Ucrânia começa ofensiva contra Rússia para retomar territórios no sul


Sem dar muito detalhes, o governo ucraniano disse ter dado início a sua esperada contraofensiva para retomar a região de Kherson, a primeira a ser ocupada pelas forças russas

Por Redação

KIEV - A Ucrânia anunciou nesta segunda-feira, 29, que deu início a sua esperada contraofensiva no sul do país, ocupado por tropas russas desde que Moscou mudou sua ofensiva para o leste e o sul. O objetivo é recuperar cidades estratégicas que foram conquistadas pelos russos, como a região de Kherson, agora que Kiev recebeu armas mais modernas do Ocidente, como os sistemas de foguetes Himars dos EUA. O governo ucraniano, porém, deu poucos detalhes sobre a operação.

Militares e civis ucranianos relataram um aumento nos combates ao longo da linha de frente no sul do país nesta segunda, com o governo ucraniano dizendo que seus militares conseguiram violar a primeira linha de defesa dos russos em Kherson, ao norte da Península da Crimeia. Os militares ucranianos também afirmaram ter atacado uma grande base militar russa na mesma região, destruindo-a. Não foi possível verificar imediatamente as alegações.

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“A Ucrânia tem uma chance brilhante de recuperar os territórios, com a ajuda dos sistemas Himars. Quase todas as grandes pontes em Kherson já foram destruídas – o exército russo foi cortado do fornecimento de armas e pessoal da Crimeia”, afirmou um grupo operacional de tropas ucranianas chamado Kakhovka em mensagens nas redes sociais.

Militares russos são vistos em uma estrada na região de Kherson em 19 de maio de 2022 Foto: Olga Maltseva/AFP

Em toda a região de Kherson - cuja capital foi a primeira grande cidade a cair nas mãos das forças russas depois que o presidente Vladimir Putin invadiu a Ucrânia em fevereiro - as redes elétricas falharam em meio aos combates nesta segunda, e a mídia russa relatou retiradas de civis de cidades na área.

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Esta região é essencial para a agricultura ucraniana, mas também é uma posição estratégica, já que faz fronteira com a península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.

Ofensiva esperada

A Rússia voltou a sua ofensiva para a região do leste da Ucrânia - onde estão as províncias separatistas de Luhansk e Donetsk - e depois para o sul após falhar em tentar capturar a capital Kiev. Conforme os russos faziam avanços importantes em uma aparente estratégia de guerra prolongada, o governo ucraniano prometia uma contraofensiva para reconquistar as cidades.

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Um relatório publicado pela inteligência britânica no mês passado já indicava que as tropas ucranianas estavam obtendo sucessos ao menos em conter mais avanços russos ao utilizarem as armas ocidentais para destruir pontes que serviam de via de abastecimento para as forças russas. Os ataques deixaram os russos “altamente vulneráveis” disse o relatório de 28 de julho.

O governo do presidente Volodmir Zelenski está sob pressão para iniciar a ofensiva destinada a expulsar as tropas russas de Kherson e da margem ocidental do Rio Dnieper antes que a estação chuvosa deixe os campos lamacentos e intransitáveis ou o apoio europeu vacile em meio ao aumento dos preços da energia.

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Criticado por uma ‘fragilidade’ na postura de apoio à Ucrânia, o chanceler alemão Olaf Scholz defendeu uma responsabilidade especial do país no conflito

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A Ucrânia deu poucas informações sobre como está conduzindo a contraofensiva, evitando inclusive afirmar que esta era a grande operação que vinham prometendo. A porta-voz do comando militar do sul, Natalia Gumeniuk, disse que a Ucrânia havia iniciado “ações ofensivas em muitas direções no sul da Ucrânia”. Mais tarde, ela emitiu uma declaração dizendo: “Toda operação militar requer silêncio” e “todo mundo precisa ser paciente”.

Um oficial de defesa dos Estados Unidos apoiou a alegação de que a Ucrânia estava intensificando sua ofensiva no sul, dizendo: “A ofensiva anunciada mostra o apetite dos ucranianos por progresso no campo de batalha”. O funcionário, falando sob condição de anonimato para discutir assuntos militares sensíveis, acrescentou que o Pentágono continua cauteloso sobre se as atuais capacidades militares da Ucrânia são suficientes para obter ganhos significativos.

O Sargento Júnior Dmitro Pisanka, um soldado ucraniano estacionado na frente de Kherson, disse que “nossa ofensiva está em andamento”. “Eu não sei o que vai acontecer a seguir e como, mas até agora tudo está de acordo com o plano”, disse ele em uma mensagem de texto ao New York Times.

