvimento na guerra, incluindo o fornecimento de drones armados para Kiev.

A Turquia também se opõe às políticas russas na Síria e na Líbia, bem como à anexação da Crimeia por Moscou. O presidente Erdogan disse repetidamente que a Turquia não abandonará suas relações com a Rússia ou a Ucrânia, dizendo que a capacidade de Ancara de falar com ambos os lados é uma vantagem.

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Zelenski pronto para conversar, mas Putin não

Ibrahim Kalin, conselheiro do presidente turco Recep Tayyip Erdogan, falou mais abertamente nos últimos dias sobre o estado das negociações. Em entrevista à Al Jazeera, ele disse que há um “consenso crescente” entre Rússia e Ucrânia em várias questões, incluindo a ideia de que Kiev concordaria com a “neutralidade” e não se juntar à Otan, e sobre a desmilitarização da Ucrânia.

Em entrevista ao jornal Hurriyet, Kalin indicou que os países estavam negociando seis pontos: a neutralidade da Ucrânia, o desarmamento e as garantias de segurança, a chamada “desnazificação”, o fim de obstáculos para o uso do idioma russo na Ucrânia, a situação da região separatista do Donbas e a península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.

Os últimos dois pontos, porém, colocam os dois lados em distância nas conversas, e Putin não parecia disposto a encontrar Zelenski no momento dadas as lacunas, disse Kalin. “Zelensky está pronto para se reunir, mas Putin acha que as posições para essa reunião no nível dos líderes ainda não estão próximas o suficiente”, disse.

Presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, em discurso por vídeo em Kiev Foto: Ukrainian Presidential Press Service/AFP

“Quanto mais tempo isso demorar, mais graves serão os danos para os militares russos e também para a economia russa”, disse Kalin. “Então, acredito que esses serão os fatores que entrarão no pensamento do presidente Putin em termos de quando ele cancelará isso.”

Ainda assim, o presidente da Ucrânia afirmou que está preparado para negociar o fim da guerra com Putin, mas descartou reconhecer a independência das repúblicas separatistas na região de Donbas e a soberania russa sobre a Crimeia, o que joga um impasse importante nas condições russas para uma negociação.

Em entrevista à CNN neste domingo, o presidente foi direto ao afirmar que não vai assumir “nenhum compromisso que afete a integridade territorial e a soberania” da Ucrânia.

“Temos que aproveitar todas as oportunidades para negociar e conversar com Putin. Se essas tentativas falharem, isso significará a terceira guerra mundial”, disse Zelenski. “Estou pronto para negociar com ele. Estive pronto nos dois últimos anos. Acho que, sem negociações, não podemos encerrar essa guerra”.

O líder ucraniano declarou estar disposto a qualquer formato de conversa com Putin, mas reafirmou seus pontos para negociar: “O fim da guerra, garantias de segurança, soberania, restauração da integridade territorial, real garantias para nosso país”.

O Kremlin, por outro lado, estabeleceu como condição para encerrar sua invasão que Kiev renuncie à adesão à Otan, reconheça a independência das autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Luhansk e o controle russo da Crimeia, anexada por Moscou em 2014.

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A Rússia intensificou sua ofensiva, anunciando o uso de mísseis hipersônicos e Zelensky diz que é hora de Moscou aceitar em "conversar" seriamente sobre a paz.

Quanto à eventual entrada na Otan, Zelenski assegurou que a própria Aliança descartou a admissão da Ucrânia, pelo que considerou que Kiev deveria procurar “outras alternativas de segurança” com os seus aliados. “A Ucrânia não pode dizer que não vai se juntar à Otan. Foi a Otan que disse que não vai admitir a Ucrânia”, disse ele.

O presidente ucraniano, de origem judaica, revelou ainda que “uma das poucas vezes” que riu desde o início da invasão foi quando ouviu Putin dizer que o objetivo da operação militar é “desnazificar” a Ucrânia.

As forças russas invadiram a Ucrânia em 24 de fevereiro. O presidente Vladimir Putin chamou as ações da Rússia de uma “operação especial” destinada a desmilitarizar a Ucrânia e expurgá-la do que considera nacionalistas perigosos. A Ucrânia e o Ocidente dizem que Putin lançou uma guerra agressiva de escolha.

Autoridades russas e ucranianas estão negociando tanto em Belarus quanto por videochamadas. Mas a delegação russa é de nível relativamente baixo, e até agora as negociações não tocaram nos problemas mais difíceis que separam os dois lados, levando as autoridades ucranianas a acreditar que a Rússia está adiando enquanto sua ofensiva militar continua./AFP, REUTERS e W.POST

ANTÁLIA - Apesar do pouco otimismo ocidental sobre as negociações entre Ucrânia e Rússia, a Turquia disse neste domingo, 20, que as duas partes estão “perto de um acordo”. Ao mesmo tempo, o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, se disse pronto para negociar com o russo Vladimir Putin e deu um alerta de que o fracasso dos diálogos significaria a Terceira Guerra Mundial.

