Turquia encerra operações de busca em várias províncias; mortes após terremoto passam de 46 mil


Trabalhos de resgates seguirão apenas nas duas províncias mais afetadas do país e onde ainda há chance de encontrar sobreviventes quase duas semanas após o terremoto

Por Redação

ANCARA - A Turquia concluiu as operações de resgate em quase todas as províncias após o terremoto que atingiu o país e a Síria há quase duas semanas. As buscas serão mantidas apenas nas duas províncias mais atingidas pelo tremor que deixou mais de 46.000 mortos, informou neste domingo, 19, a Autoridade de Gestão de Emergências e Desastres (AFAD).

“Em muitas de nossas províncias, as buscas e resgates foram concluídos. O trabalho continua nas províncias de Kahramanmaras e Hatay”, disse o diretor da agência, Yunus Sezer, a repórteres em Ancara. O terremoto que abalou a região em 6 de fevereiro, de magnitude 7,8 e cujo epicentro se deu em Kahramanmaras, deixou mais de 46.400 mortos na Turquia e na vizinha Síria, segundo o último balanço divulgado neste domingo pela AFAD.

Só na Turquia o número de mortos foi atualizado no sábado para 40.642 pessoas. Sabe-se que mais de 4.400 pessoas morreram no noroeste da Síria controlado pelos rebeldes, disse o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA). O Ministério da Saúde da Síria registrou pelo menos 1.414 mortes.

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Membros da equipe de busca e resgate uzbeque usam um cachorro enquanto procuram um corpo sob os escombros de um prédio desabado em Hatay, sul da Turquia Foto: YASIN AKGUL / AFP

Nenhum sobrevivente foi encontrado nas ruínas turcas nas últimas 24 horas. No sábado (horário local), 296 horas após o terremoto, um casal foi resgatado em Antakya, capital da província de Hatay. Nos últimos três dias, sete pessoas foram retiradas com vida dos escombros, todas em Antakya, incluindo o filho do casal, que morreu logo após ser resgatado.

Na província de Kahramanmaras, onde foi localizado o epicentro do terremoto, as chances de sobrevivência pareciam menores do que em Hatay devido ao frio, que chegou a -15°C à noite em áreas nevadas como Elbistan, descobriram as equipes da AFP.

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O vice-presidente turco, Fuat Oktay, informou, por sua vez, que 105.000 edifícios desabaram ou foram seriamente danificados, portanto serão destruídos.

Desde a catástrofe, mais de 6.000 tremores secundários foram registrados, incluindo um de magnitude 6,6 e quarenta de intensidade entre 5 e 6, segundo a agência de socorro.

Em uma mensagem publicada no Twitter, a AFAD pediu às vítimas que não tentassem entrar nas casas danificadas para recuperar bens, “nem por pouco tempo”. Ele também anunciou que já foram abertos “pedidos de auxílio-moradia” para aqueles que perderam suas casas.

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As autoridades não informaram o número de pessoas que ficaram desabrigadas após o terremoto. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse na terça-feira que mais de 2 milhões de pessoas saíram das províncias afetadas por seus próprios meios.

“Vivemos o maior desastre de nossa história”, disse o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, em entrevista coletiva no sábado, falando por meio de um intérprete. “Se você for ao local, vai entender o quão grave é a situação em comparação com o que você vê nas telas de sua TV.”

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O terremoto de magnitude 7,8 registrado na #Turquia e na #Síria no dia 6 de fevereiro é um dos mais letais em décadas

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Ajuda americana

Na Base Aérea de Incirlik, na Turquia, neste domingo, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, anunciou que os Estados Unidos enviariam US$ 100 milhões (R$ 520 milhões) adicionais para ajudar as pessoas afetadas pelos terremotos. O governo Joe Biden havia prometido US$ 85 milhões (R$ 442 milhões) logo após os terremotos.

Blinken, que estava na Europa para a Conferência de Segurança de Munique no fim de semana, visitou a devastação na Turquia, um aliado da Otan, no início do dia. “Vendo a extensão dos danos, o número de apartamentos e casas destruídos, será necessário um grande esforço de reconstrução e estamos comprometidos em apoiar esse esforço”, disse ele.