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De acordo com a rede americana CNN citando dois funcionários anônimos da inteligência americana, as forças ucranianas estão “modelando” a sua operação, uma prática militar padrão antes de uma ofensiva que envolvem sistemas de armas de ataque, comando e controle, depósitos de munição e outros alvos para preparar o campo de batalha para os avanços planejados. Segundo os EUA, a operação ucraniana deve incluir ações aéreas e terrestres.

Mas em uma guerra repleta de reivindicações e contra alegações que são difíceis de verificar de forma independente, o líder regional da Crimeia indicado por Moscou, Sergei Aksionov, descartou a afirmação ucraniana de uma contraofensiva na região de Kherson como falsa, observando que as forças ucranianas sofreram pesadas perdas no sul e em outros lugares.

AIEA a caminho de Zaporizhzhia

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Os relatos de intensificação dos combates vieram quando o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica anunciou que uma equipe de especialistas nucleares visitaria a Usina Nuclear de Zaporizhzhia, que fica ao norte de Kherson.

Uma equipe do órgão de vigilância nuclear da ONU iniciou nesta segunda-feira sua jornada para a maior usina nuclear da Europa, no centro dos combates na Ucrânia, uma missão há muito esperada para inspecionar sistemas de segurança da usina que o mundo espera que ajudem a evitar uma catástrofe.

Membros da equipe da AIEA se preparando para a partida no Aeroporto Internacional de Viena em Schwechat, Áustria, antes da equipe viajar para a Ucrânia para inspecionar a usina nuclear de Zaporizhzhia Foto: Dean Calma/AIEA/AFP

Em meio à notícia, a Ucrânia e a Rússia novamente se acusaram mutuamente de alimentar o conflito bombardeando a região ao redor da usina, que já havia sido brevemente desligada na semana passada. Esse incidente aumentou o medo de um desastre nuclear em um país ainda assombrado pela explosão de 1986 em Chernobyl, e as autoridades começaram a distribuir comprimidos de iodo antirradiação pouco depois.

Para evitar tal desastre, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Grossi, há meses busca acesso à usina de Zaporizhzhia, ocupada por forças russas e administrada por trabalhadores ucranianos desde os primeiros dias do conflito de seis meses.

“Chegou o dia”, twittou Grossi, acrescentando que a “Missão de Apoio e Assistência da AIEA, com sede em Viena, está agora a caminho” e está previsto para chegar ainda esta semana. Grossi não forneceu uma linha do tempo mais precisa ou deu mais detalhes além de postar uma foto sua com outros 13 especialistas.

A Ucrânia alega que a Rússia está essencialmente mantendo a usina como refém, armazenando armas lá e lançando ataques ao seu redor, enquanto Moscou acusa a Ucrânia de disparar imprudentemente contra a instalação.

A Ucrânia relatou bombardeios em Nikopol, a cidade do outro lado do Rio Dnieper da usina nuclear, e disse que uma pessoa foi morta e outras cinco ficaram feridas. Em Enerhodar, a poucos quilômetros da usina, o prefeito ucraniano da cidade, Dmitro Orlov, culpou os bombardeios russos pelos ferimentos em pelo menos 10 moradores.

“Aparentemente, (os russos) ensaiaram seu cenário antes da chegada da missão da AIEA”, disse Orlov no Telegram.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitro Kuleba, disse que “sem exagero, esta missão será a mais difícil da história da AIEA”./AP, AFP e NYT

KIEV - A Ucrânia anunciou nesta segunda-feira, 29, que deu início a sua esperada contraofensiva no sul do país, ocupado por tropas russas desde que Moscou mudou sua ofensiva para o leste e o sul. O objetivo é recuperar cidades estratégicas que foram conquistadas pelos russos, como a região de Kherson, agora que Kiev recebeu armas mais modernas do Ocidente, como os sistemas de foguetes Himars dos EUA. O governo ucraniano, porém, deu poucos detalhes sobre a operação.

Militares e civis ucranianos relataram um aumento nos combates ao longo da linha de frente no sul do país nesta segunda, com o governo ucraniano dizendo que seus militares conseguiram violar a primeira linha de defesa dos russos em Kherson, ao norte da Península da Crimeia. Os militares ucranianos também afirmaram ter atacado uma grande base militar russa na mesma região, destruindo-a. Não foi possível verificar imediatamente as alegações.

“A Ucrânia tem uma chance brilhante de recuperar os territórios, com a ajuda dos sistemas Himars. Quase todas as grandes pontes em Kherson já foram destruídas – o exército russo foi cortado do fornecimento de armas e pessoal da Crimeia”, afirmou um grupo operacional de tropas ucranianas chamado Kakhovka em mensagens nas redes sociais.

Militares russos são vistos em uma estrada na região de Kherson em 19 de maio de 2022 Foto: Olga Maltseva/AFP

Em toda a região de Kherson - cuja capital foi a primeira grande cidade a cair nas mãos das forças russas depois que o presidente Vladimir Putin invadiu a Ucrânia em fevereiro - as redes elétricas falharam em meio aos combates nesta segunda, e a mídia russa relatou retiradas de civis de cidades na área.