“Claro que não é fácil chegar a um acordo quando há uma guerra em curso, quando civis estão sendo mortos, mas nós gostaríamos de dizer que há avanços”, disse o chanceler turco, Mevlut Cavusoglu, durante pronunciamento na cidade turca de Antália. “Vemos que as parte estão perto de um acordo.”

Os ministros das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, da Rússia, e Dmitri Kuleba, da Ucrânia, se encontraram na cidade turística turca de Antalya no início deste mês, com a presença de Cavusoglu. As discussões não produziram resultados concretos.

Mas Cavusoglu, que também viajou para a Rússia e Ucrânia na semana passada para conversar com Lavrov e Kuleba, disse ao jornal turco Hurriyet que houve “aproximação nas posições de ambos os lados sobre assuntos importantes, assuntos críticos”.

“Podemos dizer que estamos esperançosos por um cessar-fogo se os lados não derem um passo atrás em relação às posições atuais”, disse ele, sem entrar em detalhes sobre as questões.

Russos protestam contra guerra em Tbilisi, na Geórgia; cada vez mais isolados pelas decisões de Putin Foto: LAETITIA VANCON

O presidente da Ucrânia tem pedido repetidamente por conversas “significativas” para chegar a um acordo de paz que ponha fim à invasão. “Chegou a hora de se reunir, de conversar, de restaurar a integridade territorial e a justiça para a Ucrânia”, disse, em vídeo publicado em suas redes sociais no sábado.

A Turquia disse que estava pronta para sediar uma reunião entre Zelenski e Putin. “Trabalhamos noite e dia pela paz”, afirmou Cavusoglu no domingo. Mas um encontro entre os dois líderes não parece provável em um futuro próximo.

A Turquia, um membro da Otan, foi forçada a andar na linha tênue entre a Rússia e a Ucrânia devido às suas relações estreitas com os dois países. Condenou a invasão russa, mas não se juntou a seus aliados na imposição de sanções. E embora Ancara tenha destacado o sofrimento civil na Ucrânia, tentou minimizar seu próprio envolvimento na guerra, incluindo o fornecimento de drones armados para Kiev.

A Turquia também se opõe às políticas russas na Síria e na Líbia, bem como à anexação da Crimeia por Moscou. O presidente Erdogan disse repetidamente que a Turquia não abandonará suas relações com a Rússia ou a Ucrânia, dizendo que a capacidade de Ancara de falar com ambos os lados é uma vantagem.

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O Exército russo bombardeou uma escola que servia de abrigo para centenas de pessoas na cidade de Mariupol, situação humanitária piora.

Zelenski pronto para conversar, mas Putin não

Ibrahim Kalin, conselheiro do presidente turco Recep Tayyip Erdogan, falou mais abertamente nos últimos dias sobre o estado das negociações. Em entrevista à Al Jazeera, ele disse que há um “consenso crescente” entre Rússia e Ucrânia em várias questões, incluindo a ideia de que Kiev concordaria com a “neutralidade” e não se juntar à Otan, e sobre a desmilitarização da Ucrânia.

Em entrevista ao jornal Hurriyet, Kalin indicou que os países estavam negociando seis pontos: a neutralidade da Ucrânia, o desarmamento e as garantias de segurança, a chamada “desnazificação”, o fim de obstáculos para o uso do idioma russo na Ucrânia, a situação da região separatista do Donbas e a península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.

Os últimos dois pontos, porém, colocam os dois lados em distância nas conversas, e Putin não parecia disposto a encontrar Zelenski no momento dadas as lacunas, disse Kalin. “Zelensky está pronto para se reunir, mas Putin acha que as posições para essa reunião no nível dos líderes ainda não estão próximas o suficiente”, disse.

Presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, em discurso por vídeo em Kiev Foto: Ukrainian Presidential Press Service/AFP

“Quanto mais tempo isso demorar, mais graves serão os danos para os militares russos e também para a economia russa”, disse Kalin. “Então, acredito que esses serão os fatores que entrarão no pensamento do presidente Putin em termos de quando ele cancelará isso.”

Ainda assim, o presidente da Ucrânia afirmou que está preparado para negociar o fim da guerra com Putin, mas descartou reconhecer a independência das repúblicas separatistas na região de Donbas e a soberania russa sobre a Crimeia, o que joga um impasse importante nas condições russas para uma negociação.

Em entrevista à CNN neste domingo, o presidente foi direto ao afirmar que não vai assumir “nenhum compromisso que afete a integridade territorial e a soberania” da Ucrânia.