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Os EUA também entregaram helicópteros Black Hawk e Chinook para roteamento de materiais. Blinken planeja se reunir com oficiais militares e humanitários que coordenam a entrega de ajudas. Depois seguirá para Ancara, onde na segunda-feira, 20, será recebido pelo presidente turco, Recep Tayyip Erdogan. Sua visita foi planejada antes do terremoto, mas o tremor alterou a programação.

O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu (à esquerda), e o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken (à direita), desembarcam de um helicóptero após uma vista pelas áreas atingidas pelo terremoto Foto: CLODAGH KILCOYNE / AFP

A esperança de recuperar mais sobreviventes estava diminuindo a cada hora, enquanto os que ainda estavam presos se aproximavam de 13 dias sem comida ou água. A AFAD esperava encerrar a maior parte de seus esforços de resgate no domingo à noite, de acordo com o VOA News.

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Christian Atsu, um jogador de futebol ganense que passou vários anos na Premier League inglesa, estava entre as vítimas. Seus agentes anunciaram que seu corpo foi recuperado dos escombros no sábado.

A maioria das equipes estrangeiras de busca e resgate que ajudaram na Turquia deixou o país no final do sábado, de acordo com Cavusoglu. Espera-se que as aulas nas províncias afetadas da Turquia sejam retomada no início desta semana, disse o ministro da Educação Nacional, Mahmut Ozer./AFP e W.POST

ANCARA - A Turquia concluiu as operações de resgate em quase todas as províncias após o terremoto que atingiu o país e a Síria há quase duas semanas. As buscas serão mantidas apenas nas duas províncias mais atingidas pelo tremor que deixou mais de 46.000 mortos, informou neste domingo, 19, a Autoridade de Gestão de Emergências e Desastres (AFAD).

“Em muitas de nossas províncias, as buscas e resgates foram concluídos. O trabalho continua nas províncias de Kahramanmaras e Hatay”, disse o diretor da agência, Yunus Sezer, a repórteres em Ancara. O terremoto que abalou a região em 6 de fevereiro, de magnitude 7,8 e cujo epicentro se deu em Kahramanmaras, deixou mais de 46.400 mortos na Turquia e na vizinha Síria, segundo o último balanço divulgado neste domingo pela AFAD.

Só na Turquia o número de mortos foi atualizado no sábado para 40.642 pessoas. Sabe-se que mais de 4.400 pessoas morreram no noroeste da Síria controlado pelos rebeldes, disse o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA). O Ministério da Saúde da Síria registrou pelo menos 1.414 mortes.

Membros da equipe de busca e resgate uzbeque usam um cachorro enquanto procuram um corpo sob os escombros de um prédio desabado em Hatay, sul da Turquia Foto: YASIN AKGUL / AFP

Nenhum sobrevivente foi encontrado nas ruínas turcas nas últimas 24 horas. No sábado (horário local), 296 horas após o terremoto, um casal foi resgatado em Antakya, capital da província de Hatay. Nos últimos três dias, sete pessoas foram retiradas com vida dos escombros, todas em Antakya, incluindo o filho do casal, que morreu logo após ser resgatado.

Na província de Kahramanmaras, onde foi localizado o epicentro do terremoto, as chances de sobrevivência pareciam menores do que em Hatay devido ao frio, que chegou a -15°C à noite em áreas nevadas como Elbistan, descobriram as equipes da AFP.

O vice-presidente turco, Fuat Oktay, informou, por sua vez, que 105.000 edifícios desabaram ou foram seriamente danificados, portanto serão destruídos.

Desde a catástrofe, mais de 6.000 tremores secundários foram registrados, incluindo um de magnitude 6,6 e quarenta de intensidade entre 5 e 6, segundo a agência de socorro.

Em uma mensagem publicada no Twitter, a AFAD pediu às vítimas que não tentassem entrar nas casas danificadas para recuperar bens, “nem por pouco tempo”. Ele também anunciou que já foram abertos “pedidos de auxílio-moradia” para aqueles que perderam suas casas.

As autoridades não informaram o número de pessoas que ficaram desabrigadas após o terremoto. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse na terça-feira que mais de 2 milhões de pessoas saíram das províncias afetadas por seus próprios meios.

“Vivemos o maior desastre de nossa história”, disse o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, em entrevista coletiva no sábado, falando por meio de um intérprete. “Se você for ao local, vai entender o quão grave é a situação em comparação com o que você vê nas telas de sua TV.”