Esta região é essencial para a agricultura ucraniana, mas também é uma posição estratégica, já que faz fronteira com a península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.

Ofensiva esperada

A Rússia voltou a sua ofensiva para a região do leste da Ucrânia - onde estão as províncias separatistas de Luhansk e Donetsk - e depois para o sul após falhar em tentar capturar a capital Kiev. Conforme os russos faziam avanços importantes em uma aparente estratégia de guerra prolongada, o governo ucraniano prometia uma contraofensiva para reconquistar as cidades.

Um relatório publicado pela inteligência britânica no mês passado já indicava que as tropas ucranianas estavam obtendo sucessos ao menos em conter mais avanços russos ao utilizarem as armas ocidentais para destruir pontes que serviam de via de abastecimento para as forças russas. Os ataques deixaram os russos “altamente vulneráveis” disse o relatório de 28 de julho.

O governo do presidente Volodmir Zelenski está sob pressão para iniciar a ofensiva destinada a expulsar as tropas russas de Kherson e da margem ocidental do Rio Dnieper antes que a estação chuvosa deixe os campos lamacentos e intransitáveis ou o apoio europeu vacile em meio ao aumento dos preços da energia.

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A Ucrânia deu poucas informações sobre como está conduzindo a contraofensiva, evitando inclusive afirmar que esta era a grande operação que vinham prometendo. A porta-voz do comando militar do sul, Natalia Gumeniuk, disse que a Ucrânia havia iniciado “ações ofensivas em muitas direções no sul da Ucrânia”. Mais tarde, ela emitiu uma declaração dizendo: “Toda operação militar requer silêncio” e “todo mundo precisa ser paciente”.

Um oficial de defesa dos Estados Unidos apoiou a alegação de que a Ucrânia estava intensificando sua ofensiva no sul, dizendo: “A ofensiva anunciada mostra o apetite dos ucranianos por progresso no campo de batalha”. O funcionário, falando sob condição de anonimato para discutir assuntos militares sensíveis, acrescentou que o Pentágono continua cauteloso sobre se as atuais capacidades militares da Ucrânia são suficientes para obter ganhos significativos.

O Sargento Júnior Dmitro Pisanka, um soldado ucraniano estacionado na frente de Kherson, disse que “nossa ofensiva está em andamento”. “Eu não sei o que vai acontecer a seguir e como, mas até agora tudo está de acordo com o plano”, disse ele em uma mensagem de texto ao New York Times.

De acordo com a rede americana CNN citando dois funcionários anônimos da inteligência americana, as forças ucranianas estão “modelando” a sua operação, uma prática militar padrão antes de uma ofensiva que envolvem sistemas de armas de ataque, comando e controle, depósitos de munição e outros alvos para preparar o campo de batalha para os avanços planejados. Segundo os EUA, a operação ucraniana deve incluir ações aéreas e terrestres.

Mas em uma guerra repleta de reivindicações e contra alegações que são difíceis de verificar de forma independente, o líder regional da Crimeia indicado por Moscou, Sergei Aksionov, descartou a afirmação ucraniana de uma contraofensiva na região de Kherson como falsa, observando que as forças ucranianas sofreram pesadas perdas no sul e em outros lugares.

AIEA a caminho de Zaporizhzhia

Os relatos de intensificação dos combates vieram quando o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica anunciou que uma equipe de especialistas nucleares visitaria a Usina Nuclear de Zaporizhzhia, que fica ao norte de Kherson.

Uma equipe do órgão de vigilância nuclear da ONU iniciou nesta segunda-feira sua jornada para a maior usina nuclear da Europa, no centro dos combates na Ucrânia, uma missão há muito esperada para inspecionar sistemas de segurança da usina que o mundo espera que ajudem a evitar uma catástrofe.

Membros da equipe da AIEA se preparando para a partida no Aeroporto Internacional de Viena em Schwechat, Áustria, antes da equipe viajar para a Ucrânia para inspecionar a usina nuclear de Zaporizhzhia Foto: Dean Calma/AIEA/AFP

Em meio à notícia, a Ucrânia e a Rússia novamente se acusaram mutuamente de alimentar o conflito bombardeando a região ao redor da usina, que já havia sido brevemente desligada na semana passada. Esse incidente aumentou o medo de um desastre nuclear em um país ainda assombrado pela explosão de 1986 em Chernobyl, e as autoridades começaram a distribuir comprimidos de iodo antirradiação pouco depois.

Para evitar tal desastre, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Grossi, há meses busca acesso à usina de Zaporizhzhia, ocupada por forças russas e administrada por trabalhadores ucranianos desde os primeiros dias do conflito de seis meses.