“Temos que aproveitar todas as oportunidades para negociar e conversar com Putin. Se essas tentativas falharem, isso significará a terceira guerra mundial”, disse Zelenski. “Estou pronto para negociar com ele. Estive pronto nos dois últimos anos. Acho que, sem negociações, não podemos encerrar essa guerra”.

O líder ucraniano declarou estar disposto a qualquer formato de conversa com Putin, mas reafirmou seus pontos para negociar: “O fim da guerra, garantias de segurança, soberania, restauração da integridade territorial, real garantias para nosso país”.

O Kremlin, por outro lado, estabeleceu como condição para encerrar sua invasão que Kiev renuncie à adesão à Otan, reconheça a independência das autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Luhansk e o controle russo da Crimeia, anexada por Moscou em 2014.

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A Rússia intensificou sua ofensiva, anunciando o uso de mísseis hipersônicos e Zelensky diz que é hora de Moscou aceitar em "conversar" seriamente sobre a paz.

Quanto à eventual entrada na Otan, Zelenski assegurou que a própria Aliança descartou a admissão da Ucrânia, pelo que considerou que Kiev deveria procurar “outras alternativas de segurança” com os seus aliados. “A Ucrânia não pode dizer que não vai se juntar à Otan. Foi a Otan que disse que não vai admitir a Ucrânia”, disse ele.

O presidente ucraniano, de origem judaica, revelou ainda que “uma das poucas vezes” que riu desde o início da invasão foi quando ouviu Putin dizer que o objetivo da operação militar é “desnazificar” a Ucrânia.

As forças russas invadiram a Ucrânia em 24 de fevereiro. O presidente Vladimir Putin chamou as ações da Rússia de uma “operação especial” destinada a desmilitarizar a Ucrânia e expurgá-la do que considera nacionalistas perigosos. A Ucrânia e o Ocidente dizem que Putin lançou uma guerra agressiva de escolha.

Autoridades russas e ucranianas estão negociando tanto em Belarus quanto por videochamadas. Mas a delegação russa é de nível relativamente baixo, e até agora as negociações não tocaram nos problemas mais difíceis que separam os dois lados, levando as autoridades ucranianas a acreditar que a Rússia está adiando enquanto sua ofensiva militar continua./AFP, REUTERS e W.POST

ANTÁLIA - Apesar do pouco otimismo ocidental sobre as negociações entre Ucrânia e Rússia, a Turquia disse neste domingo, 20, que as duas partes estão “perto de um acordo”. Ao mesmo tempo, o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, se disse pronto para negociar com o russo Vladimir Putin e deu um alerta de que o fracasso dos diálogos significaria a Terceira Guerra Mundial.

“Claro que não é fácil chegar a um acordo quando há uma guerra em curso, quando civis estão sendo mortos, mas nós gostaríamos de dizer que há avanços”, disse o chanceler turco, Mevlut Cavusoglu, durante pronunciamento na cidade turca de Antália. “Vemos que as parte estão perto de um acordo.”

Os ministros das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, da Rússia, e Dmitri Kuleba, da Ucrânia, se encontraram na cidade turística turca de Antalya no início deste mês, com a presença de Cavusoglu. As discussões não produziram resultados concretos.

Mas Cavusoglu, que também viajou para a Rússia e Ucrânia na semana passada para conversar com Lavrov e Kuleba, disse ao jornal turco Hurriyet que houve “aproximação nas posições de ambos os lados sobre assuntos importantes, assuntos críticos”.

“Podemos dizer que estamos esperançosos por um cessar-fogo se os lados não derem um passo atrás em relação às posições atuais”, disse ele, sem entrar em detalhes sobre as questões.

Russos protestam contra guerra em Tbilisi, na Geórgia; cada vez mais isolados pelas decisões de Putin Foto: LAETITIA VANCON

O presidente da Ucrânia tem pedido repetidamente por conversas “significativas” para chegar a um acordo de paz que ponha fim à invasão. “Chegou a hora de se reunir, de conversar, de restaurar a integridade territorial e a justiça para a Ucrânia”, disse, em vídeo publicado em suas redes sociais no sábado.

A Turquia disse que estava pronta para sediar uma reunião entre Zelenski e Putin. “Trabalhamos noite e dia pela paz”, afirmou Cavusoglu no domingo. Mas um encontro entre os dois líderes não parece provável em um futuro próximo.

A Turquia, um membro da Otan, foi forçada a andar na linha tênue entre a Rússia e a Ucrânia devido às suas relações estreitas com os dois países. Condenou a invasão russa, mas não se juntou a seus aliados na imposição de sanções. E embora Ancara tenha destacado o sofrimento civil na Ucrânia, tentou minimizar seu próprio envolvimento na guerra, incluindo o fornecimento de drones armados para Kiev.