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Ajuda americana

Na Base Aérea de Incirlik, na Turquia, neste domingo, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, anunciou que os Estados Unidos enviariam US$ 100 milhões (R$ 520 milhões) adicionais para ajudar as pessoas afetadas pelos terremotos. O governo Joe Biden havia prometido US$ 85 milhões (R$ 442 milhões) logo após os terremotos.

Blinken, que estava na Europa para a Conferência de Segurança de Munique no fim de semana, visitou a devastação na Turquia, um aliado da Otan, no início do dia. “Vendo a extensão dos danos, o número de apartamentos e casas destruídos, será necessário um grande esforço de reconstrução e estamos comprometidos em apoiar esse esforço”, disse ele.

Os EUA também entregaram helicópteros Black Hawk e Chinook para roteamento de materiais. Blinken planeja se reunir com oficiais militares e humanitários que coordenam a entrega de ajudas. Depois seguirá para Ancara, onde na segunda-feira, 20, será recebido pelo presidente turco, Recep Tayyip Erdogan. Sua visita foi planejada antes do terremoto, mas o tremor alterou a programação.

O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu (à esquerda), e o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken (à direita), desembarcam de um helicóptero após uma vista pelas áreas atingidas pelo terremoto Foto: CLODAGH KILCOYNE / AFP

A esperança de recuperar mais sobreviventes estava diminuindo a cada hora, enquanto os que ainda estavam presos se aproximavam de 13 dias sem comida ou água. A AFAD esperava encerrar a maior parte de seus esforços de resgate no domingo à noite, de acordo com o VOA News.

Christian Atsu, um jogador de futebol ganense que passou vários anos na Premier League inglesa, estava entre as vítimas. Seus agentes anunciaram que seu corpo foi recuperado dos escombros no sábado.

A maioria das equipes estrangeiras de busca e resgate que ajudaram na Turquia deixou o país no final do sábado, de acordo com Cavusoglu. Espera-se que as aulas nas províncias afetadas da Turquia sejam retomada no início desta semana, disse o ministro da Educação Nacional, Mahmut Ozer./AFP e W.POST

ANCARA - A Turquia concluiu as operações de resgate em quase todas as províncias após o terremoto que atingiu o país e a Síria há quase duas semanas. As buscas serão mantidas apenas nas duas províncias mais atingidas pelo tremor que deixou mais de 46.000 mortos, informou neste domingo, 19, a Autoridade de Gestão de Emergências e Desastres (AFAD).

“Em muitas de nossas províncias, as buscas e resgates foram concluídos. O trabalho continua nas províncias de Kahramanmaras e Hatay”, disse o diretor da agência, Yunus Sezer, a repórteres em Ancara. O terremoto que abalou a região em 6 de fevereiro, de magnitude 7,8 e cujo epicentro se deu em Kahramanmaras, deixou mais de 46.400 mortos na Turquia e na vizinha Síria, segundo o último balanço divulgado neste domingo pela AFAD.

Só na Turquia o número de mortos foi atualizado no sábado para 40.642 pessoas. Sabe-se que mais de 4.400 pessoas morreram no noroeste da Síria controlado pelos rebeldes, disse o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA). O Ministério da Saúde da Síria registrou pelo menos 1.414 mortes.

Membros da equipe de busca e resgate uzbeque usam um cachorro enquanto procuram um corpo sob os escombros de um prédio desabado em Hatay, sul da Turquia Foto: YASIN AKGUL / AFP

Nenhum sobrevivente foi encontrado nas ruínas turcas nas últimas 24 horas. No sábado (horário local), 296 horas após o terremoto, um casal foi resgatado em Antakya, capital da província de Hatay. Nos últimos três dias, sete pessoas foram retiradas com vida dos escombros, todas em Antakya, incluindo o filho do casal, que morreu logo após ser resgatado.

Na província de Kahramanmaras, onde foi localizado o epicentro do terremoto, as chances de sobrevivência pareciam menores do que em Hatay devido ao frio, que chegou a -15°C à noite em áreas nevadas como Elbistan, descobriram as equipes da AFP.

O vice-presidente turco, Fuat Oktay, informou, por sua vez, que 105.000 edifícios desabaram ou foram seriamente danificados, portanto serão destruídos.