“Chegou o dia”, twittou Grossi, acrescentando que a “Missão de Apoio e Assistência da AIEA, com sede em Viena, está agora a caminho” e está previsto para chegar ainda esta semana. Grossi não forneceu uma linha do tempo mais precisa ou deu mais detalhes além de postar uma foto sua com outros 13 especialistas.

A Ucrânia alega que a Rússia está essencialmente mantendo a usina como refém, armazenando armas lá e lançando ataques ao seu redor, enquanto Moscou acusa a Ucrânia de disparar imprudentemente contra a instalação.

A Ucrânia relatou bombardeios em Nikopol, a cidade do outro lado do Rio Dnieper da usina nuclear, e disse que uma pessoa foi morta e outras cinco ficaram feridas. Em Enerhodar, a poucos quilômetros da usina, o prefeito ucraniano da cidade, Dmitro Orlov, culpou os bombardeios russos pelos ferimentos em pelo menos 10 moradores.

“Aparentemente, (os russos) ensaiaram seu cenário antes da chegada da missão da AIEA”, disse Orlov no Telegram.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitro Kuleba, disse que “sem exagero, esta missão será a mais difícil da história da AIEA”./AP, AFP e NYT

KIEV - A Ucrânia anunciou nesta segunda-feira, 29, que deu início a sua esperada contraofensiva no sul do país, ocupado por tropas russas desde que Moscou mudou sua ofensiva para o leste e o sul. O objetivo é recuperar cidades estratégicas que foram conquistadas pelos russos, como a região de Kherson, agora que Kiev recebeu armas mais modernas do Ocidente, como os sistemas de foguetes Himars dos EUA. O governo ucraniano, porém, deu poucos detalhes sobre a operação.

Militares e civis ucranianos relataram um aumento nos combates ao longo da linha de frente no sul do país nesta segunda, com o governo ucraniano dizendo que seus militares conseguiram violar a primeira linha de defesa dos russos em Kherson, ao norte da Península da Crimeia. Os militares ucranianos também afirmaram ter atacado uma grande base militar russa na mesma região, destruindo-a. Não foi possível verificar imediatamente as alegações.

“A Ucrânia tem uma chance brilhante de recuperar os territórios, com a ajuda dos sistemas Himars. Quase todas as grandes pontes em Kherson já foram destruídas – o exército russo foi cortado do fornecimento de armas e pessoal da Crimeia”, afirmou um grupo operacional de tropas ucranianas chamado Kakhovka em mensagens nas redes sociais.

Militares russos são vistos em uma estrada na região de Kherson em 19 de maio de 2022 Foto: Olga Maltseva/AFP

Em toda a região de Kherson - cuja capital foi a primeira grande cidade a cair nas mãos das forças russas depois que o presidente Vladimir Putin invadiu a Ucrânia em fevereiro - as redes elétricas falharam em meio aos combates nesta segunda, e a mídia russa relatou retiradas de civis de cidades na área.

Esta região é essencial para a agricultura ucraniana, mas também é uma posição estratégica, já que faz fronteira com a península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.

Ofensiva esperada

A Rússia voltou a sua ofensiva para a região do leste da Ucrânia - onde estão as províncias separatistas de Luhansk e Donetsk - e depois para o sul após falhar em tentar capturar a capital Kiev. Conforme os russos faziam avanços importantes em uma aparente estratégia de guerra prolongada, o governo ucraniano prometia uma contraofensiva para reconquistar as cidades.

Um relatório publicado pela inteligência britânica no mês passado já indicava que as tropas ucranianas estavam obtendo sucessos ao menos em conter mais avanços russos ao utilizarem as armas ocidentais para destruir pontes que serviam de via de abastecimento para as forças russas. Os ataques deixaram os russos “altamente vulneráveis” disse o relatório de 28 de julho.

O governo do presidente Volodmir Zelenski está sob pressão para iniciar a ofensiva destinada a expulsar as tropas russas de Kherson e da margem ocidental do Rio Dnieper antes que a estação chuvosa deixe os campos lamacentos e intransitáveis ou o apoio europeu vacile em meio ao aumento dos preços da energia.

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A Ucrânia deu poucas informações sobre como está conduzindo a contraofensiva, evitando inclusive afirmar que esta era a grande operação que vinham prometendo. A porta-voz do comando militar do sul, Natalia Gumeniuk, disse que a Ucrânia havia iniciado “ações ofensivas em muitas direções no sul da Ucrânia”. Mais tarde, ela emitiu uma declaração dizendo: “Toda operação militar requer silêncio” e “todo mundo precisa ser paciente”.

Um oficial de defesa dos Estados Unidos apoiou a alegação de que a Ucrânia estava intensificando sua ofensiva no sul, dizendo: “A ofensiva anunciada mostra o apetite dos ucranianos por progresso no campo de batalha”. O funcionário, falando sob condição de anonimato para discutir assuntos militares sensíveis, acrescentou que o Pentágono continua cauteloso sobre se as atuais capacidades militares da Ucrânia são suficientes para obter ganhos significativos.