A Turquia também se opõe às políticas russas na Síria e na Líbia, bem como à anexação da Crimeia por Moscou. O presidente Erdogan disse repetidamente que a Turquia não abandonará suas relações com a Rússia ou a Ucrânia, dizendo que a capacidade de Ancara de falar com ambos os lados é uma vantagem.

Seu navegador não suporta esse video.

O Exército russo bombardeou uma escola que servia de abrigo para centenas de pessoas na cidade de Mariupol, situação humanitária piora.

Zelenski pronto para conversar, mas Putin não

Ibrahim Kalin, conselheiro do presidente turco Recep Tayyip Erdogan, falou mais abertamente nos últimos dias sobre o estado das negociações. Em entrevista à Al Jazeera, ele disse que há um “consenso crescente” entre Rússia e Ucrânia em várias questões, incluindo a ideia de que Kiev concordaria com a “neutralidade” e não se juntar à Otan, e sobre a desmilitarização da Ucrânia.

Em entrevista ao jornal Hurriyet, Kalin indicou que os países estavam negociando seis pontos: a neutralidade da Ucrânia, o desarmamento e as garantias de segurança, a chamada “desnazificação”, o fim de obstáculos para o uso do idioma russo na Ucrânia, a situação da região separatista do Donbas e a península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.

Os últimos dois pontos, porém, colocam os dois lados em distância nas conversas, e Putin não parecia disposto a encontrar Zelenski no momento dadas as lacunas, disse Kalin. “Zelensky está pronto para se reunir, mas Putin acha que as posições para essa reunião no nível dos líderes ainda não estão próximas o suficiente”, disse.

Presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, em discurso por vídeo em Kiev Foto: Ukrainian Presidential Press Service/AFP

“Quanto mais tempo isso demorar, mais graves serão os danos para os militares russos e também para a economia russa”, disse Kalin. “Então, acredito que esses serão os fatores que entrarão no pensamento do presidente Putin em termos de quando ele cancelará isso.”

Ainda assim, o presidente da Ucrânia afirmou que está preparado para negociar o fim da guerra com Putin, mas descartou reconhecer a independência das repúblicas separatistas na região de Donbas e a soberania russa sobre a Crimeia, o que joga um impasse importante nas condições russas para uma negociação.

Em entrevista à CNN neste domingo, o presidente foi direto ao afirmar que não vai assumir “nenhum compromisso que afete a integridade territorial e a soberania” da Ucrânia.

“Temos que aproveitar todas as oportunidades para negociar e conversar com Putin. Se essas tentativas falharem, isso significará a terceira guerra mundial”, disse Zelenski. “Estou pronto para negociar com ele. Estive pronto nos dois últimos anos. Acho que, sem negociações, não podemos encerrar essa guerra”.

O líder ucraniano declarou estar disposto a qualquer formato de conversa com Putin, mas reafirmou seus pontos para negociar: “O fim da guerra, garantias de segurança, soberania, restauração da integridade territorial, real garantias para nosso país”.

O Kremlin, por outro lado, estabeleceu como condição para encerrar sua invasão que Kiev renuncie à adesão à Otan, reconheça a independência das autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Luhansk e o controle russo da Crimeia, anexada por Moscou em 2014.

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A Rússia intensificou sua ofensiva, anunciando o uso de mísseis hipersônicos e Zelensky diz que é hora de Moscou aceitar em "conversar" seriamente sobre a paz.

Quanto à eventual entrada na Otan, Zelenski assegurou que a própria Aliança descartou a admissão da Ucrânia, pelo que considerou que Kiev deveria procurar “outras alternativas de segurança” com os seus aliados. “A Ucrânia não pode dizer que não vai se juntar à Otan. Foi a Otan que disse que não vai admitir a Ucrânia”, disse ele.

O presidente ucraniano, de origem judaica, revelou ainda que “uma das poucas vezes” que riu desde o início da invasão foi quando ouviu Putin dizer que o objetivo da operação militar é “desnazificar” a Ucrânia.

As forças russas invadiram a Ucrânia em 24 de fevereiro. O presidente Vladimir Putin chamou as ações da Rússia de uma “operação especial” destinada a desmilitarizar a Ucrânia e expurgá-la do que considera nacionalistas perigosos. A Ucrânia e o Ocidente dizem que Putin lançou uma guerra agressiva de escolha.

Autoridades russas e ucranianas estão negociando tanto em Belarus quanto por videochamadas. Mas a delegação russa é de nível relativamente baixo, e até agora as negociações não tocaram nos problemas mais difíceis que separam os dois lados, levando as autoridades ucranianas a acreditar que a Rússia está adiando enquanto sua ofensiva militar continua./AFP, REUTERS e W.POST

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