Desde a catástrofe, mais de 6.000 tremores secundários foram registrados, incluindo um de magnitude 6,6 e quarenta de intensidade entre 5 e 6, segundo a agência de socorro.

Em uma mensagem publicada no Twitter, a AFAD pediu às vítimas que não tentassem entrar nas casas danificadas para recuperar bens, “nem por pouco tempo”. Ele também anunciou que já foram abertos “pedidos de auxílio-moradia” para aqueles que perderam suas casas.

As autoridades não informaram o número de pessoas que ficaram desabrigadas após o terremoto. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse na terça-feira que mais de 2 milhões de pessoas saíram das províncias afetadas por seus próprios meios.

“Vivemos o maior desastre de nossa história”, disse o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, em entrevista coletiva no sábado, falando por meio de um intérprete. “Se você for ao local, vai entender o quão grave é a situação em comparação com o que você vê nas telas de sua TV.”

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O terremoto de magnitude 7,8 registrado na #Turquia e na #Síria no dia 6 de fevereiro é um dos mais letais em décadas

Ajuda americana

Na Base Aérea de Incirlik, na Turquia, neste domingo, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, anunciou que os Estados Unidos enviariam US$ 100 milhões (R$ 520 milhões) adicionais para ajudar as pessoas afetadas pelos terremotos. O governo Joe Biden havia prometido US$ 85 milhões (R$ 442 milhões) logo após os terremotos.

Blinken, que estava na Europa para a Conferência de Segurança de Munique no fim de semana, visitou a devastação na Turquia, um aliado da Otan, no início do dia. “Vendo a extensão dos danos, o número de apartamentos e casas destruídos, será necessário um grande esforço de reconstrução e estamos comprometidos em apoiar esse esforço”, disse ele.

Os EUA também entregaram helicópteros Black Hawk e Chinook para roteamento de materiais. Blinken planeja se reunir com oficiais militares e humanitários que coordenam a entrega de ajudas. Depois seguirá para Ancara, onde na segunda-feira, 20, será recebido pelo presidente turco, Recep Tayyip Erdogan. Sua visita foi planejada antes do terremoto, mas o tremor alterou a programação.

O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu (à esquerda), e o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken (à direita), desembarcam de um helicóptero após uma vista pelas áreas atingidas pelo terremoto Foto: CLODAGH KILCOYNE / AFP

A esperança de recuperar mais sobreviventes estava diminuindo a cada hora, enquanto os que ainda estavam presos se aproximavam de 13 dias sem comida ou água. A AFAD esperava encerrar a maior parte de seus esforços de resgate no domingo à noite, de acordo com o VOA News.

Christian Atsu, um jogador de futebol ganense que passou vários anos na Premier League inglesa, estava entre as vítimas. Seus agentes anunciaram que seu corpo foi recuperado dos escombros no sábado.

A maioria das equipes estrangeiras de busca e resgate que ajudaram na Turquia deixou o país no final do sábado, de acordo com Cavusoglu. Espera-se que as aulas nas províncias afetadas da Turquia sejam retomada no início desta semana, disse o ministro da Educação Nacional, Mahmut Ozer./AFP e W.POST

ANCARA - A Turquia concluiu as operações de resgate em quase todas as províncias após o terremoto que atingiu o país e a Síria há quase duas semanas. As buscas serão mantidas apenas nas duas províncias mais atingidas pelo tremor que deixou mais de 46.000 mortos, informou neste domingo, 19, a Autoridade de Gestão de Emergências e Desastres (AFAD).

“Em muitas de nossas províncias, as buscas e resgates foram concluídos. O trabalho continua nas províncias de Kahramanmaras e Hatay”, disse o diretor da agência, Yunus Sezer, a repórteres em Ancara. O terremoto que abalou a região em 6 de fevereiro, de magnitude 7,8 e cujo epicentro se deu em Kahramanmaras, deixou mais de 46.400 mortos na Turquia e na vizinha Síria, segundo o último balanço divulgado neste domingo pela AFAD.

Só na Turquia o número de mortos foi atualizado no sábado para 40.642 pessoas. Sabe-se que mais de 4.400 pessoas morreram no noroeste da Síria controlado pelos rebeldes, disse o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA). O Ministério da Saúde da Síria registrou pelo menos 1.414 mortes.