O Sargento Júnior Dmitro Pisanka, um soldado ucraniano estacionado na frente de Kherson, disse que “nossa ofensiva está em andamento”. “Eu não sei o que vai acontecer a seguir e como, mas até agora tudo está de acordo com o plano”, disse ele em uma mensagem de texto ao New York Times.

De acordo com a rede americana CNN citando dois funcionários anônimos da inteligência americana, as forças ucranianas estão “modelando” a sua operação, uma prática militar padrão antes de uma ofensiva que envolvem sistemas de armas de ataque, comando e controle, depósitos de munição e outros alvos para preparar o campo de batalha para os avanços planejados. Segundo os EUA, a operação ucraniana deve incluir ações aéreas e terrestres.

Mas em uma guerra repleta de reivindicações e contra alegações que são difíceis de verificar de forma independente, o líder regional da Crimeia indicado por Moscou, Sergei Aksionov, descartou a afirmação ucraniana de uma contraofensiva na região de Kherson como falsa, observando que as forças ucranianas sofreram pesadas perdas no sul e em outros lugares.

AIEA a caminho de Zaporizhzhia

Os relatos de intensificação dos combates vieram quando o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica anunciou que uma equipe de especialistas nucleares visitaria a Usina Nuclear de Zaporizhzhia, que fica ao norte de Kherson.

Uma equipe do órgão de vigilância nuclear da ONU iniciou nesta segunda-feira sua jornada para a maior usina nuclear da Europa, no centro dos combates na Ucrânia, uma missão há muito esperada para inspecionar sistemas de segurança da usina que o mundo espera que ajudem a evitar uma catástrofe.

Membros da equipe da AIEA se preparando para a partida no Aeroporto Internacional de Viena em Schwechat, Áustria, antes da equipe viajar para a Ucrânia para inspecionar a usina nuclear de Zaporizhzhia Foto: Dean Calma/AIEA/AFP

Em meio à notícia, a Ucrânia e a Rússia novamente se acusaram mutuamente de alimentar o conflito bombardeando a região ao redor da usina, que já havia sido brevemente desligada na semana passada. Esse incidente aumentou o medo de um desastre nuclear em um país ainda assombrado pela explosão de 1986 em Chernobyl, e as autoridades começaram a distribuir comprimidos de iodo antirradiação pouco depois.

Para evitar tal desastre, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Grossi, há meses busca acesso à usina de Zaporizhzhia, ocupada por forças russas e administrada por trabalhadores ucranianos desde os primeiros dias do conflito de seis meses.

“Chegou o dia”, twittou Grossi, acrescentando que a “Missão de Apoio e Assistência da AIEA, com sede em Viena, está agora a caminho” e está previsto para chegar ainda esta semana. Grossi não forneceu uma linha do tempo mais precisa ou deu mais detalhes além de postar uma foto sua com outros 13 especialistas.

A Ucrânia alega que a Rússia está essencialmente mantendo a usina como refém, armazenando armas lá e lançando ataques ao seu redor, enquanto Moscou acusa a Ucrânia de disparar imprudentemente contra a instalação.

A Ucrânia relatou bombardeios em Nikopol, a cidade do outro lado do Rio Dnieper da usina nuclear, e disse que uma pessoa foi morta e outras cinco ficaram feridas. Em Enerhodar, a poucos quilômetros da usina, o prefeito ucraniano da cidade, Dmitro Orlov, culpou os bombardeios russos pelos ferimentos em pelo menos 10 moradores.

“Aparentemente, (os russos) ensaiaram seu cenário antes da chegada da missão da AIEA”, disse Orlov no Telegram.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitro Kuleba, disse que “sem exagero, esta missão será a mais difícil da história da AIEA”./AP, AFP e NYT

KIEV - A Ucrânia anunciou nesta segunda-feira, 29, que deu início a sua esperada contraofensiva no sul do país, ocupado por tropas russas desde que Moscou mudou sua ofensiva para o leste e o sul. O objetivo é recuperar cidades estratégicas que foram conquistadas pelos russos, como a região de Kherson, agora que Kiev recebeu armas mais modernas do Ocidente, como os sistemas de foguetes Himars dos EUA. O governo ucraniano, porém, deu poucos detalhes sobre a operação.

Militares e civis ucranianos relataram um aumento nos combates ao longo da linha de frente no sul do país nesta segunda, com o governo ucraniano dizendo que seus militares conseguiram violar a primeira linha de defesa dos russos em Kherson, ao norte da Península da Crimeia. Os militares ucranianos também afirmaram ter atacado uma grande base militar russa na mesma região, destruindo-a. Não foi possível verificar imediatamente as alegações.

“A Ucrânia tem uma chance brilhante de recuperar os territórios, com a ajuda dos sistemas Himars. Quase todas as grandes pontes em Kherson já foram destruídas – o exército russo foi cortado do fornecimento de armas e pessoal da Crimeia”, afirmou um grupo operacional de tropas ucranianas chamado Kakhovka em mensagens nas redes sociais.

Militares russos são vistos em uma estrada na região de Kherson em 19 de maio de 2022 Foto: Olga Maltseva/AFP

Em toda a região de Kherson - cuja capital foi a primeira grande cidade a cair nas mãos das forças russas depois que o presidente Vladimir Putin invadiu a Ucrânia em fevereiro - as redes elétricas falharam em meio aos combates nesta segunda, e a mídia russa relatou retiradas de civis de cidades na área.

Esta região é essencial para a agricultura ucraniana, mas também é uma posição estratégica, já que faz fronteira com a península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.

Ofensiva esperada

A Rússia voltou a sua ofensiva para a região do leste da Ucrânia - onde estão as províncias separatistas de Luhansk e Donetsk - e depois para o sul após falhar em tentar capturar a capital Kiev. Conforme os russos faziam avanços importantes em uma aparente estratégia de guerra prolongada, o governo ucraniano prometia uma contraofensiva para reconquistar as cidades.

Um relatório publicado pela inteligência britânica no mês passado já indicava que as tropas ucranianas estavam obtendo sucessos ao menos em conter mais avanços russos ao utilizarem as armas ocidentais para destruir pontes que serviam de via de abastecimento para as forças russas. Os ataques deixaram os russos “altamente vulneráveis” disse o relatório de 28 de julho.

O governo do presidente Volodmir Zelenski está sob pressão para iniciar a ofensiva destinada a expulsar as tropas russas de Kherson e da margem ocidental do Rio Dnieper antes que a estação chuvosa deixe os campos lamacentos e intransitáveis ou o apoio europeu vacile em meio ao aumento dos preços da energia.

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A Ucrânia deu poucas informações sobre como está conduzindo a contraofensiva, evitando inclusive afirmar que esta era a grande operação que vinham prometendo. A porta-voz do comando militar do sul, Natalia Gumeniuk, disse que a Ucrânia havia iniciado “ações ofensivas em muitas direções no sul da Ucrânia”. Mais tarde, ela emitiu uma declaração dizendo: “Toda operação militar requer silêncio” e “todo mundo precisa ser paciente”.

Um oficial de defesa dos Estados Unidos apoiou a alegação de que a Ucrânia estava intensificando sua ofensiva no sul, dizendo: “A ofensiva anunciada mostra o apetite dos ucranianos por progresso no campo de batalha”. O funcionário, falando sob condição de anonimato para discutir assuntos militares sensíveis, acrescentou que o Pentágono continua cauteloso sobre se as atuais capacidades militares da Ucrânia são suficientes para obter ganhos significativos.

O Sargento Júnior Dmitro Pisanka, um soldado ucraniano estacionado na frente de Kherson, disse que “nossa ofensiva está em andamento”. “Eu não sei o que vai acontecer a seguir e como, mas até agora tudo está de acordo com o plano”, disse ele em uma mensagem de texto ao New York Times.

De acordo com a rede americana CNN citando dois funcionários anônimos da inteligência americana, as forças ucranianas estão “modelando” a sua operação, uma prática militar padrão antes de uma ofensiva que envolvem sistemas de armas de ataque, comando e controle, depósitos de munição e outros alvos para preparar o campo de batalha para os avanços planejados. Segundo os EUA, a operação ucraniana deve incluir ações aéreas e terrestres.

Mas em uma guerra repleta de reivindicações e contra alegações que são difíceis de verificar de forma independente, o líder regional da Crimeia indicado por Moscou, Sergei Aksionov, descartou a afirmação ucraniana de uma contraofensiva na região de Kherson como falsa, observando que as forças ucranianas sofreram pesadas perdas no sul e em outros lugares.

AIEA a caminho de Zaporizhzhia

Os relatos de intensificação dos combates vieram quando o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica anunciou que uma equipe de especialistas nucleares visitaria a Usina Nuclear de Zaporizhzhia, que fica ao norte de Kherson.

Uma equipe do órgão de vigilância nuclear da ONU iniciou nesta segunda-feira sua jornada para a maior usina nuclear da Europa, no centro dos combates na Ucrânia, uma missão há muito esperada para inspecionar sistemas de segurança da usina que o mundo espera que ajudem a evitar uma catástrofe.