Membros da equipe de busca e resgate uzbeque usam um cachorro enquanto procuram um corpo sob os escombros de um prédio desabado em Hatay, sul da Turquia Foto: YASIN AKGUL / AFP

Nenhum sobrevivente foi encontrado nas ruínas turcas nas últimas 24 horas. No sábado (horário local), 296 horas após o terremoto, um casal foi resgatado em Antakya, capital da província de Hatay. Nos últimos três dias, sete pessoas foram retiradas com vida dos escombros, todas em Antakya, incluindo o filho do casal, que morreu logo após ser resgatado.

Na província de Kahramanmaras, onde foi localizado o epicentro do terremoto, as chances de sobrevivência pareciam menores do que em Hatay devido ao frio, que chegou a -15°C à noite em áreas nevadas como Elbistan, descobriram as equipes da AFP.

O vice-presidente turco, Fuat Oktay, informou, por sua vez, que 105.000 edifícios desabaram ou foram seriamente danificados, portanto serão destruídos.

Desde a catástrofe, mais de 6.000 tremores secundários foram registrados, incluindo um de magnitude 6,6 e quarenta de intensidade entre 5 e 6, segundo a agência de socorro.

Em uma mensagem publicada no Twitter, a AFAD pediu às vítimas que não tentassem entrar nas casas danificadas para recuperar bens, “nem por pouco tempo”. Ele também anunciou que já foram abertos “pedidos de auxílio-moradia” para aqueles que perderam suas casas.

As autoridades não informaram o número de pessoas que ficaram desabrigadas após o terremoto. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse na terça-feira que mais de 2 milhões de pessoas saíram das províncias afetadas por seus próprios meios.

“Vivemos o maior desastre de nossa história”, disse o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, em entrevista coletiva no sábado, falando por meio de um intérprete. “Se você for ao local, vai entender o quão grave é a situação em comparação com o que você vê nas telas de sua TV.”

Seu navegador não suporta esse video.

O terremoto de magnitude 7,8 registrado na #Turquia e na #Síria no dia 6 de fevereiro é um dos mais letais em décadas

Ajuda americana

Na Base Aérea de Incirlik, na Turquia, neste domingo, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, anunciou que os Estados Unidos enviariam US$ 100 milhões (R$ 520 milhões) adicionais para ajudar as pessoas afetadas pelos terremotos. O governo Joe Biden havia prometido US$ 85 milhões (R$ 442 milhões) logo após os terremotos.

Blinken, que estava na Europa para a Conferência de Segurança de Munique no fim de semana, visitou a devastação na Turquia, um aliado da Otan, no início do dia. “Vendo a extensão dos danos, o número de apartamentos e casas destruídos, será necessário um grande esforço de reconstrução e estamos comprometidos em apoiar esse esforço”, disse ele.

Os EUA também entregaram helicópteros Black Hawk e Chinook para roteamento de materiais. Blinken planeja se reunir com oficiais militares e humanitários que coordenam a entrega de ajudas. Depois seguirá para Ancara, onde na segunda-feira, 20, será recebido pelo presidente turco, Recep Tayyip Erdogan. Sua visita foi planejada antes do terremoto, mas o tremor alterou a programação.

O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu (à esquerda), e o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken (à direita), desembarcam de um helicóptero após uma vista pelas áreas atingidas pelo terremoto Foto: CLODAGH KILCOYNE / AFP

A esperança de recuperar mais sobreviventes estava diminuindo a cada hora, enquanto os que ainda estavam presos se aproximavam de 13 dias sem comida ou água. A AFAD esperava encerrar a maior parte de seus esforços de resgate no domingo à noite, de acordo com o VOA News.

Christian Atsu, um jogador de futebol ganense que passou vários anos na Premier League inglesa, estava entre as vítimas. Seus agentes anunciaram que seu corpo foi recuperado dos escombros no sábado.

A maioria das equipes estrangeiras de busca e resgate que ajudaram na Turquia deixou o país no final do sábado, de acordo com Cavusoglu. Espera-se que as aulas nas províncias afetadas da Turquia sejam retomada no início desta semana, disse o ministro da Educação Nacional, Mahmut Ozer./AFP e W.POST

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