Membros da equipe da AIEA se preparando para a partida no Aeroporto Internacional de Viena em Schwechat, Áustria, antes da equipe viajar para a Ucrânia para inspecionar a usina nuclear de Zaporizhzhia Foto: Dean Calma/AIEA/AFP

Em meio à notícia, a Ucrânia e a Rússia novamente se acusaram mutuamente de alimentar o conflito bombardeando a região ao redor da usina, que já havia sido brevemente desligada na semana passada. Esse incidente aumentou o medo de um desastre nuclear em um país ainda assombrado pela explosão de 1986 em Chernobyl, e as autoridades começaram a distribuir comprimidos de iodo antirradiação pouco depois.

Para evitar tal desastre, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Grossi, há meses busca acesso à usina de Zaporizhzhia, ocupada por forças russas e administrada por trabalhadores ucranianos desde os primeiros dias do conflito de seis meses.

“Chegou o dia”, twittou Grossi, acrescentando que a “Missão de Apoio e Assistência da AIEA, com sede em Viena, está agora a caminho” e está previsto para chegar ainda esta semana. Grossi não forneceu uma linha do tempo mais precisa ou deu mais detalhes além de postar uma foto sua com outros 13 especialistas.

A Ucrânia alega que a Rússia está essencialmente mantendo a usina como refém, armazenando armas lá e lançando ataques ao seu redor, enquanto Moscou acusa a Ucrânia de disparar imprudentemente contra a instalação.

A Ucrânia relatou bombardeios em Nikopol, a cidade do outro lado do Rio Dnieper da usina nuclear, e disse que uma pessoa foi morta e outras cinco ficaram feridas. Em Enerhodar, a poucos quilômetros da usina, o prefeito ucraniano da cidade, Dmitro Orlov, culpou os bombardeios russos pelos ferimentos em pelo menos 10 moradores.

“Aparentemente, (os russos) ensaiaram seu cenário antes da chegada da missão da AIEA”, disse Orlov no Telegram.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitro Kuleba, disse que “sem exagero, esta missão será a mais difícil da história da AIEA”./AP, AFP e NYT

KIEV - A Ucrânia anunciou nesta segunda-feira, 29, que deu início a sua esperada contraofensiva no sul do país, ocupado por tropas russas desde que Moscou mudou sua ofensiva para o leste e o sul. O objetivo é recuperar cidades estratégicas que foram conquistadas pelos russos, como a região de Kherson, agora que Kiev recebeu armas mais modernas do Ocidente, como os sistemas de foguetes Himars dos EUA. O governo ucraniano, porém, deu poucos detalhes sobre a operação.

Militares e civis ucranianos relataram um aumento nos combates ao longo da linha de frente no sul do país nesta segunda, com o governo ucraniano dizendo que seus militares conseguiram violar a primeira linha de defesa dos russos em Kherson, ao norte da Península da Crimeia. Os militares ucranianos também afirmaram ter atacado uma grande base militar russa na mesma região, destruindo-a. Não foi possível verificar imediatamente as alegações.

“A Ucrânia tem uma chance brilhante de recuperar os territórios, com a ajuda dos sistemas Himars. Quase todas as grandes pontes em Kherson já foram destruídas – o exército russo foi cortado do fornecimento de armas e pessoal da Crimeia”, afirmou um grupo operacional de tropas ucranianas chamado Kakhovka em mensagens nas redes sociais.

Militares russos são vistos em uma estrada na região de Kherson em 19 de maio de 2022 Foto: Olga Maltseva/AFP

Em toda a região de Kherson - cuja capital foi a primeira grande cidade a cair nas mãos das forças russas depois que o presidente Vladimir Putin invadiu a Ucrânia em fevereiro - as redes elétricas falharam em meio aos combates nesta segunda, e a mídia russa relatou retiradas de civis de cidades na área.

Esta região é essencial para a agricultura ucraniana, mas também é uma posição estratégica, já que faz fronteira com a península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.

Ofensiva esperada

A Rússia voltou a sua ofensiva para a região do leste da Ucrânia - onde estão as províncias separatistas de Luhansk e Donetsk - e depois para o sul após falhar em tentar capturar a capital Kiev. Conforme os russos faziam avanços importantes em uma aparente estratégia de guerra prolongada, o governo ucraniano prometia uma contraofensiva para reconquistar as cidades.

Um relatório publicado pela inteligência britânica no mês passado já indicava que as tropas ucranianas estavam obtendo sucessos ao menos em conter mais avanços russos ao utilizarem as armas ocidentais para destruir pontes que serviam de via de abastecimento para as forças russas. Os ataques deixaram os russos “altamente vulneráveis” disse o relatório de 28 de julho.

O governo do presidente Volodmir Zelenski está sob pressão para iniciar a ofensiva destinada a expulsar as tropas russas de Kherson e da margem ocidental do Rio Dnieper antes que a estação chuvosa deixe os campos lamacentos e intransitáveis ou o apoio europeu vacile em meio ao aumento dos preços da energia.

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Criticado por uma ‘fragilidade’ na postura de apoio à Ucrânia, o chanceler alemão Olaf Scholz defendeu uma responsabilidade especial do país no conflito

A Ucrânia deu poucas informações sobre como está conduzindo a contraofensiva, evitando inclusive afirmar que esta era a grande operação que vinham prometendo. A porta-voz do comando militar do sul, Natalia Gumeniuk, disse que a Ucrânia havia iniciado “ações ofensivas em muitas direções no sul da Ucrânia”. Mais tarde, ela emitiu uma declaração dizendo: “Toda operação militar requer silêncio” e “todo mundo precisa ser paciente”.

Um oficial de defesa dos Estados Unidos apoiou a alegação de que a Ucrânia estava intensificando sua ofensiva no sul, dizendo: “A ofensiva anunciada mostra o apetite dos ucranianos por progresso no campo de batalha”. O funcionário, falando sob condição de anonimato para discutir assuntos militares sensíveis, acrescentou que o Pentágono continua cauteloso sobre se as atuais capacidades militares da Ucrânia são suficientes para obter ganhos significativos.

O Sargento Júnior Dmitro Pisanka, um soldado ucraniano estacionado na frente de Kherson, disse que “nossa ofensiva está em andamento”. “Eu não sei o que vai acontecer a seguir e como, mas até agora tudo está de acordo com o plano”, disse ele em uma mensagem de texto ao New York Times.

De acordo com a rede americana CNN citando dois funcionários anônimos da inteligência americana, as forças ucranianas estão “modelando” a sua operação, uma prática militar padrão antes de uma ofensiva que envolvem sistemas de armas de ataque, comando e controle, depósitos de munição e outros alvos para preparar o campo de batalha para os avanços planejados. Segundo os EUA, a operação ucraniana deve incluir ações aéreas e terrestres.

Mas em uma guerra repleta de reivindicações e contra alegações que são difíceis de verificar de forma independente, o líder regional da Crimeia indicado por Moscou, Sergei Aksionov, descartou a afirmação ucraniana de uma contraofensiva na região de Kherson como falsa, observando que as forças ucranianas sofreram pesadas perdas no sul e em outros lugares.

AIEA a caminho de Zaporizhzhia

Os relatos de intensificação dos combates vieram quando o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica anunciou que uma equipe de especialistas nucleares visitaria a Usina Nuclear de Zaporizhzhia, que fica ao norte de Kherson.

Uma equipe do órgão de vigilância nuclear da ONU iniciou nesta segunda-feira sua jornada para a maior usina nuclear da Europa, no centro dos combates na Ucrânia, uma missão há muito esperada para inspecionar sistemas de segurança da usina que o mundo espera que ajudem a evitar uma catástrofe.

Membros da equipe da AIEA se preparando para a partida no Aeroporto Internacional de Viena em Schwechat, Áustria, antes da equipe viajar para a Ucrânia para inspecionar a usina nuclear de Zaporizhzhia Foto: Dean Calma/AIEA/AFP

Em meio à notícia, a Ucrânia e a Rússia novamente se acusaram mutuamente de alimentar o conflito bombardeando a região ao redor da usina, que já havia sido brevemente desligada na semana passada. Esse incidente aumentou o medo de um desastre nuclear em um país ainda assombrado pela explosão de 1986 em Chernobyl, e as autoridades começaram a distribuir comprimidos de iodo antirradiação pouco depois.

Para evitar tal desastre, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Grossi, há meses busca acesso à usina de Zaporizhzhia, ocupada por forças russas e administrada por trabalhadores ucranianos desde os primeiros dias do conflito de seis meses.

“Chegou o dia”, twittou Grossi, acrescentando que a “Missão de Apoio e Assistência da AIEA, com sede em Viena, está agora a caminho” e está previsto para chegar ainda esta semana. Grossi não forneceu uma linha do tempo mais precisa ou deu mais detalhes além de postar uma foto sua com outros 13 especialistas.

A Ucrânia alega que a Rússia está essencialmente mantendo a usina como refém, armazenando armas lá e lançando ataques ao seu redor, enquanto Moscou acusa a Ucrânia de disparar imprudentemente contra a instalação.

A Ucrânia relatou bombardeios em Nikopol, a cidade do outro lado do Rio Dnieper da usina nuclear, e disse que uma pessoa foi morta e outras cinco ficaram feridas. Em Enerhodar, a poucos quilômetros da usina, o prefeito ucraniano da cidade, Dmitro Orlov, culpou os bombardeios russos pelos ferimentos em pelo menos 10 moradores.

“Aparentemente, (os russos) ensaiaram seu cenário antes da chegada da missão da AIEA”, disse Orlov no Telegram.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitro Kuleba, disse que “sem exagero, esta missão será a mais difícil da história da AIEA”./AP, AFP e NYT

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